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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) FEDERAL DO

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE PORTO ALEGRE/RS

https://advbox.com.br/recursos/

NOME DO CLIENTE, estado civil, profissao, CPF


0610000000-18, portador(a) do RG 12.000000 SSP/SP, residente e
domiciliado(a) na Rua advbox, 7, Bairro Canasvieiras, CEP 00000-754, cidade
de Florianopolis/SC, por meio de seus advogados, ambos com escritório
profissional na Rua Felipe, 500, sala 300, Centro, Florianópolis/SC, 88010-
0001, onde recebem intimações e notificações, vem perante Vossa Excelência,
propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE PENSÃO


POR MORTE

Em face de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL, pessoa jurídica de direito público pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos:
I – DA JUSTIÇA GRATUITA

Preliminarmente, requer o benefício da Justiça Gratuita


por ser a parte autora pobre na acepção legal do termo, não podendo arcar
com as custas processuais sem prejuízo próprio e de sua família.

II – DOS FATOS

O autor foi companheiro da segurada Maria da Paz por,


aproximadamente, 6 (seis) anos. O relacionamento, iniciado em 1999, só
findou quando a companheira veio à óbito, na data de 07/10/2018.

Ambos tinham filhos de outros relacionamentos quando


iniciaram a união estável, sendo que no decorrer na união nasceram os netos
do casal.

Como os filhos da falecida são maiores, não tem direito a


pensão por morte da mesma. Assim, o unico benefício é o autor, pois o casal
viveu em união estável por quase vinte anos e resta configurada a dependencia
economica presumida.

Quando buscou administrativamente a concessão do


benefício, o mesmo lhe foi negado em virtude pois a autarquia entendeu que
não restou comprovada a união do casal.

Irresignado com a decisão, não lhe restou alternativa


senão ingressar com a presente ação judicial para ver garantido seu direito.
III – DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE

A condição de dependente do autor, companheira do de


cujus, restou devidamente comprovada através da juntada dos seguintes
documentos:

• Fotos que demonstram a convivência doméstica da


falecida com o Autor e com os filhos do casal;
• Comprovantes de residência em nome do casal;
• Convites para eventos em nome do casal;
• Comprovante da conta conjunta do casal
• Rol de testemunhas capazes de comprovar a união
estável.

Todos os documentos foram devidamente apresentados


no processo administrativo, todavia não lhe foi concedido o benefício. Assim,
demonstrada a qualidade de dependente (companheiro) do autoro, a
dependência econômica com o de cujus é presumida.

IV – DA QUALIDADE DE SEGURADO

Da qualidade de segurado do instituidor A qualidade de


segurado do instituidor é incontroversa, porquanto a falecida era beneficiária de
aposentadoria por tempo de contribuição.

V – DO DIREITO

A pensão por morte, nos termos do art. 74 da Lei nº.


8.213/91, é benefício devido ao conjunto de dependentes do segurado que
falecer, esteja ele aposentado ou não.

O benefício será concedido desde a data do óbito, quando


o requerimento administrativo ocorrer em até 90 (noventa) dias da data do
óbito, desde a data do requerimento, quando ocorrer após o prazo de 90
(noventa) dias ou do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no
inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997).

A própria Lei de Benefícios, em seu art. 16, determina


quem são os beneficiários do RGPS na condição de dependentes do segurado
e divide-os em 3 diferentes classes, determinando que, em existindo
dependentes de uma classe, os da subsequente serão excluídos do direito às
prestações.

A primeira classe de dependentes é composta pelo


cônjuge/companheira(o) e o filho não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou, ainda, que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave. A dependência dos dependentes
pertencentes à esta classe é presumida, por expressa disposição legal (art. 16,
§4º, LB).

O enteado e o menor tutelado ingressam na primeira


classe de dependentes, por equiparação ao filho, mediante declaração do
segurado. Não gozam, no entanto, da presunção de dependência econômica,
devendo ela ser cabalmente demonstrada.

A segunda classe de dependentes é composta pelos pais


do segurado e a terceira, por fim, pelo irmão não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um anos) ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave. Para a concessão de benefício
previdenciário à ambas as classes, deverá ser demonstrada a dependência
econômica dos dependentes, por expressa disposição legal.

Quanto ao valor mensal da pensão por morte, a LB


determina que corresponderá à 100% do valor da aposentadoria que recebia
ou a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data do seu
falecimento. Em outros termos, será correspondente à 100% do SB do
segurado.
Por fim, havendo mais de um beneficiário pertencente à
mesma categoria de dependente, o valor da pensão por morte será rateada
entre eles em partes iguais. Reverterá, no entanto, em favor dos demais a
parte do dependente cujo direito à pensão por morte cessar.

Considerando que o requerimento administrativo ocorreu


em lapso temporal superior à 90 dias, bem como que a autora satisfaz os
demais requisitos legais, requer seja concedido o benefício desde a DER.

VII – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Seja concedido aos requerentes, o benefício da Justiça


Gratuita, nos termos do artigo 98 e seguintes do CPC, eis que são
hipossuficientes e não podem pagar as despesas processuais e os honorários
advocatícios sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família;

b) Seja determinada a citação do INSS para, querendo,


contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de aplicação dos efeitos da
revelia. Salienta-se que a parte autora não faz a opção pela realização de
audiência de conciliação, nos termos do artigo 319, VII, do NCPC;

c) Ao final, seja julgada totalmente PROCEDENTE a


presente demanda, determinando a concessão do benefício de pensão por
morte à autora desde a DER;

d) A condenação do INSS ao pagamento das parcelas


vencidas e vincendas, acrescidas de correção monetária e juros legais até a
data do devido pagamento;
e) A condenação do INSS ao pagamento de honorários
advocatícios, no patamar máximo previsto para cada faixa no art. 85, §3o, do
CPC;

f) Requer, em caso de procedência da ação, sejam


separados do valor da condenação os honorários contratuais, no percentual
fixado no contrato que segue em anexo.

g) Protesta pela produção de provas documentais,


testemunhais e de todos os meios de prova admitidas em direito por ser
medida da mais salutar JUSTIÇA.

Dá-se à causa o valor de R$ 64.180,86 .


(Sendo 7 vencidas + 12 vincendas de R$ 3.377,94)

Termos em que,
Pede deferimento.

Florianópolis, 17 de abril de 2019.

ADVOGADO
OAB/SC nº 42.934

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