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ALINE OLIVEIRA FARIA

Desafio – Aula 1 / “Sociologia do professor global”

Como docente a 14 anos, já pude vivenciar muitas situações nas quais


minha postura laica, segundo os preceitos da nossa constituição, se fez
necessária. Abaixo listarei algumas situações vivenciadas em sala de aula.

De acordo com a habilidade (EF05HI03) da BNCC para o 5ºano dos


Anos Iniciais, na disciplina da História, deve-se analisar o papel das culturas e
das religiões na composição identitária dos povos antigos, a fim de verificar
todo esse contexto na construção de identidade histórica das primeiras
civilizações. Mediante isto, o planejamento da aula deve ter como base não
apenas a transmissão de conhecimento, mas trazer consigo o respeito como
alicerce da aula, pois vivemos em uma sociedade qual desde pequenas, as
crianças são instruídas a defender e se posicionar mediante sua crença e
postura de fé, portanto se faz necessário o diálogo aberto, esclarecedor, de
forma saudável para compartilhar e ampliar o conhecimento de um aluno de
5ºano, pode-se propor até mesmo um debate a partir dos conhecimentos
prévios que cada um possui.

Em muitas situações já tive alunos cristãos, umbandistas, espíritas,


ateus, budistas e até mesmo de crenças indígenas como os primórdios iorubas;
por vezes me vi em situações delicadas perante a frases como, “minha mãe
disse que não existe outro Deus”, ou, “mas prô você acha isso certo?”. Minha
mediação baseia-se naquilo que é proposto dentro da lei, com todas as
instruções que dessa diversidade cultural religiosa é o que compõe a nossa
história, e na liberdade de escolha e postura de fé.

Outra situação em sala para agir de mesmo modo é aplicável dentro da


de Ciências, por meio da habilidade (EF04CI11) da BNCC para o 4ºano dos
Anos Iniciais, no qual visa que o aluno associe os movimentos cíclicos da Lua e
da Terra a períodos de tempo regulares e ao uso desse conhecimento para a
construção de calendários em diferentes culturas. Um assunto aparentemente
simples, contudo com ação mediadora e isenta de um posicionamento incisivo
do professor na transmissão do conteúdo; ao conhecerem os calendários
islâmicos, judeus, indígenas, chinês e o gregoriano, qual seguimos. Há um
processo a ser percorrido para que os pequenos possam compreender, sempre
tendo o respeito e diálogo aberto como alicerce da aula.

Como professora em todos os momentos que precisei ministrar tais


aulas, com os conteúdos em questão, os instrui a construírem seu senso
crítico, partindo do diálogo e respeito estabelecidos, pois assim junto ao seu
conhecimento prévio, se amplia a bagagem de conhecimento do aluno, sem
que te torne um tabu, ou visto como “errado”, que aluno aprenda e tenha
contato com postura de fé dentro de âmbito escolar, sem desvalorizar ou
desrespeitar a crença que ele já carrega por instrução familiar, mas sim na
compreensão que aquele ensino faz parte da construção cultural e histórica da
sociedade qual ele está inserido.

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