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“recente”
e futuro
da
Heliotextil
M I G U E L PA C H E CO
Poucas indústrias poderão reclamar tão diversa oferta em produtos e incorporação de técnicas e tecno-
logias, assim como de mercados, como o ramo de actividade que a Heliotextil representa.
Desde a sua origem em 1964 até à actualidade, são 50 anos de mudanças marcadas pela vontade da
Heliotextil de servir os seus clientes. A evolução tecnológica constante para novos e melhores produtos
e o empenho e dedicação dos colaboradores, são aspectos que permanecem no seu código genético,
traduzindo-se no seu reconhecimento como empresa de qualidade, séria e de elevada competência téc-
nica, por parte dos seus parceiros.
Apesar de o mercado nacional constituir a vocação natural da Heliotextil, a empresa esteve sempre
directa ou indirectamente ligada à exportação, atendendo a que os seus clientes têm sido maioritaria-
mente empresas exportadoras.
A evolução de crescimento, tão desejada pela empresa, coloca como desafio futuro alargar a sua visibi-
lidade e reconhecimento nos mercados internacionais, designadamente por parte de clientes Europeus
cujas produções são executadas não só em Portugal, mas em diversos pontos do mundo.
Este grande desígnio de desenvolvimento internacional representa o que considero ser o maior desafio
futuro, traduzido na necessidade constante de evoluir para soluções inovadoras num mercado altamen-
te competitivo, que agreguem características de valor acrescentado, reconhecidas não só em produtos
mas também em serviços. Estes aspectos apenas se aprimoram com um contacto cada vez maior e mais
directo com o cliente final.
A “diferenciação positiva” será portanto a estratégia de futuro que permitirá potenciar uma escala de
negócio cada vez mais global, e consequentemente garantir o sucesso empresarial da Heliotextil.
A evolução do conhecimento, da tecnologia e da própria sociedade afecta de forma impressionante a
evolução da indústria, factos dos quais temos de querer fazer parte integrante, não podendo estar deles
alheados. Soluções inovadoras e competitivas são a janela de oportunidade a que teremos de estar bem
atentos: o que de melhor permite o conhecimento e a tecnologia, aliados a um cada vez maior conheci-
mento do mercado.
A velocidade a que se realizam e se apresentam as novidades, pretensamente presentes nos diferentes
ciclos de certames, posiciona-nos perante dois horizontes: um de curto e outro de médio e longo prazo,
que colocam igualmente desafios e opções.
Relativamente a estes dois horizontes, o de curto prazo, associado mais a fenómenos como a moda,
e o de médio e longo prazo, associado a processos de desenvolvimento que implicam mais conhecimen-
to e objetivos de eficiência operacional, é neste segundo horizonte que preferencialmente nos posi-
cionamos.
Fenómenos como a moda exigem estruturas de tal forma criativas (em estilismo, materiais, etc.) e reac-
tivas que, per si, constituem um modelo de negócio que, à escala da nossa empresa e pela sua complexi-
dade, representam sempre grandes dificuldades, para nos afirmarmos no mercado. Neste campo somos
mais seguidores que reagem às solicitações dos clientes, do que criadores de tendências.
Por outro lado, produtos de carácter industrial que exigem maior rigor técnico, controlo produtivo e
performance de produto ou de tecnologias complexas e diversas, correspondem à linha de oferta da
empresa. Nesta área, fala-se de produtos que têm de ser certificados de acordo com diferentes normas,
como um fator de exigência normal dos clientes.
136 H E L I O T E X T I L , E T I Q U E TA S E PA S S A M A N A R I A S , S . A .