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A BONECA QUE CRESCEU

Faltava apenas uma semana para o aniversário dos gêmeos, Paulo e Paula. Os dois esperavam ansiosos para
que tal dia chegasse.Enquanto os pequenos se alegravam com a aproximação do grande dia,a mamãe deles
se preocupava com os presentes que lhes havia de dar.Tudo parecia difícil,pois o casal era pobre e morava
numa pequena fazenda.Dona Ana, no entanto sabia que para as crianças um aniversário sem presentes não
seria bom

Uma noite, após terem os gêmeos se recolhido para dormir, o casal conversou sobre o assunto, ficando
resolvido que cada um se responsabilizaria por um presente.O pai faria o de Paulo, e a mãe o de Paula.

No dia seguinte, Dona Ana deu os primeiros passos para a confecção de seu presente. Tomou um saco de
farinha de trigo bem branquinho, e com uma tesoura foi recortando o pano, até que apareceram os braços as
pernas, a cabeça e o tronco.

Deu um suspiro de alívio, quando viu que ali estava alguma coisa muito parecida com uma boneca. Tomou
uma agulha e começou o trabalho de unir a frente ás costas. Logo que terminou, verificou que aquilo, para ser
uma boneca de verdade, precisava ser cheio de alguma coisa.Nada havia na casa para isto e, por mais que
procurasse, não conseguiu achar nada que servisse. Finalmente, teve uma idéia. Tomando nas mãos a casca
da boneca, dirigiu-se para o celeiro, onde havia sacas de arroz ainda em casca.E começou a enchê-la, e logo a
boneca foi tomando sua verdadeira forma.

Voltando para casa, aproveitou retalhos do vestido de Paula, e em pouco tempo a boneca estava com um
maravilhoso vestido, combinando, também, com seu chapeuzinho.Fez os olhos, o nariz, a boca e, para o
cabelo usou os fios de cabelo da cauda do cavalo. Os sapatos foram feitos de um pedaço de couro tirado de
uma carteira velha.

O sr. José também se apressou na confecção do presente de Paulo. Ele tirou cipós duma árvore, e fez arco e
flecha para o tiro ao alvo. Quantos gritos de alegria se ouviu na manhã seguinte, quando as crianças
receberam os presentes; Paulo correu para fora e lá começou a brincar.
Paula, por sua vez , achava que não tinha outra boneca mais bonita do que a sua.Pensou imediatamente em
lhe dar o nome de Rosaly.Na hora das refeições Rosaly sentava-se á mesa com Paula e tinha que provar de
todos os pratos.Após a refeição iam deitar-se juntinhas.Paula queria levá-la, também para a escola, porém
sua mãe não consentia.Paula tinha que se separar de Rosaly, deixando-a sentada na melhor cadeira até que
voltasse da escola.Algumas semanas depois do aniversário, Paulo e Paula estavam ajudando os pais no plantio
de feijão, quando começaram a brincar de correr um atrás do outro.Paulo sem querer, derrubou a lata de
feijão, e quando o pai voltou para tirar mais feijão da lata, achou-a virada no chão e o feijão todo espalhado.

-Foi você quem espalhou o feijão, Paulo? Perguntou o pai.- Oh, não papai. Acho que foi o Rex respondeu
Paulo, culpando seu cachorro. - Paulo, você sabe muito bem quem derrubou a lata de feijão quando corria
atrás de mim Paula logo falou.
CONTINUAÇÃO DA FIGURA 5
- Sendo assim, filho, disse o pai com severidade, você deve voltar para casa e ficar lá até depois da ceia. Não
está envergonhado, Paulo, de mentir assim? Em lugar de sentir vergonha pelo seu pecado, Paulo se zangou
com Paula e resolveu vingar-se dela.
- Ela vai se arrepender _ disse o baixinho.Logo que chegou em casa a procurar um meio de praticar sua
vingança. Não foi preciso procurar muito, pois, imediatamente encontrou a oportunidade desejada. Ali sobre a
cadeira estava Rosaly, a queridinha de Paula.
- Ah! Não poderia encontrar coisa melhor´para.Paula vai aprender a não falar mal de 
Apanhou a boneca pelos cabelos e correu para trás do celeiro.Pensou: Agora aqui ninguém poderá me ver!
Mas, Paulo se esqueceu de Alguém que sempre nos vê, não é crianças? Com muita pressa fez um buraco e,
enterrando a boneca, pisou com força sobre a terra fofa.
Podemos imaginar como Paula sentia falta da querida boneca.Procurou o dia todo e perguntou muitas vezes a
Paulo se ele não sabia onde ela estava.Finalmente papai falou severamente ao seu filho: - Paulinho, você deve
ter escondido a boneca. Dê-lha imediatamente.
Paulo fingia inocência. - Papai, não tenho a menor idéia do que aconteceu com ela. E fez de conta que ajudava
a pobre Paula a procurar a boneca.
Assim os dias iam se passando. Paulo se sentia bem satisfeito até um domingo na igreja quando parecia que o
pastor pregava só para ele. O texto era Números 32:33 _ " sabei que o vosso pecado vos há de achar." Paulo
não se sentiu bem, mas procurava acalmar a sua consciência.
- Ninguém há de descobrir Rosaly.Disse consigo mesmo.Enganei a todos, saindo com eles para procurar a
boneca. Além disso, já se passaram duas semanas e todos se esqueceram do fato.
Mas naquele mesmo dia, logo depois do almoço, um vizinho veio passar umas horas em casa do casal, e
perguntou ao Sr. José:
- O que o senhor plantou atrás co celeiro. - Não plantei nada atrás do celeiro, respondeu o Sr. José. Só há
mato ali.- Não?! insistiu o amigo. - Mas há ali alguma coisa nascendo, e o formato dela é interessante.
- Vamos ver o que é- disseram todos. A família saiu com o visitante para ver a novidade. Paulo seguiu
também.- Oh! o que pode ser isto? Disse alguém, com admiração.- Paulo não podendo conter-se na sua
grande admiração, gritou:
- A boneca cresceu! A boneca cresceu! E continuou:- O pastor tinha razão: SABEI QUE O VOSSO PECADO VOS
HÁ DE ACHAR.Na verdade Rosaly cresceu.
Lá estavam os braços e pernas, todo o corpo em broto verde.Paulo não podia pensar que o enchimento da
boneca era de arroz com casca.A chuva e o sol fizeram com que o arroz germinasse, crescesse e descobrisse o
pecado de Paulo.
Meninos e meninas, vocês acham que é só o pecado de Paulo que Deus vai descobrir?
FIGURA 8
Não, de fato Ele conhece os pecados de todos. Um dia, mais cedo ou mais tarde, todo pecado que você faz,
tem de ser castigado por Deus, porque Ele odeia o pecado. Será que Ele ouviu as mentiras que você falou? Viu
quando você brigou e falou nomes feios? Notou quando desobedeceu a mamãe ou ao papai ? deus sabe tudo
crianças! E Ele diz que todos são pecadores. Por sermos pecadores , não podemos entrar no céu quando
morrermos.Mas Deus nos ama tanto que mandou Seu Filho a este mundo para nos salvar do pecado. Cristo,
que nunca pecou, tomou o castigo de nossos pecados. Ele sofreu em nosso lugar quando morreu na cruz.
Crianças, vocês não se sentem tristes por causa de seus pecados? Jesus quer perdoar o seu pecado e limpar o
seu coração. Diz em 1 João 1:7 - ! O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado." e em 1 João 1: 9
" Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça." Quem quer agora confessar a Deus que é pecador e aceitar a salvação que Ele oferece em Cristo?
Assim fazendo, você se torna filho de Deus.Vamos pedir também que Deus nos ajude, como filhos dEle, a
vivermos vidas agradáveis a Ele. FIM.

A BONECA
PREFERIDA
Vera Lúcia era uma boneca de pano lindíssima. Antigamente as meninas gostavam muito de brincar com
bonecas de pano. A dona de Vera Lúcia se chamava Rosa Maria. Os pais de Rosa Maria eram
missionários e moravam na China, um país muito longe daqui. O pai de Rosa Maria era pastor, e estava
sempre disposto a falar de Jesus, não importava o lugar ou a distância.

Rosa Maria era uma menina muito bonita e delicada, que amava demais sua boneca Vera Lúcia. Onde
ia, levava Vera Lúcia com ela. Brincava, passeava, e até dormia com sua amiguinha inseparável.
A primeira coisa que Rosa Maria fazia pela manhã era abraçar Vera Lúcia. Ela gostava porque Vera
Lúcia era muito macia, toda recheada de algodão, e, como era do tamanho de um bebê recém-nascido,
usava todas as roupas de Rosa Maria quando era bebê.
Os pais de Rosa Maria viajavam muito. Eles já haviam morado no Japão, Alemanha, Rússia, França e
Canadá. Já pensou se Vera Lúcia falasse, o que não teria para contar de tantos lugares?
Bem próximo da casa de Rosa Maria, havia um orfanato de meninas chinesas. Elas nunca haviam
possuído um lar de verdade, até que pessoas bondosas e que amavam muito a Jesus, levaram-nas para
aquele grande lar.
Algumas das meninas vinham de bairros bastante pobres e outras haviam sido vendidas pelos próprios
pais.
O natal estava chegando e todos os anos, na manhã do dia de natal, os pais de Rosa Maria levavam-na
para visitar essas pobres meninas do orfanato.

Durante o ano, Rosa Maria costumava juntar dinheiro e brinquedos dela e dos amigos para colocar aos
pés da árvore de natal para aquelas meninas.
Naquele ano, cada menina receberia um vestido, um sabonete e um brinquedo. Para conseguir essa
proeza, foi necessário muito trabalho, principalmente da mãe de Rosa Maria.
Cada noite Rosa Maria, no final de sua oração, dizia: “Querido Jesus, faça com que haja brinquedos
suficientes para cada menina do orfanato”.
Certa noite, após Rosa Maria terminar sua oração e se deitar, sua mãe lhe disse:
– Filha, o que você vai colocar na árvore de natal este ano?
– Mamãe – respondeu Rosa Maria – eu tenho minhas economias que poupei durante o ano todo, mas é
meu o dinheiro e com ele quero comprar um lindo presente para a senhora e outro para o papai.
- Mas, Rosa Maria – continuou a mãe, amorosamente – você tem tantos brinquedos, por que não dá a
mais bela boneca da sua coleção?
Rosa Maria não era uma menina egoísta, mas ela amava muito sua companheira predileta – Vera Lúcia.
Ao mesmo tempo lembrava que Deus deseja que sejamos desprendidos e esse verso veio à sua mente:
“De graça recebeste, de graça dai” (Mateus 10:8). Ela hesitou um pouco e em seguida disse:
– Sim, acho que posso, mas tenho que dar minha melhor boneca?
– Isto é com você – disse a mãe – mas não se esqueça do que Jesus disse: “O que vocês fizeram a
algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (Mateus 25:40). Você compreende isso, não é Rosa
Maria?
– Sim, mamãe.
Naquela noite Rosa Maria não dormiu imediatamente como de costume. Depois de muito pensar,
chamou a mãe.
Aos ouvidos da mãe, a filha disse que era impossível dar Vera Lúcia:
– Não posso! Não posso! Todas menos essa! Eu tenho a Miranda, que é uma boneca linda, com cabelo
de verdade, tenho outras para escolher, mas a Vera Lúcia não quero dar, por favor!
A mãe, vendo a agonia da filha, respondeu:
– Minha querida, dê o que você quiser. O presente será seu, não meu. Mas não se esqueça que Deus
deu Seu único Filho para nos dar a oportunidade de salvação. Ele era rico e se fez pobre por nós e o
preço de nossa salvação foi pago com sangue, Seu próprio sangue.
A mãe beijou-a e saiu, sabendo que sua filha nunca havia amado Miranda, embora fosse uma linda
boneca.
Durante três ou quatro dias, Rosa Maria ficou bastante pensativa. Aproximava-se cada vez mais rápido o
dia de natal, data em que ela devia tomar sua decisão.

Uma noite, quando Rosa Maria terminou sua oração, sua mãe ouviu-a repetindo essas palavras: “Por
favor, querido Jesus, ajuda-me a fazer esse sacrifício”.
No outro dia, ao levantar bem cedo, orou novamente, agradecendo pelo repouso tranqüilo e logo
procurou pela sua mãe, com Vera Lúcia nos braços.
– Mamãe, tome. Quero dá-la para Jesus.
A mãe ficou até com pena por aquela atitude bonita da filha e confirmou com ela se não seria Miranda
que ela queria dar.
– Não – disse Rosa Maria – porque não é Miranda que eu amo e Deus amava a Jesus quando Ele O
enviou ao mundo. Eu quero mesmo dar Vera Lúcia, que eu amo de verdade.
– Está bem – disse a mãe – se é essa sua decisão então vamos dar uma arrumada em Vera Lúcia.
Vamos pentear seus cabelos, trocar a roupa e colocar uma fita nova no cabelo.
Depois disso tudo, o pai de Rosa Maria, com tinta e um pincel fino, deu um retoque nos olhos e na boca.
Oh! Como Vera Lúcia ficou linda, ainda mais do que antes!

Enfim chegou a manhã de natal. Rosa Maria se arrumou toda e foi com seus pais para o orfanato. O
pátio estava todo decorado e bem no centro estava uma linda árvore de natal, com muitas bolas
brilhantes e coloridas, fitas, caixas de presentes e para a alegria de Rosa Maria, em um dos galhos,
estava Vera Lúcia, com ares de grande importância.

Uma das meninas tinha chegado no orfanato exatamente um dia antes. Era muito pálida, magra e o seu
corpinho estava coberto de manchas, por ter sido espancada pelas pessoas com as quais morava.
Os professores e as outras crianças tentaram fazê-la sorrir mas não conseguiram. A menina achava
impossível alguém poder amá-la.
Em seguida os professores iniciaram a distribuição dos presentes e Rosa Maria ajudava. Quando a
professora pegou Vera Lúcia para entregar, Rosa Maria abraçou-a fortemente e olhando para a
professora disse:
– Esta boneca é para aquela menina ali no canto.
A menina nunca havia possuído um brinquedo antes, muito menos uma boneca como aquela.
A professora tomou a mão de Rosa Maria e juntas foram até onde se encontrava a menina novata.

A chinesinha ficou amedrontada, mas Rosa Maria colocou a linda Vera Lúcia em seus braços. Até
parecia que a boneca sorria para aquela triste menina órfã. De repente ela entendeu que ninguém queria
magoá-la. Ela deu um gostoso abraço em Vera Lúcia e sorriu pela primeira vez. Com isso Rosa Maria
ficou super feliz.

Naquela noite, quando Rosa Maria foi dormir, sentiu como se faltasse uma parte do seu corpo, pois Vera
Lúcia não estava mais com ela. Então, de repente, ela olhou para Miranda, abraçou-a e disse:
– Oh! Jesus querido, eu cumpri, eu cumpri! Eu fiz exatamente como Deus fez!

Rosa Maria adormeceu mais feliz do que todas as outras noites, porque tinha dado o melhor e mais
querido de si para Jesus.
Que triste teria sido para Rosa Maria se a chinesinha tivesse recusado o presente que com tanto
sacrifício e amor ela oferecia!
Como Deus deve ficar triste também quando tantas pessoas recusam aceitar o Seu presente
maravilhoso, o Seu próprio Filho, o Senhor Jesus.

E você, também não quer aceitá-Lo agora como Salvador da sua vida?

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