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Estudante: ________________________________________________________________

Ano:______2021_______ Turma:____7º ano_____________________________________

Disciplina:____Artes________________________________________________________

Professor/a: Sara Luzzardi______________________________________________

Período:____Maio________________________________________________________

Arte e pesquisa

A pesquisa nos procedimentos técnicos e


materialidades está presente na arte desde
o momento em que o ser humano
interessou-se em se expressar manipulando
materiais e articulando elementos de
linguagem. As linhas, formas, cores,
luminosidades e sombras expressas sobre
uma superfície e o uso de papéis, telas,
paredes, tintas, lápis grafite, giz pastel são
algumas das escolhas que cada artista em
seu tempo e lugar fez para se expressar.
Outra questão é o tema e a ideia expressa
pelo artista.

Ampliando

As tirinhas têm a preocupação com a sequencialidade de uma


narração, de contar uma história quadro a quadro, usando ou não
textos de fala ou balões.

1. A linguagem do desenho é próxima a você? Que materialidades podemos usar


para criar desenhos na linguagem do cartum?

2. Na imagem da tirinha criada por Paulo Stocker, há uma sequência na ação do


personagem. O que será que vai acontecer ao pintar todos os quadrinhos? Será
que a tinta vai se misturar à sua forma? Esse artista faz interferências nos
quadrinhos, nos quais o personagem parece interagir com os recursos gráficos
usados pelo artista. Que tal criar personagens e efeitos visuais semelhantes a
esses?

3. Vamos explorar os elementos de linguagem (linha, forma e cor) para criar


personagens, situações cómicas ou histórias? Que ideias vêm à sua mente? Que
temas podem ser abordados?

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As linhas e a forma da poesia visual

Observe a imagem criada por Chico França. Há contraste entre as cores branco e preto. Como o
artista conseguiu esse efeito visual? Vamos explorar os elementos de linguagem (linha, forma e
cor) para criar personagens e histórias?

Crie linhas e formas, invente personagens, ideias e situações. Há muitas maneiras de criar por
meio de traçados e pinceladas.

Veja estas propostas:

1. Traçar uma única linha do início ao final do desenho, ou seja, a regra é não tirar a
ponta do lápis ou da caneta da folha enquanto o
desenho não terminar.
2. Linhas sinuosas também criam efeitos bacanas —
coloque a ponta do lápis ou da caneta no papel e
vá riscando linhas sinuosas para criar formas
figurativas que lembrem ou expressem
diretamente um personagem.
3. Explore os contrastes. Crie desenhos sobre o fundo
preto com a tinta branca e, também ao contrário,
com a tinta preta sobre o fundo branco. Veja de
qual efeito você gosta mais.
4. Crie com base na mancha espontânea. Pingue uma
mancha de cor sobre o papel (escolha o tipo de
contraste — preto no branco ou branco no preto)
e veja que forma pode ser criada a partir da mancha. Com pincel mais fino, você
pode fazer as pernas e os braços, por exemplo, e criar uma figura humana. Faça
várias experiências.
 Após fazer as experimentações você irá criar um cartum!

 Mundo linguagem sonoro visual

Observe a imagem a seguir:

Costuma-se dizer que música é "a linguagem dos sons"...


Há quem diga, ainda, que música é o som em organização
poética, uma linguagem estética, um dos "idiomas" da
arte.

A música é uma forma de arte que também está em todos


os lugares e culturas. Na rua, por exemplo, você pode
encontrar artistas fazendo performances sonoras. O artista
gaúcho Mauro Bruzza, visto na imagem acima, cria música
em pleno passeio público. Ele inventou uma banda com
vários instrumentos e improvisações. Acordeom (ou
acordeão), chocalhos, pratos, bumbos e apitos apresentam
sons de uma banda.
Homem-Banda, performance do ator e músico Mauro Bruzza

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Quem ouve de longe pode até imaginar que uma banda com vários músicos está
chegando, mas é uma pessoa só, O Homem-Banda, da
companhia teatral Cia1Péde2.
Ampliando
A linguagem dos sons

Quando usamos a linguagem falada (oral) ou escrita, podemos Performance sonora é


explicar algo, descrever um objeto ou uma ação, usar regras, uma linguagem que
argumentar sobre um ponto de vista, pedir algo, entusiasmar pode misturar várias
nossos amigos e até inventar arte ao fazer poemas, como o Som outras, como o teatro
poema escrito por Murray Schafer (1933-). e a música presentes
nas apresentações de
Leia um trecho do poema a seguir.
o Homem-Banda.
Se há silêncio e som — Esse tipo de arte
procura interagir,
Silêncio sem silêncio é som
surpreender o público
Silêncio com som é som e, geralmente,
apresenta
Som sem som é silêncio provocação, reflexões
Som sem silêncio é som ou expressões
brincantes.
Silêncio sem som é silêncio

Som com som é som

Som com silêncio é silêncio

Silêncio com silêncio é silêncio

Silêncio sem som é som

Som com silêncio é silêncio


Trecho do poema Som poema. In: SCHAFER,

Raymond Murray. O ouvido pensante.

São Paulo: Unesp, 1991. p. 117.

Podemos também cantar, recitar poemas, dramatizar textos de teatro. Há sempre


muitas possibilidades no uso da língua dos sons. Uma delas é a experiência com a linguagem
musical. Podemos perceber que as músicas que escutamos, cantamos ou tocamos ficam
"contidas" em nós, queremos escutá-las diversas vezes e compartilhá-las com as pessoas de quem
gostamos. Temos uma relação afetiva com os sons, ou seja, a linguagem musical dialoga com a
gente e estabelece relações de sentimentos.
Fazer e apreciar música é relacionar-se com um conjunto de sons que se comunicam com os
nossos sentimentos, sensações e percepções.

 Perguntas:

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1. Existem músicas especiais para você? Quais?

2. Quando você a escuta que tipos de sentimentos despertam em você?

 Parâmetros sonoros

O som é vibração que se propaga no ar por meio de ondas de pressão. São quatro os parâmetros
físicos do som: altura, densidade, duração, intensidade e timbre.
É importante saber que os parâmetros sonoros básicos são relativos. Quando dizemos que um
som é forte, significa que ele é "mais forte" do que outros sons que, em relação a ele, são "mais
fracos".
Vale lembrar ainda que, mesmo que possamos medir com precisão as características de um som,
há sempre um componente subjetivo na escuta. Em determinados casos, um som fraco pode
parecer forte de acordo com as condições que influenciam nossa percepção e experiência sonora,
sejam elas artísticas ou não.
Altura do som

A flauta produz um som mais agudo


em comparação ao do tambor (som
mais grave). O parâmetro de um
som é relativo em comparação a
outro

A vibração, conforme um som se propaga no ar - da fonte até as nossas orelhas —, possui


uma frequência. Se essa frequência for relativamente alta, o som será considerado "agudo". Se a
frequência for relativamente baixa, o som será considerado "grave".
Medimos cientificamente a altura de um som conforme os instrumentos e as normas objetivas.
Nesse caso, é avaliada a frequência com que o som vibra.
A unidade dessa medida é chamada hertz (originada do nome do físico alemão que a propôs,
Heinrich R. Hertz, 1857-1894), e seu símbolo é Hz.
No caso da música, uma frequência de referência importante é a nota Lá (440 Hz), normalmente
utilizada para afinar os instrumentos de uma orquestra. A voz masculina tem frequência entre
100 Hz e 200 Hz. A feminina, entre 200 Hz e 400 Hz.

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A nota Lá, de 440 Hz, que serve de referência para a afinação das vozes e dos instrumentos, é
emitida pelo Diapasão.

 Diapasão de metal e a
forma de onda da
frequência produzida.

O diapasão é um instrumento metálico,


em forma de "garfo", que, quando
percutido na haste dupla, vibra e emite a
nota Lá, indicando assim a referência
para afinar os instrumentos e a voz.
Como o som que produz tem baixa
intensidade, ele precisa ser encostado na
caixa craniana, próximo à orelha.

Na escrita musical tradicional, a altura ou


a frequência dos sons é indicada pela
posição das notas na partitura. Quanto
mais elevada uma nota estiver, mais agudo será o som que ela representa, e vice-versa.

 Partitura com notas graves e agudas.

Duração

Todo som que ouvimos pode durar mais ou menos tempo. Por
exemplo, um som de um sino que ressoa na torre de uma
igreja, em geral, dura mais tempo do que o som causado por
um copo que cai no chão e quebra, ou o som da batida súbita
de uma porta que fecha. Assim, podemos dizer que o som de
um sino é relativamente mais longo do que o som de um copo
que quebra ou de uma porta que bate, considerados mais
curtos do que o do sino. A duração de um som é medida em
unidades de tempo, que podem ser segundos, minutos etc.

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Na escrita musical, a duração de um som é
representada por figuras rítmicas ou valores
de duração, tanto para os sons quanto para
os silêncios correspondentes. Veja o quadro
ao lado:

A duração de um som ou silêncio é medida,


nessa forma de representação, sempre em
múltiplos de dois. Isso quer dizer que a
mínima dura metade do tempo da
semibreve, que a semimínima dura metade
do tempo da mínima, que a colcheia dura
metade do tempo que a semimínima e assim
sucessivamente.

Intensidade

A intensidade de um som também é conhecida


por volume sonoro. Quer dizer que um som
intenso ou de grande intensidade também é
chamado de "forte" (volume alto); e, ao
contrário, um som de baixa intensidade é
considerado um som "fraco" (volume baixo).

Na escrita musical, a intensidade das notas é


representada por abreviaturas de expressões
ou termos normalmente derivados de palavras
italianas; por exemplo: fortíssimo, forte,
mezzo piano, piano, pianissimo e
pianississimo (piano, em italiano, significa
silencioso, suave).

Timbre
O timbre é considerado a "marca registrada" de um som, o
parâmetro que confere identidade a ele. É o timbre que nos
permite reconhecer a fonte que produz o som (se é uma flauta,
voz ou violão), distinguindo entre dois sons de sonoridades
diferentes, embora emitidos com alturas e intensidades iguais ou
muito próximas.
É o timbre da voz que nos possibilita reconhecer uma pessoa e o
som de diferentes instrumentos. Mesmo sem ver, conseguimos
reconhecer o som do piano, do violão, da flauta ou do violino ao
ouvirmos uma música, por exemplo.
A observação criteriosa de cada um dos parâmetros musicais,
apresentados neste tema, possibilita tanto um conhecimento
maior e mais completo quanto um controle e domínio da
realização dessa linguagem.

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Mundo som!
Observe as imagens a seguir:

Faixa de audição de alguns seres vivos.

Fonte: RUI, Laura Rita; STEFFANI, Maria Helena. Física: som e audição humana. In: SIMPÓSIO NACIONAL
DE ENSINO DE FÍSICA, 2007. Ciência Mão. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2007.

Em uma escala praticamente infinita de alturas sonoras, o som mais grave que podemos ouvir é
correspondente a cerca de 20 hertz, e o mais agudo, a cerca de 20 000 hertz. Os sons de
frequência abaixo dessa faixa são chamados de infrassom, e os acima, de ultrassom. Fora dessa
faixa, a audição humana não consegue captar os sons.

Atividades:

1. A arte tem muita relação com as ciências. O que você sabe sobre a definição de
som? Como o som ocorre?
2. Dê exemplos de situações em que você percebe os parâmetros sonoros: altura,
duração, intensidade e timbre.

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O som e a criação musical

Se, em relação aos parâmetros sonoros, tínhamos como base as características acústicas de um
som, quando falamos em parâmetros musicais, consideramos alguns procedimentos que resultam
da combinação de dois ou mais sons ou fontes sonoras.

Como podemos explorar os parâmetros musicais? Já estudamos algumas características do


timbre; apresentamos a seguir diferentes representações desse parâmetro do som. Observe a
imagem.
Pelo timbre da voz,
reconhecemos uma pessoa que
nos chama sem vê-la, bem como
identificamos, durante a audição
de uma música, o som dos
diferentes instrumentos musicais
e reconhecemos intérpretes sem
prévia identificação.
Podemos fazer combinações com
diferentes timbres e criar músicas
ou arranjos musicais. Da mesma
forma, podemos explorar alturas,
durações e intensidades do som.

Atividade

Com sucatas explorar os sons, latas, garrafas pet, caixas de papelão, pedaços de madeira, balões
etc. Após explorar os sons das sucatas, você irá anotar se os sons eram todos iguais? Se eram
diferentes, por quê? Quais sons surgiram? Sons agudos, médios, graves, fortes, fracos. Após
identificar classifique os sons dos objetos em dois grupos: o grupo dos sons finos e o grupo dos
sons grossos. Repita os sons quantas vezes forem necessárias.

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