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CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.

)
Prof. Carlos Alexandre Costa Crusciol
Sites:

www.udop.com.br

www.unica.com.br

www.iac-centrodecana.sp.gov

www.embrapa.br
1. ORIGEM

Sudeste da Ásia e Índia Ocidental


 Ilhas do Arquipélago da Polinésia
Expansão (8000 a.C): Nova Guiné

- Ilhas Fiji e Taiti (Leste)


- Malásia e Índia (Oeste)
- Filipinas e China (Noroeste)
 Árabes:
- região do Mediterrâneo
Portugueses e Espanhóis:
- Ilha de Cabo Verde
- Ilhas Canárias
- Ilha da Madeira
- Ilha de São Tomé
- África Ocidental
 América (1493): 2ª expedição de
Cristóvão Colombo.
- Região das Antilhas (Santo
Domingo)
- Cuba
- México
- Peru
• Durante 100 anos (1480 a 1580):
atividades políticas e econômicas

portugueses e
espanhóis
Brasil (1502): Martin Afonso de
Souza
- provenientes da Ilha da Madeira

-1532  1° engenho de cana-de-


açúcar no Brasil

Capitania de São Vicente

“Engenho do Senhor Governador”


“São Jorge de Erasmo”
- 1538  BA - 1622  MA
- 1575  AL - 1730  MT
- 1579  PB - 1878  AC
- 1615  Planalto Paulista
(Itu)

FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004).


FATOS IMPORTANTES:

1933: Getúlio Vargas  Instituto do


Açúcar e do Álcool (IAA)
- administração da produção
- preço fixo/ton. de cana
- volume X para exportação
 1975: Proálcool
- reduzir a dependência de energia
-amenizar os problemas da
balança comercial
- aumentar a renda interna, etc.

 1985:  venda de automóveis a


álcool
 Década de 90: crise e extinção do
Proálcool e do IAA

 1993: Lei n° 8.732


- mistura de álcool anidro como
aditivo da gasolina
- faixa de 20 a 25%

 2003: Projeto Genoma da Cana-de-


Açúcar
FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004).
 Brasil: principal país produtor de
cana-de-açúcar
CANA-DE-AÇÚCAR

açúcar álcool

alimentação Aguardente

animal Caldo de cana


COMPONENTES QUÍMICOS E
TECNOLÓGICOS DA CANA-DE-AÇÚCAR

Celulose
Hemicelulose
Fibra
Lignina
(9-16%) Pentosanas
100% Colmo
Caldo Água (75-82%)
(84-91% Sólidos Solúveis
(5-18%)
FONTE: STUPIELLO (1987).
PRODUTOS E SUBPRODUTOS
 Álcool e Açúcar (Aguardente,
caldo de cana e forragem)
 Palhiço (fonte E)
 Bagaço (fonte E)
 Torta de filtro – 20 a 40 kg/ton.
cana
 Melaço – 40 a 60 kg/ton. de cana
 Levedura – 2,5 kg/100 L de álcool
 Vinhaça – 12 a 13 L/L de álcool
*** Observações:
1 ha de cana-de-açúcar = 60 barris de
petróleo.
AGRIANUAL 2013

Cana-de-açúcar – PRODUÇÃO BRASILEIRA (*)


toneladas
Regiões 2010/11 2011/12 2012/13**

NORTE 1.278.400 2.529.300 3.116.800

NORDESTE 62.079.600 62.896.700 62.978.100

SUDESTE 423.799.500 362.089.900 382.386.400

SUL 43.403.100 40.614.600 41.024.000

C. OESTE 93.344.700 92.233.600 107.124.500

BRASIL 623.905.300 560.364.100 596.629.800

* Os dados referem a produção de cana destinada às usinas de açúcar e álcool.


** Previsão em Agosto/2012.
Fonte: Ministério da Agricultura – Depto. do Açúcar e do Álcool até 2006/07 após CONAB.
AGRIANUAL 2013

Cana-de-açúcar - PRODUÇÕES MUNDIAIS


Países 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Produção (Mil ton) 1.321.501 1.422.110 1.620.593 1.734.088 1.668.021 1.685.445

Brasil 422.957 477.411 549.707 645.300 672.157 719.157

Índia 237.088 281.172 355.520 348.188 285.029 277.750

China 87.578 93.306 113.732 124.918 116.251 111.454

Tailândia 49.586 47.658 64.366 73.502 66.816 68.808

México 51.646 50.676 52.089 51.107 49.493 50.422

Paquistão 47.244 44.666 54.742 63.920 50.045 49.373

Filipinas 31.400 31.550 32.000 34.000 32.500 34.000

Austrália 37.822 37.128 36.397 32.621 30.284 31.457

Argentina 24.400 26.450 29.950 30.000 29.000 29.000

Indonésia 29.300 29.200 25.300 26.000 26.500 26.500

Outros 302.480 302.893 306.791 304.533 309.945 287.524

Fonte: FAO
AGRIANUAL 2013

Cana-de-açúcar - ÁREAS MUNDIAIS


Países 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Área Colhida (Mil ton) 19.862.408 20.731.821 22.821.659 24.174.675 23.735.892 23.815.177

Brasil 5.805.520 6.355.500 7.08.920 8.140.090 8.420.000 9.080.770

Índia 3.661.500 4.201.100 5.150.000 5.055.200 1.707.582 4.200.000

China 1.365.777 1.388.980 1.596.643 1.754.020 932.465 1.695.228

Tailândia 1.035.230 942.396 986.220 1.029.260 1.029.400 977.956

Paquistão 966.400 907.300 1.029.000 1.241.300 710.565 942.800

México 669.781 679.936 690.441 669.231 434.700 703.943

Cuba 517.200 397.100 329.500 380.300 420.000 431.400

Indonésia 382.083 396.441 404.653 415.578 420.000 420.000

Austrália 433.953 415.000 408.624 380.543 391.291 405.000

Filipinas 368.944 392.280 382.956 397.991 404.00 362.834

Outros 4.656.020 4.655.788 4.762.702 4.711.162 4.762.449 4.595.246

Fonte: FAO
AGRIANUAL 2013

Cana-de-açúcar – EXPORTAÇÕES MUNDIAIS toneladas

Países 2008 2009 2010 2011

Exportações 23.203.581 25.290.696 28.073.509 27.921.524

Brasil 13.624.578 17.925.543 20.938.704 20.152.914

Tailândia 2.977.767 2.348.116 2.074.999 4.122.135

Guatemala 1.297.406 1.591.296 1.742.078 1.288.211

Filipinas 211.417 247.406 73.698 580.915

El Salvador 269.945 270.363 314.397 276.118

México 366.214 344.281 229.757 274.384

Nicaragua 129.346 102.303 209.073 186.137

França 101.062 104.345 181.933 146.457

África do Sul 462.278 631.373 204.213 128.769

Colômbia 102.990,0 265.329,0 172.003 113.362

Outros 3.660.578 1.460.341 1.932.384 652.122

Fonte: GTIS
AGRIANUAL 2013

Cana-de-açúcar – IMPORTAÇÕES MUNDIAIS toneladas

Países 2008 2009 2010 2011

Importações 19.080.747 21.396.795 24.005.080 24.551.053

China 530.176 916.738 1.564.794 2.564.423

Indonésia 380.225 1.276.443 1.191.481 2.305.032

Estados Unidos 1.697.677,0 1.765.160,0 2.022.574 2.174.009

Rússia 2.417.610 1.251.564 2.072.601 2.091.630

Malásia 1.452.023 1.561.143 1.702.283 1.777.745

Coréia do Sul 1.614.808 1.645.741 1.635.640 1.627.091

Algeria 774.808 811.724 1.002.410 1.346.695

Japão 1.396.218 1.293.681 1.101.820 1.309.765

Canadá 1.282.142 1.019.105 1.109.961 1.128.659

Irã 0 970.263 1.804.613 988.433

Outros 7.535.060 8.885.233 8.796.903 7.237.571

Fonte: GTIS
Foreign Agricultural Service
May 2013

O pequeno intervalo entre a produção global de açúcar e o consumo

Produção global de açúcar em 2013/14 é estimada em 175 milhões toneladas, quase um recorde, com o
crescimento no Brasil e na Tailândia que vem compensando a acentuada baixa produção na Índia. Os preços
internacionais do açúcar bruto estão em níveis não vistos em quase três anos, com preços menos de metade
do mais alto, visto em fevereiro de 2011. Os preços baixos são esperados para estimular o consumo mundial
e comércio, com previsão de exportações de 4% superior aos 59 milhões de toneladas.
Foreign Agricultural Service
May 2013
Açúcar Mundial Foreign Agricultural Service
May 2013

PRODUÇÃO toneladas, valores brutos


Maio
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
2013/14
Brasil 31.850 36.400 38.350 36.150 38.600 40.400
Índia 15.950 20.637 26.574 28.620 27.430 25.320
UE-27 14.014 16.687 16.699 18.110 15.623 15.940
China 13.317 11.429 11.199 12.341 13.977 14.005
Tailândia 7.200 6.930 9.663 10.235 9.900 10.500
Estados Unidos 6.833 7.224 7.104 7.700 8.179 7.787
Mexico 5.260 5.115 5.495 5.351 6.588 6.240
Russia 3.481 3.444 2.996 5.545 5.000 4.900
Austrália 4.814 4.700 3.700 3.733 4.247 4.540
Paquistão 3.512 3.420 3.920 4.520 4.670 4.540
Guatemala 2.381 2.340 2.048 2.499 2.600 2.600
Filipinas 2.150 1.800 2.520 2.400 2.450 2.500
Colombia 2.277 2.294 2.280 2.270 2.210 2.400
Argentina 2.420 2.230 2.030 2.150 2.300 2.350
Turquia 2.1 2.530 2.274 2.262 2.128 2.200
África do Sul 2.350 2.265 1.985 1.897 2.020 2.175
Indonésia 2.053 1.910 1.770 1.830 1.970 2.080
Egito 1.612 1.820 1.830 1.980 2.000 2.020
Ucrania 1.71 1.382 1.540 2.300 2.100 1.700
Cuba 1.340 1.250 1.150 1.400 1.600 1.600
Outros 17.390 17.596 17.796 18.685 18.876 19.011
Total 144.014 153.403 161.923 171.978 174.468 174.853
Foreign Agricultural Service
May 2013

CONSUMO HUMANO DOMINANTE toneladas, valores brutos


Maio
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
2013/14
Índia 23.500 22.500 23.000 24.500 25.500 26.000
UE-27 16.760 17.400 17.800 18.000 18.100 18.100
China 14.500 14.300 14.000 14.200 15.400 16.604
Brasil 11.650 11.800 12.000 11.500 11.200 11.260
Estados Unidos 9.473 9.861 10.171 10.042 10.342 10.487
Russia 5.500 5.700 5.523 5.700 5.500 5.700
Indonésia 4.500 4.700 5.000 5.050 5.130 5.200
México 5.293 4.615 4.142 4.288 4.452 4.516
Paquistão 4.175 4.100 4.250 4.300 4.400 4.500
Egito 2.748 2.629 2.800 2.850 2.840 2.820
Outros 55.389 55.842 55.549 58.304 60.739 62.160
Total 153.488 153.447 154.235 158.734 163.603 167.347
Foreign Agricultural Service
Importações toneladas, valores brutos
May 2013

Maio
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
2013/14
UE-27 3.180 2.561 3.755 3.410 3.800 3.800
Indonésia 2.197 3.200 3.082 3.027 3.565 3.700
Estados Unidos 2.796 3.010 3.391 3.294 2.633 3.119
Emirados Árabes 1.490 2.100 1.969 2.154 2.580 2.700
China 1.077 1.535 2.143 4.430 2.800 2.600
Argeria 1.159 1.260 1.193 1.594 1.942 2.000
Malasia 1.504 1.527 1.813 1.720 1.850 1.900
Coreia 1.687 1.617 1.688 1.668 1.780 1.820
Irã 973 1.643 1.292 1.079 1.703 1.806
Nigéria 1.250 1.400 1.399 1.450 1.500 1.600
Bangladesh 1.315 1.361 1.537 1.700 1.528 1.150
Índia 1.358 2.431 405 188 1.300 1.500
Arábia Saudita 1.432 989 986 1.486 1.432 1.450
Japão 1.279 1.199 1.331 1.230 1.162 1.215
Egito 1.382 978 1.120 1.480 1.050 1.200
Canadá 1.255 1.114 1.135 1.103 1.167 1.195
Marrocos 990 762 891 936 1.005 1.050
Iraque 382 315 435 918 1.020 1.035
Russia 2.150 2.223 2.510 510 700 1.030
Venezuela 579 800 850 800 850 850
Outros 13.661 16.109 16.023 14.725 14.559 15.186
Total 41.927 46.857 47.769 48.477 49.496 52.305
Foreign Agricultural Service
May 2013

Exportações toneladas, valores brutos


Maio
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
2013/14
Brasil 21.550 24.300 25.800 24.650 27.650 29.300
Tailândia 5.295 4.930 6.642 7.898 8.000 8.500
Austrália 3.522 3.600 2.750 2.800 3.100 3.400
Guatemala 1.654 1.815 1.544 1.162 1.640 1.655
México 1.378 751 1.557 985 1.715 1.610
UE-27 1.332 2.647 1.113 2.348 1.500 1.500
Colômbia 585 870 830 876 820 880
Cuba 727 538 577 815 840 850
Emirados Árabes 874 673 1.228 935 665 750
Índia 224 225 9.007 9.288 5500 600
Outros 8.634 8.557 9.007 9.288 10.456 10.146
Total 45.775 49.906 54.951 55.971 56.936 59.191
PRODUTOS DA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
COMPARATIVOS DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO
SAFRAS 2012/13 e 2013/14

ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em Kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO
Safra Safra VAR.% Safra Safra VAR.% Safra Safra VAR.%
2012/13 2013/14 2012/13 2013/14 2012/13 2013/14
NORTE 41.990 51.000 21.50 70.432 72.551 3.01 2.957,4 3.700,1 25.10

NORDESTE 1.083,220 1.060,660 (2.10) 48.903 51.119 4.50 52.972,2 54.219,7 2.40

CENTRO- 1.504,110 1.667,170 10.80 70.474 72.523 2.91 106.001,3 120.907,5 14.10
OESTE
SUDESTE 5.243,290 5.398,490 3.00 73.852 79.337 7.40 387.228,3 428.298,5 10.60

SUL 612.390 621.830 1.50 64.920 72.190 11.20 39.756,4 44.890,1 12.90

NORTE/NORDESTE 1.125,210 1.111,660 (1.20) 49.706 52.102 4.80 55.929,7 57.919,8 3.60

CENTRO-SUL 7.359,790 7.687,490 4.50 72.419 77.281 6.70 532.968,0 594.096,1 11.50

BRASIL 8.485.000 8.799,150 3.70 69.407 74.100 6.80 588.915,7 652.015,9 10.70

FONTE: CONAB – 2º Levantamento: agosto de 2013.


PRODUTOS DA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E DESTINAÇÃO
Safra 2013/14

Em 1.000 toneladas

INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
REGIÃO
TOTAL AÇÚCAR ETANOL
NORTE 3.700,1 498.8 3.201,3
NORDESTE 54.219,7 33.034,5 21.185,2
CENTRO-OESTE 120.907,5 33.905,1 87.002,4
SUDESTE 428.298,5 218.120,8 210.177,7
SUL 44.890,1 26.654,3 18.235,8
NORTE/NORDESTE 57.919,8 33.533,3 24.386,5
CENTRO-SUL 594.096,1 278.680,1 315.416,0
BRASIL 652.015,9 312.213,5 339.802,4

FONTE: CONAB – 2º Levantamento: agosto de 2013.


Fonte: Klein, 2010
Fonte: Klein, 2010
Fonte: Klein, 2010
2. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

Divisão: Embryophyta siphogama


 Subdivisão: Angiospermae
 Classe: Monocotyledoneae
 Ordem: Glumiflorae
 Família: Gramineae
 Tribo: Andropogoneae
 Subtribo: Sacchareae
 Gênero: Saccharum
 Espécies: Saccharum barberi J.
S. edule H.
S. officinarum L .
S. robustum J.
S. sinensis (Roxb) J.
S. spontaneum L.
Em nível comercial  Saccharum spp.
3. DESCRIÇÃO DA PLANTA

 Raízes
- sistema fasciculado
- profundidade: 4,0 m
- >>> concentrações: 50 cm
Algumas formas de nódios.
Nó – cicatriz foliar, primórdios radiculares e
gema.

primórdios radiculares: nutrindo o rebendo por


aproximadamente 30 dias, período de formação do
seu sistema radicular, vindo depois a morrer.
Fig. 1. Aparecimento das raízes da cana-de-açúcar.
Foto: Raffaella Rossetto.
- 3 tipos de raízes:
a – sustentação ou fixação (primeiras raízes)
b – superficiais – função de absorção
c – cordões (podem chegar a garndes
profundidades – 4,0 m)

OBS.: quanto maior a profundidade do sistema


radicular e volume de raiz - maior volume de
solo explorado e resistência a seca – maior
longevidade do canavial

Cana planta X cana soca – cana soca possui


maior volume de raízes (mais pontos de
emissão), mas mais superficial e menos
vigorosas.
- Importante: a cada corte/colheita (ciclo), um
novo sistema radicular é formado (renovação), e
cada vez é mais superficial.

- há variação na proporção entre raízes vivas e


mortas durante o ano (perído de colheita – mais
raízes mortas).

- Fatores que influenciam no desenvolvimento


radicular:
- variedade
- umidade do solo (cuidado com época de plantio da
cana – relação parte aérea/volume de raíz)
- porosidade
- densidade do solo
- nutrientes
Fonte:
Beauclair/
ESALQ
 Rizomas

- nódios
- internódios
- gemas

Gemas  perfilhos – touceiras


• Rizomas  brotação (cana-planta)
rebrota (cana-soca)
Rizomas de cana-de-açúcar.
 Colmo
- parte acima do solo
- sustentação de folhas e panícula
- nódios e internódios
-porte:
*ereto
*semi-ereto
*decumbente
- entouceiramento:
*fraco
*médio
*forte
- capitel:
*ralo
* médio
*fechado
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Detalhe
Detalhe dodo capitel.
capitel.
 Nódio (nó ou região nodal)
- descrição de variedades
- constituição: gema, anel de
crescimento, cicatriz foliar e a zona
radicular
 Internódio (entrenó)
- situada entre dois nódios
- forma: cilíndrica, carretel,
conoidal, obconoidal, tumescente ou
em barril
- Ø: fino (< 2 cm), médio (2 a 3
cm), grosso (> 3 cm)
- polpa: branca, verde creme ou
castanha
- casca: amarelo ao vermelho
Algumas formas de nódios.
Tipos de internódios
FONTE: ADAPATADA DE ARTSCHWAGER (1954).
 Folhas
- ligadas ao colmo
- duas fileiras alternadas
- lâmina foliar, bainha e colar
(identificação botânica)
Fonte:
Beauclair/
ESALQ
Fonte: Beauclair/ESALQ
 Inflorescência
- gema apical do colmo  gema
floral  panícula
- panícula aberta (flor, bandeira ou
flecha)
- eixo principal (raque) 
ramificações 2ªs e 3as
- ramificações  espiguetas (flor)
 Flor
- hermafrodita

 Fruto
- cariopse (maioria das gramíneas)
- dimensões: 1,5 x 0,5 mm
Fonte: Beauclair/ESALQ
 Pêlos

- identificação das variedades


- agrupados nas costas da bainha
e no colar

FONTE: CESNIK & MIOCQUE (2004).


Inflorescência da cana-de-açúcar.
Pêlos encontrados nas folhas.
3. ECOFISIOLOGIA:
Cana-de-açúcar:
 Cultivada latitudade 35ºN a 30ºS

 Altitude desde o nível do mar até 1000 m

 Crescimento regulado por um complexo conjunto de


fatores internos e externos

3.1. GERMINAÇÃO DE SEMENTES: Melhoramento


 TºC < 20ºC (germinação lenta)
 Aumento progressivo até um ótimo de 30ºC
 Luz (germinação no escuro)
 Água – embebição da semente (processos de respiração e
translocação  enzimático
3.2. BROTAÇÃO DOS TOLETES
Propagação vegetativa – toletes nós e entrenós) – colmos com
dominância apical da gema do ápice sobre as gemas laterais (balanço
de reguladores vegetais – aunxinas/citocininas

3.2.1. FATORES QUE INFLUEM NA BROTAÇÃO


A) TEMPERATURA
 Diferenças com relação às variedades
 Tº ≤ 10ºC – gemas não brotam e sofrem injúrias
 Brotação e n.º de colmos industrializáveis/toceiras – ótimo
em TºC entre 30 e 33ºC (27 – 32ºC)
 Tº ≤ 21ºC – brotação muito lenta
B) TEOR DE ÁGUA E AERAÇÃO DO SOLO

 Estresse hídrico – falta ou excesso – prejudica

- ▼aeração ▲ respiração

 Melhor – 0 atm

C) VARIEDADE

 Gama de variedades (híbridos ou clones) – comportamento diferencial na

brotação.

 Brotação de toletes e da soca – diferencial – variedades com boa

brotação de toletes nem sempre tem boa brotação de soca e vice-versa.


D) PRESENÇA DA BAINHA - PALHA:
 Obstáculo mecânico do contato gema/solo (água) bem como
isolante à condutividade térmica do solo para a gema.
 Retirada da palha (variedades com palha acarrada) – processo
oneroso e moroso
* solução - ▲ população de gemas / m de sulco.
E) OUTROS FATORES
 N.º de gemas e idade do tolete – mudas novas (até 10 meses) não há

necessidade de “picar” porém se a muda for + velha tal processo melhora a

brotação pela quebra da dominância apical  usual é a utilização de 15 gemas

ou + por metro de sulco (“pé com ponta”).

 Usual: utilizar toletes oriundos de colmos em bom estado nutricional

 Intervalo entre o corte da muda e distribuição no sulco – armazenamento –

perda de peso dos colmos.

 Maiores prejuízos no armazenamento – gemas do meio e da base.

 Toletes menores – plantio mais rápido.

 Toletes maiores – plantio + tardio (até uma semana).

 No sulco de plantio – cobertura com terra o + rápido possível.


3.3. SISTEMA RADICULAR

 Trabalho difícil e criterioso: mobilização do solo e separação das


raízes.

 Técnicas agronômicas: sistema de preparo do solo, espaçamento,

aplicação de fertilizantes e corretivos, cultivo, drenagem, irrigação,

controle de erosão, culturas intercaladas e outros.


3.3.1. CANA – PLANTA
 Logo após o plantio:
- primeiras raízes de fixação, originadas dos primórdios radiculares
situados na zona radicular do tolete.
- 30 dias de sustentação às custas das reservas de nutrientes contidas no
tolete + suprimento de água e nutrientes absorvidos.
 Após 30 dias:
- desenvolvimento das raízes dos perfilhos primários, secundários e assim
sucessivamente.
- cana-planta passa a depender exclusivamente das raízes dos perfilhos.
- dependendo do tipo de solo: 3 tipos de raízes podem ser diferenciadas
com variação do crescimento em profundidade.
- raízes superficiais absorventes
- raízes de fixação e absorventes
- raízes de cordões
3.3.2. SOCAS
 Corte dos colmos:
- brotação das socas e formação de um novo sistema radicular

 Algumas raízes vivas no período após o corte:


- são importantes para a “alimentação” do rebento na fase incial,
até que produza seu próprio sistema radicular.

 As raízes da cana soca são + superficiais (ciclo da planta + curto).


- Varia com o solo, tráfego de máquinas e brotação mais próxima
a superfície do solo.

 Sistema radicular da cana soca;


- depende do tipo de solo, variedade, espaçamento e manejo que
será dado a cultura e ao solo
3.3.3. DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA NO SOLO
 85% do sistema radicular ativo até 60 cm de profundidade:
- manejo de irrigação, calagem e adubação e métodos culturais.

 Distribuição do sistema radicular


- variável com o tipo de solo, variedade e época de amostragem.

3.3.4. FATORES QUE INFLUEM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA


RADICULAR
A) VARIEDADE
 O volume do sistema radicular não reflete em alta produtividade e
qualidade industrial – isso depende da somatória de muitas características.
 Variedades com sistema radicular vigoroso terão:
- maior capacidade de adaptação em condições de solo de baixo nível
de água ou baixa fertilidade
- maior tolerância à incidência de pragas e doenças no solo.
B) TEOR DE ÁGUA NO SOLO
 Solo + seco: aprofundamento do sistema radicular
 Textura do solo: permeabilidade e retenção de água

* IMPORTANTE: época de plantio (cana de ano e cana de ano e ½)

C) POROSIDADE DO SOLO
 Drenagem: oxigênio para as raízes (valores superiores a 10%)

D) DENSIDADE DO SOLO
 Adensamento e compactação: ▼ desenvolvimento do sistema
radicular (textura do solo x capacidade de retenção de água x resistência a
penetração x variedade).
E) NUTRIENTES
 Ca e P - mais importantes:
- melhor desenvolvimento do sistema radicular.

 Al3+ - encurtamento e engrossamento das raízes com menor


ramificação e menor volume de solo explorado.
- tolerância varia com a variedade
S. officinarum + tolerante
S. spontaneum + sensíveis

3.3. PERFILHAMENTO
 Gramíneas: brotação das gemas - rebentos - novos rebentos (perfilhos)
 Perfilhamento: subterrâneo, variável - tipo de solo, manejo e variedade
 Perfilhos: gemas dos toletes – maternas ou primárias – secundárias …
 Perfilhamento: touceira – densa, média e frouxa.
3.3.1. FATORES QUE INFLUEM NO PERFILHAMENTO

A) VARIEDADE
Saccharum officinarum L. – baixo perfilhamento
Saccharum spontaneum L. – alto perfilhamento

B) LUMINOSIDADE E TEMPERATURA
 Intensidade x duração: brotação proporcional a intensidade de luz

 Luminosidade e fotoperíodo: alteram o perfilhamento – atuam na


produção de auxinas.

 Dominância apical: síntese de auxina no ápice do colmo, que por sua


vez promove a biossíntese de enzimas específicas que atuam na degradação de
polissacarídeos específicos de parede celular na haste, produzindo
oligossacarídeos que são inibidores das gemas laterais. Quebrada a domiância
apical – perfilhamento.

 Dias Curtos – perfilhamento diminuido ou cessado dependendo do grau


de manifiestação de luminosidade.

 TºC ótima para perfilhamento – 30ºC.


C) NUTRIENTES E TEOR DE ÁGUA NO SOLO
 N e P – fluxo de massa e difusão, altamente dependente de água no
contato ion/raiz.

 Conteúdo de água no solo: comportamento semelhante ao crescimento


radicular e perfilhamento.

D) ESPAÇAMENTO
 Quantidade de gemas por m linear: consenso de 15 p/ > produção
 Espaçamento: compensação - ▲n.º de colmos ▼ peso e vice-versa

E) ACAMAMENTO
 Ventos: acamamento – quebra da dominância apical
- maior perfilhamento
 Grau de acamamento: brotos próximos à base do colmo que por serem
tardios - ▼teor de sacarose e menor valor da matéria prima final.
3.4. CRESCIMENTO DAS PARTES AÉREAS
 Cana-de-açúcar: alta eficiência na conversão de energia radiante em
energia química com taxas fotossintéticas calculadas em até 100 mg CO2 dm-2 de
área foliar/hora.

 Alta eficiência fotossintética: não correlaciona-se diretamente com a


elevada produção de biomassa.

 Mais importante: IAF x ciclo de crescimento – elavadas produções


acumuladas de matéria seca.

 Taxa fotossintética: varia com a idade das folhas – folhas recém


expandidas atingem valores característicos de plantas C4 e folhas + velhas e
muito jovens realizam fotossíntese em taxas semelhantes às plantas C3.
3.4.1. CICLO, ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DOS COLMOS E FOLHAS E IAF

 Cana-de-ano (12 meses):


- plantada set/out/novembro: máximo desenvolvimento de nov-dez/abr
diminui do após este mês devido ao clima. Colheita à partir de agosto/setembro
(dependendo da variedade)

 Cana-de-ano e meio (18 meses):


- plantada em a partir de final de janeiro até final de abril: crescimento
restrito, nulo ou mesmo negativo - clima maio/setembro. Maior crescimento:
out/abril, com pico máximo de nov/abril. Pode ser colhida a partir de maio.

 Cana-de-inverno (12 meses)


- plantada em a partir nos meses de junho, julho e agosto (período seco):
na maioria da vezes necessita de irrigação. Maior crescimento de outubro a maio,
com pico máximo de nov/abril. Pode ser colhida a partir de final de junho.
3.4.1. CICLO, ACÚMULO DE MATÉRIA SECA DOS COLMOS E FOLHAS E IAF

 INDICE DE AREA FOLIAR - IAF


- máximo valor é alcançado em plantas com 6 meses de idade –
paralelamente o n.º máximo de colmos é obtido aos 5 meses de idade.
- ▲IAF - ▲produção de sacarose (desde que não haja sombreamento
foliar).
- No máximo desenvolvimento: IAF é 7x > da área de solo ocupada.
- IAF = 4 - intercepta 95% da radiação foliar. O IAF varia de 2 a 8
- depende da variedade, local e espaçamento
3.4.2. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO DAS PARTES
AÉREAS

A) VARIEDADE
 Maturação: ciclo precoce, médio e tardio.
 Diferente: ciclo vegetativo para a produção de biomassa – no início da
safra, variedade precoce com relação à maturação, pode produzir menos
biomassa / área que uma variedade tardia.

B) LUMINOSIDADE
 C4 – alta taxa de saturação luminosa: fotossíntese varia com a
variedade.
 Intensidade luminosa deficiente: colmos longos, finos, folhas menores e
mais delgadas - ▼produção de MS.
 Regiões tropicais e subtropicais: crescimento vigoroso, verão (DL).
 Comprimento do colmo: aumenta com o comprimento do dia.
(10-14 h luz) e reduzido em 16 e 18 h luz
C) TEMPERATURA
 Comprimento, diâmetro e n.º de entrenós aumentam com
temperaturas > 20ºC, sendo que a 25ºC como média mensal
 T ≥ 38ºC - ▼fotossíntese e ▲ respiração (consumo de sacarose)
 Frio não muito intenso
 Folhas com “mancha – de – frio”
 Ocorre em todo o talhão sempre na mesma altura e em todas as
touceiras, assim como “mancha – de – calor”

D) GEADAS
•Região centro – sul
a) BRANCA
 Orvalho congelado, resultante da sublimação do vapor d’ água próximo
a superfície, quando o ponto de orvalho (TºC na qual umidade relativa atinge
100%) está abaixo de 0ºC
B) NEGRA
 UR ar e a TºC cair abaixo de 0ºC (acima do ponto de orvalho), ocorre
aparecimento de tecido vegetal escuro

* Áreas declivosas, vales


 Efeitos da geada são mais prejudiciais na ausência de ventos, maior
esfriamento de solos, menor radiação solar e ar frio mais denso que se acumula.

* Parte superior da planta


 Mais susceptível
 Mais longe do solo (absorve menos calor)
*Danos causados dependem
 Valor das TºC baixas
 Duração da TºC + baixa
 TºC após a geada
E) CONDIÇÕES HÍDRICAS: KOPFLER (1989)
A)- Apta
 Condições térmicas e hídricas satisfatórias para cana – de - açúcar
 Tº média anual >20ºC e deficiência hídrica anual inferior a 200mm
B) Marginal por restrição térmica
 Temperatura entre 16 a 20ºC, Tº mês de julho acima de 14ºC e
defiência hídrica abaixo de 200mm
C) Marginal por restrições hídricas
 Justificando irrigações suplementares: temperatura ≥ 18ºC e DH entre
200 a 400 mm
D) Marginal e inapta por falta de estação de repouso por frio ou por seca
 Temperatura > 24ºC e DH anual nula
E) Inapta por insuficiência hídrica
 DH anual > 400mm
F) Inapta por carência térmica ou geadas excessivas
 T < 18ºC e Tº média de julho inferior a 14ºC
* Necessidade de água
 Depende da planta (idade e AF)
 Variação de genótipos x cultivo

*Scardua (1969)
 Consumo de água:
* Cana planta * Cana soca

 máximo = 4,5mm/dia •4,4mm/dia

 minimo = 2,3mm/dia •2,2mm/dia

 médio = 3,3mm/dia •3,2mm/dia


3.5. INFLORESCÊNCIA:
*Panícula ou flecha ou bandeira
 Tamanho, cor e floração dependente da variedade
*Origem
 Gema apical (raquis é o prolongamento do último entrenó do ápice)
Eixos secundários  terciários: diminuindo as ramificações de baixo
pra cima (aspecto piramidal)
*Ramificações
 Espiguetas (pares), cada espigueta com 1 flor

3.6.1) FORAMAÇÃO DA INFLORESCÊNCIA:


 Dectação de período que ocorre estímulo para modificação do
meristema apical

*Clone, clima, local e mudanças nos últimos anos agrícolas


 Hemisfério sul  estímulo: FEV/MAR/ABR  crescimento:
ABR/MAI/JUN
*Período de indução
 18 a 21 dias
*CLEMENTS & AWADA (1965)

 Emissão de 4 a 5 semanas
 Abertura das flores, formato de frutos e maturação de 2 a 3 semanas
3.5.2) FATORES QUE INFLUEM NO FLORESCIMENTO
A) Fotoperíodo:
 Controvérsio:  PDC ou intermediários para florescimento
 Consenso:  Período de escuro de 11h e 30 minutos até o máximo de
12 h no período de indução floral

B) Temperatura
*Variabilidade do índice de florescimento  SP
*PEREIRA (1985)  Tº noturnas < 18ºC por 5 dias consecutivos não afetam o
florescimento, mas 10 noites prejudicam e mais de 10 noites inibiram
completamente
SP  período termofotoindutivo  25/02 – 20/03

C) LATITUDE:

*Efeito no florescimento
 Comprimento das noites por indução e a medida que se afasta do
Equador, além do comprimento das noites, também a duração das noites
indutoras e a temperatura

D) ÁGUA
*Período seco  na época de indução ↓ índice de florescimento
*Irrigação
3.5.3) EFEITO DO FLORESCIMENTO NA PLANTA E QUALIDADE DA MATÉRIA
PRIMA:
*Florescimento
 Um dos principais problemas agronômicos da cultura
 Varia em função do dia e da variação genética
*Problemas com florescimento
 Perdas em tonelada de cana e teor de sacarose na colheita
(isoporização)
*Fatores que afetam as perdas pelo florescimento
- Idade da cultura no período de florescimento
 Cana – de – açúcar (12 meses)
 Florescimento em julho
 ↓Possibildade de formação de mais entrenós nos meses de
SET/OUT/NOV (colheita)
 Cana de ano e meio (18 meses)
 Prejuízos menores pois esta pode ser colhida mais no ínicio da
safra
B) Condições climáticas após florescimento
 ↓TºC  nas florescidas perdem menos água
 ↑ Conservação e menores perdas qualitativas
C) Secamento do ápice
 Inadequada brotação lateral e deterioração da matéria prima
(perda de água e processo de deterioração da sacarose)

D) Desenvolvimento de brotação no ápice


 ↓Reserva do colmo pela queda da dominância apical, posterior
brotamento

E) Grau de isoporização
 Teor de sacarose do tecido isoporizado é semelhante ao não
isoporizado, porém a extração do açúcar deste tecido requer processos
industriais diferentes dos utilizados hoje (moendas)
 Varia de acordo com a variedade  alguns entrenós até o colmo
todo
3.5.4. CONTROLE DE FLORESCIMENTO
*Usar variedade que não floresçam ou pouco floríferas
*Variedades que florescem  aplicação de reguladores vegetais:

 ETHEFON (ETREL)  Maturador com ação inibidora do


florescimento, entretanto, leva á senescência da planta  retarda o
crescimento dos entre nós  aplicado antes da iniciação floral, inibe o
florescimento e estimula a brotação da soqueira
 FLUAZIFOP – BUTIL (FUSILADE)  Herbicida (absorção foliar)
que causa necrose da gema apical e interfere na produção de ATP 
inversão da sacarose
 GLIPHOSATE (ROUNDUP)  Herbicida em baixas concentrações
(300ml/ha)  maturador
 Cortar a irrigação 3 meses antes da iniciação floral
 Florescimento em julho
 Adubação N
3.6. BIOSSÍNTESE, TRANSLOCAÇÃO E ACÚMULO E SACAROSE:
3.6.1. BIOSSÍNTESE:
 Plantas C4 (melhor desempenho fotossintético que C3)  enzima
específica CO2  PEP
 Fontes (folhas)  sacarose (frutose+glicose) dreno
armazenamento (colmo)  dreno consumo (meristemas)
*Parâmetros ambientais:
 Luz (intensidade e qualidade)
 [CO2]
 Disponibilidade de água
 Nutrientes
 TºC

*Fotossíntese:
 Linear com aumento de irradiância, entre 0,2 a 0,6 cal/cm2/min 
saturação acima de 0,9 cal/cm2/min
Biossíntese
(Metabolismo C4)
Cloroplasto
(mesofilo)

Fixação do CO2 Descarboxilação 1º composto


fotossíntese enz. PEPcarboxiquinase ácido oxalacético
(mesofilo) (mesofilo) (mesofilo)

Descarboxilação pela enz. malato


Reduzido
desidrogenase
a malato
(mesofilo)
(mesofilo)
Ciclo
Calvin – Benson
(bainha)

Produção
hexose Castro e Kluge (2001)
Biossíntese

Armazenamento

Respiração

Fotossíntese

Taiz e Zeiger (2004)


3.6.2. TRANSLOCAÇÃO
A) Movimento da bainha para o colmo:
*Fotossintetizados
 Nervura principal até a bainha (v = 2,5 cm/min)  velocidade
tende a diminuir em folhas mais velhas  com influência de TºC, luz,
disponibilidade de água e nutrientes (K)

B) Movimento no colmo:
*Gramínea
 Não há separação entre xilema/floema  fácil translocação

*Fotossintatos da bainha vão:


 Nós
 Base do colmo
 Raízes e folhas jovens e rebentos tecidos meristemáticos
Translocação

SACAROSE

É MAIS NEUTRA PARA SER TRANSLOCADA!


A GLICOSE É MAIS REATIVA!
3.6.3. ACÚMULO DE SACAROSE:
*Colmo
 Reservatório (maturação)
 Entrenós imaturos  fibrosos com [⇧] hexoses e [⇩] sacarose
 Cana madura: todos os entrenós com [ ] semelhante de sacarose com
⇩ taxa de crescimento (falta de água e ⇩ TºC)
 Maturação: condições com ⇩ TºC (10 - 20ºC), ⇩ teor de água no solo e ⇧
luminosidade.
 Produto final da fotossíntese: sacarose – neutra para translocação
(xilema/floema), ao contrário da glicose que é bastante reativa.

 Acúmulo de sacarose: vacúolos das células – regulado por


reguladores vegetais (auxinas) e invertases.
 Tecidos imaturos: [⇧] invertases – hexoses usadas nos processos
respiratórios, glicólises, síntese de aas, proteínas, lípideos e outros compostos
orgânicos.
 Tecidos adultos: invertase ácida com atividade quase nula (pH = 7,0) –
acúmulo de sacarose.

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