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O termo redes talvez seja o mais conhecido por pessoas que não são especialistas em
tecnologia. Isso porque vivemos em redes — por exemplo, nossa rede familiar, nossa rede de
amigos, nossa rede de trabalho, entre outras. Tudo ao nosso redor depende de redes e das
interações que ocorrem dentro delas. Podemos destacar, ainda, o fato de estarmos
normalmente conectados a redes sociais, conforme aponta Lima Filho (2015). Isso não é
diferente para dispositivos tecnológicos, como computadores, celular, TV, etc. Quando esses
dispositivos estão se comunicando ou estão conectados uns com os outros, estão operando
em redes. Mas, para que tudo isso funcione perfeitamente, existe a necessidade de uma
infraestrutura de dados e redes. A infraestrutura, para se tornar eficiente e, ao mesmo tempo,
segura, necessita de equipamentos, como firewall, controle de listas de acesso (ACL), entre
outros.
Existe uma grande variedade de redes de computadores, mas elas podem variar em
termos de finalidade e abrangência. Por exemplo, uma rede que abrange uma área de
cobertura regional ou nacional possui características diferentes de uma rede local interna.
Sendo assim, uma rede pode abranger um ou dois dispositivos em uma sala ou milhares
espalhados ao redor do mundo. Algumas das diferentes redes classificadas conforme tamanho
ou abrangência são:
rede de área pessoal, ou PAN; rede de área local, ou LAN; rede metropolitana, ou MAN; rede
de longa distância, ou WAN.
Alguns tipos de redes, no entanto, servem a um propósito muito particular. Algumas das
diferentes redes classificadas conforme o propósito são:
rede de área de armazenamento, ou SAN; rede privada corporativa, ou EPN; rede privada
virtual, ou VPN.
Largura de banda é a capacidade de uma rede. Ela é medida pela velocidade com que
os dados são transmitidos. A largura de banda depende do protocolo e de quanto do sinal está
disponível para o processamento.
Inúmeras são as facilidades ofertadas pela tecnologia para a vida das pessoas, porém,
muitos são os desafi os impostos pela informática à sociedade. Um destes é a questão da
conectividade, tão presente no nosso cotidiano e nas relações produtivas, mas que não chega
na mesma medida a toda população. A UNESCO realiza um movimento para difusão de
conhecimento e desenvolvimento aberto a todas as pessoas. De acordo com dados divulgados
pela ONU e pela UNESCO (ITU; UNESCO, 2016), somos cerca de 7,2 bilhões de habitantes no
mundo, sendo que, destes, cerca de 3,9 bilhões de pessoas não possuem acesso à Internet. Ou
seja, mais da metade da população mundial não está conectada. Segundo o relatório, no
Brasil, 59% dos brasileiros agora têm acesso à Internet. O Brasil é 24º lugar, do ranking
mundial, quando o assunto é assinatura de Internet, tendo em média 88 assinantes para cada
100 habitantes, incluindo as conexões fixa e móvel. Quando analisada a conexão fixa, aquelas
presentes nas casas e escritórios, existem apenas 12 assinaturas para cada 100 habitantes
(ITU; UNESCO, 2016). Em contrapartida, o Brasil é um dos maiores consumidores de redes
sociais e sites de relacionamento do mundo. Está em 16º lugar no ranking mundial de usuários
de redes sociais e, quando analisado o tempo dedicado às redes sociais, da população inscrita
nas redes, o Brasil é o 2º colocado em termos de tempo diário nas redes sociais, os brasileiros
passam, em média, 3 h. e 43 min. diárias nas redes sociais, ficando atrás apenas das Filipinas.
Importante salientar que, nas redes sociais e sites e relacionamento, as pessoas podem
assumir novas identidades, as chamadas identidades sociais digitais, que podem ser utilizadas
de forma positiva ou também negativa, dependendo da pessoa que está por trás de cada
identidade.
Para executar o seu papel, a informática usa como elementos o hardware (os
computadores e seus periféricos) e o software (os sistemas operacionais e programas). Os
antecessores dos modernos computadores eram máquinas que lidavam com números e
aritmética realizando cálculos. Com o advento da eletrônica digital, surgiu o computador
digital, usualmente denominado computador, que tem a possibilidade de manipular, além de
números e aritmética, também outros dados. Quaisquer dados, numéricos, alfanuméricos ou
símbolos, podem ser inseridos, captados, armazenados, tratados e retirados dos
computadores. Pode-se definir os computadores como processadores da informação. Para a
representação das grandezas, opera-se com o sistema decimal, ou de base 10, que utiliza 10
algarismos (0 a 9). O princípio básico de funcionamento de um computador utiliza o sistema
binário, em que as grandezas são representadas por uma combinação de apenas dois dígitos (0
e 1) e a informação é tratada por um conjunto de “ligado” (1) e “desligado” (0). A operação
utiliza o processo algébrico de lógica booleana, em que a informação é tratada por “not”,
“and” e “or”. Para que os cálculos, feitos por princípios tão simples e precisos, sejam efetuados
da maneira intencionada, é necessária a operação por meio de caminhos e alternativas
condicionadas às situações que se apresentam (fluxogramas). Esta é a tarefa de um programa
ou sistema de programas. O hardware é composto de elementos elétricos, eletromecânicos e
ópticos que podem ser agrupados em cinco categorias:
Entrada (input): é a unidade responsável pelo acesso da informação ao sistema. Esta pode ser
proveniente de dados recebidos de um teclado, uma caneta óptica, uma câmera de vídeo, uma
leitora de código de barras, sinais fisiológicos (ECG, EEG, pressão arterial, oxímetro de pulso),
fitas, discos magnéticos ou ópticos, cartões de memória, ou outros. Memória: é o local onde a
entrada, as instruções ou os resultados (intermediários ou finais) são armazenados. As
memórias podem ser de armazenamento volátil (temporária, enquanto permitida e ligada) ou
não-volátil (de armazenamento permanente, que poderá ser recarregada ou reciclada em uma
ocasião específica). Unidade aritmética e lógica: é o local onde todos os cálculos e operações
são realizados. Unidade de controle: é o setor que, sob o controle de uma série de instruções
(programa), governa o processamento das informações e as demais funções do computador.
Unidade de saída: devolve ao usuário os resultados desse processamento ou informa que tipo
de informações ou comandos são necessários para a continuidade de operação do
equipamento. Normalmente é feito por um monitor de vídeo e/ou impressora. Também pode-
se armazenar essa saída de dados em outros meios, como os magnéticos, ópticos ou magneto-
ópticos ou transmiti-la para outros computadores e periféricos.
Redes de computadores
Os computadores pessoais são unidades isoladas, cada uma com a sua própria
informação. O crescimento do número de computadores gerou a necessidade da interligação
entre eles, para que a troca de informações aumentasse as suas aplicações. Atualmente, a
tendência ao uso de computadores interligados é uma realidade e necessidade. Dentre os
métodos mais utilizados, pode-se citar a formação de redes internas, que possibilitam a
conexão entre dois ou mais computadores, facilitando o uso dos dispositivos e acessórios
presentes nessa rede, mesmo que fisicamente em outros locais. Assim, torna-se possível a
existência de vários computadores atendendo a vários usuários, compartilhando as
informações existentes em todos os elementos da rede, sem a necessidade de expansão do
número de periféricos como impressoras, scanners, CD-ROM, DVD-ROM ou outros (Figura
5.10). Quando dentro de uma mesma edificação, a rede costuma receber o nome de Local
Area Network (LAN). Uma rede mais extensa pode receber o nome de Wide Area Network
(WAN) e passa a ser uma rede de redes, ou seja, mais de uma rede conectada entre si.
A ligação de computadores a uma rede, e de redes entre si, pode ser feita por formas
que variam desde a comunicação por meio de cabos e sistemas de telefonia até a utilização de
equipamentos sem fio e satélites. O processo de transferência de um arquivo do computador
remoto para o computador do usuário denomina-se download (baixar um arquivo) e o inverso,
upload (enviar um arquivo). Por necessidade de operação e segurança, o acesso de
computadores às redes deve ser determinado por um administrador que programa quem vai
ter acesso a qual conteúdo. Para facilitar o processo de transmissão da informação,
principalmente diminuindo o tempo necessário à transferência, os arquivos podem ser
comprimidos, transmitidos, recebidos e novamente expandidos no computador do usuário,
utilizando programas específicos. Os compressores/expansores mais utilizados têm a
terminação “arj” ou “zip”. Esses arquivos necessitam de programas (utilitários) para a
descompactação e armazenamento em seu novo destino. Também existem os programas com
terminação “exe”, denominados executáveis, que, por ocasião da abertura, sofrem o processo
de expansão e desmembramento, gerando os arquivos e programas necessários para a
operação. Um bom projeto de redes de computadores envolve a possibilidade de interconexão
entre diferentes tipos de computadores e entre sistemas operacionais diferentes, por
exemplo, computadores com sistema operacional Windows® com computadores Mac (Apple
Computer, Inc®), palmtops e handhels e outros (grandes computadores dos sistemas
hospitalares e universitários – mainframes). O uso de “redes sem fio” (wireless) permite a
conexão entre computadores, telefones e outros dispositivos por meio de ondas de rádio (2,4
GHz de freqüência) e equipamentos com sensores de infravermelho, possibilitando a
mobilidade dos usuários e seus computadores dentro de limites estabelecidos, com a troca de
informações sem a conexão física (por fios). É possível o deslocamento do anestesiologista do
centro cirúrgico para qualquer de pendência do hospital, com o seu notebook ou um palmtop
(computador de mão), com a manutenção de acesso às informações como se estivesse
fisicamente conectado por fios. Os limites permitidos vão desde dependências dentro de uma
sala ou edifício até quilômetros de distância, entre edifícios diferentes. Existem diferentes
padrões de redes sem fio, sendo necessária a compatibilidade entre os equipamentos e os
diferentes padrões em desenvolvimento. A adição de pequenas placas ou cartões em
notebooks e palmtops permite a conexão desses computadores móveis com os computadores
da rede para o acesso a dados e à internet. A indústria da informática tem se empenhado no
desenvolvimento da interconexão entre os equipamentos modernos de computação e
telecomunicação. Os futuros monitores serão interligados ao computador central e aos
periféricos por conexões sem fio, permitindo ao anestesiologista o acompanhamento, mesmo
que à distância, dos dados e sinais monitorados (telemetria) dos pacientes.