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Guia de
Orientação –
Tempo/Duração
dos atendimentos
psicológicos

Orientação da COF
Há normativas que de1nam o tempo de
duração das sessões de atendimento
psicológico?

Não há normativas do Sistema Conselhos de


Psicologia que versem sobre o tempo de
duração da sessão do atendimento
psicológico. Faz-se necessário resgatar os
dispostos no Código de Ética do ProBssional
Psicólogo (CEPP):

Art. 1º – São deveres fundamentais dos


psicólogos:

a) Conhecer, divulgar, cumprir e


fazer cumprir este Código;

b) Assumir responsabilidades
proAssionais somente por
atividades para as quais
esteja capacitado pessoal, teórica
e tecnicamente;

c) Prestar serviços psicológicos


de qualidade, em condições de
trabalho dignas e apropriadas
à natureza desses serviços,
utilizando princípios,
conhecimentos e técnicas
reconhecidamente fundamentados
na ciência psicológica, na ética e
na legislação pro?ssional;

e) Estabelecer acordos de
prestação de serviços que
respeitem os direitos do usuário ou
beneAciário de serviços de
Psicologia;

            A regulamentação proBssional não


deBne especiBcamente o tempo de duração
de um atendimento e/ou número de sessões,
pois isso depende da característica do serviço
prestado. Dessa forma, a não regulamentação
quanto ao tempo de atendimento não dá em
absoluto aos empregadores ou às instituições
o direito de decidir por esse aspecto
indiscriminadamente, visto que a(o)
Psicóloga(o) deve ter autonomia na
identiBcação do tempo de atendimento (e
para escolher as técnicas e métodos
cientíBcos da Psicologia) a partir de sua
avaliação técnica frente a cada caso atendido
ou trabalho desenvolvido.

            A Comissão de Orientação e


Fiscalização (COF) do Conselho Regional de
Psicologia do Paraná (CRP-PR) entende que o
tempo de duração de uma sessão não pode
ser estabelecido com base em questões que
tragam prejuízo ao usuário quanto à qualidade
do serviço prestado. Nesse sentido, é
responsabilidade da(o) Psicóloga(o) realizar o
atendimento com duração suBciente para que
seja garantida a qualidade do serviço
oferecido e o bom andamento dos objetivos
propostos ao atendimento, de forma a
considerar a complexidade de fenômenos
psicológicos que estruturam o caso.

            O tempo de sessão deve ser deBnido


pela(o) proBssional, sem a inWuência de
fatores como honorários, volume de
atendimentos, exigência da instituição ou
empregador ou outro aspecto que prejudique
a qualidade do serviço prestado, sob risco de
infringir o Código de Ética Pro1ssional do
Psicólogo (CEPP).

            Caso a(o) Psicóloga(o) avalie que o


tempo estipulado para a realização do
atendimento não condiz com sua avaliação
técnica para a garantia de um serviço de
qualidade, deve se posicionar formalmente
perante a gestão, considerando os aspectos
éticos e técnicos envolvidos a Bm de respeitar
e garantir os direitos do usuário do serviço.

            Caso a(o) Psicóloga(o) receba da


instituição onde trabalha a exigência de
realizar atendimentos em um tempo que
avalia ser insuBciente, orientamos que
argumente sobre os princípios que regem a
proBssão de Psicóloga(o), buscando propor
outras intervenções que não interBram na
qualidade do serviço prestado como, por
exemplo, realização de grupos terapêuticos
e/ou de acolhimento, respeitando os limites
teóricos e técnicos dessa especiBcidade de
atendimento.

            A COF do CRP-PR entende que é


fundamental o diálogo entre a(o) Psicóloga(o)
e a gestão na construção de um serviço de
qualidade aos usuários dos serviços de
Psicologia e que respeite e garanta os seus
direitos. Se, após esse processo, as
diBculdades permanecerem e as(os)
proBssionais avaliarem que estão ocorrendo
infrações em relação ao que dispõe o CEPP, a
COF do CRP-PR está à disposição para
conversar com as(os) proBssionais e avaliar
condutas e providências cabíveis.

            No caso dos atendimentos via


convênios, o paciente/cliente possui também
um contrato junto às operadoras de planos de
saúde, o qual regula as condições dos
atendimentos em Psicologia que serão
oferecidos. As exigências e condições que os
convênios estabelecem estão, portanto,
previstas no contrato que esse
paciente/cliente Brmou com a operadora de
seu plano de saúde, sendo que a(o)
Psicóloga(o) também deverá observar essas
condições enquanto proBssional
credenciada(o)/conveniada(o).

            Havendo irregularidades ou


questionamentos quanto às operadoras de
planos de saúde, o órgão responsável é a
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) — www.ans.gov.br

Leis e Resoluções
Relacionadas
RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 – Aprova o
Código de Ética ProBssional do
Psicólogo.

Referências, Notas
Técnicas e outros
documentos sobre o
tema
Nota Técnica CRP-PR nº 005-2018,
sobre a autonomia proBssional.

Assuntos
relacionados:
Atendimento online
Contrato de Prestação de Serviços.
Prazo de guarda dos documentos e
termo de destruição de materiais
Psicologia e Planos de Saúde
Registro Documental e Prontuário
Tabela Referencial de Honorários 

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