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BULLYING1

O que é

Conjunto de comportamentos hostis, intencionais e recorrentes, adotados por um ou mais


alunos contra outro(s) em desvantagem de poder ou força física, sem motivação explícita.

As causas

 Modelos educativos a que foram submetidos.

 Ausência de valores.

 Limites e regras de convivência.

 Punição através da violência (castigo físico e intimidação).

 Exposição à violência.

Como identificar o agressor

 Comportamento provocador e de intimidação permanente.

 Modelo agressivo na resolução de conflitos.

 Dificuldade de se colocar no lugar do outro.

 Relacionamento familiar pouco afetivo.

 Pouca empatia.

Observações:

 Geralmente os pais desses agressores exercem uma orientação carente sobre eles,
aceitam e dão como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou
explosivo.

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Cel Marcos de Araújo (PMDF)
 Há uma tendência de que os praticantes de Bullying tenham fortes possibilidades de se
tornarem adultos com comportamentos antissociais e/ou violentos, podendo vir a
adotar, inclusive, atitudes delinquentes ou criminosas.

Quem são os alvos?

 Pessoas ou grupos que sofrem as consequências de comportamentos agressores


de outros e que não dispõem de recursos para repelir ou fazer cessar a injusta
agressão.

 Na maioria das vezes são pouco sociáveis, passivos, quietos possuindo forte
sentimento de insegurança que os impede de solicitar ajuda.

 Geralmente são pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem


ao grupo.

 Alguns creem serem merecedores do que lhes é imposto.

 Trocam de colégio com frequência, ou abandonam os estudos.

Características dos alvos

 Baixa Autoestima.

 Passividade.

 Transtornos emocionais.

 Depressão.

 Tentativa ou consolidação de suicídio.


Testemunhas

 As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, na maioria dos


casos convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as
"próximas vítimas".

 Ainda que não sofram agressões diretamente, muitas delas podem se sentir
incomodadas com o que veem e inseguras sobre o que fazer.

 Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito.

 Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir


acadêmica e socialmente, tornando-os inseguros e com dificuldades de
aprendizagem.

Orientações para a escola

 Estimular os estudantes a pesquisar e debater sobre o tema.

 Facultar aos alunos a criação de regras de disciplina para as suas próprias classes.

 Lidar com a situação de bullying e cyberbullying interferindo diretamente. Os pais


dos envolvidos devem ser avisados.

Orientação aos responsáveis ou pais de agressores

 Não ignorar a situação.

 Ajudar a manifestar as insatisfações sem agredir.

 Demonstrar amor, mesmo não aprovando o comportamento.

 Tentar identificar o problema.

 Pedir ajuda profissional à escola.

 Encorajar a pedir desculpas ao colega agredido.


Orientação para os professores e instrutores

 Trabalhar o tema em sua disciplina.

 Observar o comportamento para identificar possíveis vítimas e agressores.

 Intervir imediatamente com habilidade.

 Sensibilizar a comunidade escolar dos efeitos negativos.

 Discernir brincadeira de bullying.

 Estimular a amizade, o respeito, solidariedade e companheirismo.

Aspectos éticos e legais

 ECA-art.º 232:

 “ Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou


vigilância a vexame ou constrangimento”

 Pena: 6 meses ou 2 anos de detenção.

 Menor com menos de 12 anos:

 Conselho tutelar chama atenção dos pais e da criança;

 Menor com mais de 12 anos:

 Juiz opta por advertência ou prestação de serviços à comunidade.

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