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Gluck e a reforma da Ópera

História da Cultura e das Artes

Maria de Fátima Fernandes Mendes

Mirandela, julho de 2021


11º ano, turma B

Módulo 7

Maria de Fátima Fernandes Mendes

mariasitamendes79@gmail.com
Índice

Introdução--------------------pg.1

Christoph Willibald Gluck-pg.2 e 3

A reforma da Ópera--------pg.3 e 4

Conclusão---------------------pg.5

Bibliografia--------------------pg.6
Introdução

Neste trabalho irei falar um pouco sobre o Christoph Willibald Gluck, e sobre a refoma
da ópera.

Este trabalho consista na realização do módulo número 7 da disciplina de História da


Cultura e das Artes.

Todos as informações presentes neste trabalho foram retiradas do livro Biblioteca Geral
de Consulta da Arte, Música e Dança.
Christoph Willibald Gluck

Compositor clássico alemão, que nasceu em 1714, em Erasbach, na Alemanha, e morreu


a 1787, em Viena. Ficou conhecido pelas óperas que compôs, nomeadamente Orfeo ed
Eurydice, Alceste, Paride ed Elena, Iphigénie en Aulide, a versão francesa de Orfeo e
Iphigéne en Tauride.

Gluck iniciou os seus estudos musicais num colégio jesuíta de Komotau, onde aprendeu
canto, piano, órgão e violino. Em 1731 partiu para Praga, onde tocou em diversas
igrejas, ingressou na universidade e continuou a estudar música. Em 1735 viajou para
Viena onde conheceu um nobre que o levou para Milão. Ai estudou composição com o
organista e compositor Sammartini, aprendendo o novo estilo italiano da música
instrumental. Em 1741, no Teatro Ducal, em Milão obteve um enorme sucesso com a
sua primeira Ópera Artaserse. Até 1745, no mesmo teatro, aconteceram várias óperas
anuais: Demofoonte a 1742, Arsace a1743, Sofonisba a 1744 e appolito 1745. Na
mesma altura, Gluck compôs Cleonice (Demetrio) e La Finta Schiava a Pasticcio, para
Veneza; II Tigrane, para Crema; e Poro, para Turim.

Com estes primeiros trabalhos, Gluck tornou-se num importante compositor dramático.
Em 1745, viajou para Londres a convite do Lord Middlesex e, um ano depois, a sua
Ópera La Caduta de´Giganti foi representada. No mesmo ano, subiu a palco Artamene, a
segunda Ópera escrita em Londres. Nenhuma das duas composições teve sucesso. Nesse
ano Gluck e Haendel deram um concerto juntos no Teatro de Haymarket, com trabalhos
de Gluck e um concerto para órgão de Haendel.

Depois de Londres, Gluck visitou Paris e tom ou contacto com a ópera de Rameau, cujo
o dramatismo o levou a alterar a sua conceção de teatro musical. Quando regressou a
Viena, aprofundou a estética musical e estudo a língua e a literatura de vários países, o
que o levou a conviver com a sociedade culta. Nesse circulo conheceu o Duque de
Lafõesl D.João de Bragança, a quem dedicou a Ópera Paride ed Elena. Algum tempo
depois voltou a Praga, onde compôs Ezio e Issipile.

Em 1755, a Ópera-serenata La Danza foi representada no Castelo Imperial de Viena e,


no mesmo ano, compôs L´Innocenza Giustificata. A partir de 1758, Gluck tornou-se
mais independente e compôs La Fausse Esclave, L´lle de Merlin, La CythèreAssigée, L
´ivrogne Corrigé e Le Cadi Dupé. Alguns anos depois compôs peças para bailados
dramáticos. Em 1772, foi representada a Ópera Iphigénie en Aulide, na Ópera de
Paris.passado dois anos, a sua Ópera Orfeo alcançou um enorme sucesso.

Gluck passou os seus últimos oito anos da sua vida em Viena, compondo Klopstocks
Oden und Lieder e Echo et Narcisse. Nessa altura, com a colaboração do poeta J.B. von
Alixinger, compôs a versão Alemá de Iphigénie en Tauride. Em 1781 sofreu uma
apoplexia, que o paralisou parcialmente. Em 1787 morreu.
A reforma da Ópera

O primeiro reformador da ópera foi Gluck, que trabalhou em vários lugares da Europa,
mas teve seus momentos mais decisivos em Viena. Especialmente quando
estreou Orfeu e Euridice em homenagem a José I, em 1762.

A reforma implantada por Gluck significou especialmente o abandono de uma tradição


da Ópera como um espetáculo de números musicais. As Árias eram feitas para
privilegiar o espetáculo vocal dos cantores, e Gluck protagonizava uma volta à
simplicidade idealizada pelos Florentinos por volta de 1600. Em sua ópera as árias
ficavam mais curtas, os coros e recitativos ganhavam importância e, principalmente,
havia uma busca pela coerência cênica, evitando que ela ficasse totalmente submersa
pelos interesses contratuais das divas. 

Mas apesar de todas as reformas que Gluck protagonizou, e no seu papel fundamental
em suplantar formas musicais tradicionais como a aria-da-capo ou o recitativo a seco, as
suas óperas ainda eram todas baseadas em histórias da Antiguidade Clássica, em
versões de Metastasio.

Quem dá o segundo passo na reforma da Ópera é Mozart, também trabalhando com as


cortes liberais de Viena. A principal evolução provocada por Mozart, para além do que
Gluck já havia feito, foi trazer a ópera para temas contemporâneos. Nas principais
óperas de Mozart, os personagens não são mais os heróis e deuses da Antiguidade, mas
o nobre, o criado, o soldado, o camponês – em relações amorosas ou de conflito social,
vistas com humor e fina ironia. Não por coincidência, as duas obras principais de
Mozart coincidem com a agitação cultural pré Revolução Francesa. As bodas de
Figaro e Don Giovanni  são óperas das quais se pode dizer que a nobreza aparece de
modo ridicularizado, e elas foram encenadas em 1786 e 1787, pouco antes da tomada da
Bastilha (1789).

As óperas mais significativas de Mozart foram as que ele trabalhou em parceria com o
libretista Da Ponte. A primeira delas foi as bodas de Figaro. Composta entre 1785-1786
e estreada em Viena a maio de 1786. Baseada na peça homônia de Baumarchais,
apresentada em Paris, mas proibida de ser encenada em Viena por causa das suas
características extremamente subversivas. Uma versão censurada da peça pode ser
publicada (mas não encenada) em Viena em 1785, devidamente expurgada das cenas
mais explicitamente políticas.

A versão trabalhada por Mozart tentou se apróximar das convenções da Ópera Bufa,
afastando-se da parte mais política do discurso, até porque a encenação se dava no
círculo do imperador José II. Mesmo assim, permaneceram algumas cenas que revelam
forte tensão social, como na Cavatina final do segundo ato: Se vuol ballare, em que
Figaro, um criado, revela atitudes nada respeitosas com um nobre.

Além disso, a ópera mantém características musicais bem distintas para os personagens,
conforme a classe social que representam.
Conclusão

Com este trabalho consegui perceber melhor a reforma da Ópera e conhecer melhor
Gluck e as suas obras.
Bibliografia

Biblioteca Geral de Consulta da Arte, Música e Dança.

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