Você está na página 1de 14

SENAI-Serviço Nacional de aprendizagem industrial

ÓLEOS LUBRIFICANTES

Luís Fernando Reis Nascimento


Henrique Mesquita Andrade Santos

VITÓRIA-ES
2022

1
SENAI-Serviço Nacional de aprendizagem industrial

ÓLEOS LUBRIFICANTES

VITÓRIA-ES

2
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….…………04

2 CONCEITO………......................................……….................................05

2 TIPOS…………………………………………………....................…………….……...06

3 PROPRIEDADES…………………………………………...................……………...08

4 BENEFÍCIOS……………………………………………...................………………...11

5 CUIDADOS………………………………………...................….…………………...12

9 REFERÊNCIA.................................…….............................................14

3
INTRODUÇÃO

As máquinas se desgastam com o tempo, devido o funcionamento e


pelos inúmeros agentes contaminados com os quais é posto em contato,
entretanto sua vida útil pode ser aumentada, por meio do emprego de
alguma forma de manutenção. A maior causa de perda de material com
consequentes perdas de desempenho mecânico é o desgaste, e a
principal causa do desgaste e a perda de energia é o atrito. A vida útil de
todo equipamento pode, entretanto, ser aumentada, com o uso de
lubrificantes. Os óleos lubrificantes automotivos têm como função evitar
ou minimizar o desgaste de superfícies com movimentos relativos.
Os óleos lubrificantes automotivos podem ser constituídos de bases
lubrificantes minerais (originadas do petróleo) ou sintéticas (produzidas
por reações químicas) e por aditivos de alto desempenho. A composição
da base classifica como pode ser o tipo de lubrificante. Os lubrificantes
podem ser classificados como: mineral, semissintético ou sintético, sendo
que todos possuem características tensoativas com menor ou maior
intensidade.
O Brasil consome anualmente, cerca de 1.000.000 m3 de óleos
lubrificantes, dos quais, o uso automotivo principalmente em motores a
diesel representa 70% do consumo nacional. Os óleos minerais são os
mais importantes e utilizados na lubrificação devido ao seu custo e
desempenho, estes óleos recebem aditivos específicos para que possam
melhor atender as necessidades tecnológicas atuais.
Os óleos sintéticos não são derivados do petróleo, mas são produzidos
em laboratório a partir de ensaios.

4
CONCEITO

Os óleos lubrificantes são usados a fim de garantir o bom funcionamento


dos motores em geral, sem que algumas máquinas em questão sofram
tipo de dano. Essas substâncias, que acabam por acabar com suas peças,
aumentam a vida útil dos componentes. Ou seja, o produto evita o
desgaste natural das peças e diminui a produção de calor no interior do
motor.
Mesmo parecendo ser um processo simples, saber qual óleo
lubrificante não é uma tarefa muito simples. Além de existirem diversos
tipos, categorias, e formulações de à base de óleo, existem alguns e
padrões que sempre precisam ser atendidos pelas marcas do fabricante.
Porém, existem pontos que precisam ser atendidos por todos, sem
exceção, como eles alguns desgastes, dissipação de calor, proteção
contra a exposição, aumento do atrito e proporcionar um efeito de
redução altamente eficiente.
Tudo dependerá, também, das condições em que as máquinas estão
sendo operadas, como a sua temperatura ambiente.
Os tipos mais usados são os óleos minerais e os óleos sintéticos, e cada
um possui subcategorias específicas para cada tipo de uso. Com isso, é
essencial saber qual escolher para que não haja surpresas no meio do
caminho.

5
TIPOS DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

A ação dos óleos lubrificantes e a forma como eles serão aplicados


depende bastante do tipo de fluido. Entenda o que são e como
funcionam.

●Óleo lubrificante mineral


O refinamento do petróleo bruto resulta no óleo mineral. É um tipo
muito popular, porque atende bem a demanda de motores mais antigos,
apresentando um preço mais em conta.
Além disso, fornecem boas características, como alta demissibilidade,
resistência e estabilidade. Ele evita a oxidação das tubulações e que
se formem vernizes.

●Óleo lubrificante graxo


Os lubrificantes graxos foram os primeiros fluidos utilizados depois da
água. Sua origem animal ou vegetal apresenta grande concentração de
ácidos graxos. Por sua composição orgânica, não mantém boa
estabilidade, reduzindo sua durabilidade, além de ser facilmente
oxidáveis, especialmente quando se elevam as temperaturas.
Por esse motivo, eles não são mais utilizados em sua forma primária, ou
bruta, mas sim entram na composição de óleos minerais para agregar
propriedades importantes, como emulsibilidade, pressão e oleosidade.
Eles são pastosos e são aplicados para diferentes finalidades.

●Óleo lubrificante semissintético


Também conhecido como lubrificantes compostos, trata-se de um
fluido com características que ficam entre o mineral e o sintético, pois é o
resultado da mistura dos dois tipos. São mais duráveis e apresentam
requisitos de desempenho superiores aos minerais.

6
●Óleo lubrificante sintético
Os sintéticos são lubrificantes de alta performance, pois são um produto
da alta tecnologia na fabricação de fluidos. Sua composição química é
muito mais elaborada. Em virtude dos aditivos sintéticos adicionados,
conseguem atingir um alto nível de durabilidade e eficiência, reduzindo
manutenções e elevando o intervalo de trocas.
Por sua alta tecnologia, são muito recomendados para veículos mais
modernos. Por esse mesmo motivo, têm um preço maior, condizentes
com os resultados que apresentam. Além do tipo de lubrificante, é
necessário ficar de olho em suas propriedades, a fim de garantir uma boa
escolha.

PROPRIEDADES DOS LUBRIFICANTES

7
1. Formulação
Um óleo lubrificante pode ser composto apenas por óleos básicos, como
o caso do óleo mineral puro ou por aditivos e agregados. Esses aditivos
podem compor em média entre 0,25% e 28% do volume total do
produto. Mas o óleo básico terá um impacto elevado no desempenho do
lubrificante. É importante, então, avaliar esse conjunto.

2. Índice de viscosidade
A viscosidade do óleo é uma das características mais importantes. Esse
índice representa a fluidez do lubrificante quando em determinada
temperatura. Quanto mais viscoso, menor sua capacidade de escoar, ao
passo que um índice menor de viscosidade representará maior fluidez.
Isso precisa ser bem equilibrado conforme as necessidades da máquina,
pois o óleo precisa ser viscoso o suficiente para manter uma película de
proteção, mas não pode ser tão grosso que atrapalhe os movimentos dos
componentes. Esse cuidado é muito importante, por exemplo, em
sistemas de lubrificação centralizada

3. Estabilidade à oxidação
Essa propriedade precisa ser bem avaliada, pois reduz a vida útil do
produto. A oxidação é o processo que consiste na transformação do
óleo com a polimerização das moléculas orgânicas.
Dessa forma, suas propriedades originais se modificam, a viscosidade
aumenta, entupindo filtros e depositando sedimentos no motor. Um dos
fatores que podem aumentar a resistência dos lubrificantes à oxidação é
o uso de aditivos nos produtos.

8
4. Aditivação
Os aditivos são compostos químicos que são incorporados aos óleos para
aprimorar as propriedades dos lubrificantes, reduzindo características
indesejadas e aumentando aspectos almejados.
Dessa forma, eles podem reduzir a oxidação, como já dito, aumentar a
vida útil do lubrificante e garantir muitos outros benefícios, conforme sua
aplicação. Os mais utilizados são:
dispersantes: limpeza dos resíduos de carbono, que são gerados na
combustão;
anticorrosivos: protege o motor das agressões químicas no processo de
queima do combustível;
antiespumantes: desfaz a formação de bolhas de ar formadas em
movimentos bruscos do lubrificante; antioxidante: ajuda a inibir
a oxidação;
aumentador de viscosidade: mantém a integridade e a função do
lubrificante mesmo com variações na temperatura.

5. Especificações
O grau SAE (Sociedade dos Engenheiros Automotivos) é expresso em
números para definir a viscosidade. Quanto mais elevado, mais alta a
viscosidade.
Você já deve ter visto siglas como 10w40 ou 15w30. Cada equipamento
vai precisar de um grau de viscosidade específico. O w significa winter ou
inverno, em inglês. O primeiro número indica a viscosidade em baixas
temperaturas, e o segundo a viscosidade do óleo a 100 C°.
Nas especificações, fique atento também ao tipo de lubrificante,
característica que já mencionamos: mineral, sintético ou semissintético.
E, por fim, observe as siglas para o tipo de aplicação. A norma americana
utiliza a classificação API, indicando o grau de severidade de exposição do
motor:

9
S — motores a combustão, ou seja, veículos de passeio, caminhonetes e
vans;
A a M, sendo “M” de maior qualidade para motores que exigem alto
desempenho.
Na norma europeia (ACEA), temos as classificações:

A — motores a gasolina de veículo de passeio; B


— motores a diesel rápido, como caminhonetes;
C — veículos a diesel pesado, como ônibus e caminhões.
Essas letras podem ser acompanhadas de um número para indicar o nível
de qualidade:
baixo;
médio; alto.
É muito importante avaliar essas propriedades dos lubrificantes para
garantir uma decisão acertada na hora da compra e garantir o melhor
desempenho e a mais alta durabilidade dos equipamentos.

10
BENEFÍCIOS

●Óleo lubrificante mineral


• Menor preço;
• Atendem às exigências dos carros mais antigos;
• Duram menos, com intervalos de trocas reduzidos.

●Óleo lubrificante semissintético

• Preço intermediá rio;


• Boa durabilidade e proteçã o.

●Óleo lubrificante sintético

• Maiores intervalos de troca de óleo;


• Maior proteção e durabilidade dos motores;
• Maior limpeza interna do motor;
• Excelente relação custo/benefício;
• Evita a formação de borra e verniz.

11
CUIDADOS

● ARMAZENAMENTO

Os lubrificantes devem ser armazenados em recintos


fechados, longe de fontes de contaminação e
processos térmicos extremos. O piso do depósito
deve ser firme e não pode absorver derramamentos.
Recomenda-se o uso de pallets, racks ou ripas de
madeiras no armazenamento de óleos. Quando os
lubrificantes forem armazenados em locais abertos,
os tambores devem ser cobertos com materiais
impermeáveis. Se forem armazenados em posição
horizontal, os tambores deverão ser deitados sobre
ripas, evitando o contato dos mesmos com o solo e
devem estar ainda paralelos ao solo para diminuir a
entrada de umidade e a perda do lubrificante. Se
forem armazenados na posição vertical, os tambores
deverão permanecer inclinados, evitando o acúmulo
de água e outras impurezas.

12
● MEIO AMBIENTE

De acordo com a Legislação Ambiental vigente,


todos os usuários de lubrificantes que gerem óleos
usados ou contaminados, deverão armazená-los e
mantê-los acessíveis a coleta, em recipientes
próprios e resistentes a vazamentos. Estes óleos
deverão ser coletados por empresas autorizadas pela
ANP, com fim específico de re-refino.
(Resolução Nº 009 do CONAMA de 31/08/1993
Portaria ANP Nº 125 de 30/07/1999)

● SEGURANÇA
Uso de lubrificantes com segurança no local de trabalho alguns
Problemas de saúde resultantes do contato com os lubrificantes são
relativamente raros e ocorrem principalmente nos casos em que há um
considerável grau de contato prolongado. Naturalmente, no entanto, tal
como acontece com todos os tipos de substâncias químicas, algumas
pessoas altamente sensíveis tendem a apresentar reações alérgicas
quando expostas a alguns tipos de lubrificantes e componentes
lubrificantes. Devido a isso, o uso de lubrificantes com segurança no local
de trabalho é crucial na manutenção da saúde do trabalhador. É pra isso
tenha o uso dos EPI' s como luvas e máscaras.

13
REFERÊNCIA

www.bibliotecaagptea.org.br

https://blog.texaco.com.br

https://revistacultivar.com.br/artigos/estocagem-adequada

https://www.manutencaoesuprimentos.com.br

14

Você também pode gostar