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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO


ESTADO DO PIAUÍ

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº03/2019


Terminologia de segurança contra incêndio

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Termos e definições
fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação.
1 OBJETIVO
4.5 ABIQUIM: Associação Brasileira da Indústria Química.
1.1 Padronizar os termos e definições utilizados no Serviço de
Segurança contra Incêndio e no Regulamento de seguran- ça 4.6 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado do
4.7 Abrigo: compartimento, embutido ou aparente, dotado de
Piauí, em vigor.
porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos,
2 APLICAÇÃO carretéis ou outros equipamentos de combate a incêndio,
capaz de proteger contra intempéries e danos diversos.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a toda legislação de
Segurança contra Incêndio do Corpo de Bombeiros de 4.8 Acantonamento: 1. Volume livre de fumaça compreen-
Bombeiros militar do Estado do Piaui CBMEPI. dido entre o chão e o teto/telhado, delimitado por painéis de
fumaça. 2. Construção ou grupo de construções não militares,
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS particulares ou públicas, utilizadas para alojar, temporaria-
mente, organizações militares.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 5
de outubro de 1988, Brasília: Senado Federal, 2016, artigo 4.9 Aceite: documento em que a Prefeitura local aceita as
144, § 5°. obras e serviços realizados pelo loteador.
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São
4.10 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do
Paulo, de 5 de outubro de 1989;
pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída horizontal,
. Lei Ordinária nº 4.583, de 10 de agosto de 2005. para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descar-
Institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do
ga para saída do recinto do evento. Os acessos podem ser
Estado, e dá outras providências;
constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões,
. Decreto nº 17.688/18, de 26 de Março de 2018. varandas e terraços.
Institui o Regulamento de Segurança Contra Incêndios das
edificações e áreas de risco no Estado do Piauí e dá 4.11 Acesso para bombeiros: áreas ou locais que proporci-
providências correlatas; onem facilidades de acesso para bombeiros e equipamentos,
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS no interior das edificações e áreas de risco, em caso de
(ABNT). NBR 13860: Glossário de termos relacionados com a emergência.
segurança contra incêndio. Rio de Janeiro: ABNT;
4.12 Acesso para viaturas: vias trafegáveis com prioridade
ISO 8421-1 General terms and phenomena of fire.
para a aproximação e operação dos veículos e equipamentos
ISO 8421-2 Structural fire protection. de emergência juntos às edificações e instalações industriais.
ISO 8421-3 Fire detection and alarm.
4.13 Acionador manual: dispositivo destinado a dar partida
ISO 8421-4 Fire extinction equipment.
a um sistema ou equipamento de segurança contra incêndio,
ISO 8421-5 Smoke control. pela interferência do elemento humano.
ISO 8421-6 Evacuation and means of escape.
4.14 Acionador manual de alarme: dispositivo de alarme de
ISO 8421-7 Explosion detection and suppression means; incêndio, operado manualmente, o qual proporciona um alar-
ISO 8421-8 Terms specific to firefighting, rescue services and me de incêndio sonoro e/ou visual.
handling hazardous materials.
4.15 Acompanhante do vistoriador: pessoa com conheci-
4 DEFINIÇÕES mento da operacionalidade dos sistemas de segurança contra
incêndios instalados na edificação que acompanha o vistoria-
Para efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se os seguintes
termos e definições: dor, executando os testes necessários na vistoria.

4.1 Abafamento: método de extinção de incêndio destinado 4.16 Adaptação: junta de união usada para conectar man-
a impedir o contato do ar atmosférico com o combustível e a gueiras com conexões diferentes.
liberação de gases ou vapores inflamáveis. 4.17 Adução e recalque d’água: transferência de água de
4.2 Abandono de edificação: conjunto de ações que visam uma fonte de abastecimento para o local do incêndio, através
remoção rápida, segura, de forma ordenada e eficiente de toda da interposição de bombas intermediárias nas linhas de man-
a população fixa e flutuante da edificação, em caso de uma gueiras.
situação de sinistro. 4.18 Aduchar: trata-se do acondicionamento de um cabo (ou
4.3 Abertura de ventilação: abertura em uma parede ou mangueira), visando seu pronto emprego.
cobertura de uma edificação concebida para retirar o calor e a 4.19 Adutora: canalização, geralmente de grande diâmetro,
fumaça. que tem como finalidade conduzir a água da Estação de Tra-
4.4 Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra tamento de Águas (ETA), até as redes de distribuição.
abertura não dotada de vedação com o índice exigido de 4.20 Aeração: 1. Ato ou efeito de arejar; renovação de ar;
proteção ao fogo. Considera-se, ainda, qualquer parte da passagem forçada de ar, através de uma solução, de um
parede externa da edificação com índice de resistência ao
banho ou de outro sistema, com o objetivo de aumentar o teor ções sanitárias ou respectivas dependências sem aproveita-
de oxigênio ou expulsar gases indesejáveis. 2. (PP) Técnica mento para quaisquer atividades ou permanência humana, a
simples e eficiente, realizada por meio da aplicação de vapor mensuração da altura será a partir do piso mais baixo do
d’água no material contaminado. Apresenta bons resultados subsolo ocupado.
em produtos voláteis. 4.32 Altura de sucção: altura entre o nível de água de um
4.21 Aeródromo: toda área de terra, água ou flutuante desti- reservatório e a linha de centro da sucção da bomba.
nada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. 4.33 Altura real de armazenagem: é a altura, entre o piso e
4.22 Afastamento horizontal entre aberturas: distância o topo da mercadoria, em que os produtos estão sendo arma-
mínima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos zenadas ou que se pretende armazenar.
setores compartimentados. 4.34 Alvará para comércio de fogos de artifícios: docu-
4.23 Agente extintor: entende-se por agentes extintores, mento expedido pela Divisão de Produtos Controlados da
certas substâncias químicas (sólidas, líquidas, gasosas ou Capital ou setor congênere nas Delegacias Seccionais de
outros materiais) que são utilizados na extinção de um incên- Polícia dos demais municípios, que permite a empresa funci-
dio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, acumulando onar durante o exercício corrente de sua expedição.
esses dois processos o que, aliás, é o mais comum. Os prin- 4.35 Ampliação: aumento da área construída da edificação.
cipais agentes extintores são os seguintes: água; espuma;
dióxido de carbono; pó químico seco; agentes halogenados e 4.36 Análise de projeto: é o procedimento de verificação de
agentes umectantes. documentos e das plantas das medidas de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco, quanto ao atendi-
4.24 Agente fiscalizador: é o militar do serviço ativo do mento das exigências do Regulamento.
CBMEPI credenciado pela Instituição para exercer as ativi-
dades de fiscalização das edificações e áreas de risco, nos 4.37 Análise preliminar de risco: estudo prévio sobre a
termos do Regulamento de Segurança Contra Incêndios do existência de riscos, elaborado durante a concepção e o de-
Estado do Piauí. senvolvimento de um projeto ou sistema.

4.25 Agente supressor de explosão: substâncias que, 4.38 Andar: volume compreendido entre dois pavimentos
quando dispersas dentro de um recipiente, podem interromper consecutivos ou entre o pavimento e o nível superior à sua
o desenvolvimento de uma explosão naquele recipiente. cobertura.

4.26 Agentes limpos: agentes extintores na forma de gás 4.39 Anemômetro: instrumento que realiza a medição da
que não afetam a camada de ozônio e não colaboram com o velocidade de gases.
aquecimento global, permanecendo o tempo mínimo possível 4.40 Anemômetro de fio quente ou termo anemômetro:
na atmosfera, sendo inodoros, incolores, maus condutores de tipo de anemômetro que opera associando o efeito de troca de
eletricidade e não corrosivos, e quando utilizado na sua con- calor convectiva no elemento sensor (fio quente) com a
centração de extinção, permite a respiração humana com velocidade do ar que passa pelo mesmo. Possibilita realizar
segurança. medições de valores baixos de velocidade, em geral com
4.27 Alívio de emergência: dispositivo capaz de aliviar a valores em torno de 0,1 m/s.
pressão interna de um recipiente ou vaso sobre pressão. 4.41 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): ins-
4.28 Alambrado: tela de arame ou outro material similar. trumento por meio do qual o profissional registra as atividades
técnicas solicitadas, mediante contratos (escritos ou verbais),
4.29 Alarme de incêndio: aviso de um incêndio, sonoro e/ou para a execução de obras ou prestação de serviços.
luminoso, originado por uma pessoa ou por um mecanismo
automático, destinado a alertar as pessoas sobre a existência 4.42 ANP: Agência Nacional do Petróleo.
de um incêndio em determinada área da edificação. 4.43 Antecâmara: recinto que antecede a caixa da escada,
4.30 Altura ascendente: medida em metros entre o ponto com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por
que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada
do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais (pressurização).
baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação 4.44 Anulação: ato vinculado de tornar sem efeito, desde a
(subsolo). data de sua edição e para todos os fins, a homologação de um
4.31 Altura da edificação ou altura descendente: medida em processo de análise e demais atos subsequentes, median- te a
metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de des- constatação da incompetência do responsável técnico que
carga, sob a projeção do paramento externo da parede da atuou no Projeto Segurança contra incêndio e áreas de risco
edificação, ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, para o ato praticado, ao tempo da aprovação, ou da
casas de máquinas, barrilete, reservatórios de água e asse- constatação de vício por não observância normativa, portanto,
melhados. Nos casos onde os subsolos tenham ocupação não originando direitos.
distinta de estacionamento de veículos, vestiários e instala- 4.45 Aprovado: aceito pela autoridade competente.
4.46 Área a construir: área projetada não edificada. meração de pessoas em local provido de controle de acesso,
depósitos a céu aberto e similares.
4.47 Área construída: somatório de todas as áreas edifica-
das de uma propriedade. 4.61 Área de toque: parte da área de pouso e decolagem,
com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque do
4.48 Área da edificação: somatório da área a construir e da helicóptero ao pousar.
área construída de uma edificação.
4.62 Área de venda de fogos de artifício: local destinado à
4.49 Área de aberturas na fachada de uma edificação: permanência de pessoas para escolha e compra de fogos de
superfície aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de artifício.
vedação), paredes, parapeitos e vergas que não apresentam
resistência ao fogo e pelas quais se podem irradiar o incêndio. 4.63 Área do maior pavimento: área do maior pavimento da
edificação, excluindo o de descarga.
4.50 Área de armazenagem: local destinado à estocagem de
fogos de artifício industrializado. 4.64 Área fria: local quepossui piso e paredes, normalmente
revestidos com cerâmica, possuindo também instalação hi-
4.51 Área de armazenamento: local contínuo destinado ao dráulica – banheiros, vestiários até 100 m², sauna e asseme-
armazenamento de recipientes transportáveis de Gás Lique- lhados.
feito de Petróleo (GLP), cheios, parcialmente utilizados, e
vazios, compreendendo os corredores de inspeção, quando 4.65 Área de produção: local destinado ao manufaturamen-
existirem. to de matéria prima ou produto acabado.

4.52 Área de estacionamento de helicópteros: local desti- 4.66 Área total da edificação: é o somatório da área a cons-
nado ao estacionamento de helicópteros, localizado dentro truir e da área construída de uma edificação em metros qua-
dos limites do heliporto ou heliponto. drados.

4.53 Área de interesse de serviços de bombeiros (AISB): 4.67 Área de resgate: área com acesso direto para uma
área, local ou edificação que necessite, prioritariamente, de saída, destinada a manter em segurança pessoas com defici-
ações prevencionistas ou fiscalizadoras. ência ou com mobilidade reduzida, enquanto aguardam socor-
ro em situação de sinistro.
4.54 Área de operação para chuveiros automáticos: é a
área calculada a ser totalmente inundada por um sistema de 4.68 Área restrita: local de acesso controlado ou restrito a
chuveiros automáticos. pessoas específicas. Área não aberta ao público.

4.55 Área de pavimento: medida em metros quadrados, em 4.69 Área técnica: área de acesso restrito localizada, dotada
qualquer pavimento de uma edificação, do espaço compreen- de equipamentos (elétricos, solares, mecânicos etc.), que
dido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes permita o acesso humano unicamente para fins de inspeção e
corta fogo, excluindo a área de antecâmara, e dos recintos manutenção de sistemas e que esteja devidamente caracteri-
fechados de escadas e rampas. zado de forma a não permitir a permanência de pessoas e/ou
o desenvolvimento de qualquer atividade diversa.
4.56 Área de pouso e decolagem: local do heliponto ou
heliporto, com dimensões definidas, onde o helicóptero pousa 4.70 Armazém de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis:
e decola. construção destinada, exclusivamente, a armazenagem de
recipientes de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis.
4.57 Área de pouso e decolagem de emergência para
helicópteros: local construído sobre edificações, cadastrado 4.71 Armazém de produtos acondicionados: área coberta
no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utili- ou não, onde são acondicionados recipientes (tais como tam-
zado para pousos e decolagens de helicópteros, exclusiva- bores, tonéis, latas, baldes etc.) que contenham produtos ou
mente em casos de emergência ou de calamidade. materiais combustíveis ou produtos inflamáveis.

4.58 Área de pouso ocasional: local de dimensões defini- 4.72 Arruamentos de quadras: vias de circulação de veícu-
das, que pode ser usado, em caráter temporário, para pousos los pesados existentes entre as quadras de armazenamento
e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, externo de um pátio de contêineres.
específica e por prazo limitado, do órgão regional do Coman- 4.73 Aspersor: dispositivo utilizado nos sistemas de pulveri-
do Aéreo Regional. zação de água que tem por finalidade a aplicação do agente
4.59 Área de refúgio: local onde o usuário da edificação pode extintor para controle ou extinção de incêndios ou resfriamen-
permanecer em segurança, temporariamente, durante uma to.
emergência. 4.74 Atendimento técnico: atendimento presencial, por
4.60 Área de risco: é o ambiente externo à edificação que videoconferência ou outro meio de comunicação, ofertado ao
contém risco específico de ocorrência de incêndio ou emer- responsável técnico com o objetivo de sanar dúvidas referen-
gência, tais como: armazenamento de produtos inflamáveis ou tes à segurança contra incêndio de processo em fase de
combustíveis, bacia de contenção em parque de tanques análise ou de vistoria.
subestações elétricas, explosivos, produtos perigosos, aglo-
4.75 Aterramento: processo de conexão a terra, de um ou 4.89 Bacia de contenção: área construída por uma depres-
mais objetos condutores, visando à proteção do operador ou são, pela topografia do terreno ou ainda limitada por dique,
equipamento contra descargas atmosféricas, acúmulo de destinada a conter eventuais vazamentos de produto; a área
cargas estáticas e falhas entre condutores vivos. interna da bacia deve possuir um coeficiente de permea-
bilidade de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20 ºC.
4.76 Atestado de brigada de incêndio: documento que ates-
ta que os ocupantes da edificação receberam treinamento 4.90 Bacia de contenção à distância: compartimento livre
teórico e prático de prevenção e combate a incêndio. de ação do fogo destinado à contenção de líquidos combustí-
veis/inflamáveis em que não seja possível ou recomendada
4.77 Ático: parte do volume superior de uma edificação, sua contenção por diques em torno dos tanques, devendo
destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, possuir declividade no piso para o canal de fuga de no mínimo
caixas de água e circulação vertical. 1% nos primeiros 15 metros a partir do tanque e com capaci-
4.78 Átrio (atrium): espaço amplo criado por um andar aber- dade no mínimo igual à capacidade do maior tanque que
to ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais possa ser drenado para ela.
pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetu- 4.91 Bacia de contenção de óleo isolante: dispositivo cons-
ando-se os locais destinados à escada, escada rolante e tituído por grelha, duto de coleta e dreno, preenchido com
“shafts” de hidráulica, eletricidade, ar condicionado e cabos de pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de óleo
comunicação. isolante.
4.79 Aumento na altura da edificação: qualquer acréscimo 4.92 Balaústre: 1. Colunelo de madeira, pedra ou metal, que
de área e/ou ocupação que deva ser computado na altura da sustenta com outros iguais, regularmente distribuídos, uma
edificação, conforme preconiza o Regulamento de Segurança travessa, corrimão ou peitoril. 2. Haste de madeira ou metal,
contra Incêndio. geralmente usada nas viaturas para auxiliar o bombeiro no
4.80 Atestado de Regulalidade do Corpo de Bombeiros – embarque ou desembarque.
ARCB: é o documento emitido pelo CBMEPI certificando que, 4.93 Balcão ou sacada: parte de pavimento da edificação em
no ato da vistoria técnica, a edificação ou área de risco atende balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo
às exigências quanto às medidas de segurança contra menos, uma face aberta para o espaço livre exterior.
incêndio, nos termos do Regulamento de Segurança Contra
Incêndio. 4.94 Baldrame: 1. Peça de madeira que serve de base às
paredes e sustenta os barrotes do soalho. 2. Base de parede
4.81 Autonomia do sistema: tempo mínimo em que o sis- ou muralha, alicerce de alvenaria.
tema de iluminação de emergência assegura os níveis de
iluminância exigidos. 4.95 Barra acionadora: componente da barra antipânico,
fixada horizontalmente na face da folha, cujo acionamento, em
4.82 Autoridade competente: órgão, repartição pública ou qualquer ponto de seu comprimento, libera a folha da porta de
privada, pessoa jurídica ou física investida de autoridade para sua posição de travamento, no sentido da abertura.
legislar, examinar, aprovar e/ou fiscalizar os assuntos relacio-
nados à segurança contra incêndio nas edificações e áreas de 4.96 Barra antipânico: dispositivo de destravamento da folha
risco, baseados em legislação específica local. de uma porta, na posição de fechamento, acionado mediante
pressão exercida no sentido de abertura, em uma barra
4.83 Autorização para adequação: processo administrativo horizontal fixada na face da folha.
que visa a concessão de prazo para implementação das me-
didas de segurança contra incêndio em uma edificação ou 4.97 Barreira de fumaça: elemento vertical de separação
área de risco. montado no teto, com altura mínima e características de resis-
tência ao fogo, que previna a propagação horizontal de fuma-
4.84 Avaliador credenciado: é a pessoa física regularmente ça de um espaço para outro.
credenciada e designada pela Autoridade do Serviço de Se-
gurança contra Incêndios (SvSCI) do CBMEPI para averi- 4.98 Barreiras de proteção: dispositivos que evitam a pas-
guação dos requisitos de credenciamento do bombeiro civil e sagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação
do instrutor de bombeiro civil. para outro contíguo.

4.85 Avisador: dispositivo previsto para chamar a atenção de 4.99 BAT: Base de Atendimento Técnico.
todas as pessoas dentro de uma área de perigo, controla- do 4.100 Bateria de cilindros: conjunto de dois ou mais cilin-
pela central. dros ligados por uma tubulação coletora contendo gás extintor
4.86 Avisador sonoro: dispositivo que emite sinais audíveis ou propulsor.
de alerta. 4.101 Bico nebulizador: dispositivo de orifício fixo, normal-
4.87 Avisador sonoro e visual: dispositivo que emite sinais mente aberto, para descarga de água sob pressão, destinado
audíveis e visíveis de alerta combinados. a produzir neblina de água com forma geométrica definida.

4.88 Avisador visual: dispositivo que emite sinais visuais de 4.102 “Bleve”: explosão de vapores em expansão de líquido
alerta.
em ebulição. Fenômeno que ocorre quando há ruptura do 4.115 Bombeiros Públicos Municipais: os servidores
recipiente de estocagem como consequência de fogo externo. públicos municipais, designados para esse fim, preparados e
Há uma liberação instantânea do produto em combustão, que credenciados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
rapidamente se expande na área de incêndio, gerando uma Piauí- CBMEPI, com o objetivo de cooperar na prestação dos
bola de fogo. Sigla da expressão boilling liquid expanding serviços de bombeiros, nos termos da legislação vigente.
vapour explosion. 4.116 Bombeiros Públicos Voluntários: pessoas físicas
4.103 Bocel do degrau: borda saliente do degrau sobre o que prestam atividade não remunerada, em caráter honorífico,
espelho, arredondada inferiormente ou não. com objetivos cívicos e sociais, preparados e credenciados
pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí- CBMEPI,
Nota:
com o objetivo de cooperar na prestação dos serviços de
Se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência dos planos do degrau e do
espelho, nesse caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a bombeiros, nos termos da legislação vigente.
saliência do bocel ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior não pode
ser menor que 15 mm em projeção horizontal. 4.117 Botoeira de alarme: dispositivo destinado a dar um
alarme em um sistema de segurança contra incêndio, pela
4.104 Bomba “booster”: bomba destinada a suprir deficiên- interferência do elemento humano.
cias de pressão em uma instalação hidráulica de proteção
contra incêndios. 4.118 Botoeira “liga-desliga”: acionador manual, do tipo
liga-desliga, para bomba principal.
4.105 Bomba com motor a explosão: equipamento para o
combate a incêndio, cuja força provém da explosão do com- 4.119 Brigada de incêndio: grupo organizado, formado por
bustível misturado com o ar. pessoas voluntárias ou indicadas, treinado e capacitado para
atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,
4.106 Bomba com motor elétrico: equipamento para com- abandono de área, prevenção de acidentes e primeiros socor-
bate a incêndio, cuja força provém da eletricidade. ros, dentro de uma área preestabelecida na edificação, planta
4.107 Bomba de escorva: bomba destinada a remover o ar ou evento.
do interior das bombas de combate a incêndio. 4.120 Brigada municipal: equipe de bombeiros públicos
4.108 Bomba de pressurização “jóckey”: dispositivo hi- voluntários, vinculada ao Poder Executivo do Município e
dráulico centrífugo destinado a manter o sistema pressurizado coordenada conforme o estabelecido em convênio firmado
em uma faixa preestabelecida. com o Estado, por intermédio da Secretaria da Segurança
Pública.
4.109 Bomba de reforço: dispositivo hidráulico destinado a
fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavorá- 4.121 Cabo Pirotécnico (também denominado “Blaster”
veis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abaste- Pirotécnico): é o operador responsável pelo planejamento,
cidos pelo reservatório elevado. supervisão e/ou execução do espetáculo pirotécnico, legal-
mente habilitado pelo órgão estadual competente, segundo a
4.110 Bomba principal: dispositivo hidráulico centrífugo desti- regulamentação do Exército Brasileiro.
nado a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio.
4.122 Cais: estrutura com plataforma, construída ao longo e
4.111 Bombeiro civil: pessoa formada em centro de formação paralela a um corpo d´água. Um cais pode ter deck aberto ou
de bombeiro civil credenciado pelo CBMEPI, para exercer função
pode ser equipado com uma superestrutura.
como medida de segurança contra incêndios, em caráter habitual
e remunerado, exclusiva de prevenção, combate a incêndios e 4.123 Caldeira: é toda e qualquer instalação fixa destinada a
primeiros socorros, contratada diretamente por empresas privadas produzir vapor d’água sob pressão superior à atmosférica,
ou públicas, por sociedades de economia mista ou por empresas utilizando qualquer fonte externa de calor.
especializadas, para atuação em edifica- ções, áreas de risco ou 4.124 Calor: forma de energia que eleva a temperatura,
eventos temporários, regularmente credenciado pelo CBMEPI. gerada da transformação de outra energia, através de proces-
4.112 Bombeiro civil público: bombeiro público, municipal so físico ou químico.
ou voluntário, nos termos do artigo 2º, inciso III, da Lei Com- 4.125 Calor de combustão, potencial calorífico: energia
plementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015. calorífica passível de ser liberada pela combustão completa de
4.113 Bombeiro civil privado: pessoa treinada e capacita- um material por umidade de massa.
da que presta serviços de prevenção e atendimento a emer- 4.126 Camada de fumaça “smoke layer”: espessura acu-
gências em uma edificação, área de risco ou evento. mulada de fumaça por uma barreira ou painel.
4.114 Bombeiro militar estadual: militar pertencente ao 4.127 Câmara de espuma: dispositivo dotado de selo de
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Pau- vapor, destinado a conduzir a espuma para o interior do tan-
lo (CBPMESP), especializado na prevenção, combate e extin- que de armazenamento de teto cônico.
ção de incêndios, bem como em atividades de busca e sal-
vamento. 4.128 Câmara de retardo da válvula de alarme do sprin-
kler: dispositivo volumétrico projetado para minimizar alarmes 4.141 CAU: Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
falsos devido a surtos e flutuações no fornecimento de água 4.142 Causa: origem de caráter humano ou material, relacio-
do sistema de sprinkler. nada com um acidente.
4.129 Campo de pouso: área preparada para pouso, deco- 4.143 CBI: Comando de Bombeiros do Interior.
lagem e acomodação de aeronaves.
4.144 CBM: Comando de Bombeiros Metropolitano.
4.130 Canal de fuga: canal que interliga os tanques à bacia
de contenção à distância, construído com material incombus- 4.145 Central de alarme: equipamento destinado a proces-
tível, inerte aos produtos armazenados e com o coeficiente de sar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, conver-
permeabilidade mínima de 10-6 cm/s, referenciado à água a tê-los em indicações adequadas, comandar e controlar os
20 ºC. demais componentes do sistema.

4.131 Canalização (tubulação): rede de tubos, conexões e 4.146 Central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo): área
acessório, destinada a conduzir água para alimentar o siste- devidamente delimitada que contém os recipientes
ma de combate a incêndios. transportáveis ou estacionários e acessórios destinados ao
armazenamento de GLP para consumo.
4.132 Canhão monitor: equipamento usado para lançar jatos
com grande quantidade de água ou de espuma, com 4.147 Centro de Formação de Bombeiro Civil (CFBC):
movimento lateral e vertical. Pode ser fixo ou móvel (portátil). estabelecimento civil devidamente credenciado pelo CBMEPI,
destinado à formação e reciclagem de bombeiros civis.
4.133 Capacidade portante: capacidade do elemento cons-
trutivo de suportar a exposição ao fogo, em uma ou mais faces, 4.148 Certificação: processo no qual o Corpo de Bombeiros,
por um determinado período de tempo, preservando sua através de seus vistoriadores avalia se determinada edifica-
estabilidade estrutural. ção atende as normas técnicas e regulamento de segurança
contra incêndio.
4.134 Capacidade volumétrica: capacidade total em volu-
me de água que o recipiente pode comportar. 4.149 Certificação digital: arquivo eletrônico com assinatura
digital que possui validade jurídica, que garante proteção às
4.135 Carga de incêndio: soma das energias caloríficas transações eletrônicas e outros serviços via internet, de ma-
possíveis de serem liberadas pela combustão completa de neira que pessoas (físicas e jurídicas) se identifiquem e assi-
todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, nem digitalmente.
inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.
4.150 Certificado de conclusão: documento expedido por
4.136 Carga de incêndio específica: valor da carga de CFBC que atesta a conclusão com aproveitamento de um dos
incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, cursos previstos no credenciamento do CFBC.
expresso em MJ/m2.
4.151 Certificado de credenciamento: documento emitido
4.137 Cargas perigosas: são quaisquer cargas explosivas, pelo SvSCI do CBMEPI que comprova que a pessoa física ou
gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, jurídica é habilitada a exercer as atividades correlatas ao
venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, Serviço de Segurança contra Incêndio.
que podem representar riscos à segurança, à saúde ou ao
meio ambiente. 4.152 Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros -
CLCB: é o documento emitido pelo CBMEPI, após apre-
4.138 Carretel axial: dispositivo rígido destinado ao enro- sentação dos documentos comprobatórios, certificando que a
lamento de mangueiras semirrígidas. edificação ou área de risco atende às exigências quanto às
4.139 Cassação: ato vinculado de tornar sem efeito, para medidas de segurança contra incêndio, nos termos do Regu-
todos os fins, a licença ainda vigente expedida pelo Corpo de lamento de Segurança Contra Incêndio.
Bombeiros, mediante a constatação de alterações na edifica- 4.153 Chama: zona da combustão na fase gasosa, com
ção ou área de risco ou nas medidas de segurança contra emissão de luz e energia térmica.
incêndio da edificação ou área de risco aprovadas pelo SvSCI,
que comprometam ou diminuam a eficácia da segurança 4.154 Chave de mangueira: ferramenta para apertar e/ou
contra incêndios, verificada a necessidade de suas adequa- soltar conexões de mangueira.
ções, ou, ainda, qualquer outro desvio de finalidade constata- 4.155 Chuveiro automático: dispositivo hidráulico para
do. extinção ou controle de incêndios que funciona automatica-
4.140 Carta de Cobertura: é uma tabela que indica a espes- mente quando seu elemento termossensível é aquecido à sua
sura do material corta-fogo em função do fator de massivida- temperatura de operação, permitindo que a água seja descar-
de do perfil de aço (elemento estrutural) e do TRRF da edifi- regada sobre uma área específica.
cação. Por meio da NBR 14323 é possível fazer o equacio- 4.156 Chuveiro automático de controle para aplicação
namento para determinação da temperatura do aço revestido específica (CCAE): é um tipo de chuveiro que atua no modo
com o material de proteção passiva.
de controle e se caracteriza por produzir gotas grandes de 4.167 Combustão instantânea (vide detonação).
água, testado e aprovado para uso em áreas de incêndios de 4.168 Combustão lenta: ocorre em ambiente pobre de
alta intensidade. oxigênio. A reação é fraca, a geração de calor é gradual e não
4.157 Chuveiro automático tipo spray de controle há chama.
área/densidade (CCAD): é um tipo de chuveiro projetado 4.169 Combustão muito viva (vide deflagração).
para áreas de incêndios em local de armazenamento usando
o método de controle área/densidade. 4.170 Combustão: ação de queimar ou arder. Estado de um
corpo que queima, produzindo calor e luz. Oxidação forte com
4.158 Circulação de uso comum: passagem que dá acesso produção de calor e normalmente de chama (não obri-
à saída de mais de uma unidade autônoma, quarto de hotel ou gatoriamente). Reação química que resulta da combinação de
assemelhado. um elemento combustível com o oxigênio (comburente), com
4.159 Classes de incêndio: classificação didática na qual se intensa produção de energia calorífica e, não obrigatori-
definem fogos de diferentes naturezas. Adotada no Brasil em amente, de chama.
quatro classes: fogo classe A, fogo classe B, fogo classe C e 4.171 Combustibilidade dos elementos de revestimento
fogo classe D. das fachadas das edificações: característica de reação ao
4.160 Classificação Nacional de Atividades Econômicas fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas
(CNAE): instrumento de padronização nacional dos códigos dos edifícios, que podem contribuir para a propagação e radi-
de atividade econômica e dos critérios de enquadramento ação do fogo, determinados nas normas técnicas em vigor.
utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária 4.172 Combustível: é toda a substância capaz de queimar e
do país. É aplicado a todos os agentes econômicos que estão alimentar a combustão. Pode ser sólido, líquido ou gasoso.
engajados na produção de bens e serviços, podendo compre-
ender estabelecimentos de empresas privadas ou públicas, 4.173 Comissão Especial de Avaliação (CEA): é um grupo
estabelecimentos agrícolas, órgãos públicos e privados, insti- de pessoas qualificadas no campo da segurança contra in-
tuições sem fins lucrativos e agentes autônomos (pessoa cêndio, com o objetivo de propor alterações ao Regulamento
física). de Segurança contra incêndio.

4.161 Cobertura: elemento construtivo, localizado no topo da 4.174 Comissão Técnica: grupo composto por Oficiais do
edificação, com a função de protegê-la da ação dos fenô- Corpo de Bombeiros, devidamente nomeados, com o objetivo
menos naturais (chuva, calor, vento etc.). de analisar e emitir pareceres relativos a casos complexos.

4.162 Combate a incêndio: conjunto de ações táticas desti- 4.175 Comissionamento: consiste na realização de um
nadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamen- processo de avaliação da medida de proteção contra incêndio
tos manuais ou automáticos. instalada, voltado para sua aceitação técnica e consequente
disponibilização para início de operação, buscando confirmar
4.163 Combustão ativa: combustão em ambiente rico em suas funcionalidades, atendimento ao projeto e Instruções
oxigênio. Produz fogo (calor e chama). Técnicas aplicáveis, e verificar a adequação e compatibilidade
4.164 Combustão completa: é aquela em que a queima da documentação fornecida com a instalação, especificações
produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em de funcionamento das partes do sistema, procedimentos de
oxigênio. operação e manutenção.

4.165 Combustão espontânea: 1) Processo em que o com- 4.176 Como construído (“as built”): documentos, dese-
bustível absorve o comburente (oxigênio do ar ou de subs- nhos ou plantas do sistema, que correspondem exatamente ao
tância doadora de oxigênio) e gera calor, que ultrapassa o que foi executado pelo instalador.
ponto de ignição, e o corpo se inflama sem necessidade de 4.177 Compatibilidade da espuma: capacidade da espuma
ocorrência de chama ou faísca. 2) É o que ocorre, por exem- em permanecer eficaz quando aplicada simultaneamente com
plo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela outros agentes extintores (tais como pó extintor) em um
ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e incêndio.
libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram
em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo 4.178 Compartimentação: é a medida de proteção incorpo-
ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatu- rada ao sistema construtivo, constituída de elementos de
ra ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. 3. Ocorre também construção resistentes ao fogo, destinada a evitar ou minimi-
na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a zar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externa-
combinação gera calor e libera gases em quantidade sufici- mente ao edifício, no mesmo pavimento ou a pavimentos
ente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio. elevados consecutivos.

4.166 Combustão incompleta: é aquela em que a queima 4.179 Compartimentação horizontal: medida de proteção,
produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em constituída de elementos construtivos corta-fogo, separando
ambiente pobre em oxigênio. ambientes, de tal modo que o incêndio fique contido no local
de origem e evite a sua propagação no plano horizontal.
Incluem-se nesse conceito os elementos de vedação abai- so (AFFF): concentrado de espuma formadora de filme aquo-
xo descritos: so que flutua na superfície dos hidrocarbonos sob condições
definidas.
a. paredes corta-fogo;
4.188 Concentrado de espuma resistente ao álcool: con-
b. portas corta-fogo;
centrado de espuma usado para a extinção de incêndios
c. vedadores corta-fogo; envolvendo combustível misturado com água (líquidos pola-
d. registros corta-fogo (“dampers”); res) e outros incêndios com combustível que destrói a espuma
e. selos corta-fogo; normal.
f. afastamento horizontal entre aberturas. 4.189 Concentrado de espuma sintética: concentrado de
4.180 Compartimentação vertical: medida de proteção, espuma baseado em líquidos ativadores sintéticos de super-
constituída de elementos construtivos corta-fogo, separando fície (geralmente detergentes) como agentes estabilizadores
pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique adequados.
contido no local de origem e dificulte a sua propagação no
4.190 Condução: é a transferência de calor, através de um
plano vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de
corpo sólido, de molécula a molécula.
vedação abaixo descritos:
4.191 Condutor PEN: condutor aterrado que combina as
a. entrepisos ou lajes corta-fogo;
funções de condutor de proteção e de condutor neutro.
b. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo;
Nota:
c. enclausuramento de dutos “shafts” através de paredes A designação PEN resulta da combinação dos dois símbolos PE, condutor de
corta-fogo; proteção, e N, para o condutor neutro.
d. enclausuramento das escadas por meio de paredes e 4.192 Conexão da mangueira: o tipo de conexão utilizada
portas corta-fogo;
para conectar duas mangueiras entre si ou para conectar a
e. selagem corta-fogo dos dutos “shafts” na altura dos pi- mangueira a algum outro equipamento hidráulico.
sos e/ou entrepisos;
4.193 Consulta Técnica: é o documento emitido por qual-
f. paredes corta-fogo na envoltória do edifício;
quer cidadão solicitando a interpretação de assuntos específi-
g. parapeitos ou abas corta-fogo, separando aberturas de
cos da Regulamentação de Segurança contra Incêndios e
pavimentos consecutivos;
Emergências e respondido pelo CBMEPI.
h. registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento
dos dutos de ventilação e de ar condicionado. 4.194 Contêiner: grande caixa metálica de dimensões e
características padronizadas, para acondicionamento de
4.181 Compartimentar: separar um ou mais locais do
carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu
restante da edificação por intermédio de paredes, portas, selos
embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios
e “dampers” corta-fogo.
de transporte.
4.182 Compartimento: parte de uma edificação, compreen-
4.195 Contêiner convencional (contêiner-box): é um equi-
dendo um ou mais cômodos, espaços ou andares, construídos
pamento de transporte, de natureza permanente e suficiente-
para evitar ou minimizar a propagação do incêndio de dentro
mente forte para utilização repetida. Projetado para ser fixado
para fora de seus limites.
e manuseado facilmente, tendo encaixes para esta finalidade,
4.183 Compensadores síncronos: equipamento que com- a fim de facilitar o transporte de produtos, sem necessidade de
pensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando o recarregamentos intermediários.
sistema está com a tensão alta e trabalhando como gerador
4.196 Contêineres-tanque (isotanques): são tanques de
quando o sistema está com a tensão baixa.
carga envolvidos por uma estrutura metálica suporte, conten-
4.184 Componentes de travamento: componentes da barra do dispositivo de canto para fixação deste ao chassi porta-
antipânico que mantêm a(s) folha(s) de porta corta-fogo na contêiner. Pode ser transportado por qualquer modalidade de
posição fechada. transporte.
4.185 Compostos halogenados: agentes que contém, como 4.197 Contenção de produtos vazados: processos que
componentes primários, uma ou mais misturas orgânicas que, levam a manter um material em seu recipiente ou processo.
por sua vez, contenham um ou mais dos seguintes elemen-
4.198 Controle de fumaça: medidas e meios para controlar
tos: flúor, cloro, bromo ou iodo.
a propagação e o movimento da fumaça e gases da combus-
4.186 Comunicação visual: conjunto de informações visu- tão, durante um incêndio, em uma edificação.
ais aplicadas em uma edificação, com a finalidade de orien- tar
4.199 Controle mecânico de fumaça: controle de fumaça
sua população, tais como: localização de ambientes, saídas,
com o auxílio de meios mecânicos.
prestação de serviços e propagandas, não se tra- tando
especificamente de sinalização de emergência. 4.200 Controle natural de fumaça: controle da fumaça com
a ajuda das correntes de convecção da fumaça.
4.187 Concentrado de espuma formadora de filme aquo-
4.201 Controle para sistema de proteção contra incêndio incêndios em teatros, cinemas e outras casas de diversões.
automático: dispositivo automático usado para acionar o 4.213 Cortina para fumaça: separação vertical feita ao teto
sistema de proteção contra incêndio automático após rece- ber (barreira) para criar um obstáculo à propagação lateral da
um sinal do equipamento de controle e sinalização. fumaça e dos gases de incêndio. (no RU = roof screen; nos
4.202 Convecção: processo de propagação de calor que se EUA = smoke curtains; na França = écran de cantonnement)
verifica nos líquidos e nos gases, por meio de correntes circu- 4.214 CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agrono-
latórias originadas da fonte de calor. mia.
4.203 Coordenador de curso: profissional com formação na 4.215 Credenciamento pelo CBMEPI: é o licenciamento de
área de Segurança do Trabalho, com registro profissional, ou pessoa física ou jurídica com o intuito de conferir pré-
o militar da reserva, possuidor de Curso de Especialização de requisitos instituídos pela legislação em vigor.
Bombeiro, com carga horária mínima de 800 (oitocentas)
horas-aula, responsável pelos registros de controle do aluno, 4.216 Critério de aceitabilidade: critérios que devem ser
incluindo os controles de frequência, o processo e resultados estabelecidos em todas as decisões sobre segurança de
das avaliações, verificar o currículo e a experiência do instru- projetos, construções e operações de plantas industriais, não
tor antes de sua admissão, manter atualizadas as informa- devendo ser estabelecidos como base de que a “falha é
ções dos cursos e dos respectivos corpos docente e discente impossível”. São valores que definem a taxa de aceitabili- dade
no SvSCI, acompanhar, controlar e avaliar as atividades dos ou não de uma escala de danos e que, ultrapassados,
instrutores, a fim de assegurar a eficiência do ensino e repre- invalidam um projeto.
sentar o CFBC nas reuniões pedagógicas e em todas as 4.217 Damper (equivalente similar): dispositivo de fechamen-
demais situações didáticas realizadas pelo CBMEPI. to móvel instalado sobre a abertura de um duto ou shaft e contro-
4.204 Cor de contraste: aquela que contrasta com a cor de lado automaticamente ou manualmente, utilizado para inter-
segurança a fim de fazer com que a última se sobressaia. romper a passagem de fluido (líquido ou gás) dentro do referido
duto. Pode permanecer aberto ou fechado quando estiver inati- vo.
4.205 Cor de segurança: aquela para a qual é atribuída uma
finalidade ou um significado específico de segurança ou saúde. 4.218 Damper corta-fogo: damper projetado para funcionar
automaticamente a fim de prevenir a passagem de fogo por
4.206 Corpo de Bombeiros: instituição organizada com base meio de um duto, em condições de teste pré-determinadas.
na hierarquia e disciplina, legalmente constituída, com re- gime
jurídico administrativo particular, com atribuição de realizar 4.219 Damper para fumaça: dispositivo para controle a
atividades de prevenção e combate a incêndios, ações de fumaça, em posição normalmente aberta ou fechada, com
busca e salvamento e de defesa civil. acionamento manual ou automático. Na França usa-se clapet
quando normalmente aberta e volet quando fechada.
4.207 Corredor de inspeção: intervalo entre lotes contíguos
de recipientes de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ou outros 4.220 Dano: lesões a pessoas, destruição de recursos natu-
gases. rais (água, ar, solo, animais, plantas ou ecossistemas) ou de
bens materiais.
4.208 Corredor definido: passagem no interior de edificação
ou em um de seus pavimentos, considerada área comum, que 4.221 DARE: Documento de Arrecadação de Receitas Esta-
delimita o espaço entre escadas e elevadores e a entrada das duais.
unidades autônomas (exemplos: apartamentos, quartos de 4.222 DAT: Divisão de Atividades Técnicas.
hotéis, escritórios, consultórios).
4.223 Degrau: conjunto de elementos de uma escada com-
4.209 Corrimão: barra, cano ou peça similar, com superfície posta pela face horizontal conhecida como “piso”, destinado
lisa, arredondada e contínua, aplicada em áreas de escadas e ao pisoteio, e pelo espelho que é a parte vertical do degrau,
rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas durante que lhe define a altura.
o deslocamento.
4.224 Deflagração: explosão que se propaga à velocidade
4.210 Corta-fogo: elemento que apresenta, por um período subsônica.
determinado de tempo, as seguintes propriedades: integrida-
de mecânica a impactos (resistência); impede a passagem das 4.225 Defletor de chuveiro automático: componente do bico
chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede a passagem destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água
de caloria (isolamento térmico). segundo padrão estabelecido.

4.211 Cortina automatizada corta-fogo: cortina móvel 4.226 Densidade de carga de incêndio: carga de incêndio
projetada para fechar automaticamente uma abertura dentro dividida por áreas de piso.
de uma edificação de tal forma que impeça a passagem de 4.227 Densidade ocupacional estimada: número de pes-
fumaça e gases quentes gerados pelo fogo, e proporcional soas por metro quadrado da área útil de pavimento de acordo
isolamento térmico, por um período determinado de tempo. com sua ocupação. Usado para calcular (em particular) o
4.212 Cortina de aço: sistema que impede a propagação de
número e a largura das saídas de uma sala ou espaço. detectar e medir a presença de radiação ionizante alfa, beta,
gama e nêutron.
4.228 Densidade populacional (d): número de pessoas em
uma área determinada (pessoas/m2). 4.244 Detector linear: detector destinado a atuar nos fenô-
menos monitorados ao longo de uma linha contínua.
4.229 Departamento de Prevenção (Dep Prev): departa-
mento responsável pela coordenação das atividades desegu- 4.245 Detector multiponto: detector destinado a atuar nos
rança contra incêndio no CBMEPI. fenômenos monitorados além de um sensor somente, tal qual
uma dupla de detectores.
4.230 Depósito: espaço físico em que se armazenam maté-
rias-primas, produtos semiacabados ou acabados à espera de 4.246 Detector pontual: detector destinado a atuar nos
ser transferidos ao seguinte ciclo da cadeia de distribuição. fenômenos monitorados por um sensor compacto somente.

4.231 Descarga: parte da saída de emergência que fica entre 4.247 Detonação: explosão que se propaga à velocidade
a escada ou a rampa e a via pública ou área externa em supersônica, caracterizada por uma onda de choque.
comunicação com a via pública. Pode ser constituída por 4.248 Dióxido de carbono: o composto químico, CO2, usado
corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto. como agente extintor de incêndio.
4.232 Deslizador de espuma: dispositivo destinado a facili- 4.249 Dique: maciço de terra, concreto ou outro material
tar a aplicação suave da espuma sobre líquidos combustíveis quimicamente compatível com os produtos armazenados nos
armazenados em tanques. tanques, formando uma bacia capaz de conter o volume
4.233 Destravadores eletromagnéticos: dispositivo de exigido por norma.
controle de abertura com travamento determinado pelo aciona- 4.250 Dique intermediário: dique colocado dentro da bacia
mento magnético, decorrente da passagem de corrente elétri- de contenção com a finalidade de conter pequenos va-
ca. zamentos.
4.234 Detector automático de incêndio: dispositivo que, 4.251 Disposição central: disposição do sistema de enca-
quando sensibilizado por fenômenos físicos e/ou químicos, namento da instalação de “sprinklers” no qual os canos estão
detecta princípios de incêndio, podendo ser ativado, basi- instalados de um lado ou do outro do encanamento de distri-
camente, por calor, chama ou fumaça. buição secundário.
4.235 Detector de calor: detector sensível à temperatura 4.252 Dispositivo de ativação: dispositivo capaz de iniciar
anormal e/ou taxa de aumento de temperatura e/ou diferen- um alarme podendo ser operado manual ou automaticamen-
ças de temperatura. te. Ex.: detector, acionador manual de alarme ou um interrup-
4.236 Detector de chama: detector que capta a radiação tor de pressão.
emitida pelas chamas. 4.253 Dispositivo de recalque: registro para uso do Corpo
4.237 Detector de explosão: dispositivo ou arranjo de apa- de Bombeiros, que permite o recalque de água para o siste-
relhos, contendo um ou mais sensores de explosão, que ma, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do
responde a uma explosão em desenvolvimento. Corpo de Bombeiros estiver garantido.

4.238 Detector de fumaça: detector sensível às partículas 4.254 Dispositivos de descarga: equipamentos que apli-
sólidas ou líquidas dos produtos da combustão e/ou pirólise na cam a espuma sob a forma de neblina e que aplicam o agente
atmosfera. numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser:
dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de
4.239 Detector de fumaça iônico: detector sensível aos aspersão e terminam em um defletor ou uma calha que
produtos da combustão capazes de afetar correntes iônicas distribui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma
dentro do detector. sob a forma de uma corrente compacta de baixa veloci- dade;
4.240 Detector de fumaça óptico (fotoelétrico): detector podem ter ou não defletores ou calhas incluídos como partes
sensível aos produtos da combustão capazes de afetar a integrantes do sistema. Esses dispositivos podem ter formas
absorção ou dispersão de radiação na região infravermelha como as de tubos abertos, esguichos de fluxo direcional ou
visível e/ou ultravioleta do espectro eletromagnético. pequenas câmaras de geração com bocas de saídas abertas.

4.241 Detector de gás inflamável: equipamento destinado a 4.255 Distância a percorrer: distância a ser percorrida de um
detectar a presença de gás inflamável e concentração da ponto de uma edificação para uma rota de fuga protegida, rota
mistura de ar em um local, a fim de determinar o potencial de de fuga externa ou saída final.
explosão. 4.256 Distância de segurança: 1) afastamento entre a
4.242 Detector de incêndio sensível a gás: detector sensí- fachada de uma edificação ou de um local compartimentado à
vel aos produtos gasosos da combustão e/ou decomposição outra edificação ou outro local compartimentado, medido na
térmica. projeção horizontal, independente do pavimento; 2) com

4.243 Detector de radiação: aparelho portátil usado para


relação a líquidos combustíveis ou inflamáveis e GLP, distân- 4.269 Edificação aberta lateralmente: edificação ou parte
cia de segurança é a distância mínima livre, medida na hori- de edificação que, em cada pavimento: 1) tenha ventilação
zontal, para que, em caso de acidente (incêndio, explosão), os permanente em duas ou mais fachadas externas, providas por
danos sejam minimizados. aberturas que possam ser consideradas uniformemente
distribuídas e que tenham comprimentos em planta que
4.257 Distância máxima horizontal de caminhamento: afas- somados atinjam pelo menos 40% do perímetro do edifício e
tamento máximo a ser percorrido pelo espectador para áreas que somadas correspondam a pelo menos 20% da
alcançar um acesso. superfície total das fachadas externas; ou 2) tenha ventilação
4.258 Distância mínima de segurança: afastamento míni- permanente em duas ou mais fachadas externas, provida por
mo entre a área de armazenamento de recipientes transpor- aberturas cujas áreas somadas correspondam a pelo menos
táveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e outra instalação 1/3 da superfície total das fachadas externas, e pelo menos
necessária para a segurança do usuário, do manipulador, de 50% destas áreas abertas situadas em duas fachadas opos-
edificação e do público em geral, estabelecida a partir do limite tas.
de área de armazenamento. Observação:
Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas somadas devem
4.259 Distribuição de GNL (Gás Natural Liquefeito) a gra- possuir ventilação direta para o meio externo e devem corresponder a, pelo
nel: compreendem as atividades de aquisição ou recepção, menos 5%, da área do piso no pavimento e as obstruções internas eventualmente
existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas
armazenamento, transvasamento, controle de qualidade e
dispostas de forma a poderem ser consideradas uniformemente distribuídas, para
comercialização do GNL, por meio de transporte próprio ou permitir a ventilação.
contratado, podendo também exercer a atividade de liquefa-
ção de gás natural, que serão realizadas por pessoas jurídi- 4.270 Edificação destinada ao comércio de fogos de artifí-
cas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e adminis- cio no varejo: local destinado ao armazenamento e venda de
tração no País. fogos de artifício e estampido industrializados.

4.260 Divisória ou tabique: parede interna, baixa ou 4.271 Edificação em exposição: construção que recebe a
atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser radiação de calor, convecção de gases quentes ou a
suprimida facilmente em caso de reforma. transmissão direta de chama.

4.261 Documento de comprovação de existência: docu- 4.272 Edificação existente: é a área construída ou regulari-
mento oficial (ex: planta aprovada na prefeitura, planta apro- zada, com documentação comprobatória, anteriormente à
vada junto ao Corpo de Bombeiros, ARCB anterior e outros) edição deste decreto, desde que não contrarie dispositivos do
que comprove a área, a altura e a ocupação da época. Serviço de Segurança contra Incêndio e observe os objetivos
do Regulamento de Segurança Contra Incêndio.
4.262 Dosador: equipamento destinado a misturar quanti-
dades determinadas de “líquido gerador” de espuma e água. 4.273 Edificação expositora: construção na qual o incêndio
está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convec-
4.263 Duto de entrada de ar (DE): espaço no interior da ção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas.
edificação, que conduz ar puro, coletado ao nível inferior des-
ta, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, 4.274 Edificação importante: edificação considerada crucial
mantendo-os devidamente ventilados e livres de fumaça em em caso de exposição ao fogo. Exemplos: casa de controle,
caso de incêndio. casa de combate a incêndio, edificações com permanência de
pessoas ou que contenham bens de alto valor, equipa- mentos
4.264 Duto de saída de ar (DS): espaço vertical no interior ou suprimentos críticos.
da edificação, que permite a saída de gases e fumaça para o
ar livre, acima da cobertura da edificação. 4.275 Edificação ou material resistente ao fogo: material
de construção com propriedades de resistir à ação do fogo por
4.265 Duto “plenum”: condição de dimensionamento do determinado período de tempo, mantendo sua segurança
sistema de pressurização no qual se admite apenas um estrutural, estanqueidade e isolamento, onde aplicável.
ponto de pressurização, dispensando-se o duto interno e/ou
externo para pressurização. 4.276 Edificação ou prédio horizontalizado: edifício com até
2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo: térreo e
4.266 Ebulição turbilhonar “Boil Over”: acidente que pode primeiro pavimento).
ocorrer com certos óleos em um tanque, originalmente sem
teto ou que tenha perdido o teto em função de explosão, quan- 4.277 Edificação ou prédio verticalizado: edifício com mais
do, após um longo período de queima serena, ocorre um de 2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo:
súbito aumento na intensidade do fogo, associado à expul- são térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento).
do óleo no tanque em chamas. 4.278 Edificação principal: construção que abriga a ativida-
4.267 ECPI: Equipamento Conjugado de Proteção Individual. de principal sem a qual as demais edificações não teriam
função.
4.268 Edificação: área construída destinada a abrigar ativi-
dade humana, instalação, equipamento ou material. 4.279 Edificação térrea: é a construção constituída de
apenas um pavimento, podendo possuir mezanino.
4.280 Efeito chaminé “Stack effect”: fluxo de ar vertical calça de bombeiro, luvas de bombeiro, óculos de segurança e
dentro das edificações, causado pela diferença de tempera- outros).
tura interna e externa. 4.292 EPI de nível “A”: é o nível máximo de proteção para
4.281 Efeito do sistema de escada pressurizada: efeito todas as possíveis vias de intoxicação, sendo por inalação,
causado pelo erro de projeto e/ou instalação com configura- ingestão ou absorção cutânea. Utiliza-se roupa encapsulada
ções inadequadas do sistema onde o ventilador está instala- de proteção química, com proteção respiratória de pressão
do, ocasionando redução do desempenho do ventilador em positiva.
termos de vazão. 4.293 EPI de nível “B”: é o nível de proteção intermediário,
4.282 Elemento corta-fogo: aquele que apresenta, por um para exposições de produtos com possibilidade de respin- gos.
período determinado de tempo, as seguintes propriedades: Utiliza-se roupa de proteção química conforme especifi- cação
integridade mecânica a impactos (resistência); impede a pas- da tabela de compatibilidade da roupa.
sagem das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede a 4.294 EPI de nível “C”: é o nível mínimo necessário de
passagem de caloria (isolamento térmico). proteção para qualquer tipo de acidente envolvendo pro- dutos
4.283 Elemento envidraçado completo – Incorpora o vidro químicos.
e todos os componentes associados, destinados à sua fixa- 4.295 EPR: Equipamentos de Proteção Respiratória.
ção, integridade, estanqueidade e estabilidade do elemento.
4.296 Escada aberta: escada não enclausurada por pare-
4.284 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de des e porta corta-fogo.
construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total
ou parcial da edificação. 4.297 Escada aberta externa (AE): escada de emergência
precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja
4.285 Elemento para-chamas: aquele que apresenta, por um projeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo
período determinado de tempo, as seguintes proprieda- des: dotada de guarda corpo ou gradil (barreiras) e corrimãos em
integridade mecânica a impactos (resistência); e impede a toda sua extensão (degraus e patamares), permitindo desta
passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não forma eficaz ventilação, propiciando um seguro aban- dono.
proporcionando isolamento térmico.
4.298 Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP):
4.286 Elemento redutor de radiação: (Sigla EW) é aquele escada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à
que apresenta, por um período determinado de tempo, as fumaça é obtida por intermédio de pressurização.
seguintes propriedades: integridade (E) e resistência mecâni-
ca a impactos; e impede a passagem das chamas e da fuma- 4.299 Escada enclausurada: escada protegida com pare-
ça (estanqueidade); e reduz a passagem de caloria a um limite des resistentes ao fogo e portas corta-fogo.
máximo de radiação térmica de 15 kW/m2 a uma distân- cia de 4.300 Escada enclausurada à prova de fumaça (PF): esca-
1 m do elemento no lado protegido (W). da cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de
4.287 Elevador de emergência/elevador de segurança: portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente
elevador instalado dentro de uma edificação com fechamen- enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça
to estrutural especialmente protegido ou instalado na facha- da em caso de incêndio.
do prédio, dotado de mecanismo, fontes de energia e 4.301 Escada enclausurada protegida (EP): escada devi-
controles os quais podem ser comutados para uso exclusivo damente ventilada situada em ambiente envolvido por pare-
do Corpo de Bombeiros durante uma emergência. des resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo.
4.288 Elevador de segurança: elevador, dentro de uma 4.302 Escada não enclausurada ou escada comum (NE):
edificação, com enclausuramento e proteção estrutural espe- escada que embora possa fazer parte de uma rota de saída se
ciais, ou na fachada de uma edificação, e com maquinário, comunica diretamente com os demais ambientes como
fonte de energia e controles que podem ser comutados para corredores, halls e outros, em cada pavimento, não possuin-
uso exclusivo de bombeiros durante uma emergência. do portas corta-fogo.
4.289 Emergência: situação crítica e fortuita que representa 4.303 Escoamento (E): número máximo de pessoas possí-
perigo iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio, veis de abandonar um recinto dentro do tempo máximo de
decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que abandono.
obriga a uma rápida intervenção operacional.
4.304 Esguicho: dispositivo adaptado na extremidade das
4.290 Entrepiso: conjunto de elementos de construção, com mangueiras destinado a dar forma, direção e controle ao jato,
ou sem espaços vazios, compreendido entre a parte inferior do podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato
forro de um pavimento e a parte superior do piso do pa- compacto.
vimento imediatamente superior.
4.305 Esguicho agulheta: esguicho utilizado para ser acopla-
4.291 EPI: Equipamentos de Proteção Individual. (Ex.: capa- do à conexão de uma mangueira, servindo para reduzir o
cete de bombeiro, capa de bombeiro, bota de bombeiro,
diâmetro desta e aumentar a velocidade da água. 4.318 Espuma de baixa expansão: espuma que tem uma
razão de expansão de até 20 (geralmente, cerca de 10).
4.306 Esguicho-canhão: canhão-monitor montado sobre
uma viatura de bombeiro, barco de bombeiro, autoescada, 4.319 Espuma de combate a incêndio: é uma suspensão
“snorkel” ou edificação. aquosa fluida composta de ar ou gás na forma de pequenas
bolhas, separadas por películas da solução. A espuma
4.307 Esguicho regulável: acessório hidráulico que dá forma extingue o fogo envolvendo os líquidos combustíveis ou
ao jato, permitindo o uso d’água em forma de chuveiro de alta inflamáveis.
velocidade.
4.320 Espuma de expansão média: espuma que tem uma
4.308 Esguicho universal: esguicho dotado de válvula des- razão de expansão entre 20 e 200 (geralmente, cerca de 100).
tinada a formar jato sólido ou de neblina ou fechamento da
água. Permite ainda acoplar um dispositivo para produção de 4.321 Espuma extintora: agente extintor composto de uma
neblina de baixa velocidade. massa de bolhas formada mecânica ou quimicamente por um
líquido.
4.309 Espaçamento: é a menor distância livre entre os equi-
pamentos, unidades de produção, instalações de armaze- 4.322 Espuma formadora de filme aquoso (AFFF): líquido
namento e transferência, edificações, vias públicas, cursos gerador de espuma que forma um filme aquoso que flutua na
d’água e propriedades de terceiros. superfície dos hidrocarbonetos sob condições definidas.

4.310 Espaço confinado: local onde a presença humana é 4.323 Espuma mecânica: agente extintor constituído por um
apenas momentânea para prestação de um serviço de aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com
manutenção em máquinas, tubulações e sistemas. líquido gerador de espuma (LGE) e ar.

4.311 Espaço compartimentado: parte de uma edificação, 4.324 Espuma química: espuma extintora formada pela
compreendendo uma ou mais salas ou espaços, construída reação de uma solução de sal alcalino com uma solução ácida,
para prevenir propagação de incêndio por um período de na presença de um agente estabilizante de espuma.
tempo pré-determinado. 4.325 Estabilidade ao fogo: capacidade de um elemento de
4.312 Espaço livre exterior: espaço externo à edificação construção, estrutural ou não estrutural, de resistir ao colapso
para o qual abram seus vãos de ventilação e iluminação. Pode por certo período de tempo, sob ação do fogo, no decorrer de
ser constituído por logradouro público ou pátio amplo. um ensaio normalizado de resistência ao fogo.

4.313 Espaços comuns “communicating space”: espa- 4.326 Estação central de alarme de incêndio: centro com
ços dentro de uma edificação com comunicação com espa- constante permanência humana, normalmente não perten-
ços amplos adjacentes, nos quais a fumaça proveniente de um cente à edificação, protegida pelo sistema de alarme, o qual
incêndio pode se propagar livremente. Os espaços comuns recebe um chamado de incêndio e comunica imediatamente
podem permitir aberturas diretamente dentro dos espaços ao Corpo de Bombeiros local.
amplos ou podem conectar-se por meio de passagens 4.327 Estação de carregamento: instalação especialmente
abertas. construída para carregamento de caminhões-tanques ou de
4.314 Espaços comuns e amplos “large volume spaces”: vagões-tanques.
espaço descompartimentado, geralmente com 2 ou mais 4.328 Estação fixa de emulsificação: local onde se situam
pavimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de líquido gera-
fumaça proveniente de um incêndio, tanto no espaço amplo dor de espuma.
como no espaço comum, pode mover-se ou acumular- se sem
restrições. Os átrios e shoppings cobertos são exemplos de 4.329 Estação móvel de emulsificação: veículo especifica-
espaços amplos. do para transporte de líquido gerador de espuma (LGE) e o
seu emulsionamento com a água.
4.315 Espaços separados “separated spaces”: espaços
dentro de edificações que são isolados das áreas grandes por 4.330 Estado de flutuação: condição em que a bateria de
barreiras de fumaça, os quais não podem ser utilizados no acumuladores elétricos recebe uma corrente necessária para
suprimento de ar, visando a restringir o movimento da fumaça. a manutenção de sua capacidade nominal.

4.316 Espetáculo pirotécnico: evento onde se realiza a 4.331 Estado de funcionamento do sistema: condição na
ignição de fogos de artifício das classes “C” ou “D”, tam- bém qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os
chamado de “queima” ou “show pirotécnico”. dispositivos da iluminação de emergência.

4.317 Espuma de alta expansão: é recomendada para áreas 4.332 Estado de repouso do sistema: condição na qual o
confinadas, tais como subsolos, edificações, poços de minas, sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibi-
esgotos e outros lugares geralmente inacessíveis aos do manualmente com religamento automático ou por meio de
bombeiros, espuma que tem uma razão de expansão maior do célula fotoelétrica, para conservar energia e manter a bateria
que 200 (geralmente, cerca de 500). em estado de carga para uso em emergência, quando do
escurecimento da noite.
4.333 Estado de vigília do sistema: condição em que a fonte tantemente sujeito à sua pressão.
de energia alternativa (sistema de iluminação de emergência) 4.346 Extintor de incêndio de água: extintor de incêndio
está pronta para entrar em funcionamento na falta ou na falha contendo água, com ou sem aditivos, como agente extintor.
da rede elétrica da concessionária.
4.347 Extintor de incêndio de dióxido de carbono (CO 2):
4.334 Estanqueidade: 1) Propriedade de um vaso de não extintor de incêndio contendo dióxido de carbono como agente
permitir a passagem indesejável do fluido nele contido. 2) extintor sob pressão.
Propriedade de um elemento construtivo em vedar a passa-
gem de gases quentes e/ou chamas, por um período de 4.348 Extintor de incêndio de espuma: extintor de incêndio
tempo. contendo solução de espuma como agente extintor.

4.335 Esteira transportadora: são correias de estrutura 4.349 Extintor de incêndio de espuma (químico): extintor
metálica com longarinas de vigas “U” ou “L”, fixadas nos pisos de incêndio do qual uma espuma química é expelida quando
por cavaletes parafusados, com a finalidade de transportar se permite que as soluções químicas, separadas dentro do
grãos no sentido horizontal, a grandes distâncias. Possuem corpo do extintor, se misturem e reajam.
como característica os rolos com rolamentos expostos ao pó. 4.350 Extintor de incêndio de halon: extintor contendo o
4.336 Evacuação: procedimento de deslocamento e reloca- halon como agente extintor.
ção de pessoas e de bens, desde um local onde ocorreu ou 4.351 Extintor de incêndio de pó: extintor contendo pó como
haja risco de ocorrer um sinistro, até uma área segura e isen- agente extintor.
ta de risco.
4.352 Extintor de incêndio operado por cartucho de gás:
4.337 Exaustão: princípio pelo qual os gases e produtos de extintor no qual a pressão para a expulsão do agente do corpo
combustão são retirados do interior do túnel. do extintor é produzida pela abertura, quando do uso, de um
4.338 Exercício simulado: atividade prática realizada peri- cartucho de gás comprimido ou liquefeito.
odicamente para manter a brigada e os ocupantes das edifica- 4.353 Extintor de incêndio portátil: extintor que é projetado
ções com condições de enfrentar uma situação real de emer- para ser carregado e operado manualmente.
gência.
4.354 Extintor de incêndio sobrerodas (carreta): extintor
4.339 Exercício simulado parcial: atividade prática abran- de incêndio montado em rodas ou patins.
gendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos
de trabalho. 4.355 Fachada: face de uma edificação constituída de vedos
e aberturas, que emitirá ou receberá a propagação de um
4.340 Expedidor: pessoa responsável pela contratação do incêndio.
embarque e transporte de logística envolvendo produtos
perigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de trans- 4.356 Fachada de acesso operacional: face da edificação
porte internacional. É responsável pela segurança veicular, localizada ao longo de uma via pública ou privada com largura
compatibilidade entre os produtos e a identificação de seus livre maior ou igual a 6 m, sem obstrução, possibilitando o
riscos. acesso operacional dos equipamentos de combate e seu posicio-
namento em relação a ela. A fachada deve possuir pelo menos
4.341 Explosão: fenômeno acompanhado de rápida expan- um meio de acesso ao interior do edifício e não ter obstáculos.
são de um sistema de gases, seguida de uma rápida eleva-
ção na pressão; seus principais efeitos são o desenvolvimento 4.357 Fator de massividade (“fator de forma”) (m-1): razão
de uma onda de choque e ruído. entre o perímetro exposto ao incêndio e a área da seção
transversal de um perfil estrutural.
4.342 Explosivos: substâncias capazes de rapidamente se
transformarem em gases, produzindo calor intenso e pres- 4.358 FESIE: Fundo Estadual de Segurança contra Incêndios
sões elevadas. e Emergências, cuja receita destina-se ao reequipamento,
modernização e expansão dos serviços de bombeiros, bem
4.343 Extinção ou supressão de incêndio: redução drásti- como à universalização dos conhecimentos do ensino e da
ca da taxa de liberação de calor de um incêndio e prevenção pesquisa nessa área.
de seu ressurgimento pela aplicação direta de quantidade
suficiente de agente extintor através da coluna de gases 4.359 Filtro de partículas: elemento destinado a realizar
ascendentes gerados pelo fogo até atingir a superfície incen- retenção de partículas existentes no escoamento de ar e que
diada do material combustível. estão sendo arrastadas por este fluxo.

4.344 Extintor de incêndio: aparelho de acionamento 4.360 Fiscalização: é o ato administrativo realizado pelo
manual, portátil ou sobrerodas, destinado a combater princí- Militar do CBMEPI, em cumprimento a ordem de fiscaliza- ção
pios de incêndio. expedida pelos órgãos do SvSCI, em razão do plano de
fiscalização adotado pelo Comando do CBMEPI, onde verifica,
4.345 Extintor de incêndio com pressão armazenada: a qualquer momento, se as medidas de segurança contra
extintor no qual o agente extintor está permanentemente incêndio instaladas nas edificações e áreas de risco
armazenado com o gás propelente e, desta forma, está cons-
estão sendo atendidas, conforme previstas no Regulamento da pelo centro e enrolada de tal forma que as juntas de união
de Segurança Contra Incêndios do Estado do PIauí. permanecem unidas; 3) ziguezague: forma de acondicio-
namento que a mangueira demonstra um arranjo em forma de
4.361 Fluídos de alto ponto de combustão ou classe K´: ziguezague.
líquidos isolantes para uso em transformadores ou outros
equipamentos, que possuem ponto de combustão mínimo de 4.377 Formas de Combustão: as combustões podem ser
300 °C pelo método de ensaio "vaso aberto Cleveland". Ante- classificadas, conforme a sua velocidade, em: completa,
riormente eram denominados "fluidos resistentes ao fogo". incompleta, espontânea e explosão.

4.362 Fluxo (F): número de pessoas que passam por unida- 4.378 Formulário de Segurança contra Incêndio: documen-
de de tempo (pessoas/min) em um determinado meio de aban- to que contém os dados básicos da edificação, signatários,
dono. sistemas previstos e trâmite no Corpo de Bombeiros.

4.363 Fluxo luminoso nominal: fluxo luminoso medido após 4.379 Formulário para Atendimento Técnico (FAT): instru-
2 min de funcionamento do sistema de iluminação de emer- mento administrativo utilizado pelo interessado para sanar
gência. dúvidas, solicitar alterações em Processo e Auto de Vistoria do
Corpo de Bombeiros, solicitar juntada de documentos, solicitar
4.364 Fluxo luminoso residual: fluxo luminoso medido após reconsideração de ato em vistoria, entre outros.
o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funcio-
namento do sistema de iluminação de emergência. 4.380 Fotoluminescência: efeito alcançado por meio de um
pigmento não radioativo, não tóxico, o qual absorve luz do dia
4.365 Fogo: é uma reação química de oxidação (processo de ou luz artificial e emite brilho (luz) por no mínimo 10 min. O
combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e gases pigmento armazena fótons claros (como energia) que excita
tóxicos. Para que o fogo exista, é necessária a presen- ça de as moléculas de sulfeto, aluminato, silicato etc. e emite brilho
quatro elementos: combustível, comburente (normal- mente o intenso, em ambiente escuro, de cor amarelo-esverdeado.
Oxigênio), calor e reação em cadeia.
4.381 Fumaça “smoke”: partículas transportadas na forma
4.366 Fogo classe A: fogo em materiais combustíveis sóli- sólida, líquida e gasosa, decorrente de um material submeti-
dos que queimam em superfície e profundidade, deixando do à pirólise ou combustão que juntamente com a quantida- de
resíduos. de ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, mistu- rada
4.367 Fogo classe B: fogo em líquidos e gases inflamáveis formando uma massa.
ou combustíveis sólidos que se liquefazem por ação do calor 4.382 Gás limpo: agentes extintores na forma de gás que não
e queima somente em superfície. degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. São
4.368 Fogo classe C: fogo em equipamentos de instalações inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não
elétricas energizados. corrosivos. Dividem-se em compostos halogenados e mistura de
gases inertes. Quando utilizado na sua concentração de
4.369 Fogo classe D: fogo em metais pirofóricos. extinção, permite a respiração humana com segurança.
4.370 Fogos de artifício: peças pirotécnicas com proprieda- 4.383 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): produto constituí-
de para produzir ignição para produção de luz, ruído, chamas do de hidrocarbonetos com 3 ou 4 átomos de carbono
ou explosões, empregadas normalmente em festividades. (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se
4.371 Fogos de artifício e estampido: artefato pirotécnico, em mistura entre si e com pequenas frações de outros
que produz ruídos e efeitos luminosos. hidrocarbonetos.

4.372 Fonte de energia alternativa: dispositivo destinado a 4.384 Gás Natural Liquefeito (GNL): fluído no estado líqui-
fornecer energia elétrica na falta ou falha de alimentação na do em condições criogênicas, composto predominantemente
rede elétrica da concessionária. de metano e que pode conter quantidades mínimas de etano,
propano, nitrogênio ou outros componentes normalmente
4.373 Fonte de ignição: fonte de calor (externa) que inicia a encontrados no gás natural.
combustão.
4.385 Gerador de espuma: equipamento que se destina a
4.374 Formador de espuma: equipamento posicionado na facilitar a mistura da solução com o ar para a formação de
linha de mangueira para aerar uma solução de espuma. espuma.
4.375 Formador de espuma na linha (gerador mecânico de 4.386 Gerenciamento de risco: É o processo de planejar,
espuma): aparelho que induz o concentrado de espuma para organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materi-
o jato de água para fazer a solução de espuma e, em seguida, ais, internos ou externos, de uma empresa, no sentido de
induz ar sob pressão para formar a espuma. eliminar ou minimizar os riscos de incidentes advindos de sua
4.376 Formas de acondicionamento mangueiras: 1) em própria atividade, que têm o potencial para causar sig-
espiral: forma de acondicionamento em que a mangueira é nificativos impactos à vida, ao meio ambiente e ao patrimô-
enrolada a partir de uma das juntas de união; 2) aduchada: nio.
forma de acondicionamento em que a mangueira é permea-
4.387 Grelha de insuflamento: dispositivo utilizado nas 4.402 Hidrante de coluna: aparelho ligado à rede pública de
redes de distribuição de ar, posicionado no final de cada distribuição de água, que permite a adaptação de bombas e/ou
trecho. Esse elemento terminal é utilizado para direcionar e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios.
distribuir do modo adequado o fluxo de ar de determinado 4.403 Hidrante de parede: ponto de tomada de água insta-
ambiente. lado na rede particular, embutido em parede, podendo estar
4.388 Grupo motogerador: equipamento cuja força provém no interior de um abrigo de mangueira.
da explosão do combustível misturado ao ar, com a finalida- 4.404 Hidrante para sistema de espuma: equipamento
de de gerar energia elétrica. destinado a alimentar com água ou solução de espuma as
4.389 Grupo motoventilador: equipamento composto por mangueiras para combate a incêndio.
motor elétrico e ventilador, com a finalidade de insuflar ar 4.405 Hidrante urbano: ponto de tomada de água provido de
dentro de um corpo de escada de segurança para pressurizá-la e dispositivo de manobra (registro) e união de engate rápi- do,
evitar/expulsar a possível entrada de fumaça. ligado à rede pública de abastecimento de água, poden- do ser
4.390 Guarda ou guarda-corpo: barreira protetora vertical, emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso).
maciça ou não, delimitando as faces laterais abertas de esca- 4.406 Ignição: iniciação da combustão.
das, rampas, patamares, acessos, terraços, balcões, galerias
e assemelhados, servindo como proteção contra eventuais 4.407 Iluminação auxiliar: iluminação destinada a permitir a
quedas de um nível para outro. continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal
de iluminação. Por exemplo: centros médicos, aeroportos,
4.391 Habite-se (“ocupe-se”, “alvará de utilização”): ato metrô etc.
administrativo emanado de autoridade competente que auto-
riza o início da utilização efetiva de construções ou edificações. 4.408 Iluminação de emergência: sistema que permite
clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais,
4.392 Halon: agente extintor de hidrocarbono halogenado. incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de
Nota: restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de
O sistema de numeração a seguir é usado para identificar os hidrocarbonos iluminação normal.
halogenados. A palavra “halon” é seguida por um número, normalmente de quatro
dígitos, resultando, por sua vez, no número de átomos de carbono, flúor, cloro 4.409 Iluminação de emergência de aclaramento: sistema
e bromo. Os zeros terminais são omitidos. Desta forma, halon 1211 é o composto por dispositivos de iluminação de ambientes para
bromoclorodifluorometano (CBrClF2) e o halon 1301 é o bromotrifluorometano
(CBrF3).
permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da
edificação, bem como proporcionar a execução de interven-
4.393 Heliponto: área homologada ou registrada, ao nível do ção ou garantir a continuação do trabalho em certas áreas, em
solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de caso de interrupção da alimentação normal.
helicópteros.
4.410 Iluminação de emergência de balizamento ou de
4.394 Heliponto civil: local destinado, em princípio, ao uso sinalização: iluminação de sinalização com símbolos e/ou
de helicópteros civis. letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste
4.395 Heliponto elevado: local instalado sobre edificações. momento.

4.396 Heliponto militar: local destinado ao uso de 4.411 Iluminação não permanente: sistema no qual, as
helicópteros militares. lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas
pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta da
4.397 Heliponto privado: local destinado ao uso de helicóp- fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de
teros civis, de seu proprietário ou de pessoas por ele autori- alimentação de energia alternativa.
zadas, sendo vedada sua utilização em caráter comercial.
4.412 Iluminação permanente: sistema no qual as lâmpa-
4.398 Heliponto público: local destinado ao uso de das de iluminação de emergência são alimentadas pela rede
helicópteros em geral. elétrica da concessionária, sendo comutada automaticamen-
4.399 Heliportos: helipontos públicos dotados de instalações te para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso
e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e de falta ou falha da fonte normal.
desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamen- 4.413 Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, o qual causa
to, estação de passageiros, locais de abastecimento, equi- danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.
pamentos de manutenção etc.
4.414 Incêndio classe A: incêndio envolvendo combustíveis
4.400 Heliportos elevados: heliportos localizados sobre sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha. É
edificações. caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resí-
4.401 Hidrante: ponto de tomada de água onde há uma (sim- duos e por queimar em razão do seu volume, isto é, a queima
ples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com se dá na superfície e em profundidade.
seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de 4.415 Incêndio classe B: aquele que acontece em líquidos
incêndio e demais acessórios.
ou em gases combustíveis. O líquido queima na superfície, os outro meio previsto e autorizado na legislação competente.
gases, em volume. Os mais frequentes são: gasolina, álcool, 4.427 Instalação fixa de aplicação local: dispositivo com
GLP e éter. É caracterizado por não deixar resíduos e queimar suprimento de gás, permanentemente conectado a uma
apenas na superfície exposta e não em profundida- de. tubulação que alimenta difusores distribuídos com a finalida-
4.416 Incêndio classe C: incêndio que acontece em material de de descarregar o agente extintor (gás) diretamente sobre o
energizado, normalmente equipamento elétrico, onde a material no caso de incêndio. Podem ser de comando
extinção deve ser realizada com agente não condutor de automático ou manual.
eletricidade. 4.428 Instalação fixa de espuma: são aquelas instalações
4.417 Incêndio classe D: incêndio envolvendo metais com- em que a adução de pré-mistura de espuma é feita por tubu-
bustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, lações a partir de uma central de espuma diretamente para os
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircô- tanques através de dispositivo de formação (câmaras de
nio). É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por espuma) fixos ao tanque.
reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que 4.429 Instalação interna de gás: conjunto de tubulações,
contenham água). medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilização de
4.418 Incêndio natural: variação de temperatura que simula gás, com os necessários complementos, destinado à con-
o incêndio real, em função da geometria, ventilação, caracte- dução e ao uso do gás no interior da edificação.
rísticas térmicas dos elementos de vedação e da carga de 4.430 Instalações fixas de mangotinhos: dispositivo com
incêndio específica. suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilin-
4.419 Incêndio-padrão: elevação padronizada de tempera- dros que alimentam um mangotinho acondicionado em um
tura em função do tempo, dada pela seguinte expressão: carretel de alimentação axial, equipado na sua extremidade
livre um esguicho difusor com válvula de comando manual de
Ug = U0 + 345 log (8t+1) jato. Esse equipamento é de comando manual.
Onde:
t é o tempo, expresso em minutos; 4.431 Instalações sob comando: o agente extintor fica arma-
U0 é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento em graus zenado em depósitos fixos e é conduzido através de tubula-
Celsius, geralmente tomada igual a 20 oC;
ções rígidas até pontos táticos, onde existem válvulas termi- nais
Ug é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.
(difusores). Desses pontos, por meio da intervenção do homem,
4.420 Índice de propagação de chamas: produto do fator de as tubulações são complementadas com mangotinhos até o
evolução do calor pelo fator de propagação de chama. local do foco de incêndio onde o agente é aplicado.
4.421 Inertização: redução do percentual de oxigênio no 4.432 Instalações temporárias: instalações que abrigam
ambiente, com a introdução de gás inerte, de modo a inibir a uma ocupação temporária, com duração de até 6 (seis) me-
combustão. ses, prorrogável uma vez, por igual período, podendo ou não
4.422 Inflamabilidade: facilidade com que determinado estar localizadas no interior de uma edificação permanente,
material entra em processo de ignição, por contato com tais como circos, parques de diversões, feiras de exposições,
centelhamento de várias origens, por exposição a uma fonte feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos, dentre outros.
de alta temperatura, ou por contato com chama. 4.433 Instalador: pessoa física ou jurídica responsável pela
4.423 Infrator: pessoa física ou jurídica proprietária, res- execução da instalação do sistema de proteção contra incên-
ponsável pelo uso, responsável pela obra ou responsável dio em uma edificação.
técnico, da edificação e áreas de risco, que descumpre as 4.434 Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (IT):
normas previstas na legislação de Segurança Contra In- documento técnico elaborado pelo CBMEPI que normatiza
cêndios e Emergências. procedimentos administrativos, bem como medidas de segu-
4.424 Inibidor de vórtice: acessório de tubulação destinado rança contra incêndio nas edificações e áreas de risco.
a eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório. 4.435 Instrutor credenciado: profissional regularmente
4.425 Instalação: montagem mecânica, hidráulica, elétrica, credenciado a ministrar uma ou mais das disciplinas definidas
eletroeletrônica, ou outra, para fins de atividades de produ- ção pelo CBMEPI, nos cursos de formação, reciclagem ou de
industrial, geração ou controle de energia, contenção ou instrutor de bombeiro civil.
distribuição de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda 4.436 Integridade (E): capacidade do elemento construtivo
espécie, cuja montagem tenha caráter permanente ou tem- de compartimentação de suportar a exposição ao fogo emum
porário que necessite de proteção contra incêndio previsto na lado apenas, por um determinado período de tempo, sem que
legislação. haja a transmissão do fogo para o outro lado, avaliada por
4.426 Instalação de Gás Liquefeito de Petróleo: sistema cons- meio da ocorrência de trincas ou aberturas que excedam
tituído de tubulações, acessórios e equipamentos que condu- determinadas dimensões e pela passagem de quantidade
zem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou significativa de gases quentes ou chamas, ou pela falha dos
mecanismos de travamento no caso de elementos móveis
como portas e vedadores. do o recurso for interposto em 2ª instância.

4.437 Interface da camada de fumaça (“smoke la- yer 4.450 Lance de mangueira: mangueira de incêndio de
interface”): limite teórico entre uma camada de fumaça e a comprimento padronizado (15 ou 30 m).
zona de transição onde a fumaça está tomando volu- me. 4.451 Lanço de escada: sucessão ininterrupta de degraus
4.438 Interligação entre túneis: abertura entre túneis, sina- entre dois patamares sucessivos.
lizada, provida de porta de passagem que em caso de Nota:
incidente possa ser utilizada como rota de fuga. Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem subir altura
superior a 3,70m.
4.439 Inundação total: descarga de gases por meio de
4.452 Largura do degrau (b): distância entre o bocel do
difusores fixos no interior do recinto que contém o equipa-
degrau e a projeção do bocel do degrau imediatamente supe-
mento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte com
rior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da
uma concentração determinada de gás a ser atingida em
escada.
tempo determinado.
4.453 Laudo: documento que exibe o relato do técnico ou
4.440 Irradiação: é a transmissão de calor por ondas de
especialista designado para avaliar determinada situação ou
energia calorífica que se deslocam através do espaço.
matéria que estava dentro do escopo de seus conhecimentos.
4.441 Isolamento de risco: medida de proteção passiva por
4.454 Leiaute (“layout”): distribuição física de elementos num
meio de parede de compartimentação sem aberturas ou afas-
determinado espaço.
tamento entre edificações, destinado a evitar a propagação do
fogo, calor e gases, entre os blocos isolados. 4.455 Licença do Corpo de Bombeiros: ato administrativo
do CBMEPI que reconhece o cumprimento das medidas de
4.442 Isolamento térmico: capacidade do elemento constru-
segurança contra incêndio exigidas para a edificação ou área
tivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo em
de risco, abrangendo:
um lado apenas, por um determinado período de tempo, con-
tendo a transmissão do fogo para o outro, causada pela con- a. Atestado de Regularidade do Corpo de Bombeiros –ARCB;
dução de calor em quantidade suficiente para ignizar materi- b. Termo de Autorização para Adequação do Corpo de
ais em contato com a sua superfície protegida, e a capacida- Bombeiros – TAACB;
de de prover uma barreira ao calor que proteja as pessoas c. Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros – CLCB.
próximas à superfície protegida durante o período de classifi-
cação de resistência ao fogo. 4.456 Limite de área de armazenamento: linha fixada pela
fileira externa de recipientes transportáveis de Gás Liquefeito
4.443 Isolante térmico: material com característica de resistir de Petróleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da
à transmissão do calor, impedindo que as temperaturas na largura do corredor de inspeção, quando este for exigido.
face não exposta ao fogo superem determinados limites.
4.457 Limite do lote de recipientes: linha fixada pela fileira
4.444 Itinerário: trajeto a ser percorrido pelas guarnições do externa de recipientes transportáveis de Gás Liquefeito de
Corpo de Bombeiros na ida ou no regresso do atendimento de Petróleo (GLP), em um lote de recipientes.
uma emergência, previamente estabelecido por meio de
croqui. 4.458 Linha de espuma: tubulação ou linha de mangueiras
destinada a conduzir a espuma.
4.445 Jato compacto: tipo de jato de água caracterizado por
linhas de corrente de escoamento paralelas, observado na 4.459 Linha de percurso de uma escada: linha imaginária
extremidade do esguicho. sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o cor-
rimão, afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da pare-
4.446 Jato de canhão monitor: jato de grande capacidade de.
(vazão) proveniente de um canhão monitor.
Nota:
4.447 Jato de fumaça sob o teto (“ceiling jet”): fluxo de Sobre essa linha, todos os degraus possuem piso de largura igual, inclusive os
degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz deflexão. Nas escadas de
fumaça horizontal estendendo-se radialmente do ponto de
menos de 1,10 m de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada,
choque da coluna de fogo contra o teto. ficando, pois, mais perto da borda.

4.448 Jato de neblina: jato d’água contínuo de gotículas 4.460 Linha de solução: tubulação ou linha de mangueiras
finamente divididas e projetadas em diferentes ângulos. destinada a conduzir a solução de espuma mecânica.
4.449 Junta Técnica: órgão colegiado responsável pelo 4.461 Líquido: qualquer material que apresente fluidez maior
julgamento dos recursos de processos infracionais, composto do que o ponto 300 de penetração do asfalto, quando ensaia-
por 3 (três) integrantes do CBMEPI e/ou componentes da do de acordo com a ABNT NBR 6576 ou uma substância visco-
sociedade com notório saber, nomeados pelo Comandante da sa cujo ponto de fluidez específico não pode ser determinado,
Unidade Operacional, quando o recurso for interposto em 1ª mas definido como líquido de acordo com a ASTM D 4359.
instância, e pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, quan-
4.462 Líquido combustível: líquido que possui ponto de
fulgor igual ou superior a 37,8 ºC, subdividido como segue:
a. Classe II: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou 4.474 Lotes de recipientes: conjunto de recipientes trans-
superior a 37,8 ºC e inferior a 60 ºC; portáveis de Gás Liquefeito de Petróleo sem que haja corre-
b. Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de fulgor igual dor de inspeção entre estes.
ou superior a 60 ºC e inferior a 93ºC; 4.475 Maior risco (para dimensionamento de sistemas):
c. Classe IIIB: líquidos que possuem ponto de fulgor igual aquele que requer a maior demanda do sistema a ser proje-
ou superior a 93ºC. tado em uma determinada edificação ou área de risco. (Ver
também “Risco”)
4.463 Líquido criogênico: líquido com ponto de ebulição abai-
xo de – 90 ºC a uma pressão absoluta de 101 kPa (14,7 psi). 4.476 Mangotinho: ponto de tomada de água onde há uma
simples saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador
4.464 Líquido estável: qualquer líquido não definido como
(se necessário), mangueira semirrígida, esguichos reguláveis
instável.
e demais acessórios.
4.465 Líquido inflamável: líquido que possui ponto de fulgor
4.477 Mangueira de incêndio: tubo flexível, fabricado com
inferior a 37,8 ºC, também conhecido como líquido Classe I,
fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solu- ção
subdividindo-se em:
ou espuma.
a. Classe IA: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC
e ponto de ebulição abaixo de 37,8 ºC; 4.478 Mangueira flexível: tubo flexível de material sintético
com características comprovadas para uso do Gás Liquefeito.
b. Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC
e ponto de ebulição igual ou acima de 37,8 ºC; 4.479 Manômetro: instrumento que realiza a medição de
c. Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou acima de pressões efetivas ou relativas.
22,8 ºC.
4.480 Manômetro de líquido ajustável: tipo de manômetro
4.466 Líquidos instáveis ou reativos: líquidos que no estado que permite a realização da avaliação da diferença de pres-
puro ou nas especificações comerciais, por efeito de variação de são entre dois ambientes por meio da comparação entre altu-
temperatura, pressão ou de choque mecânico, na estoca- gem ras de colunas de líquido dito manométrico. Permite o ajuste
ou no transporte, tornam-se autorreativos e, em consequên- cia, do valor inicial, antes do início da medição (ajuste do “zero”).
se decomponham, polimerizem ou venham a explodir.
4.481 Mapeamento de risco: estudo desenvolvido pelo
4.467 Listagem confiável: relação de dados e característi- responsável por uma edificação em conjunto com o Corpo de
cas de projeto de equipamentos ou dispositivos, publicada Bombeiros, visando a relacionar os meios humanos e
pelo fabricante e reconhecida por órgãos regulamentadores ou materiais disponíveis por uma empresa, seguido da qualifi-
normativos, aceita pelo proprietário da instalação ou seu cação e melhora da capacidade de reação.
preposto legal designado.
4.482 Materiais combustíveis: produtos ou substâncias
4.468 Local de abastecimento: área determinada pelo con- (não resistentes ao fogo) que sofrem ignição ou combustão
junto de veículo abastecedor, mangueira flexível de abasteci- quando sujeitos a calor.
mento e central de Gás Liquefeito de Petróleo.
4.483 Materiais de acabamento: produtos ou substâncias
4.469 Local de relativa segurança: local dentro de uma que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados
edificação ou estrutura onde, por um período limitado de tempo, a ela com fins de conforto, estética ou segurança. Material ou
as pessoas têm alguma proteção contra os efeitos do fogo e da conjunto de materiais utilizados como arremates entre ele-
fumaça. Este local deve possuir resistência ao fogo e elementos mentos construtivos (rodapés, mata-juntas etc.).
construtivos, de acabamento e de revestimento incombustíveis,
4.484 Materiais de revestimento: todo material empregado
proporcionando às pessoas continuarem sua saída para um local
nas superfícies dos elementos construtivos das edificações,
de segurança. Exemplos: escadas de segurança, escadas
tanto nos ambientes internos como nos externos, com finali-
abertas externas, corredores de circulação (saída) ventilados
dade de atribuir características estéticas, de conforto, de
(mínimo de 1/3 da lateral com ventilação permanente).
durabilidade etc. Incluem-se como material de revestimento
4.470 Local de risco: área interna ou externa da edificação, pisos, forros e as proteções dos elementos estruturais.
onde haja a probabilidade de um perigo se materializar cau-
4.485 Materiais fogo-retardantes: produtos ou substâncias
sando um dano.
que, em seu processo químico, recebem tratamento para
4.471 Local de saída única: condição de um pavimento da melhor se comportarem ante a ação do calor, ou ainda aque-
edificação, onde a saída é possível apenas em um sentido. les protegidos por produtos que dificultem a queima.
4.472 Local seguro: local fora da edificação, no qual as 4.486 Materiais incombustíveis: produtos ou substâncias
pessoas estão sem perigo imediato dos efeitos do fogo. que, submetidos à ignição ou combustão, não apresentam
rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não
4.473 Loteamento: parcelamento do solo com abertura de
desenvolvem elevada quantia de fumaça e gases.
novos sistemas de circulação ou prolongamento, modifica- ção
ou ampliação dos existentes. 4.487 Materiais semicombustíveis: produtos ou substân-
cias que, submetidos à ignição ou combustão, apresentam
baixa taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça. escorar áreas que apresentam riscos de deslizamento,
desmoronamento e erosão, tais como encostas, vertentes,
4.488 Máximo enchimento: volume máximo de Gás Lique- barrancos etc.
feito de Petróleo (GLP) em estado líquido que um recipiente
pode armazenar com segurança. 4.500 NAT: Núcleo de Atividades Técnicas do Subgru-
pamento de Bombeiros.
4.489 Medidas de segurança contra incêndio: conjunto de
dispositivos, sistemas ou procedimentos a serem previstos 4.501 Neblina de água: jato de pequenas partículas d’água,
nas edificações e áreas de risco, necessários para evitar o produzido por esguichos especiais.
surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibili- 4.502 Nível de acesso: ponto do terreno em que atravessa a
tar sua extinção, bem como evitar o pânico e ainda propiciar a projeção do parâmetro externo da parede do prédio ao se
proteção à vida, meio ambiente e ao patrimônio. entrar na edificação.
4.490 Meio defensável “tenable environment”: meio no qual Nota:
a fumaça e o calor estão limitados e restritos, visando a preser- É aplicado para a determinação da altura da edificação.

var os ocupantes num nível que não exista ameaça de vida. 4.503 Nível de descarga: nível de piso no qual uma porta ou
4.491 Memorial: conceitos, premissas e etapas utilizados abertura permite a condução dos ocupantes a um local seguro
para definir, localizar, caracterizar e detalhar o projeto do no exterior da edificação ou área de risco.
sistema de hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde 4.504 Notificação: é o meio de comunicação formal entre o
a concepção até a sua implantação e manutenção. São com- CBMEPI e o proprietário ou responsável pela edificação ou
postos de parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas. área de risco, para fins de correção de irregularidades ou
4.492 Mezanino: pavimento(s) que subdivide(m) parcialmen- adoção de providências diversas.
te um andar, cujo somatório não ultrapasse um terço (1/3) da 4.505 Notificação orientativa: meio de comunicação formal
área do pavimento do andar subdividido. entre o CBMEPI e o proprietário ou responsável pela edifi-
4.493 Micro Empreendedor Individual (MEI): empresário cação ou área de risco, para fins de correção de irregularida-
individual, optante pelo Simples Nacional, conforme legislação des ou adoção de providências diversas para obediência às
vigente. normas previstas no Regulamento de Segurança contra In-
cêndios do Estado de Piauí.
4.494 Mistura de gases inertes: agentes que contenham,
como componentes primários, um ou mais dos seguintes 4.506 Ocupação: atividade ou uso da edificação.
gases: hélio, neônio, argônio ou nitrogênio. São misturas de 4.507 Ocupação mista: edificação ou área de risco onde se
gases que também contém dióxido de carbono (CO2) como de verifica mais de um tipo de ocupação.
Petróleo (GLP), podendo ou não possuir proteção metálica ou
têxtil. 4.508 Ocupação predominante: atividade ou uso principal
exercido na edificação ou área de risco.
4.495 Módulo habitável: contêineres adaptados, que rece-
beu portas e janelas, além de instalação elétrica e/ou hidráuli- 4.509 Ocupação subsidiária: atividade ou uso de apoio ou
ca; empregado como escritório, sala de reuniões, sala de suporte, vinculada ao uso ou atividade principal, em edifica-
treinamento ou de aula, depósito, almoxarifado ou guarita. O ção ou área de risco, desde que sua área não ultrapasse o
módulo habitável pode ser formado por um ou mais contêi- limite de 900 m² ou 10% da área total da edificação.
neres conjugados, dispostos horizontalmente (afastados ou não 4.510 Ocupação temporária: atividade desenvolvida de
entre si) ou verticalmente, havendo comunicação entre os caráter temporário, tais como circos, feiras, espetáculos e
módulos, através de portas, com ou sem emprego de esca- das. parques de diversões.
4.496 Monitor: equipamento destinado a formar e orientar 4.511 Ocupações temporárias em instalações permanen-
jatos de água ou espuma de grande volume e alcance. tes: instalações de caráter temporário e transitório, não defini-
4.497 Monitor fixo (canhão): equipamento que lança jato de tivo em local com características de estrutura construtiva
espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao nível permanente, podendo ser anexadas ocupações temporárias.
do solo ou em elevação. O monitor pode ser alimenta- do com 4.512 Óleo vegetal isolante: éster natural líquido isolante de
a solução mediante tubulação permanente ou man- gueiras. alto ponto de combustão, formulado a partir de óleo extraído
4.498 Mudança de ocupação: alteração de atividade ou uso de sementes/grãos e aditivos para melhoria de desempenho.
que resulte na mudança de classificação (Grupo ou Divisão) 4.513 Operação automática: atividade que não depende de
da edificação ou área de risco, constante da tabela de classi- qualquer intervenção humana para determinar o funcio-
ficação das ocupações prevista no Regulamento. namento de uma instalação.
4.499 Muro de arrimo: parede forte construída de alvena- ria 4.514 Operação de abastecimento de GLP: atividade de
ou de concreto, com o objetivo de proteger, apoiar ou transferência de Gás Liquefeito de Petróleo entre o veículo
abastecedor e a central de GLP.
4.515 Operação manual: atividade que depende da ação do mas.
elemento humano. 4.526 Parede de vedação: normalmente de tijolos ou blocos,
4.516 Operação sazonal: conjunto de ações realizadas pelo serve para vedar e compartimentar o ambiente, não fazendo
CBMEPI em determinados períodos, atendendo a situações de parte da estrutura da edificação.
riscos específicas. 4.527 Parede estrutural: é aquela que faz parte da estrutura
4.517 Ordem de fiscalização: documento expedido pelo da edificação, sendo responsável por sua estabilidade.
Serviço de Segurança contra Incêndio (SvSCI) determinando 4.528 Parque de inflamáveis: área destinada ao armaze-
a fiscalização a ser realizada pelos órgãos ou agentes subordi- namento de substâncias combustíveis, como álcool, gasolina
nados funcionalmente, podendo abranger área de risco ou e outros.
edificação.
4.529 Parque de tanques: área destinada à armazenagem e
4.518 Órgão competente: órgão público, federal, estadual, transferência de produtos, onde se situam tanques, depósi- tos
municipal, ou ainda autarquias, ou entidades capacitadas e bombas de transferência; não se incluem, de modo geral, as
legalmente para determinar aspectos relevantes dos sis- instalações complementares, tais como escritó- rios, vestiários
temas de proteção contra incêndio. etc.
4.519 Orientado: termo utilizado após a análise de um 4.530 Passagem subterrânea: obra de construção civil des-
processo de segurança contra incêndio. tinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao
4.520 Painel repetidor: equipamento comandado por um uso de pedestres ou veículos.
painel central destinado a sinalizar de forma visual e/ou 4.531 Passarela: obra de construção civil destinada à trans-
sonora, no local desejado, as informações do painel central. posição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
4.521 Para-chama: elemento que apresenta, por um perí- 4.532 Passarela de emergência: passagem estreita para
odo determinado de tempo, as seguintes propriedades: pedestres que corre ao longo da pista ou dos trilhos do túnel,
integridade mecânica a impactos (resistência), e impede a servida exclusivamente para rota de fuga, manutenção ou
passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não resgate, sendo iluminada, sinalizada e monitorada.
proporcionando isolamento térmico.
4.533 PAT: Posto de Atividades Técnicas dos Postos de Bom-
4.522 Parecer Técnico: é uma avaliação ou relatório opinati- beiros.
vo emitido pelo CBMEPI em decorrência de questionamen- tos
ou assuntos específicos da Regulamentação de Seguran- ça 4.534 Pavimento: plano de piso do andar de uma edificação
contra Incêndio. ou área de risco.

4.523 Parede de compartimentação: parede com proprie- 4.535 Pavimento de descarga: parte da saída de emergên-
dade corta-fogo por um determinado período de tempo, cia de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro
utilizada para impedir a propagação do fogo em ambientes público ou área externa com acesso a este.
contíguos, vedando-os do piso ao teto. Deve possuir estabi- 4.536 Pavimento em pilotis: local edificado de uso comum,
lidade, resistência mecânica e proporcionar estanqueidade e aberto em pelo menos 3 lados, devendo os lados abertos ficar
isolamento térmico, impedindo a propagação de gases afastados, no mínimo, 1,50 m das divisas. Considera-se,
quentes, fumaça, chamas e calor. Para fins de compartimen- também, como tal, o local coberto, aberto em pelo menos duas
tação horizontal, pode possuir aberturas, desde que protegi- faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, no mínimo, 70%
das por porta ou outros elementos corta-fogo, não necessi- do perímetro total.
tando que ultrapasse o telhado ou cobertura.
4.537 Pé-direito: 1) distância vertical que limita o piso e o teto
4.524 Parede de isolamento de risco: parede com proprie- de um pavimento. (2) altura livre de um andar de um edifício,
dade corta-fogo por um determinado período de tempo, medida do piso à parte inferior do teto (ou telhado).
utilizada para impedir a propagação do fogo em ambientes
contíguos, vedando-os do piso ao teto. Deve possuir estabi- 4.538 Peitoril: muro ou parede que se eleva à altura do peito
lidade, resistência mecânica e proporcionar estanqueidade e ou pouco menos.
isolamento térmico, impedindo a propagação de gases 4.539 Percentual de aberturas em uma fachada: relação
quentes, fumaça, chamas e calor. Para fins de isolamento de entre a área total (edificações não compartimentadas) ou área
risco, não podem possuir aberturas, devendo ainda ultrapas- parcial (edificações compartimentadas) da fachada de uma
sar um metro acima dos telhados ou coberturas. edificação, dividido pela área de aberturas existentes na
4.525 Parede, divisória ou porta para-chamas: elemento mesma fachada.
construtivo com propriedade para-chamas por um determina- do 4.540 Perda de carga: perda de pressão em duto devido à
período de tempo, utilizado para impedir a propagação do fogo fricção entre o líquido fluindo e as paredes internas do duto.
em ambientes contíguos. Deve possuir estabilidade, resistência
mecânica e proporcionar estanqueidade, impe- dindo a 4.541 Perigo: propriedade de causar dano inerente a uma
propagação de gases quentes, fumaça e das cha- substância, a uma instalação ou a um procedimento.
4.542 Pesquisa de incêndio: apuração dos fatores determi- 4.555 Plano de intervenção de incêndio: plano estabeleci-
nantes e contribuintes, desenvolvimento e consequências dos do em função dos riscos da edificação para definir a melhor
incêndios atendidos pelo CBMEPI, mediante exame técnico utilização dos recursos materiais e humanos em uma situa-
das edificações, materiais e equipamentos, no local ou em ção de emergência.
laboratório especializado, visando o aprimoramento técnico da 4.556 Plano de Trabalho: sistematização periódica e contí-
segurança contra incêndio e da atividade operacional. nua das ações voltadas à fiscalização das edificações ou
4.543 Pessoa habilitada: pessoa com conhecimento do áreas de risco, de acordo com as áreas de interesse e as
funcionamento das medidas de segurança contra incêndio operações sazonais.
para que possa manuseá-los quando da realização da visto- 4.557 Plano global de segurança: integração de todas as
ria. medidas de prevenção contra incêndios e pânico que garan-
4.544 Petróleo cru: mistura de hidrocarbonetos retirados do tam a segurança efetiva das pessoas (aspecto humano) e do
subsolo, com ponto de fulgor abaixo de 65,6 ºC e que não edifício, envolvendo as medidas de proteção ativa e passiva.
tenha sido processada em refinaria. 4.558 Plano Particular de Intervenção (PPI): procedimento
4.545 Píer: estrutura de comprimento geralmente maior do peculiar de atendimento de emergência em locais previ-
que a largura e que se projeta do litoral ou da margem, em amente definidos, elaborado por profissionais de grupo
direção a um corpo d’água. Um píer pode ter deck aberto ou multidisciplinar (engenheiros ou técnicos que atuem na área
ser provido de uma superestrutura. de segurança contra incêndio e ambiental), em conjunto com
o Corpo de Bombeiros.
4.546 Pirofórico: metal como sódio, potássio, zircônio e
outros, que se inflama em contato com o ar. 4.559 Planta: desenho técnico onde está situada uma única
ou mais empresas, com uma única ou mais edificações.
4.547 Piso: superfície superior do elemento construtivo hori-
zontal sobre o qual haja previsão de estocagem de materiais 4.560 Planta de bombeiro: representação gráfica da edifica-
ou onde o usuário da edificação tenha acesso irrestrito. ção, contendo informações através de legenda específica da
localização, arranjo e previsão dos meios de segurança con-
4.548 Piso técnico: piso destinado exclusivamente à insta- tra incêndio e riscos existentes.
lação e manutenção de equipamentos, com acesso restrito de
pessoas. 4.561 Planta de risco: mapa simplificado no formato A1, A2,
A3 ou A4, em escala padronizada, podendo ser em mais de
4.549 Pista de rolagem: pista de dimensões definidas, des- uma folha, devendo indicar:
tinada à rolagem de helicópteros entre área de pouso ou de
decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. a. principais riscos;
b. paredes corta-fogo e de compartimentação;
4.550 Planilha de levantamento de dados: instrumento
c. hidrantes externos;
utilizado para a catalogação de todas as informações e dados
da empresa, indispensável à elaboração de um PPI. d. número de pavimentos;
e. registro de recalque;
4.551 Plano de Auxílio Mútuo (PAM): plano de atuação
f. reserva de incêndio;
conjunta do CBMEPI e pessoas jurídicas de direito público ou
privado, no qual os integrantes assumem o com- promisso de g. armazenamento de produtos perigosos;
colaborar com recursos humanos e materiais no Sistema de h. vias de acesso às viaturas doCorpo de Bombeiros;
Atendimento de Emergências. i. hidrantes urbanos próximos da edificação (se houver).
4.552 Plano de abandono: conjunto de normas e ações 4.562 Poço de instalação: passagem essencialmente
visando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e vertical deixada numa edificação com finalidade específica de
eficiente de toda a população fixa e flutuante da edificação, em facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-
caso de uma situação de sinistro. condicionado, ventilação, tubulações hidráulico-sanitárias,
eletrodutos, cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-cargas e
4.553 Plano de Fiscalização: documento técnico, de valida-
outros.
de anual, elaborado pelo Comandante do CBMEPI, com apoio
dos Órgãos do SvSCI que definirá a política de fiscaliza- ção 4.563 Poço de sucção: elemento construtivo do reservató-
do CBMEPI, ao estabelecer, de forma contínua as edificações rio destinado a maximizar a utilização do volume de água
e áreas de risco que, prioritariamente, deverão ser fiscalizadas acumulado, bem como para evitar a entrada de impurezas no
no que se refere ao cumprimento da legislação de segurança interior das tubulações.
contra incêndios do Estado do Piauí.
4.564 Ponto de abastecimento: ponto de interligação entre
4.554 Plano de emergência: plano elaborado para a hipó- o engate de enchimento da mangueira de abastecimento e a
tese de incidente previsível, de alta probabilidade de ocorrên- válvula do recipiente que deve ser abastecido.
cia, que exigirá recursos humanos e materiais próprios e
4.565 Ponto de combustão: menor temperatura na qual um
disponíveis para seu atendimento, sem a necessidade de
combustível emite vapores em quantidade suficiente para
medidas que envolvam outros órgãos para a resposta.
formar uma mistura com o ar na região imediatamente acima uma indústria ou empresa, cuja finalidade é o abastecimento
da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em de combustível e/ou lubrificantes para sua frota.
contato com uma chama e mantiver a combustão após a 4.578 Posto de comando: local fixo ou móvel, com repre-
retirada da chama. sentantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de
4.566 Ponto de ebulição: temperatura na qual um contínuo uma emergência.
fluxo de bolhas de vapor ocorre em determinado líquido, que 4.579 Pressão de vapor: pressão na qual um líquido e seu
seja aquecido num recipiente aberto; temperatura na qual a vapor coexistem em equilíbrio a uma determinada temperatu- ra.
pressão de vapores é igual à pressão atmosférica.
4.580 Pressurização: estabelecimento de uma diferença de
4.567 Ponto de fulgor “flash point”: menor temperatura na qual pressão através de uma barreira para proteger uma escada,
um combustível emite vapores em quantidade suficiente para antecâmara, rota de escape ou recinto de uma edificação
formar uma mistura com o ar na região imediatamente acima da contra a penetração de fumaça.
sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato
com uma chama e não a manter após a retirada da chama. 4.581 Prevenção de incêndio: conjunto de medidas que
visam: a evitar o incêndio; a permitir o abandono seguro dos
4.568 Ponto de ignição: temperatura mínima em que ocorre ocupantes da edificação e áreas de risco; a dificultar a propa-
uma combustão independente de uma fonte de ignição como gação do incêndio; a proporcionar meios de controle e extin-
chama e faísca. O simples contato do combustível com o ção do incêndio e a permitir o acesso para as operações do
comburente é suficiente para estabelecer a reação. Corpo de Bombeiros.
4.569 Ponto de inflamabilidade: temperatura intermediária 4.582 Procedimentos de abandono (plano): registros,onde
entre o ponto de fulgor e o ponto de combustão; temperatura rotas de fuga e lugares seguros são indicadas e onde regras
acima da qual o combustível admite sua inflamação. de conduta, procedimentos e ações necessárias para as pes-
4.570 Ponto de luz: dispositivo constituído de lâmpada(s) ou soas presentes, em caso de incêndio, são estabelecidas.
outros dispositivos de iluminação, invólucro(s) e/ou outro(s) 4.583 Processo de segurança contra incêndio: processo de
componente(s) que têm a função de promover o aclaramento regularização das edificações e áreas de risco, para fins de
do ambiente ou a sinalização. emissão da licença do Corpo de Bombeiros Militar, que com-
4.571 População: número de pessoas para as quais uma preende a análise de projeto e a vistoria técnica de regulari-
edificação, ou parte dela é projetada. zação das edificações e áreas de risco.

4.572 População fixa: número de pessoas que permanece 4.584 Processo fiscalizatório (infracional): conjunto de
regularmente na edificação, considerando-se os turnos de medidas adotadas pelo CBMEPI para verificar se as medi- das
trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros de segurança contra incêndio estão sendo devidamente
nessas condições. atendidas nas edificações e áreas de risco, conforme previs-
tas no Regulamento de Segurança Contra Incêndios do Esta-
4.573 População flutuante: número de pessoas que não se do do Piauí e, caso seja comprovado o descumprimento, para
enquadra no item de população fixa. Será sempre pelo número aplicação das sanções administrativas correspondentes à
máximo diário de pessoas. infração cometida, sendo que, neste caso, assegura-se a
4.574 Porta corta-fogo (PCF): dispositivo construtivo (con- possibilidade de recurso, com a garantia do contraditório e da
junto de folha(s) de porta, marco e acessórios), com proprie- ampla defesa.
dade corta-fogo, instalado nas aberturas da parede de compar- 4.585 Produtos perigosos: produtos que tenham potencial
timentação e destinado à circulação de pessoas e de equi- de causar dano ou apresentem risco à saúde, segurança e meio
pamentos. É um dispositivo móvel que, vedando aberturas em ambiente e tenham sido classificados como tais de acor- do
paredes, retarda a propagação do incêndio de um ambi- ente com os critérios definidos pela regulamentação de transpor- te,
para outro. Quando instaladas nas escadas de segu- rança, relacionados nas instruções complementares do Regula- mento
possibilitam que os ocupantes das edificações atinjam os pisos para o Transporte de Produtos Perigosos (RTPP) apro- vado
de descarga com as suas integridades físicas garan- tidas. pelo Decreto 96.044.
4.575 Portal de Serviços: conjunto de sistemas mantidos 4.586 Projeto de Segurança contra Incêndio: documenta-
pelo CBMEPI e disponibilizados no sítio eletrônico da insti- ção que contém os elementos formais exigidos pelo CBMEPI
tuição na rede mundial de computadores com conteúdo e na apresentação das medidas de segurança con- tra incêndio
formulários destinados aos diversos processos do Serviço de de uma edificação e áreas de risco, que deve ser submetida à
Segurança Contra Incêndios (SvSCI). avaliação do Serviço de Segurança contra In- cêndio.
4.576 Posto de abastecimento e serviço: atividade onde 4.587 Projetor de spray de água: esguichos conectados a
são abastecidos os tanques de combustível de veículos um cano de água e projetados para produzir um spray de água
automotores. de alta pressão.
4.577 Posto de abastecimento interno: instalação interna a
4.588 Profissional habilitado: toda pessoa com formação incêndio que não dependem de ação inicial para o seu
em higiene, segurança e medicina do trabalho, devidamente funcionamento. Exemplos: compartimentação horizontal,
registrada nos Conselhos Regionais competentes ou no compartimentação vertical, escada de segurança, materiais
Ministério do Trabalho, das Polícias Militares e dos Corpos de retardantes de chama etc.
Bombeiros Militares que possuam especialização em 4.603 Quadra de armazenamento de contêineres: área
prevenção e combate a incêndio e técnicas de emergências descoberta, não construída, possuidora de demarcação de solo
médicas, conforme sua área de especialização. indicativa da disposição de contêineres em pátio externo.
4.589 Profissional legalmente habilitado: pessoa física ou 4.604 Quadro de áreas: tabela que contém as áreas indivi-
jurídica que goza do direito, segundo as leis vigentes, de dualizadas das edificações e seus pavimentos.
prestar serviços especializados de proteção contra incêndio.
4.605 Quadro de controle do equipamento de proteção
4.590 Profundidade de piso em subsolo: profundidade respiratória: quadro expositivo compreendendo espaços dentro
medida em relação ao nível de descarga da edificação. dos quais podem ser colocadas plaquetas de identifi- cação dos
4.591 Projetista: pessoa física ou jurídica responsável pela EPR e no qual informações adicionais podem ser gravadas,
elaboração de todos os documentos de um projeto, assim como tempo de uso do equipamento e localiza- ção das
como do memorial. equipes. Um relógio normalmente faz parte do referido quadro.

4.592 Projeto: conjunto de peças gráficas e escritas, neces- 4.606 Rampa: parte construtiva inclinada de uma rota de
sárias à definição das características principais do sistema de saída, que se destina a unir dois níveis ou setores de um
combate a incêndio, composto de plantas, seções, eleva- recinto de evento.
ções, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive, das 4.607 Reciclagem: constitui a atualização profissional perió-
especificações de materiais e equipamentos. dica prevista na legislação vigente.
4.593 Propagação do calor: troca de energia térmica entre 4.608 Recipiente de GLP: vaso de pressão destinado a
dois sistemas de temperaturas diferentes. conter o gás liquefeito de petróleo.
4.594 Propagação por condução: transferência de calorpor 4.609 Recipiente estacionário: recipiente com capacidade
contato direto das partículas da matéria. volumétrica total superior a 0,5 m 3, projetado e construído
4.595 Propagação por convecção: transferência de conforme normas reconhecidas internacionalmente.
energia térmica que ocorre pelo movimento de moléculas de 4.610 Recipiente intermediário para granéis (IBC) ou
uma parte do material para outra. tanque portátil: embalagens portáteis rígidas ou flexíveis, com
4.596 Propagação por radiação: transferência de energia capacidade maior que 450 L e até 3.000 L, com o propósito de
térmica através do espaço livre. armazenar e transportar, projetados para o manu- seio
mecânico, com resistência aos esforços provocados por
4.597 Proporcionador: equipamento destinado a misturar manuseio e transporte, conforme ensaios.
em quantidades proporcionais preestabelecidas de água e
líquido gerador de espuma. 4.611 Recipiente transportável abastecido no local: reci-
piente transportável que pode ser abastecido por volume no
4.598 Proteção ativa: são medidas de segurança contra próprio local da instalação, através de dispositivos apropria-
incêndio que dependem de uma ação inicial para o seu dos para este fim, respeitando o limite máximo de enchimen-
funcionamento, seja ela manual ou automática. Exemplos: to a 85 % da capacidade volumétrica.
extintores, hidrantes, chuveiros automáticos, sistemas fixos de
gases etc. 4.612 Recipiente transportável trocável: recipiente trans-
portável com capacidade volumétrica total igual ou inferior a
4.599 Proteção contra exposição: recursos permanen- 0,5 m³, abastecido por massa em base de engarrafamento e
temente disponíveis, representados pela existência de transportado cheio para troca.
medidas de segurança contra incêndio dentro da em- presa,
capazes de resfriar com água as estruturas vizinhas à 4.613 Rede de detecção, sinalização e alarme: conjunto de
armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis e dispositivos de atuação automática destinados a detectar
as propriedades adjacentes, enquanto durar o incêndio. calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos de proteção
e dispositivos de sinalização e alarme.
4.600 Proteção de incêndios: é conjunto das operações
necessárias para proteger o prédio e seu conteúdo contra os 4.614 Rede Integrada de Emergência (RINEM): conjunto de
prejuízos causados pelo fogo, calor irradiado, fumaça, água e pessoas jurídicas de direito público ou privado, com siste- ma
salvamento etc. próprio de comunicação, organizado mediante plano for- mal
de atuação, sob a coordenação do CBMEPI, no qual os
4.601 Proteção estrutural: característica construtiva que integrantes assumem o compromisso de colaborar com recur-
evita ou retarda a propagação do fogo e auxilia no trabalho de sos humanos e materiais no Sistema de Atendimento de
salvamento de pessoas em uma edificação. Emergências.
4.602 Proteção passiva: são medidas de segurança contra
4.615 Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da acesso para as operações do Corpo de Bombeiros e propor-
Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM): é uma cionar a continuidade dos serviços nas edificações.
política pública que estabelece as diretrizes e procedi- mentos 4.627 Relatório de vistoria: documento emitido pelo agente
para simplificar e integrar o procedimento de registro e vistoriador em decorrência da realização de uma vistoria téc-
legalização de empresários e pessoas jurídicas de qualquer nica de regularização ou de fiscalização do CBMEPI, onde
porte, atividade econômica ou composição societária. será atestado, para todos os fins, que aquela edificação ou
4.616 Redução de radiação: capacidade do elemento cons- área de risco vistoriada encontra-se ou não atendendo à legis-
trutivo de compartimentação de suportar a exposição ao fogo lação de segurança contra incêndio do Estado de Piauí.
em um lado apenas, por um determinado período de tempo, 4.628 Reserva de incêndio: volume de água destinado
enquanto a medição de calor irradiado no lado protegido per- exclusivamente ao combate a incêndio e/ou emergência na
manece abaixo de um nível especificado. edificação ou áreas de risco.
4.617 Refinaria: instalação industrial na qual são produzidos 4.629 Reservatório ao nível do solo: reserva de incêndio
líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis em uma escala cujo fundo se encontra instalado no mesmo nível do terreno
comercial, a partir de petróleo cru, gasolina natural ou outras natural.
fontes de hidrocarbonetos.
4.630 Reservatório de escorva: reservatório de água com
4.618 Reforma: alterações nas edificações e áreas de risco volume necessário para manter a tubulação de sucção da
sem aumento de área construída e sem alteração da ocupa- bomba de incêndio sempre cheia d’água.
ção.
4.631 Reservatório elevado: reserva de incêndio cujo
4.619 Registro “damper” de sobrepressão: dispositivo que fundo se encontra instalado acima do nível do terreno natural
atua como regulador em ambiente que deva ser mantido em com a tubulação formando uma coluna d’água.
determinado nível de pressão, evitando que a pressão assu-
ma valores maiores por onde ocorra escape do ar. 4.632 Reservatório enterrado ou subterrâneo: reserva de
incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do
4.620 Registro de fluxo: dispositivo com a função de nível do terreno natural.
direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado na saída dos
grupos motoventiladores, quando utilizado duplicidade de 4.633 Reservatório semienterrado: reserva de incêndio cujo
equipamentos. fundo se encontra instalado abaixo do nível do terreno natural e
com a parte superior acima do nível do terreno natural.
4.621 Registro de fumaça “smoke damper”: dispositivo
utilizado no sistema de controle de fumaça, projetado para 4.634 Resfriamento: 1) consiste em diminuir a temperatura do
resistir à passagem de ar ou fumaça. Um registro de fumaça material combustível que está queimando e, consequente-
pode ser combinado, atendendo a requisitos de resistência a mente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. Retirada
fogo e fumaça. do calor de um material incendiado até que fique abaixo de seu
ponto de ignição. 2) método de extinção de incêndio por
4.622 Registro de paragem: dispositivo hidráulico manual, redução do calor, até um ponto em que não queima, por não
destinado a interromper o fluxo de água das instalações haver emissão de vapores combustíveis.
hidráulicas de combate a incêndio em edificações.
4.635 Resistência à chama: propriedade de um material, atra-
4.623 Registro de recalque: dispositivo hidráulico destina- vés da qual a combustão com chama é retardada, encerrada ou
do a permitir a introdução de água proveniente de fontes impedida. A resistência à chama pode ser uma propriedade do
externas, na instalação hidráulica de combate a incêndio das material básico ou então imposta por tratamento específico.
edificações.
4.636 Resistência ao fogo: propriedade de um elemento de
4.624 Registro de Responsabilidade Técnica (RRT): ins- construção de resistir à ação do fogo por um determinado
trumento por meio do qual o profissional arquiteto registra as período de tempo, mantendo sua integridade, isolação
atividades técnicas solicitadas mediante contratos (escritos ou térmica e estanqueidade ou características de vedação aos
verbais) para a execução de obras ou prestação de serviços. gases e chamas.
4.625 Registros corta-fogo “dampers”: dispositivos 4.637 Responsável: para todos os efeitos de designação nas
construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, insta- normas do SvSCI, utiliza-se responsável em substituição a
lados nos dutos de ventilação e dutos de exaustão, que toda e qualquer pessoa física ou jurídica proprietária ou res-
cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos. ponsável pelo uso ou ocupação de uma edificação ou área de
4.626 Regulamento de Segurança Contra Incêndio das risco ou, responsável técnico pela edificação ou área de risco
Edificações e Áreas de Risco no Estado do Piauí: Decreto ou, ainda, do procurador regularmente constituído por instru-
Estadual que visa proteger a vida das pessoas nas edificações mento de procuração.
e áreas de risco em casos de incêndio e emer- gências, 4.638 Responsável pela obra: pessoa física ou jurídica
dificultando a sua propagação do sinistro, proporcio- nando responsável pela instalação das medidas de segurança contra
meios de controle e extinção e dando condições de incêndio, na construção ou reforma de uma edificação ou área
de risco. pela regulamentação de transporte, relacionados nas instru-
ções complementares do Regulamento para o Transporte de
4.639 Responsável pelo CFBC: é o sócio ou administrado- Produtos Perigosos (RTPP) aprovado pelo Decreto 96.044.
res que consta do contrato social escolhido como represen-
tante legal do CFBC junto ao CBMEPI e assumindo todas as 4.652 Rolagem: movimento do helicóptero de um ponto para
responsabilidades jurídicas do estabelecimento. outro, realizado na superfície ou pouco acima desta,
conforme o tipo de trem de pouso do helicóptero.
4.640 Responsável pelo uso: pessoa física ou jurídica res-
ponsável pelo uso ou ocupação da edificação ou área de risco. 4.653 Rota de fuga em túnel: passagem para pessoas,
devidamente sinalizada e monitorada, dentro do túnel, que
4.641 Responsável técnico: é o profissional habilitado para conduz a abrigo ou saída segura em caso de incidente, com
elaboração de projeto e/ou execução de atividades relaciona- ou sem incêndio.
das à segurança contra incêndio.
4.654 Rota de fuga externa: rota de abandono externa: rota
4.642 Retardante de chama: substância adicionada a um de fuga externa a um prédio, por exemplo, através de um telha-
material ou um tratamento a ele aplicado, com a finalidade de do, escada, balcão, ponte, terraço, viela, caminho ou pátio
suprimir, reduzir ou retardar o desenvolvimento de chamas. externo, que termina na saída final ou em outra rota de fuga.
4.643 Retardante de fogo: substância adicionada a um 4.655 Rota de fuga pressurizada: rota de abandono pressuri-
material ou um tratamento a ele aplicado com a finalidade de zada: rota de fuga, permanentemente ou em caso de incêndio,
suprimir, reduzir ou retardar a sua combustão. pressurizada em comparação às partes adjacentes da
4.644 Risco: probabilidade de um perigo se materializar, edificação, de forma a inibir a propagação do fogo (fumaça,
causando um dano. O risco é a relação entre a probabilidade e gases ou chamas) dentro das rotas de fuga.
a consequência. O risco pode ser físico (ruídos, vibrações, 4.656 Rotas alternativas de fuga: rotas de fuga suficiente-
radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, mente separadas por direção e espaço ou por estruturas
umidade e iluminação deficiente). Pode ser químico (poeiras, resistentes ao fogo, para garantir que uma sempre estará
fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas provenientes de disponível, mesmo que a outra esteja afetada pelo fogo.
produtos químicos).
4.657 Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou
4.645 RINEM: Rede Integrada de Emergências. saída: caminho contínuo, devidamente protegido e sinaliza-
4.646 Risco específico: situação que proporciona uma pro- do, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens
babilidade maior de perigo à edificação, tais como: caldeira, externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões
casa de máquinas, incineradores, centrais de gás combustí- entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou
vel, transformadores, fontes de ignição e outros. combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso
de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de
4.647 Risco iminente: possibilidade de ocorrência de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto
sinistro que requer ação imediata. (área de refúgio), com garantia de integridade física.
4.648 Risco isolado: condição em que a edificação ou área 4.658 Saída horizontal: passagem de um edifício para outro
de risco atende as distâncias ou proteções de tal forma que, por meio de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta,
para fins de previsão das exigências de medidas de segurança passadiço ou balcão.
contra incêndio, uma edificação ou área de risco possa ser
considerada independente em relação à adjacente. 4.659 Saída única: local em um setor do recinto de evento,
onde a saída é possível apenas em um sentido.
4.649 Risco predominante: maior risco determinado pela
carga de incêndio dentre as ocupações, em função da área 4.660 Sala de Comando e Controle: local instalado em
dos pavimentos. ponto estratégico que proporcione visão geral de todo recinto
(setores de público, campo, quadra, arena etc.), devidamente
Notas:
equipado com todos os recursos de informação e de comuni-
a. ocorrendo equivalência na somatória da carga de incêndio, adotar-se-á, para
efeito da classificação do maior risco, a ocupação que possuir maior carga de cação disponíveis, destinado à coordenação integrada das
incêndio por m2; operações desenvolvidas pelos órgãos de Defesa Civil e
b. para o dimensionamento das saídas de emergência, os locais com Segurança Pública em situação de normalidade.
concentração de público prevalecerão como sendo o maior risco.
4.661 Sapé, piaçava (ou piaçaba): fibras vegetais de fácil
4.650 Risco primário: risco principal do produto perigoso
combustão, de largo emprego na zona rural para cobertura de
classificado como tal de acordo com os critérios definidos pela
ranchos, na fabricação de vassouras e também utilizadas
regulamentação de transporte, relacionados nas instruções
como cobertura de edificações destinadas à reunião de
complementares do Regulamento para o Transporte de Pro-
público, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas de
dutos Perigosos (RTPP) aprovado pelo Decreto 96.044.
espetáculos etc.
4.651 Risco secundário: risco subsidiário do produto perigo-
4.662 SAT: Seção de Atividades Técnicas dos Grupamentos
so classificado como tal de acordo com os critérios definidos
de Bombeiros.
4.663 Segurança: compromisso acerca da relativa proteção real, visando ao treinamento dos participantes.
da exposição a riscos. 4.677 Sinais visuais: compreendem a combinação de sím-
4.664 Segurança contra incêndio: conjunto de ações, bolos, mensagens, formas geométricas, dimensões e cores.
medidas de proteção ativa e passiva, além dos recursos inter- 4.678 Sinalização de emergência: conjunto de sinais
nos e externos à edificação e áreas de risco, que permitem visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a existência, a
controlar a situação de incêndio, a evacuação segura de pes- localização e os procedimentos referentes a saídas de
soas e garantem o acesso das equipes de salvamento e so- emergência, equipamentos de segurança contra incêndios e
corro. riscos potenciais de uma edificação ou áreas relacionadas a
4.665 Selo hidráulico: dispositivo que atua na forma de produtos perigosos.
sifão, evitando a propagação de chama. 4.679 Sinalização de saída: sinalização que indica cla-
4.666 Selos corta-fogo: dispositivos construtivos com ramente a saída.
tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas passa- Nota:
gens de eletrodutos e tubulações que cruzam as paredes de A sinalização pode ser luminosa.

compartimentação ou entrepisos. 4.680 Sinistro: ocorrência de prejuízo ou dano, causado por


4.667 Sensor de explosão: dispositivo que reage às incêndio ou acidente, explosão etc.
mudanças causadas pelo desenvolvimento de uma explosão 4.681 Sistema de aplicação local: sistema desenhado para
em um ou mais dos seus parâmetros ambientais, como a aplicação do agente extintor diretamente sobre o material em
pressão, a temperatura e/ou radiação térmica. chamas.
4.668 Separação de riscos de incêndio: recursos que 4.682 Sistema de aspersão de água: sistemas especiais,
visam a separar fisicamente edificações ou equipamentos. ligados à fonte da solução produtora, estando equipado com
Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos e/ou aspersores para descarga e distribuição na área a ser
paredes de material incombustível, com resistência mínima protegida.
à exposição ao fogo de 2 h.
4.683 Sistema de aspersão de espuma: sistemas especiais,
4.669 Separação entre edificações: distância entre edifica- ligados à fonte da solução produtora, estando equipado com
ções adjacentes que se caracteriza pela distância medida aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a
horizontalmente entre a cobertura ou fachada de uma edifi- ser protegida.
cação e a fachada de outra edificação adjacente.
4.684 Sistema de Atendimento de Emergências: sistema
4.670 Setor: Espaço delimitado para acomodação dos de resposta emergencial, coordenado pelo CBMEPI, de
espectadores, permitindo a ocupação ordenada do recinto, acordo com normas específicas, que pode atuar em conjunto
definido por um conjunto de blocos. com Bombeiros Públicos Municipais e Bombeiros Públicos
4.671 Serviço: o Serviço de Segurança Contra Incêndios e Voluntários, quando necessário, podendo utilizar os serviços
Emergências. congêneres prestados por bombeiros civis, brigadistas de
incêndio, guarda-vidas e similares, cujas características de
4.672 Serviço de Segurança Contra Incêndio (SvSCI): suas atividades ou de seus estatutos sociais ou regulamentos
conjunto de atividades desenvolvidas pelo CBMEPI tenham por objeto a prestação de serviços e atividades de
relacionadas à prevenção e segurança contra incêndio e bombeiros, nos termos da legislação vigente.
emergências nas edificações e áreas de risco.
4.685 Sistema de carregamento: dispositivo para o abaste-
4.673 Severidade da exposição: soma total da energia cimento de tanques de combustível de motores de veículos,
produzida com a evolução de um incêndio, que resulta na que engloba uma ou mais unidades de abastecimento.
intensidade de uma exposição.
4.686 Sistema de cortina de água: sistema automático de
4.674 “Shaft”: abertura existente na edificação, vertical ou canos de água conectados com exposição de difusores de
horizontal, que permite a passagem e interligação de instala- cortina de água, a intervalos e altura adequados, e projetados
ções elétricas, hidráulicas ou de outros dispositivos necessá- para descarregar água em uma superfície ser protegida con-
rios. tra a exposição ao fogo.
4.675 Shopping coberto “covered mall”: espaço amplo 4.687 Sistema de chuveiros automáticos: para fins de
criado por uma área coberta de pedestre em uma edificação, proteção contra incêndio, consiste de um sistema integrado de
agregando um número de ocupantes, tais como lojas de tubulações, alimentado por uma ou mais fontes de abaste-
varejo, bares, entretenimento e diversão, escritórios ou outros cimento automático de água. A parte do sistema de chuveiros
usos similares, onde esses espaços ocupados são abertos, automáticos acima do piso consiste de uma rede de tubula-
permitindo comunicação direta com a área de pedestres. ções, dimensionada por tabelas ou por cálculo hidráulico,
4.676 Simulado: emprego técnico e tático dos meios dispo- instalada em edifícios, estruturas ou áreas, normalmente junto
níveis, realizados por pessoal especializado, em situação não ao teto, à qual são conectados chuveiros segundo um padrão
regular. A válvula que controla cada coluna de alimentação do do sua ocorrência a uma central, que repassará este aviso a
sistema deve ser instalada na própria coluna ou na tubulação uma equipe de intervenção, ou determinará o alarme para a
que a abastece. Cada coluna de alimentação de um sistema edificação, com o consequente abandono da área.
de chuveiros automáticos deve contar com um dispositivo de 4.700 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: conjunto
acionamento de alarme. O sistema é normalmente ativado de dispositivos de combate a incêndio composto por reserva
pelo calor do fogo e descarrega água sobre a área de incên- de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de
dio em uma densidade adequada para extingui-lo ou controlá- tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios
lo em seu estágio inicial. descritos nesta norma.
4.688 Sistema de chuveiro automático de tubo seco: rede 4.701 Sistema de inundação total: sistema desenhado para
de tubulação fixa, permanentemente seca, mantida sob pres- aplicação do agente extintor no ambiente onde está o incên-
são do ar comprimido ou Nitrogênio, em cujos ramais são dio, de forma que a atmosfera obtida impeça o desenvol-
instalados os chuveiros automáticos. vimento e manutenção do fogo.
4.689 Sistema de Comando: gestão padronizada de ocor- 4.702 Sistema de proteção contraexplosão: composição
rências, conforme princípios definidos pelo CBMEPI, para arranjada de dispositivos para detectar automaticamente o
respostas a qualquer tipo de emergência ou operação, o qual princípio de uma explosão e iniciar a atuação do sistema de
permite que as instituições envolvidas adotem uma estrutura supressão ou outros dispositivos para limitar os efeitos
organizacional integrada ajustada às demandas simples ou destrutivos de uma explosão.
complexas.
4.703 Sistema de supressão de explosão: arranjo composto
4.690 sistema de contenção de líquido isolante: sistema de dispositivos para detectar automaticamente o princípio de
capaz de prover, em um eventual vazamento, a coleta do óleo uma explosão e iniciar a atuação da supressão.
de cada equipamento, a drenagem do óleo e/ou água, a sepa-
ração água-óleo, a contenção de todo óleo derramado e dre- 4.704 Sistema fixo de espuma: sistema constituído de um
nagem da água separada para fora do sistema. reservatório e dispositivo de dosagem do LGE (líquido gera-
dor de espuma) e uma tubulação de fornecimento da solução
4.691 Sistema de controle de fumaça “smoke management que abastece os dispositivos formadores de espuma.
system”: um sistema projetado, que inclui todos os méto- dos
isolados ou combinados, para modificar o movimento da 4.705 Solicitação de vistoria por autoridade pública:
fumaça. instrumento administrativo, utilizado para atender solicitação
de autoridade pública, no setor de prevenção de incêndio do
4.692 Sistema de extinção com agentes combinados: Corpo de Bombeiros, para realização de vistoria na edifi-
sistemas nos quais mais de um agente é usado para extinguir cação.
um incêndio (por exemplo, espuma e pó extintor), manual ou
automaticamente. 4.706 Solução de espuma: pré-mistura de água com LGE
(líquido gerador de espuma).
4.693 Sistema de extinção com espuma mecânica:
sistema projetado para controle e extinção de incêndio que 4.707 Sprinkler: (v. chuveiro automático)
utiliza espuma (LGE + água) como agente extintor. 4.708 Subestação assistida: instalação operada localmente
4.694 Sistema de extinção com halon: sistema fixo de e que dispõe de pessoas permanentes ou estacionadas
extinção contendo halon como agente extintor. 4.709 Subestação compacta: instalação atendida ou não,
4.695 Sistema de extinção de aplicação local: sistema de localizada em região urbana, com os tipos descritos abaixo:
extinção de incêndio fixo composto por um suprimento a. subestação abrigada: instalação total ou parcialmente
calculado de agente extintor preparado para descarregar abrigada, devido a fatores diversos, como limitação de
diretamente no material que está queimando ou no perigo área do empreendimento, aspectos econômicos e
identificado. sociais;
b. subestação subterrânea: instalações que se encontram
4.696 Sistema de extinção de dióxido de carbono (CO 2):
situadas abaixo do nível do solo;
aplicação do agente extintor diretamente sobre o material em
chamas. Sistema de extinção fixo contendo CO 2 como agen- c. subestação de uso múltiplo: instalação localizada em
uma única área compartilhada pelo proprietário e por
te extintor.
terceiros.
4.697 Sistema de extinção de inundação total: sistema fixo
4.710 Subestação de uso múltiplo: instalação convencio-
de extinção de incêndio para a extinção de incêndios em um
nal, acrescida de outras edificações separadas e distancia-
recinto protegido.
das entre si, de único proprietário.
4.698 Sistema de extinção de pó: sistema fixo de extinção
4.711 Subestação elétrica convencional: instalação de pátio
de incêndio contendo pó como agente extintor.
se encontra ao ar livre, podendo os transformadores perma-
4.699 Sistema de detecção e alarme: conjunto de disposi- necer ou não enclausurados.
tivos que visa a identificar um princípio de incêndio, notifican-
4.712 Subestação tele assistida: instalação supervisionada superfície do líquido.
e operada a distância, a partir de um centro de operação ou 4.729 Tanque elevado: tanque instalado acima do nível do
por outra instalação, independentemente de contar com pes- solo, apoiado em uma estrutura e com espaço livre sob esta.
soas habilitadas para a operação local.
4.730 Tanque horizontal: tanque com eixo horizontal que
4.713 Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do pode ser construído e instalado para operar abaixo, acima ou
terreno. Não sendo considerado subsolo o pavimento que nível do solo.
possuir ventilação natural para o exterior, com área total supe-
rior a 0,006 m² para cada metro cúbico de ar do compartimen- 4.731 Tanque portátil: tanque multimodal com capacidade
to, e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do superior a 450 litros e inferior a 3000 litros, utilizado no trans-
terreno. porte de produtos perigosos das classes 2 a 9, incluindo o
corpo do tanque dotado com equipamentos de serviço e estru-
4.714 Substância tóxica: aquela capaz de produzir danos à tural necessário para a realização do transporte. Não inclui os
saúde, através do contato, inalação ou ingestão. IBC e nem o contêiner-tanque (isotanque).
4.715 Supressão de incêndio: (v. extinção de incêndio) 4.732 Tanque subterrâneo: tanque horizontal construído e
4.716 Tambor: vasilha metálica, cilíndrica, usada para instalado para operar abaixo do nível do solo e totalmente
armazenar e transportar combustíveis líquidos. enterrado.

4.717 Tanque a baixa pressão: tanque vertical projetado para 4.733 Tanque vertical: tanque com eixo vertical, instalado
operar com pressão manométrica interna, superior a 6,9 KPa (1 com sua base totalmente apoiada sobre a superfície do solo.
psi), até 103, 4 KPa (15 psi), medida no topo do tanque. 4.734 Taxa de aplicação: vazão de solução de espuma a ser
4.718 Tanque atmosférico: tanque vertical projetado para lançada sobre a área da superfície líquida em chamas.
operar com pressão manométrica interna, desde a pressão 4.735 Taxa de fluxo (F): número de pessoas que passam por
atmosférica até 6,9 KPa (1 psi), medida no topo do tanque. minuto, por determinada largura de saída (pesso-
4.719 Tanque atmosférico não refrigerado: reservatório não as/minuto).
equipado com sistema de refrigeração. 4.736 Telhado resistente à propagação externa do fogo:
4.720 Tanque atmosférico refrigerado: reservatório telhado e cobertura resistentes à penetração externa do fogo
equipado com sistema de refrigeração que visa controlar a e à propagação de chama sobre a superfície externa deles.
temperatura entre – 35 ºC a – 40 ºC de forma a manter o Gás 4.737 Temperatura crítica: temperatura que causa o
Liquefeito de Petróleo (GLP) em estado líquido sem a necessi- colapso no elemento estrutural.
dade de pressurização.
4.738 Tempo de comutação: intervalo de tempo entre a
4.721 Tanque com selo flutuante: tanque vertical com teto interrupção da alimentação da rede elétrica da concessioná-
fixo metálico que dispõe em seu interior de um selo flutuante ria e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de
metálico suportado por dispositivos herméticos de flutuação emergência.
metálicos.
4.739 Tempo máximo de abandono (t): duração considera-
4.722 Tanque de armazenamento: qualquer reservatório da para que todos os ocupantes do recinto consigam atingir o
com capacidade líquida superior a 450 litros, destinado à espaço livre exterior.
instalação fixa e não utilizado no processamento. Não se
incluem nesta definição os tanques de consumo. 4.740 Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF):
tempo de duração da resistência ao fogo dos elementos
4.723 Tanque de consumo: tanque diretamente ligado a construtivos de uma edificação estabelecida em normas.
motores ou equipamentos térmicos, visando à alimentação
destes. 4.741 Terceiros: prestadores de serviço.

4.724 Tanque de maior risco: reservatório contendo líquido 4.742 Termo de Autorização para Adequação do Corpo de
combustível ou inflamável, que possui maior demanda de Bombeiros – TAACB: documento emitido pelo CBMEPI
vazão de espuma mecânica e/ou água para resfriamento. certificando que, após aprovação de cronograma físico para
ajustamento das medidas de segurança contra incêndio, a
4.725 Tanque de superfície: tanque que possui a sua base edificação ou área de risco pode manter as atividades por
totalmente apoiada sobre a superfície do solo. atender nível mínimo de segurança de acordo com as exigên-
4.726 Tanque de teto cônico: reservatório com teto soldado cias do Regulamento de Segurança Contra Incêndio.
na parte superior do costado. 4.743 Terraço: local descoberto sobre uma edificação ou ao
4.727 Tanque de teto fixo: tanque vertical cujo teto está liga- nível de um de seus pavimentos acima do pavimento térreo.
do à parte superior de seu costado. 4.744 Teste: verificação ou prova (fazer funcionar experimen-
4.728 Tanque de teto flutuante: tanque vertical projetado talmente), para determinar a qualidade ou comportamento de
para operar à pressão atmosférica, cujo teto flutua sobre a um sistema de acordo com as condições estabelecidas na IT.
4.745 Torre de espuma: equipamento portátil destinado a abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutu-
facilitar a aplicação da espuma em tanques. ra de rocha, concreto, e/ou aço, destinada à passagem de
trens metroviários para transporte de passageiros.
4.746 Trajetórias de escape: vazão de ar que sai dos
ambientes pressurizados, definida no projeto do sistema, e 4.760 Túnel rodoviário: estrutura pavimentada, abaixo do
através deste fluxo de ar que são estabelecidas as trajetórias nível do solo, com superfície protegida por estrutura de rocha,
que serão percorridas pelo ar que gera a pressurização. concreto, e/ou aço, destinada à passagem de veículos de
passageiros e/ou transporte de carga.
4.747 Transportador de correia do tipo enclausurado: são
correias de estrutura metálica totalmente enclausura- 4.761 Túnel singelo: passagem subterrânea com tubo único
da/fechada, com rolamentos fixados do lado externo, com a para o tráfego de veículos ou trens, cujo acesso é delimitado
finalidade de transportar grãos no sentido horizontal a gran- por emboques.
des distâncias. Possuem como característica a não emissão 4.762 Túnel unidirecional: túnel gêmeo com tráfego em
de pó para o ambiente e sistema de recarga e autolimpeza, e sentido único.
consequente eliminação de risco de explosão.
4.763 Unidade autônoma: 1) parte da edificação vinculada a
4.748 Transportador de corrente: tipo de transportador que uma fração ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, cons-
utiliza uma corrente para o transporte dos grãos. tituída de dependências e instalações de uso privativo e de
4.749 Transportador helicoidal: equipamento destinado ao parcela de dependências e instalações de uso comum da
transporte horizontal/inclinado de carga e descarga de grãos edificação assinalado por designação especial numérica, para
nos silos, máquinas de limpeza, secadores e outros equipa- efeitos de identificação, nos termos da Lei Federal nº4.591, de
mentos, podendo descarregar em mais de um ponto ao mes- 16 de dezembro de 1964. 2) para efeitos de compartimenta-
mo tempo. É recomendado para pequenas distâncias. ção e resistência ao fogo, entende-se como sendo os apar-
tamentos residenciais; os apartamentos de hotéis, motéis e
4.750 Transposição: abertura ou túnel de interligação entre flats; as salas de aula; as enfermarias e quartos de hospitais;
túneis gêmeos, sinalizada, com pavimentação rodoviária ou as celas dos presídios e assemelhados.
trilhos ferroviários, servindo para desvio do tráfego de veícu-
los ou de trens. 4.764 Unidade de passagem: largura mínima para a passa-
gem de um fluxo de pessoas, fixada em 0,55 m.
4.751 Treinamento de abandono de local: ensaio de proce-
Nota:
dimentos de abandono de local envolvendo os ocupantes da Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa
edificação. por esta unidade em 1 min.

4.752 Tubo-luva de proteção: dispositivo no interior do qual 4.765 Unidade de processamento: estabelecimento ou parte
a tubulação de gás (GLP, nafta, gás natural ou outro similar) é de estabelecimento cujo objetivo principal é misturar,
montada, e cuja finalidade é diminuir o risco de um princípio aquecer, separar ou processar, de outra forma, líquidos
de incêndio. inflamáveis. Nesta definição não estão incluídas as refinarias,
destilarias ou unidades químicas.
4.753 Tubulação (canalização): conjunto de tubos, conexões
e outros acessórios destinados a conduzir água, desde a 4.766 Valor de descarga: número máximo de pessoas que
reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos. podem passar por um determinado número de unidades de
largura de saída em um determinado período de tempo,
4.754 Tubulação seca: parte do sistema hidráulico de
sendo considerado em uma edificação de múltiplos pavimen-
combate a incêndios que por condições específicas fica per-
tos para a capacidade das escadas.
manentemente sem água no seu interior, sendo pressurizada
apenas no momento da atuação. 4.767 Valor total de descarga; valor global de descarga:
número máximo de pessoas que podem abandonar uma
4.755 Túneis gêmeos: são túneis singelos, interligados por
edificação através de todas as saídas disponíveis dentro de
transposições, para tráfego de veículos ou trens, cujo acesso
um tempo determinado.
é delimitado por emboques.
4.768 Válvula de alarme do sprinkler: válvula tipo retenção
4.756 Túnel bidirecional: túnel singelo com tráfego nos dois
projetada para liberar o fluxo de água para um sistema de
sentidos.
sprinkler e para fornecer um alarme quando em condição de
4.757 Túnel de serviço: túnel de menor porte, interligado ao fluxo.
principal, destinado à manutenção, rota de fuga e acesso de
4.769 Válvula de retenção: dispositivo hidráulico destinado a
socorro.
evitar o retorno da água para o reservatório.
4.758 Túnel ferroviário: estrutura pavimentada com trilhos,
4.770 Válvula de segurança: válvula que, a determinado
abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutura
ponto de temperatura ou de pressão, funciona automatica-
de rocha, concreto e/ou aço, destinada à passagem de trens
mente, a fim de evitar a elevação desses parâmetros acima do
ferroviários para transporte de passageiros e/ou cargas.
limite determinado.
4.759 Túnel metroviário: estrutura pavimentada com trilhos,
4.771 Válvulas: acessórios de tubulação destinados a con- usados para a exaustão de fumaça e gases quentes em caso
trolar ou bloquear o fluxo de água no interior das tubulações. de incêndio. Pode ser imóvel, (geralmente trazidos pelos
bombeiros) ou fixo (incorporados à edificação).
4.772 Varanda: parte da edificação, não em balanço, limita-
da pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma 4.786 Verga: peça que se põe horizontalmente sobre om-
das faces aberta para o logradouro ou área de ventilação. breiras de porta ou de janela.

4.773 Vaso de pressão: reservatório que opera com 4.787 Via de acesso: arruamento trafegável para aproxima-
pressão manométrica interna superior a 103,4 kPa (1,05 ção e operação dos veículos e equipamentos de emergência
kgf/cm2), fabricado conforme a norma ASME “Boiler and juntos às edificações ou áreas de risco.
Pressure Vessel Code”. 4.788 Via de acesso para atendimento a emergências:
4.774 Vão (vertical) longitudinal: é o espaço entre filas de áreas ou locais definidos para passagem de pessoas, em
mercadorias, estando perpendicularmente à direção de carre- casos de abandono de emergência, e/ou para transporte de
gamento da estrutura. equipamentos ou materiais para extinção de incêndios.

4.775 Vão (vertical) transversal: é o espaço entre filas de 4.789 Via Fácil Bombeiros (VFB): sistema informatizado
mercadorias, estando paralelamente à direção do carrega- disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
mento da estrutura. Piauí (CBMEPI) na rede mundial de computadores para a
regularização das edificações e áreas de risco no Estado do
4.776 Vazamento: vazão de ar que sai do ambiente e/ou da Piauí quanto às medidas de segurança contra incêndio.
rede de dutos de modo não desejável causando perda de uma
parcela do ar que é insuflado. 4.790 Via urbana: espaços abertos destinados à circulação
pública (tais como ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e simi-
4.777 Vedadores corta-fogo: dispositivos construtivos com lares), situados na área urbana e caracterizados principalmente
tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas abertu- por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
ras das paredes de compartimentação ou dos entrepisos,
destinadas à passagem de instalações elétricas e hidráuli- cas 4.791 Viaduto: obra de construção civil destinada a transpor
etc. uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.

4.778 Veículo abastecedor: veículo especificamente homo- 4.792 Vigas principais: elementos estruturais ligados dire-
logado para transporte e transferência de Gás Liquefeito de tamente aos pilares ou a outros elementos estruturais que
Petróleo (GLP) a granel. sejam essenciais à estabilidade do edifício como um todo.

4.779 Veículo transportador: veículo que dispõe de tanque 4.793 Vistoria: é o ato administrativo pelo qual o Corpo de
criogênico, especialmente projetado e utilizado para o Bombeiros verifica se as medidas de segurança contra incên-
transporte e transvasamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) dio e emergências são atendidas, mediante solicitação do
e devidamente certificado pelo Inmetro. proprietário, responsável pelo uso ou responsável técnico.

4.780 Veios: dispositivos instalados no interior de curvas, 4.794 Vistoria técnica de fiscalização: vistoria pela qual o
bifurcações ou outros acessórios com a finalidade de direcionar CBMEPI verifica, a qualquer momento, se as medidas de
o fluxo de ar, visando, também, à diminuição da perda de segurança contra incêndio estão sendo atendidas, por meio de
carga localizada. processo específico.

4.781 Velocidade (v): distância percorrida por uma pessoa 4.795 Vistoria técnica de regularização: vistoria pela qual o
em uma unidade de tempo (m/min). CBMEPI verifica, mediante solicitação do proprietário, res-
ponsável pelo uso ou responsável técnico, se as medidas de
4.782 Veneziana de tomada de ar: dispositivo localizado em segurança contra incêndio e emergências foram atendidas.
local fora do risco de contaminação por fumaça prove- niente
do incêndio e por partículas que proporcionam o supri- mento 4.796 Vistoriador (vistoriante): servidor público militar,
de ar adequado para o sistema de pressurização. credenciado para o serviço de vistoria do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Piauí.
4.783 Ventilação constante: movimentação constante de ar
em um ambiente. 4.797 Vistoria periódica: ato de verificar as edificações e
respectivos sistemas de segurança contra incêndio que já
4.784 Ventilação cruzada: movimentação de ar, que se possuem Licença do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
caracteriza por aberturas situadas em lados opostos das Piauí (CBMEPI) e que necessitam da renovação.
paredes de uma edificação, sendo uma localizada junto ao
piso e a outra situada junto ao teto.
4.785 Ventiladores de exaustão de fumaça: ventiladores

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