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O termo adolescência não aparece nas escrituras mesmo porque não fazia parte do
vocabulário da época. Ate então não era feita uma distinção deste período. A infância
e/ou juventude abrangiam esse tempo. O livro de Eclesiastes fala dos jovens, que são
vistos como fortes, capazes de vencer o mal... Enquanto se é criança, sabemos que a
pessoa aceita os padrões e os valores dos pais sem oposição. Por isso, Pv 22:6 fala:
"Ensina a criança no caminho em que deve andar e até quando for velho não se
desviará dele". A criança é um ser dependente, ensinável. Realmente os conceitos
aprendidos na infância são guardados e responsáveis pela estruturação do ser
humano. Várias são as exortações bíblicas aos pais quanto ao ensino dos filhos. A
correção nos momentos de erro é importante e os filhos também recebem exortação
quanto ao honrar e obedecer aos pais.
Vejamos mais alguns versos antes de outras considerações: Eclesiastes 11:9 "Alegre-
te, jovem, na tua juventude, e recreense o teu coração nos dias da tua mocidade.
Anda pelos caminhos que satisfazem o teu coração e agradam aos teus olhos; sabe,
porém, que de todas essas coisas Deus te pedirá conta. Afasta, pois o teu coração
desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são
vaidade"
Eclesiastes 12:1 "Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que
venha os maus dias e chegue os anos dos quais dirás: não tenho neles prazer"
Por ultimo relembro que o único episodio narrado de Jesus quando criança dói ao doze
anos, isto é, na adolescência. A bíblia nos relata em Lucas 2:42 que, durante uma
festa em Jerusalém, Jesus foi ter com os escribas e mestres da lei e, ensinava no meio
deles. Seus pais iniciaram a viagem de volta para Nazaré e só então deram falta dele.
Voltaram e o acharam no templo e todos se encantavam com seus ensinos sobre as
escrituras. Também achamos a descrição de que ele: "crescia em sabedoria e graça
diante de Deus e dos homens".
É pena que a maioria dos pais pensem o contrario. Eles enxergam o adolescente
crescendo e procuram afastar-se. Fazem isso em nome da "liberdade" do filho (que o
mesmo exige), ou porque não se sentem adequados para acompanhar os filhos (aqui
entra a idade, os complexos individuais de cada pai), ou porque querem um pouco
mais de liberdade para o próprio casal, uma vez que já cuidou daquele filho por anos
e agora ele pode "se virar" (neste caso, os pais podem encher o filho de
responsabilidades, deixando-o mais tempo fora do lar). Essa inversão de pensamento
torna-se muito prejudicial, pois, o adolescente contesta o amor dos pais (no fundo
para assegurar-se dele) e, os pais, não conscientes disso, acabam por não dar ao filho
essa certeza, confirmando que eles são amados apenas pelo o que fazem, mas não
pelo o que são. Isso leva o adolescente a se rebelar mais, se afastando do convívio
familiar, partindo para delinqüência. No entanto, sabemos que não podemos pensar
de forma unilateral, enxergando a "culpa" do afastamento dos filhos como um único
resultado do comportamento dos pais. A bíblia exorta os filhos a serem obedientes.
Isso mostra que são responsáveis por escolher qual atitude vão tomar. Por isso são
tão acostumados a ouvir o que os pais dizem e aguardar os mandamentos dos
mesmos e, os de Deus, que são universais.