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Hera (hera-comum)

Hedera helix s.l.


Família: Araliaceae
Distribuição geográfica: regiões temperadas Euro-asiáticas. Em Portugal ocorre em praticamente todo o
território.
Caducidade: persistente
Altura: o caule pode atingir os 30m
Porte: arbusto, trepador ou decumbente
Ritidoma: ramos lenhosos, cinzento acastanhados, longos e flexíveis
Folhas: coriáceas e lustrosas, alternas e dimórficas: as dos ramos floríferos de formato romboidal a ovado,
sendo as dos ramos estéreis cortadas a hastadas com 3-5 lóbulos de profundidade variável.
Estrutura reprodutiva: flores em umbelas globosas dispostas na parte terminal dos ramos, solitárias ou em
panículas racemosas; pétalas verde amareladas e sépalas castanhas, ambas com formato triangular; fruto
globoso, pseudobaga, de cor negro-azulada, com 2-3 sementes.
Floração: de setembro a outubro
Maturação dos frutos: final do inverno, início da primavera
Habitat e ecologia: muito comum em bosques, taludes, rochas, muros e no tronco de diversas árvores.
Prospera, em geral até aos 1000m de altitude. Não gosta de solos muito secos e muito ácidos. Planta bastante
resistente, tolerando a poluição atmosférica e temperaturas até -25ºC. Estabelece-se tanto em locais
solarengos, como muito sombrios, embora nos últimos possa não florir. Excelente planta para a fauna,
fornecendo abrigo para pássaros, aranhas, etc. É uma fonte tardia de néctar para os insectos e de sementes
como alimento de inverno. É alimento para larvas de muitas espécies de borboletas.
Usos e costumes: utilizada como ornamental, nomeadamente como planta de revestimento. Crescendo sobre
uma parede, mantem-na seca, ao mesmo tempo que funciona como isolamento, sendo que raramente
danifica estruturas. Também não prejudica as árvores nas quais se suporta, pois não é uma planta parasita.
Modos de propagação: Por semente: remover a polpa, pois inibe a germinação, e semear, na primavera.
Quatro semanas de estratificação a frio vão melhorar a germinação. Se quiser faça crescer as plantas em
vasos e plante-as nas posições definitivas na primavera do ano seguinte, após as últimas geadas. Por estaca:
de madeira semi-madura em julho/agosto num local sombreado. (boa percentagem). Também com estacas de
madeira madura, com 12cm de comprimento, em novembro. Finalmente por mergulhia, sendo que as plantas
já o fazem naturalmente.
Informações adicionais: espécie assumida num sentido lato, dadas as reconhecidas dificuldades
taxonómicas do género e o imperfeito comnhecimento da distribuição das várias espécies de Hedera
assinaladas em Portugal continental. Ocorrem em Portugal continental três espécies do género Hedera: H.
helix subsp. helix, H. hibernica Hort. e H. maderensis K. Koch ex. A. Rutherf. subsp. iberica  McAllister. Os
pêlos estrelados das folhas jovens e dos ramos estéreis do ano ( ramos com folhas cordadas e hastadas que
não produzem flores) na H. hibernica são esbranquiçados, apresentam um pequeno pé e 4-8(9) raios; na H.
maderensis subsp. iberica os mesmos pêlos são vermelho-alaranjados. A H. hibernica  é comum de Norte a
Sul do país. H. maderensis subsp. iberica ocorre principalmente na metade Sul de Potugal continental. A H.
helix subsp. helix foi detectada no NE de Portugal.
Designação inglesa / espanhola: Ivy / Hiedra
PERIGO: A planta é venenosa se for consumida em elevadas quantidades, embora vários mamíferos que
comem as folhas não aparentem sofrer com isso. As folhas e frutos contêm uma substância que, se ingerida,
pode provocar dificuldades na repiração e até coma. A seiva, no contacto com a pele pode causar dermatite
com bolhas e inflamação.

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