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Sai.
Tempo e espaço
O narrador também chega a ter contato com a passagem do tempo duas outras vezes
na narrativa, estas são as ocasiões posteriormente em que ele checa o relógio novamente às
dez e doze horas antes de quebrar o relógio, o que acaba por eliminar o marcador de tempo na
obra que, até então, estava seguindo um processo cronológico, fator que acaba ocasionando
uma ideia pouco precisa da passagem do tempo como podemos observar no trecho a seguir.
No tocante do espaço da narrativa podemos observar que este também não está
explícito pois não é possível saber onde exatamente se passa a história, no entanto
fica claro que o personagem acorda em seu quarto, espaço que acaba por se alterar
diversas vezes durante a obra como na ocasião em que o personagem resolver
desbravar os demais cômodos do local o de mora ou quando este resolver ir em
direção à residência da amada mas o espaço mais denso e presente na história acaba
por ser a escuridão e o silêncio que atribui à narrativa um tom constante de suspense e
inquietação; este espaço passa, no desenvolver da narrativa, a se tornar cada vez
menos físico e mais psicólogo justamente por conta da escuridão e da exacerbação
dos sentidos do mesmo observamos o protagonista compartilhando muitos de seus
pensamentos e percepções.
Narrador e personagens
A obra possui foco narrativo em primeira pessoa, sendo essa uma narrativa
desenvolvida a partir do ponto de vista do personagem principal, cujo nome
permaneceu implícito durante todo decorrer da história e que se utiliza de diversas
temáticas próprias que não apenas conferem à obra uma aura constante que permeia
entre os âmbitos do gótico e do fantástico mas como também possui características
oriundas dos textos ultrarromânticos de Aluísio de Azevedo como fica explícito em no
trecho a seguir.
Referências Bibliográficas
1
Involução faz menção a alternação de reinos – animal, vegetal...- vividos pelos personagens.