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Gabarito do Trabalho Prático N0 3 - Álgebra Linear

No gabarito, foi usado o GRRXX-1234


   
0 −2 5 3
1. (a) Para o GRRXX-1234, as matrizes M e N são: M = , N= .
7 0 0 6
hM, N i
Sabemos que se θ é o ângulo entre M e N , então cos θ = . O sinal do cosseno permite classificar o ângulo
kM kkN k
como âgudo, reto ou obtuso. Observe que o sinal do cos θ é igual ao sinal do produto interno entre M e N (já que o
denominador é estritamente positivo). Usando o produto interno definido na questão:
   
0 −2 5 3
hM, N i = h , i = 0 · 5 + 2 · (−2)3 + 3 · 7 · 0 + 0 · 6 = −12 < 0 =⇒ sinal de cos θ < 0, logo o ângulo
7 0 0 6
comprendido entre M e N é obtuso.
(b) Neste item pode fazer a conta diretamente ou bem usar as propriedades do produto interno:
M −N 2 kM k2 +kN k2
k M +N 2 1 1
2 k + k 2 k = 4 (hM + N, M + N i + hM − N, M − N i) = 4 (2hM, M i + 2hN, N i) = 2 .
kM k2 = hM, M i = 02 + 2 · (−2)2 + 3 · 72 + 02 = 155.
kN k2 = hM, M i = 52 + 2 · 32 + 3 · 02 + 62 = 79.
M +N 2 M −N 2 155 + 79
Resulta então: k k +k k = = 234.
2 2 2
kM k2 + kN k2 155 + 79
(c) = = 234.
2 2

2. Note que os geradores de W : {w1 , w2 } = {(0, 2, 3); (4, 2, 3)}, são L.I. e portanto base do subespaço. Lembre que
W ⊥ = {v ∈ R3 / hv, wi = 0, ∀w ∈ W } = {v ∈ R3 / hv, wk i = 0, para k = 1, 2},
W ⊥ = {(x, y, z) ∈ R3 / 2y + 3z = 0; e 4x + 2y + 3z = 0},
assim para determinar uma base para H ⊥ deve-se encontrar uma base do subespaço solução do sistema linear ho-
mogêneo:
   
  x     x  
0 2 3   0 1 0 0   0
y = ⇐⇒ y = , resulta então que (0, −3/2, 1) é um gerador de W ⊥ , e
4 2 3 0 0 1 3/2 0
z z
obviamente uma base de W ⊥ pois um único vetor não nulo é sempre linearmente independente .
Base de W ⊥ : {(0, −3/2, 1)}.
(b) Observe que por ser R3 = W ⊕ W ⊥ , podemos unir as bases de W e de W ⊥ para formar uma base de R3 : β =
{(0, 2, 3), (4, 2, 3), (0, −3/2, 1)}. Toda transformação linear resulta determinada pela ação sobre uma base, logo será
suficiende definir T sobre a base β. A transformação linear T deve ser tal que Im(T ) = W , e Ker(T ) = W ⊥ ,logo
podemos definir:

T (0, 2, 3) = (0, 2, 3); T (4, 2, 3) = (4, 2, 3); T (0, −3/2, 1) = (0, 0, 0).
Para definir explicitamente a transformação:
−x 2 3 x 4z − 6y
T (x, y, z) = T( ( + y + z) (0, 2, 3) + (4, 2, 3) + ( ) (0, −3/2, 1)),
4 13 13 4 13
−x 2 3 x 4z − 6y
= ( + y + z) T (0, 2, 3) + ( ) T (4, 2, 3) + ( ) T (0, −3/2, 1),
4 13 13 4 13
−x 2 3 x
= ( + y + z) (0, 2, 3) + ( ) (4, 2, 3)
4 13 13 4

1
4y + 6z 6y + 9z
T (x, y, z) = (x, , ).
13 13
Outra forma: Definir T como a projeção ortogonal  W e calcular a matriz da projeção, [T ] =matriz de projeção
 sobre
0 4
ortogonal sobre W : A(At A)−1 AT , sendo A = 2 2,
3 3
   
0 4    1 0 0
29/16 −1/16 0 2 3
[T ] = 2 2 = 0 4/13 6/13 .
−1/16 1/16 4 2 3
3 3 0 6/13 9/13

(c) Para u = (0, −3, 2) ∈ ker(T ), v = (0, 2, 3) ∈ Im(T ), ku + vk2 = k(0, −1, 5)k2 = 26.
kuk2 + kvk2 = k(0, −3, 2)k2 + k(0, 2, 3)k2 = 13 + 13 = 26.
Observe que este resultado era de esperar pois ku + vk2 = kuk2 + kvk2 ⇐⇒ u ⊥ v.

Z 1
3. V = P2 (R), com produto interno: hf, gi = f (t)g(t) dt, p1 (t) = 1 + 3t, p2 (t) = 3 + 5t
0
Z 1 Z 1
(a) hp1 , p2 i = p1 (t) p2 (t) dt = 3 + 14t + 15t2 dt = 15
0 0
1 1
(1 + 3t)3
Z
2 2
kp1 k = hp1 , p1 i = (1 + 3t) dt = = 7.
0 9 0
Z 1 3 1

(3 + 5t)
kp2 k2 = hp2 , p2 i = (3 + 5t)2 dt = = 97/3.
0 15 0

√ p
r
679
15 = |hp1 , p2 i| ≤ kp1 k · kp2 k = 7 97/3 = ≈ 15.044
3
r
hp1 , p2 i 3
(b) projp2 p1 = p2 = 15(3 + 5t).
hp2 , p2 i 97
(c) Seja H = span{p2 (t)} =⇒ P2 (R) = H ⊕H ⊥ .Escrever p1 (t) como a soma de dois polinômios, um deles paralelo
a p2 e outro ortogonal a ele, equivale a decompor p1 como a soma de um polinômio em H e outro polinômio em H ⊥ .
Desta forma, q nada mais é do que a projeção de p1 sobre H e r a projeção sobre o complemento ortogonal:
q
3
q(t) = projH p1 = projp2 p1 = 15 97 (3 + 5t),
q q q
3 3 3
r(t) = p1 − projp2 p1 = 1 + 3t − 15 97 (3 + 5t) = (1 − 45 97 ) + (3 − 75 97 )t.

4. W = {v1 , v2 , v3 } = span{(0, 2, 0, 1); (0, −1, 3, 0); (4, −1, 0, 3)}. Observe que este conjunto de geradores é de fato
uma base do subespaço pois os vetores são linearmente independentes:

a1 (0, 2, 0, 1) + a2 (0, −1, 3, 0) + a3 (4, −1, 0, 3) = (0, 0, 0) =⇒ a1 = a2 = a3 = 0

(a) O processo de ortogonalização de Gram-Schmidt permite ortogonalizar a base de W :


w1 = v1 = (0, 2, 0, 1),
(−2)
w2 = v2 − projw1 v2 = (0, −1, 3, 0) − 5 (0, 2, 0, 1) = (0, − 15 , 3, 25 ),

2
7/5
w3 = v3 − projw1 v3 − projw2 v3 = (4, −1, 0, 3) − 51 (0, 2, 0, 1) − 1 2
46/5 (0, − 5 , 3, 5 ) = (4, − 63 21 63
46 , − 63 , 23 ),

Base ortogonal de W : β = {(0, 2, 0, 1), (0, − 15 , 3, 25 ), (4, − 63 21 63


46 , − 63 , 23 )}.

(b) Podemos escolher como v = v1 + 2v2 = (0, 2, 0, 1) + 2(0, −1, 3, 0) = (0, 0, 6, 1) ∈ W .


Os coeficientes de Fourier do vetor v ∈ W na base ortogonal β de W , são dados por:
hv, w1 i h(0, 0, 6, 1), (0, 2, 0, 1)i 1
α1 = = = .
hw1 , w1 i h(0, 2, 0, 1), (0, 2, 0, 1)i 5
hv, w2 i h(0, 0, 6, 1), (0, − 15 , 3, 25 )i 92/5
α2 = = 1 2 1 2 = = 2.
hw2 , w2 i h(0, − 5 , 3, 5 ), (0, − 5 , 3, 5 )i 46/5
hv, w3 i h(0, 0, 6, 1), (4, − 63 21 63
46 , − 63 , 23 )i 17/23
α3 = = = ≈ 0.029.
hw3 , w3 i 63
h(4, − 46 , − 63 , 23 ), (4, − 46 , − 21
21 63 63
,
63 23
63
)i 25.490

De esta forma, v = (0, 0, 6, 1) = α1 w1 + α1 w1 + α1 w1 = (1/5)w1 + 2w2 + (0.029)w3 .

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