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Estudo da Lição – Quinta-feira

Crisóis de maturidade

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (2Co 12:7). Muito provavelmente o
espinho na carne ao qual Paulo se refere poderia ter sido uma dificuldade visual. O verso de Gálatas 6:11 é
apontado como um dos argumentos em favor desta posição: “Vede com que letras grandes vos escrevi de meu
próprio punho” De fato, mais importante do que identificar qual era o real espinho na vida de Paulo, é reconhecer
a preciosa lição que ele adquiriu a partir dessa experiência: a dependência de Deus, a maturidade espiritual.
Parece estranho já que, em geral, identificamos maturidade com independência. Mas, em termos espirituais,
maduro é aquele que reconhece sua total dependência de Deus.

De que forma as experiências dolorosas podem nos conduzir à maturidade?

Prestando atenção às lições que essas experiências nos deixam. “Será que as coisas pelas quais passaram
não serviram para nada? Não é possível!” (Gl 3:4 – NTLH). Experiência não examinada é desperdiçada.
Experiência não é o que acontece com você, mas o que você aprende do que acontece consigo. As dificuldades nos
beneficiam à medida que aprendemos algo com elas. É especialmente importante que você examine seus
fracassos.

Prestando atenção ao que acontece a outras pessoas. “As pessoas aprendem umas com as outras, assim
como o ferro afia com o próprio ferro” (Pv 27:17 – NTLH). Precisamos aprender a cultivar o hábito da observação.
Pergunte-se sobre o que você pode aprender das situações pelas quais passaram aqueles que compartilham a vida
com você.

Prestando atenção aos conselhos dos mais experientes. “Quando alguém está querendo aprender, o
conselho de uma pessoa experiente vale mais do que anéis de ouro ou joias de ouro puro” (Pv 25:12 – NTLH).
Todo mundo tem algo que possa nos ensinar a partir de sua própria experiência. A prática de ouvir conselhos pode
evitar que caiamos nos mesmos erros para adquirir o mesmo aprendizado!

Desconfiando de suas percepções. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente
corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9). Facilmente, as percepções podem ser enganadas pelas experiências. Os
ilusionistas se aproveitam desse fato para enganar o público e fazer seus truques. Não confie apenas nas
sensações. A Bíblia é o padrão pelo qual devemos medir todo e qualquer julgamento que fizermos.

Como podemos reconhecer uma pessoa madura?


Paulo afirmou: “Agora, sinto-me feliz em me gloriar de ser tão fraco; estou feliz em ser uma demonstração viva do
poder de Cristo, em vez de alardear meu próprio poder e meus talentos” (2Co 12:9 – BV).

Um ser humano maduro é alguém que:


1. Tem um sentido prático do que pode e não pode fazer.
2. É ativo e produtivo.
3. Tem a capacidade de renunciar aos prazeres momentâneos focando os objetivos de longo prazo.
4. Consegue se relacionar com os outros sem medo, nem tensão.
5. Tem a capacidade de se adaptar às mudanças, é flexível.
6. Não permite que temores, infundados ou não, produzam ansiedade e tristeza excessiva.
7. Reconhece sua total dependência de Deus.

É fácil compreender isso vendo uma criança dando seus primeiros passos e tombos. Não há crescimento sem dor.
Se quisermos maturidade precisamos estar dispostos a pagar o preço. Queremos alcançar os objetivos de nossa
vida, mas não queremos o processo, que é doloroso. Você não saberá que Jesus Cristo é tudo o que precisa até
que Ele seja tudo o que você tenha. Nesse momento, você alcançará a maturidade da qual Paulo fala: “Eu me
alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo
por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim” (2Co 12:10
– NTLH).

Pr. Willian Oliveira

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