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MENTE ABERTA VERSUS CABEÇA DURA

Base Bíblica: Provérbios 9.1-18

Segunda – Pv 1.1-7
Terça – Pv 3.13-18
Quarta – Pv 4.5-14
Quinta – Pv 8.5-14
Sexta – Pv 8.22-31
Sábado – Pv 8.32-36
Domingo – Pv 16.16-24

INTRODUÇÃO
“Mentes são como paraquedas, só funcionam abertas”. Nosso estudo de hoje trata sobre o bom uso da mente,
e o valor de uma mente aberta, saudável e pronta a desenvolver valores que nos fazem crescer e ser mais
parecidos com nosso Senhor e Rei.
O capítulo 9 de Provérbios apresenta uma alegoria onde, tanto a sabedoria (v.1-6) como a loucura (v.13-18)
agem como alguém que faz um banquete e convida homens e mulheres para se alimentarem do que lhes é
oferecido. A loucura empurra os tolos para a ruína, enquanto que a sabedoria lhes restaura o entendimento e
lhes renova a oportunidade de vida (v.6).

Ser “cabeça-dura” de vez em quando não é “privilégio” dos jovens. Muitas vezes ouvimos sobre velhos
teimosos e até de crianças que “fazem birra” quando realmente querem alguma coisa. Nesses momentos, as
pessoas não pensam como deviam… O que nos interessa é saber o valor da capacidade de pensar de forma
adequada, como quem decide suas ações na presença de Deus, levando em conta o temor do Senhor e a
direção que Ele pode dar para nossas vidas.

Para nosso estudo, verificaremos algumas qualidades geralmente encontradas em jovens, e que podem ser
somadas a outras qualidades na busca de uma vida sábia e abençoada.

1. Independęncia e interdependęncia
Desde o tempo de criança, e passando por toda adolescência, o sonho de independência costuma ser parte na
experiência da vida de toda pessoa. Queremos chegar aos dezoito anos logo – e ainda mais rápido chegar aos
vinte e um. Parece quase uma fixação para “ser dono do próprio nariz”. Esse é um desejo natural, já que
nascemos para chegar à vida adulta – na verdade, o ser humano é o único animal que demora tanto a se
tornar independente.

O problema é que muitas pessoas enfrentam lutas tão grandes nesse processo de conquistar a maioridade,
que jogam fora toda a preciosa ajuda que pode ser encontrada no relacionamento com outros, especialmente
aqueles que poderiam trazer conselhos úteis e alguma orientação para a vida. Deixar de ser criança não
precisa necessariamente significar abandono de uma relação de interdependência com os mais velhos – uma
parceria em que o jovem tem enormes contribuições para dar, e muito também a receber.

Provérbios 9.7-8 descreve uma pessoa que se sente tão independente que não está mais pronta a receber
ajuda de outros. Trata-se de um autêntico “cabeça-dura”. Veja uma lista de marcas que geralmente aparecem
nesse tipo de pessoa.

• Ela se acha o centro do mundo – se irrita com facilidade sempre que outro ponto de vista é apresentado.

• Julga-se dona da verdade – não é capaz de ouvir os outros.


• Jamais aceita crítica – embora seja geralmente muito crítica…

• Tem dificuldade em ouvir conselhos – especialmente dos mais velhos.

• Zomba do que não entende – é mestre da ironia.

• Usa do insulto e da humilhação como armas de defesa.

• Nunca reconhece o próprio fracasso – a culpa sempre é dos outros.

2. Esperteza e sabedoria
Uma outra marca natural da juventude é a capacidade de pensar e agir com rapidez – a esperteza. O corpo e a
mente estão prontos e no auge da forma ideal. Aprende com extraordinária rapidez e tem reflexos físicos tão
prontos que fica quase humilhante competir com uma pessoa mais velha – além de uma beleza exuberante
que facilmente se destaca. O mundo da informática destacou ainda mais o valor do aprendizado rápido quando
os mais velhos estão quase sempre dependentes daqueles que pertencem à nova geração.

Mas, ser esperto não é suficiente! Não se pode sempre “tirar vantagem” e ser sempre o primeiro. Além disso,
além de rapidez, precisa-se de direção – precisa-se de sabedoria! Segundo a Bíblia (NTLH), “para ser sábio, é
preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Se você conhece o Deus Santo, então você tem compreensão das
coisas” (v.10). Ainda citando a Bíblia, “qualquer coisa que você ensina a uma pessoa sábia torna-a mais sábia
ainda. E tudo o que você diz a uma pessoa direita aumenta a sabedoria dela” (v.9). Veja também uma lista de
marcas que geralmente aparecem nos sábios.
• Quem tem “mente aberta” ouve e observa tudo com atenção.

• Quem é sábio aceita os conselhos e as repreensões feitas com amor.

• Quem é sábio analisa os fatos antes de tomar uma posição.

• Quem é sábio prefere ser guiado pela sabedoria em lugar dos impulsos.

• Quem é sábio se empenha em andar por caminhos verdadeiros.

3. Convicçőes fortes e prudęncia


A quantidade de informações novas e importantes adquiridas no período da adolescência faz do jovem uma
pessoa com muito conhecimento. Impressiona a quantidade de informações que se adquire durante o ensino
médio, especialmente quando se prepara para o vestibular. Um curso superior também fornece uma carga de
conhecimentos realmente respeitável.

Estudando ou não, o próprio processo de profissionalização, as descobertas por meio de relacionamentos


sociais, as viagens e tudo que se tem oportunidade de fazer quando se alcança o estágio da juventude fazem
do jovem uma pessoa que sabe muito! Em alguns casos, o jovem acaba virando mesmo um “sabe-tudo”.
Ninguém “dirige tão bem”, ninguém “é tão bom em cima de uma moto”, ninguém “entende tanto de drogas,
sexo, futebol, beleza, música…”. O excesso de confiança pode produzir convicções tão fortes que fica difícil ser
prudente – e o que se vê é muita gente “quebrando a cara”!

Um pouco de humildade nunca faz mal! “A sabedoria fará com que você viva uma vida mais longa. Se você for
sábio, o lucro será seu; se zombar de tudo, você mesmo sofrerá as consequências” (Pv 9.11-12 NTLH). Não
se orgulhe de suas habilidades, de suas forças, de sua aparência ou de sua inteligência. Como diz Dr. Ryle, “a
ignorância e a inexperiência são o pedestal do orgulho; uma vez que esse pedestal seja removido, o orgulho
logo desaparecerá. Somos exortados na Bíblia a não pensarmos de nós mesmos além do que devemos pensar
(Rm 12.3), e a revestir-nos de humildade (Cl 3.12), e a seguirmos o exemplo de nosso Senhor (Fp 2.7-8). Na
linguagem de Provérbios: “Tens visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no
insensato do que nele” (Pv 26.12).
4. Sensaçőes agradáveis e temor do Senhor
O último destaque desse texto que estudamos hoje tem grande ligação com o que significa ser jovem,
especialmente num mundo em que as sensações (especialmente a sensualidade…) estão em alta.

Uma das grandes lutas dessa realidade de experimentar sensações “à flor da pele” é que a adrenalina e os
hormônios muitas vezes nos impedem de pensar – muito menos de submeter-nos a Deus e temê-Lo de todo o
coração. O convite da “mulher loucura” é especialmente interessante aos jovens porque a busca do prazer em
todas as suas formas parece inevitável. Além de todo o apelo ao simples modo de viver com determinados
riscos, nossa tendência natural para o pecado ainda nos faz acreditar que “as águas roubadas são doces, e o
pão comido às ocultas é agradável” (Pv 9.17).
Não podemos negar nossa sensibilidade já que, especialmente quando jovens, somos “essencialmente
sensações”, mas precisamos temer o Senhor, porque é aí que se encontra o princípio da sabedoria. Veja com
muita atenção Provérbios 9.10 – “Temor do Senhor” é muito mais do que “medo” – inclui respeito, adoração a
Ele. Conforme Oswaldo Alves, “é a ação do seu Espírito, santificando o nosso comportamento e iluminando a
nossa inteligência para pensarmos e agirmos de acordo com a vontade do Deus Eterno em sintonia com a
natureza santa do Senhor”.
Conclusăo
Creio que podemos concluir nosso estudo de hoje com uma palavra simples e direta de Salomão em
Eclesiastes 11.9: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade;
anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas
estas cousas Deus te pedirá conta.”
I.M.E.O.S_ E.B.D (ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL)
Pra. Rafaela Brito/ Vice Pr. Ramon Oliveira
Data:_____/_____/________.
Aluno (a):________________________________.

METANOIA (MUDANÇA DE PENSAMENTO)


O que é Metanoia:

Do ponto de vista teológico, a Metanoia representa o processo de arrependimento e conversão do indivíduo


para determinada doutrina. Consiste na reinterpretação que a pessoa tem da sua vida, seja moralmente,
intelectualmente ou espiritualmente.
Onde temos a palavra “Metanoia” na Bíblia e o que significa?

(1) Vamos falar primeiro sobre o uso da palavra Metanoia na Bíblia. Em primeiro lugar, “Metanoia” é uma
palavra grega. Ela vem de outra palavra grega “metanoeo”, que significa uma “mudança de mente”.

A ideia dessa palavra é demonstrar o que acontece com alguém que se arrepende, que muda de direção, que
muda sua mente, muda de propósitos que anteriormente tinha e agora não os quer mais, pois os substitui por
outros.

(2) Dentro das traduções para o português, geralmente a palavra grega “metanoia” é traduzida na maioria das
Bíblias (falando, é claro, do Novo Testamento), por “arrependimento”. Isso significa que onde você lê a
palavra “arrependimento” em português, ali está (nos originais) a palavra “metanoia”.

A nossa mente é um campo de batalha. Por isso, o que nós pensamos define se teremos vida ou morte
espiritual. A Palavra de Deus diz:

“Pois a inclinação da carne é morte, mas a do Espírito é vida e paz” (Romanos 8.6).

Na Carta de Paulo aos Romanos está o versículo-chave para a transformação do nosso pensamento, para
que possamos ter uma metanoia:
“E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da
mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).

Devemos transformar a nossa mente, pois se cultivarmos pensamentos que não estão de acordo com os
pensamentos de Deus, certamente vencer o vício ficará muito mais complicado. Quando experimentamos
a metanoia, fica mais fácil vencer.
Salomão escreveu:

“Porque, como imagina em sua alma, assim ele é” (Provérbios 23.7).

A disposição de mente do cristão deve ser determinada e moldada:


· Pelo conhecimento do evangelho.
· Pelo poder do Espírito.
· Pelos interesses do porvir (8.5-9; 13.11-14),
Por isso, que ela não deve ser movida pela moda passageira deste século (2Co 4.18; 1Jo 2.17). Somente por
meio dessa renovação santificadora o cristão se toma suficientemente sensível para "experimentar" (isto é,
discernir) a conduta que é da vontade de Deus, para cada situação.

O Evangelho da Metanoia

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas”. 2 Co 5:17
Metanoia não significa simplesmente mudar o comportamento de uma pessoa, seja isso conseguido através
de regras impostas, pressão da sociedade, igreja ou família. Embora todas essas fontes de influência possam
fazer parte de um processo de transformação, metanoia sugere que essa transformação seja a consequência
de uma mudança mais profunda que somente o comportamento.
Metanoia é mais do que tentar transformar alguém através de sistemas de punições e recompensas. O
conceito de metanoia expressa uma transformação do homem de dentro para fora, ou seja, uma mudança
que acontece na mente e consequentemente muda atitudes e ações. Essa é a transformação que o
evangelho de Jesus veio trazer ao homem.

João Batista Prega Metanoia

Em Marcos 1:4-5 nós lemos sobre o batismo que João Batista pregava e realizava:
“4
apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.5Saíam
a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém; e confessando os seus
pecados, eram batizados por ele no rio Jordão”[2] (Marcos 1:4-5)

João veio preparar o caminho para Jesus, endireitando as veredas em que o povo andava. Como ele buscou
fazer isso? Através da mudança de mentalidade. Seu discurso e suas práticas incomuns apontavam para
uma nova realidade espiritual. Não haveria forma de preparar o caminho do Senhor sem que houvesse uma
ruptura com a forma de pensar do sistema religioso corrompido pelo homem. O profeta indicava agora a
necessidade de que cada pessoa se decidisse pela mudança. Vemos no texto que João Batista pregava o
batismo de arrependimento para remissão de pecados, e a expressão “arrependimento” é exatamente a
palavra grega “μετάνοια” (metanoia) significando a mudança da mente. Daí entendemos a importância de
metanoia em nossa conversão.

Jesus Prega Metanoia

Jesus também pregou sobre metanoia. Em Mateus 4:17 lemos sobre a primeira pregação de Jesus quando
Ele sai do deserto, onde foi tentado por Satanás. Após ter vencido a tentação, Jesus volta para a Galileia e
começa sua pregação contundente ordenando que houvesse arrependimento porque o Reino de Deus estava
próximo. Mais uma vez a palavra usada em lugar de arrependimento foi metanoia.

“17
Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos (metanoia), porque está próximo o reino
dos céus. ” (Mateus 4:17)[3]

Jesus está interessado em que nossas vidas sejam transformadas porque a vida eterna é mais do que
escapar do inferno. Jesus veio para reconciliar-nos com Deus afim de que possamos ter com Ele um
relacionamento entre pai e filho (Romanos 5:1) (Mateus 6:9). Ele disse que veio nos dar vida, e vida em
abundância (João 10:10); Uma vida que flui de nosso interior porque ele habita em nós (1 Coríntios 3:16);
Uma vida que flui como rios de água viva vindos do nosso interior, por causa da fé que temos no Filho de
Deus (João 4:14); Uma vida que é baseada em princípios tão poderosos que profundamente transformam
nosso pensar, e daí mudam nosso ser e nosso estilo de viver (Romanos 12:2).

Jesus estabelece o conceito dessa mudança de mentalidade muito além da proibição de certos atos de
conduta. Obviamente metanoia também significa o abandono das práticas carnais (pecados) que nos
afastam de Deus. No entanto, metanoia não busca sua força na “retidão” humana, na capacidade do homem
em fazer o que é certo, ou no merecimento de alguns que conseguem evitar “a aparência do mal”. Metanoia
surge da ação de Deus na vida de uma pessoa. É um chamado à conversão, o chamado para sua total
rendição e comprometimento com a vontade de Deus. É a transformação que acontece porque, entre outros:

 A percepção pessoal do amor de Deus por você torna-se inquestionável;


 Estar separado de Deus significa para você estar morto;
 Estar ligado a Deus significa para você a única vida verdadeira;
 O propósito para a sua vida é descoberto;
 Você tem convicção que a vontade Dele é boa, agradável e perfeita;
 Sua prioridade é agradá-lo;
 Seu entendimento sobre os valores éticos e morais são corrigidos;

 Seu foco e suas prioridades deixam de ser centrados em desejos egoístas, passando para aquilo que está no
coração de Deus.

Pedro Prega Metanoia

A transformação da mentalidade é necessária no processo de conversão para que esta seja genuína. Ao ser
questionado a respeito do que fazer após ouvir a mensagem do evangelho, o apóstolo Pedro é enfático ao
responder: “Arrependam-se, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos
vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. ” (Atos 2:38-40)

A consequência dessa mudança de mentalidade é a conversão genuína em nossa vida. O batismo vem na
sequência como um marco da decisão de entregar a vida a Deus. É a expressão simbólica da decisão de
morrer para o mundo e viver para nosso Eterno Pai.
O significado dessa experiência é tão profundo que, se não houver o processo de mudança da mentalidade,
jamais entenderemos o que é nascer de novo. Foi isso que impactou Nicodemos ao ouvir Jesus dizer: “É
necessário nascer de novo” (João 3). Nicodemos ficou perplexo com aquela declaração. “Como isso é
possível? ” Então, Jesus começa a dizer sobre a necessidade dessa mudança de pensamento. Essa não é
uma questão de informação ou sabedoria humana. Mesmo sendo um mestre em Israel, Nicodemos não
conseguiu compreender o novo nascimento de imediato. Misericordioso, Jesus não o dispensou por isso. O
evangelho de João declara que Nicodemos participou do enterro de Jesus juntamente com José de Arimatéia.
Embora não tenhamos um relato bíblico claro, creio que Nicodemos tenha se tornado um discípulo. Essa é
uma obra do Espírito Santo.

Não é incomum vermos pessoas que são criadas em um lar Cristão, acostumadas a frequentar a igreja e até
com certo conhecimento bíblico, mas que ainda não experimentaram a metanoia de Deus. Eles mantêm um
estereótipo de Cristãos, mas o fazem pela pressão da igreja e da família. Muitos deles se distanciam dessas
práticas na primeira oportunidade de liberação dos pais. Sem que haja uma experiência pessoal com a
verdade de Deus, não haverá poder para viver os Seus princípios. Precisamos buscar essa experiência.

Paulo Prega Metanoia

Em Atos 17 o apóstolo Paulo prega sobre a necessidade de sermos transformados a partir da mudança de
nossa mentalidade. Ele declara que Deus está notificando os homens em toda a parte para que se
arrependam e se convertam. Todos nós somos notificados de que Deus requer o processo de transformação
na mente e, a partir dela, nas atitudes.
“30
Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em
toda parte, se arrependam (metanoia);31porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos. ”
(Atos 17:30-31)[4]

Aos irmãos em Roma, Paulo diz que não se deve conformar com este século, mas transformar-se pela
renovação da mente. Assim vamos experimentar a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita.
“1
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.2E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. ” (Romanos 12:1-2)[5]

Metanoia é o processo pelo qual nossas atitudes passam a alinhar-se com a vontade de Deus. Através dessa
renovação em nossa mente:
 Passamos a submeter nossa vontade à vontade Dele;
 Passamos a lutar para que a carne se submeta ao espírito;
 Passamos a desejar a santidade e a consagração;
 Entendemos que Seus planos são maiores do que os nossos;
 Entendemos que Seus caminhos são melhores;
 Percebemos nossa necessidade de nos alimentar de Sua palavra;
 Percebemos nossa necessidade de nos alimentar em Sua presença;
É importante também ressaltar que Deus é o agente dessa transformação em nós, apesar desse processo
requerer nosso posicionamento em direção ao Seu chamado. O Dicionário Teológico do Novo Testamento
declara sobre o processo de metanoia:

“Mas essa incondicional exigência não é alcançada pelo esforço exclusivo do homem. Em Mateus 18:3
Jesus mostra através do exemplo da criança o que “converter”, “tornar-se um novo homem” significa para Ele:
Ser uma criança significa ser pequeno, precisar de ajuda, e ser receptivo a isso. Aquele que se converte
torna-se pequeno diante de Deus, pronto para deixar Deus trabalhar em seu interior. A crianças do Pai
Celeste as quais Jesus proclama são aquelas que simplesmente recebem Dele. Ele dá a elas o que elas não
podem dar a si mesmas (Marcos 10:27). Essa é a verdade sobre metanoia. Isso é um presente de Deus,
embora não deixe de requerer um posicionamento do homem. ” [6]
E ainda:

“Atrás do chamado para conversão, o qual Jesus estabelece através de seu anúncio do governo de Deus,
está a promessa de transformação, a qual ele realiza como o Único capaz trazer esse governo em nós… Isso
desperta uma obediência com alegria para uma vida de acordo com a vontade de Deus. Isso acontece
porque “metanoia” deixa de ser a lei, conforme o era no Judaísmo, para tornar-se o Evangelho. ”

Sobre o evangelho, Paulo ainda declara que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê
(Romanos 1:16). O mesmo evangelho que anuncia a vida eterna disponível a todos, mediante a fé, conforme
João 3:16, que diz:

“16
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.17Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. ” (João 3:16)[8]

Maria Madalena

Essa foi a primeira pessoa a ver Jesus ressurreto, como podemos ver em João 20:11-18. Maria Madalena
esteve presente no ministério de Jesus e, mesmo quando Seus discípulos desertaram, ela o acompanhou.
Quando Jesus esteve diante de Pilatos, quando ele foi maltratado pela multidão, quando foi crucificado,
quando Nele foi enfiada a lança, quando foi declarada a Sua morte, e quando Ele foi levado ao tumulo, Maria
Madalena estava lá. E porque não se separou de Jesus, foi a primeira a testemunhar sua ressurreição.
Olhando sua estória a partir das cenas finais pode parecer que Maria Madalena sempre foi uma mulher
corajosa, segura de si, emocionalmente estável e espiritualmente saudável. Contudo, isso não é verdade. O
evangelho de Lucas, no capítulo 8, declara que Jesus a libertou de sete demônios.

Se o número sete fosse considerado como quantidade, alguém poderia ficar surpreso de uma pessoa tendo
sido possuída por tantos demônios poder tornar-se um discípulo de Jesus. No entanto a situação de
Madalena era ainda pior. O número sete é usado muitas vezes na Bíblia para expressar completude, ou seja,
ela era completamente possuída por demônios.
Precisamos ter nossa mente transformada pelo Espírito de Deus. Porque o pecado atingiu nossas vidas, não
significa que Deus irá destruir-nos. Se chegarmos até ele humilhados e arrependidos, permitindo que Ele nos
purifique e limpe de todo o pecado, teremos nossa iniquidade retirada e nosso pecado perdoado. Em 1 João
1:9 lemos: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça. ”
Ao permitirmos que Ele nos purifique, sua renovação em nossa mente continuará. O processo de metanoia
não é estático, mas dinâmico e constante, como afirma o apóstolo Paulo aos irmãos em Roma: “2E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” [10](Romanos 12:2) Estamos em constante renovação
da nossa mente e em transformação de nossa vida para melhor agradar ao Senhor.

Deus, então, revela-nos o propósito de nossas vidas e renova Seu chamado para servi-lo. Sem essa
revelação não descobrimos para que vivemos e sem a Sua renovação em nosso chamado, podemos esfriar e
esquecer o nosso propósito. Por isso precisamos ouvi-Lo: “A quem enviarei e quem há de ir por nós? ”
Perguntando como se precisasse de nós, Deus simplesmente transmite profundamente ao nosso ser um
senso de utilidade, de valor e de ser necessário em Seu Reino. Ele não precisa, mas faz a questão de
valorizar-nos. Não depende, mas insiste em chamar-nos.
“17
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas. 18Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação,19a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”[11] (2 Coríntios
5:17-19)

Deus não só julga nossos atos, ele também conhece nossos pensamentos. Em três ocasiões, Lucas
menciona que Yeshua conhecia os pensamentos daqueles que estavam à sua volta.

Lucas 5.22: “Yeshua, conhecendo-lhes os pensamentos…”


Lucas 6.8: “Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos…”
Lucas 9.47: “Mas Yeshua, sabendo o que se lhes passava no coração…”

Yeshua disse que adultério não é apenas um ato do corpo, mas uma atitude do coração (Mateus 5.28). O
mesmo é verdade com relação ao homicídio (Mateus 5.22; 1 João 3.15). Observe a história de Sara quando
ela riu da notícia do nascimento de Isaque. Ela realmente riu? Se nós estivéssemos presentes, teríamos dito
que não. Ela riu somente por dentro (Gênesis 18.12); no entanto, Deus o considerou um ato real.

No dia do juízo, não somente nossas ações serão reveladas, mas os segredos do nosso coração, também.

Romanos 2.16: “… no dia em que Deus… julgar os segredos dos homens…”


1 Coríntios 14.25: “… tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração…”

Deus Julgará Todo Homem Segundo os Segredos da Sua Consciência | 2.1.3

12 Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram,
pela lei serão julgados.
13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de
ser justificados.
14 Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo
eles lei, para si mesmos são lei;
15 Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e
os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;
16 No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.

Primeiro, a profundeza do julgamento de Deus vai além das obras do homem—os externais, mas também aos
segredos dos homens—os internais. A hipocrisia não terá mais um véu no Dia do Julgamento. Todo segredo
da humanidade será descoberto perantes os olhos de Deus. Todas as desculpas dos judeus e dos gentios
encolherão e morrerão.
Segundo, o próprio Juiz será Jesus Cristo. Tendo morado na terra, Ele conhece muito bem as tentações que
todo homem sofre.

Paulo então faz dois pontos importantes. Primeiro, o judeu é julgado pela lei (vv.12, 13). Segundo, o gentio é
julgado pela consciência (vv.14, 15). Estes dois pontos tornam nulas, duas ideias falsas. A primeira ideia falsa
ensina que os judeus, por meramente receberem a lei, são isentos da punição; porém, Deus julga
diferentemente. O judeu pode ter a lei, mas se ainda a viola, então permanece culpado.

A segunda ideia falsa ensina que os gentios não podem ser julgados sem a lei. A ideia, colocada como uma
pergunta, seria: “Como que pode um gentio ser culpado por uma lei que ele nunca conheceu?” O gentio,
porém, é julgado pela lei escrita no seu coração. Deus poderá apontar à consciência do gentio que
revelará sua transgressão do padrão de Deus. Em cada gentio permanece a sua consciência que o acusa de
ser culpado de pecados (v.15).

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