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Fertilidade do Solo
O figo foi um dos alimentos mais populares que sustentaram a humanidade desde o
começo da sua história. Os frutos foram utilizados como alimento dos atletas olímpicos
adiantados e oferecidos aos vencedores, como a primeira medalha olímpica. A planta foi
descrita em muitas passagens bíblicas, como árvore sagrada e respeitada pelos homens.
Durante o período dos grandes descobrimentos, o figo foi difundido para as Américas.
No Brasil, acredita-se que a figueira tenha sido introduzida pela primeira expedição
colonizadora, em 1532, no Estado de São Paulo.
Ficus religiosa
A Ficus Religiosa é uma árvore muito bonita e nativa do continente asiático, mais
especificamente da Índia. Com folhas em forma de coração e longas pontas de gotejamento,
esta bela espécie de Ficus irradia vibrações de sabedoria.
Conhecida como árvore "Peepal" nas línguas locais, esta espécie de folha caduca semi-perene
possui grande significado histórico e religioso. É a mesma árvore sob a qual se acredita que o
Buda atingiu a iluminação, por isso também conhecida pelos nomes figueira sagrada ou
árvore Bodhi.
A figueira sagrada é fácil de cuidar e uma ótima planta para novatos. Cultive-a dentro de casa
ou ao ar livre. As folhas de aspecto único e os seus padrões magníficos irão certamente
adicionar uma vibração espiritual ao seu espaço.
Ficus deltoidea
Ficus deltoidea é usada como planta ornamental que precisa de proteção de vidro
durante os meses de inverno, em zonas onde a temperatura cai abaixo de 8 graus. Essa planta
precisa de sol. Entretanto, elas são utilizadas como planta de interior porque são plantas
tropicais que não resistem ao frio intenso.
Em Barcelona (Espanha) podem ser vistos em potes na entrada de lojas e hotéis. Quanto a luz
do sol, elas precisam de uma exposição à luz evitando a luz solar direta nas horas mais
quentes do dia. O solo pode ser uma mistura, em partes iguais, de turfa, cobertura morta de
folhas e areia grossa. Transplante a cada 2 anos na primavera.
Ficus microcarpa
O Ficus microcarpa também é conhecido como a planta Ficus Nana, com suas folhas
brilhantes é diferente e conhecido por seu tamanho menor e sistema radicular que se enraíza
facilmente. Ficus microcarpa é relativamente fácil de cultivar ao ar livre em regiões quentes e
úmidas como o norte do país, mas requer um pouco mais de paciência em áreas mais frias.
Em suas regiões nativas, a Ficus microcarpa pode atingir mais de seis metros de altura com
um dossel maciço. A planta é normalmente cultivada como uma sebe baixa ou como
cobertura do solo. A forma dela pode ser administrada através de uma boa poda para manter o
Ficus na altura desejada.
Ficus carica
Ficus carica, mais conhecida como figueira comum, é a espécie arbórea que produz os
famosos figos verdes, pretos ou roxos. As árvores são o único membro europeu nativo do
gênero e são consideradas símbolos do Mediterrâneo e da Provença em particular, junto com
as oliveiras.
Os figos são produzidos por um longo período de tempo e a produtividade pode chegar a 100
kg do fruto para uma única árvore. A figueira também é uma árvore frutífera muito apelativa,
famosa pelo sabor delicado e consistente dos seus frutos, associados a inúmeros benefícios
para a saúde.
São árvores bonitas, resistentes e versáteis, pois se adaptam à maioria dos tipos de solo. Ela é
resistente a temperaturas negativas e às vezes até mais frio se houver rajadas de frio no local.
Tipos de Figueiras Internas
Ficus benghalensis
Os espécimes da Índia são algumas das maiores árvores do mundo com base no tamanho do
dossel. Na Índia, esta planta é considerada sagrada, com templos sendo frequentemente
construídos sob ela.
Ficus lyrata
Ficus lyrata é uma espécie de planta perfeita para ambientes internos. A planta
apresenta folhas muito grandes, fortemente nervuradas e em forma de violino que crescem na
vertical em uma planta alta.
Essas plantas são nativas dos trópicos, onde se desenvolvem em condições quentes e úmidas.
Isso as torna um pouco mais desafiadores para o jardineiro leigo duplicar essas condições em
casa.
Além disso, essas plantas são robustas e podem resistir a condições menos que perfeitas por
um tempo razoavelmente longo. Por causa de suas folhas grandes, essas não são plantas
naturais para serem aparadas em um tamanho administrável, embora possam ter uma poda
modesta para moldar.
Ficus benjamina
Quando cultivada dentro de casa, as plantas são normalmente podadas para mantê-las com
cerca de 1 a 2 metros de altura, e seus troncos às vezes são trançados para fins decorativos. É
uma planta de crescimento rápido e pode precisar ser replantado até uma vez por ano, mas
faça isso no início da primavera para obter melhores resultados.
Característica da Planta
A figueira cultivada (Ficus carica L.) é uma espécie caducifólia pertencente à família
das Moráceas. Possui folhas grandes e lobadas, e caracteres como tamanho, textura, cor e
forma foliar são usados para diferenciação varietal (Figura 1). O sistema radicular é fibroso,
pouco profundo, mas podendo apresentar grande crescimento lateral quando encontra
condições favoráveis no solo. As gemas frutíferas e vegetativas localizam-se nas axilas das
folhas dos ramos (PEREIRA, 1981). 8 9 Figura 1.
No hemisfério Norte pode ser visto figueiras formando plantas de médio a grande
porte, quando em crescimento natural. No Brasil é conduzida sob sistema de poda drástica,
que condiciona a planta a um porte arbustivo, permitindo seu plantio em espaçamento
reduzido. Nos pomares do Estado de São Paulo, o período de exploração econômica da
cultura é de cerca de 30 anos
Cultivação
Figo Roxo de Valinhos:
A cultivar de figo Roxo de Valinhos também conhecida como Brown Turkey, San
Piero ou Negro Largo, é a mais plantada no Brasil, dominando quase a totalidade dos pomares
comerciais. Caracteriza-se pela rusticidade, alto vigor e elevada produtividade. Adapta-se
muito bem ao sistema de poda drástica usado pelos produtores brasileiros, e quando assim
podada conserva um porte arbustivo, frutificando somente em ramos do ano. As suas folhas
apresentam pecíolo longo e sete lóbulos (lobos).
Figo-da-Índia:
No que respeita aos frutos – figos da índia – a sua utilização mais difundida é como
fruto fresco, no entanto, há também, a nível mundial, a tradição de consumo em sumo/polpa,
estando em estudo as suas potencialidades de utilização como corante alimentar natural. São
ainda utilizados para a produção de compotas, geleias, xaropes, produtos desidratados, licores
e mesmo vinagre. Da semente, extrai-se um óleo muito utilizado na cosmética devido às suas
propriedades de regeneração da pele.
O processo de extração do óleo dá origem a um subproduto que pode ser utilizado para
a alimentação animal. A flor é utilizada depois de seca para produção de uma infusão com
propriedades de combate a problemas da próstata. A planta pode ainda ter uma utilização para
a produção de carmim quando cultivada para servir de hospedeira à cochonilha do carmim
(Dactylopius coccus Costa).
Do ponto de vista ecológico, a figueira-da-índia complementa-se na perfeição com o
seu meio ambiente, fornecendo alimento e proteção à fauna, não esquecendo a importância
que pode representar para as abelhas, o néctar que elas extraem das flores do figo, na
primavera e no outono. É também de referir a grande importância para as zonas de caça
(espécies cinegéticas) que encontram nas tenras palmas (nopalitos) e figos, uma importante
fonte de alimentação, além da proteção que a própria planta proporciona, principalmente na
pré e pós criação, às espécies venatórias, constituindo um elemento de defesa contra os seus
predadores: raposas, javalis, águias, etc.
As características deste cato, considerando a sua grande resistência aos climas mais
agrestes, representam sem qualquer dúvida, um importante aliado do ecossistema e
biodiversidade, protegendo-os e fornecendo-lhes os elementos essenciais que necessitam para
a sua alimentação e sobrevivência.
Também os terrenos são grandemente beneficiados pela presença desta planta que, em
plantações ordenadas, constitui uma mais-valia contra a erosão dos terrenos e na proteção dos
incêndios.
Clima
A figueira, apesar da origem de clima temperado, não é exigente em frio para a quebra
de dormência das gemas. A dormência das gemas na figueira é denominada de ecodormência,
e uma vez cessadas as condições ambientais que induziram a paralisação do crescimento
vegetativo, frio e/ou déficit hídrico, a planta volta a crescer e frutificar rapidamente. Em
temperaturas inferiores a 15°C , o crescimento vegetativo é retardado.
Mudas
A figueira no Brasil é propagada assexuadamente. São indicadas as mudas produzidas
através do enraizamento das estacas dos ramos. O uso de rebentões ou filhotes deve ser
evitado, pois são brotações que têm origem de gemas de raízes e têm contato com o solo,
podendo ser portadoras de nematoides.
São coletadas estacas lenhosas com 1,5 a 3,0 cm de diâmetro, provenientes da poda
anual de produção da figueira. As estacas são preparadas com cinco gemas (aproximadamente
30 cm de comprimento), com corte reto logo abaixo de uma gema na parte basal e corte em
bisel acima da última gema no ápice da estaca. O corte em bisel evita o acúmulo de água no
corte e assim o apodrecimento da estaca.
O plantio no campo de estacas com raízes nuas pode ser realizado em condições
especiais em que o viveiro de enraizamento localiza- se próximo ao local de plantio, em áreas
providas de irrigação e em épocas do ano com temperaturas mais amenas. O plantio de
estacas não enraizadas diretamente no campo pode ser utilizado, mas o pegamento é
normalmente baixo.
A muda ideal para plantio no campo deve apresentar haste única, bom
desenvolvimento vegetativo e 30 a 40 cm de altura.
O adulto é uma mariposa, cuja fêmea faz a postura dos ovos sobre os ramos ou na base
do pecíolo das folhas. As lagartas, à medida que se desenvolvem, broqueiam a parte lenhosa
dos ramos da planta. As folhas e os frutos situados acima do ponto onde se encontra a broca
murcham e secam (GALLO, 1988). O controle cultural é feito com a poda e a queima dos
ramos atacados e a destruição das larvas no interior das galerias com um pedaço de arame. O
uso de armadilhas luminosas com lâmpadas florescentes também é utilizado. O uso de
inseticidas pode ser feito em caso de ataques severos da praga.
PULGA DA FIGUEIRA (Epitrix spp.; Coleoptera: Chrysomelidae)
Produtividade
A produção de frutos inicia-se no primeiro ano de plantio. Em plantas com três ramos
produtivos a expectativa de produção é em torno de
Nitrogênio
O nitrogênio é um elemento crítico para a vida vegetal, uma vez que é encontrado em
muitos compostos importantes, incluindo aminoácidos, proteínas, enzimas, ácidos nucleicos
(componente do DNA) e clorofila. Por fazer parte da molécula de clorofila, o sintoma que
melhor caracteriza a falta de N é o amarelecimento das folhas. Em razão da grande
mobilidade do nitrogênio na planta, o que faz que ele se transloque das folhas mais velhas
para as mais novas, os primeiros sinais de carência são notados nas folhas mais velhas,
localizadas mais próximas à base dos ramos. Nesse estádio, o sintoma corresponde a um
amarelecimento das folhas basais. Se as limitações no suprimento persistirem, a coloração
amarela aumenta gradativamente, progredindo para as folhas da extremidade dos ramos,
enquanto as nervuras e o pecíolo tingem-se de pigmentos vermelhos. Se a deficiência
persistir, os ramos apresentar-se-ão curtos e rijos, com casca vermelho-parda. Finalmente,
ocorre uma gradual abscisão das folhas da base para a extremidade dos ramos. Os frutos são
pequenos, mais coloridos e maturam mais cedo.
Controle e Manejo
Fósforo
Controle
Potassio
Controle
Cálcio
Controle
Magnésio
Controle
Solos ácidos, arenosos, com alto índice de lixiviação e altos níveis de cálcio, potássio
e amônio afetam a disponibilidade de magnésio. Previne-se a deficiência com a aplicação
adequada de calcário dolomítico ou de sulfato de magnésio (30 kg/ha) no solo, antes do
plantio. A correção pode ser feita com pulverização foliar de sulfato de magnésio a 1,5%. A
aplicação foliar conjunta de uréia favorece a absorção de magnésio.
Enxofre
Controle
Controle
Recomenda-se corrigir o solo com boro, na dosagem de 10 kg/ha. No mesmo ano que
se corrige o solo, recomenda-se fazer duas pulverizações com solução 0,25% de B, sendo a
primeira aplicação realizada antes da floração e a segunda, quando as bagas estiverem com
tamanho chumbinho.
Amostragem de Folhas de Figueiras
FAQUIN (2002)
Coletar 40 folhas por hectare, folhas mais nova totalmente expandida, ao sol e em
ramos sem frutos, na primavera (florescimento).
Faixa
(g/kg)
Na 20 – 25
Pa 1–3
K 10 – 30
Ca 30 – 50
Mg 7,5 – 10
Faixa
(mg/kg)
Bb 30-75
Cu 2 – 10
Fe 100 – 300
Mn 100 – 350
Zn 50 - 90