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)
Prof. Carlos Alexandre Costa Crusciol
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1. ORIGEM
portugueses e
espanhóis
Brasil (1502): Martin Afonso de
Souza
- provenientes da Ilha da Madeira
açúcar álcool
alimentação Aguardente
Celulose
Hemicelulose
Fibra
Lignina
(9-16%) Pentosanas
100% Colmo
Caldo Água (75-82%)
(84-91% Sólidos Solúveis
(5-18%)
FONTE: STUPIELLO (1987).
PRODUTOS E SUBPRODUTOS
Álcool e Açúcar (Aguardente,
caldo de cana e forragem)
Palhiço (fonte E)
Bagaço (fonte E)
Torta de filtro – 20 a 40 kg/ton.
cana
Melaço – 40 a 60 kg/ton. de cana
Levedura – 2,5 kg/100 L de álcool
Vinhaça – 12 a 13 L/L de álcool
*** Observações:
1 ha de cana-de-açúcar = 60 barris de
petróleo.
AGRIANUAL 2013
Fonte: FAO
AGRIANUAL 2013
Área Colhida (Mil ton) 19.862.408 20.731.821 22.821.659 24.174.675 23.735.892 23.815.177
Fonte: FAO
AGRIANUAL 2013
Fonte: GTIS
AGRIANUAL 2013
Fonte: GTIS
Foreign Agricultural Service
May 2013
Produção global de açúcar em 2013/14 é estimada em 175 milhões toneladas, quase um recorde, com o
crescimento no Brasil e na Tailândia que vem compensando a acentuada baixa produção na Índia. Os preços
internacionais do açúcar bruto estão em níveis não vistos em quase três anos, com preços menos de metade
do mais alto, visto em fevereiro de 2011. Os preços baixos são esperados para estimular o consumo mundial
e comércio, com previsão de exportações de 4% superior aos 59 milhões de toneladas.
Foreign Agricultural Service
May 2013
Açúcar Mundial Foreign Agricultural Service
May 2013
Maio
Países 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
2013/14
UE-27 3.180 2.561 3.755 3.410 3.800 3.800
Indonésia 2.197 3.200 3.082 3.027 3.565 3.700
Estados Unidos 2.796 3.010 3.391 3.294 2.633 3.119
Emirados Árabes 1.490 2.100 1.969 2.154 2.580 2.700
China 1.077 1.535 2.143 4.430 2.800 2.600
Argeria 1.159 1.260 1.193 1.594 1.942 2.000
Malasia 1.504 1.527 1.813 1.720 1.850 1.900
Coreia 1.687 1.617 1.688 1.668 1.780 1.820
Irã 973 1.643 1.292 1.079 1.703 1.806
Nigéria 1.250 1.400 1.399 1.450 1.500 1.600
Bangladesh 1.315 1.361 1.537 1.700 1.528 1.150
Índia 1.358 2.431 405 188 1.300 1.500
Arábia Saudita 1.432 989 986 1.486 1.432 1.450
Japão 1.279 1.199 1.331 1.230 1.162 1.215
Egito 1.382 978 1.120 1.480 1.050 1.200
Canadá 1.255 1.114 1.135 1.103 1.167 1.195
Marrocos 990 762 891 936 1.005 1.050
Iraque 382 315 435 918 1.020 1.035
Russia 2.150 2.223 2.510 510 700 1.030
Venezuela 579 800 850 800 850 850
Outros 13.661 16.109 16.023 14.725 14.559 15.186
Total 41.927 46.857 47.769 48.477 49.496 52.305
Foreign Agricultural Service
May 2013
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em Kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO
Safra Safra VAR.% Safra Safra VAR.% Safra Safra VAR.%
2012/13 2013/14 2012/13 2013/14 2012/13 2013/14
NORTE 41.990 51.000 21.50 70.432 72.551 3.01 2.957,4 3.700,1 25.10
NORDESTE 1.083,220 1.060,660 (2.10) 48.903 51.119 4.50 52.972,2 54.219,7 2.40
CENTRO- 1.504,110 1.667,170 10.80 70.474 72.523 2.91 106.001,3 120.907,5 14.10
OESTE
SUDESTE 5.243,290 5.398,490 3.00 73.852 79.337 7.40 387.228,3 428.298,5 10.60
SUL 612.390 621.830 1.50 64.920 72.190 11.20 39.756,4 44.890,1 12.90
NORTE/NORDESTE 1.125,210 1.111,660 (1.20) 49.706 52.102 4.80 55.929,7 57.919,8 3.60
CENTRO-SUL 7.359,790 7.687,490 4.50 72.419 77.281 6.70 532.968,0 594.096,1 11.50
BRASIL 8.485.000 8.799,150 3.70 69.407 74.100 6.80 588.915,7 652.015,9 10.70
Em 1.000 toneladas
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
REGIÃO
TOTAL AÇÚCAR ETANOL
NORTE 3.700,1 498.8 3.201,3
NORDESTE 54.219,7 33.034,5 21.185,2
CENTRO-OESTE 120.907,5 33.905,1 87.002,4
SUDESTE 428.298,5 218.120,8 210.177,7
SUL 44.890,1 26.654,3 18.235,8
NORTE/NORDESTE 57.919,8 33.533,3 24.386,5
CENTRO-SUL 594.096,1 278.680,1 315.416,0
BRASIL 652.015,9 312.213,5 339.802,4
Raízes
- sistema fasciculado
- profundidade: 4,0 m
- >>> concentrações: 50 cm
Algumas formas de nódios.
Nó – cicatriz foliar, primórdios radiculares e
gema.
- nódios
- internódios
- gemas
Detalhe
Detalhe dodo capitel.
capitel.
Nódio (nó ou região nodal)
- descrição de variedades
- constituição: gema, anel de
crescimento, cicatriz foliar e a zona
radicular
Internódio (entrenó)
- situada entre dois nódios
- forma: cilíndrica, carretel,
conoidal, obconoidal, tumescente ou
em barril
- Ø: fino (< 2 cm), médio (2 a 3
cm), grosso (> 3 cm)
- polpa: branca, verde creme ou
castanha
- casca: amarelo ao vermelho
Algumas formas de nódios.
Tipos de internódios
FONTE: ADAPATADA DE ARTSCHWAGER (1954).
Folhas
- ligadas ao colmo
- duas fileiras alternadas
- lâmina foliar, bainha e colar
(identificação botânica)
Fonte:
Beauclair/
ESALQ
Fonte: Beauclair/ESALQ
Inflorescência
- gema apical do colmo gema
floral panícula
- panícula aberta (flor, bandeira ou
flecha)
- eixo principal (raque)
ramificações 2ªs e 3as
- ramificações espiguetas (flor)
Flor
- hermafrodita
Fruto
- cariopse (maioria das gramíneas)
- dimensões: 1,5 x 0,5 mm
Fonte: Beauclair/ESALQ
Pêlos
- ▼aeração ▲ respiração
Melhor – 0 atm
C) VARIEDADE
brotação.
C) POROSIDADE DO SOLO
Drenagem: oxigênio para as raízes (valores superiores a 10%)
D) DENSIDADE DO SOLO
Adensamento e compactação: ▼ desenvolvimento do sistema
radicular (textura do solo x capacidade de retenção de água x resistência a
penetração x variedade).
E) NUTRIENTES
Ca e P - mais importantes:
- melhor desenvolvimento do sistema radicular.
3.3. PERFILHAMENTO
Gramíneas: brotação das gemas - rebentos - novos rebentos (perfilhos)
Perfilhamento: subterrâneo, variável - tipo de solo, manejo e variedade
Perfilhos: gemas dos toletes – maternas ou primárias – secundárias …
Perfilhamento: touceira – densa, média e frouxa.
3.3.1. FATORES QUE INFLUEM NO PERFILHAMENTO
A) VARIEDADE
Saccharum officinarum L. – baixo perfilhamento
Saccharum spontaneum L. – alto perfilhamento
B) LUMINOSIDADE E TEMPERATURA
Intensidade x duração: brotação proporcional a intensidade de luz
D) ESPAÇAMENTO
Quantidade de gemas por m linear: consenso de 15 p/ > produção
Espaçamento: compensação - ▲n.º de colmos ▼ peso e vice-versa
E) ACAMAMENTO
Ventos: acamamento – quebra da dominância apical
- maior perfilhamento
Grau de acamamento: brotos próximos à base do colmo que por serem
tardios - ▼teor de sacarose e menor valor da matéria prima final.
3.4. CRESCIMENTO DAS PARTES AÉREAS
Cana-de-açúcar: alta eficiência na conversão de energia radiante em
energia química com taxas fotossintéticas calculadas em até 100 mg CO2 dm-2 de
área foliar/hora.
A) VARIEDADE
Maturação: ciclo precoce, médio e tardio.
Diferente: ciclo vegetativo para a produção de biomassa – no início da
safra, variedade precoce com relação à maturação, pode produzir menos
biomassa / área que uma variedade tardia.
B) LUMINOSIDADE
C4 – alta taxa de saturação luminosa: fotossíntese varia com a
variedade.
Intensidade luminosa deficiente: colmos longos, finos, folhas menores e
mais delgadas - ▼produção de MS.
Regiões tropicais e subtropicais: crescimento vigoroso, verão (DL).
Comprimento do colmo: aumenta com o comprimento do dia.
(10-14 h luz) e reduzido em 16 e 18 h luz
C) TEMPERATURA
Comprimento, diâmetro e n.º de entrenós aumentam com
temperaturas > 20ºC, sendo que a 25ºC como média mensal
T ≥ 38ºC - ▼fotossíntese e ▲ respiração (consumo de sacarose)
Frio não muito intenso
Folhas com “mancha – de – frio”
Ocorre em todo o talhão sempre na mesma altura e em todas as
touceiras, assim como “mancha – de – calor”
D) GEADAS
•Região centro – sul
a) BRANCA
Orvalho congelado, resultante da sublimação do vapor d’ água próximo
a superfície, quando o ponto de orvalho (TºC na qual umidade relativa atinge
100%) está abaixo de 0ºC
B) NEGRA
UR ar e a TºC cair abaixo de 0ºC (acima do ponto de orvalho), ocorre
aparecimento de tecido vegetal escuro
*Scardua (1969)
Consumo de água:
* Cana planta * Cana soca
Emissão de 4 a 5 semanas
Abertura das flores, formato de frutos e maturação de 2 a 3 semanas
3.5.2) FATORES QUE INFLUEM NO FLORESCIMENTO
A) Fotoperíodo:
Controvérsio: PDC ou intermediários para florescimento
Consenso: Período de escuro de 11h e 30 minutos até o máximo de
12 h no período de indução floral
B) Temperatura
*Variabilidade do índice de florescimento SP
*PEREIRA (1985) Tº noturnas < 18ºC por 5 dias consecutivos não afetam o
florescimento, mas 10 noites prejudicam e mais de 10 noites inibiram
completamente
SP período termofotoindutivo 25/02 – 20/03
C) LATITUDE:
*Efeito no florescimento
Comprimento das noites por indução e a medida que se afasta do
Equador, além do comprimento das noites, também a duração das noites
indutoras e a temperatura
D) ÁGUA
*Período seco na época de indução ↓ índice de florescimento
*Irrigação
3.5.3) EFEITO DO FLORESCIMENTO NA PLANTA E QUALIDADE DA MATÉRIA
PRIMA:
*Florescimento
Um dos principais problemas agronômicos da cultura
Varia em função do dia e da variação genética
*Problemas com florescimento
Perdas em tonelada de cana e teor de sacarose na colheita
(isoporização)
*Fatores que afetam as perdas pelo florescimento
- Idade da cultura no período de florescimento
Cana – de – açúcar (12 meses)
Florescimento em julho
↓Possibildade de formação de mais entrenós nos meses de
SET/OUT/NOV (colheita)
Cana de ano e meio (18 meses)
Prejuízos menores pois esta pode ser colhida mais no ínicio da
safra
B) Condições climáticas após florescimento
↓TºC nas florescidas perdem menos água
↑ Conservação e menores perdas qualitativas
C) Secamento do ápice
Inadequada brotação lateral e deterioração da matéria prima
(perda de água e processo de deterioração da sacarose)
E) Grau de isoporização
Teor de sacarose do tecido isoporizado é semelhante ao não
isoporizado, porém a extração do açúcar deste tecido requer processos
industriais diferentes dos utilizados hoje (moendas)
Varia de acordo com a variedade alguns entrenós até o colmo
todo
3.5.4. CONTROLE DE FLORESCIMENTO
*Usar variedade que não floresçam ou pouco floríferas
*Variedades que florescem aplicação de reguladores vegetais:
*Fotossíntese:
Linear com aumento de irradiância, entre 0,2 a 0,6 cal/cm2/min
saturação acima de 0,9 cal/cm2/min
Biossíntese
(Metabolismo C4)
Cloroplasto
(mesofilo)
Produção
hexose Castro e Kluge (2001)
Biossíntese
Armazenamento
Respiração
Fotossíntese
B) Movimento no colmo:
*Gramínea
Não há separação entre xilema/floema fácil translocação
SACAROSE