O dilema do inferior

Quem sou eu? Por que comigo?

São perguntas frequentemente feitas pelo inferior. Sinta tudo o que os fizeram, disseram e
mostraram, aquilo que ele mais teme é o medo de ser assim como aqueles que fizeram ele
temer. Uma história breve, com relatos, intrigas, Um começo, meio e fim. Uma história em
que começa a ser criada quando ele escuta o que não deve, vê o que não pode e presencia o
que não queria.
Uma pessoa, um animal, um ser celestial, tanto faz quem é, uma coisa em comum todos tem
e é simplesmente o interior.
O que acontece jamais pode ser tão bendito quanto bem feito, fazer algo pior do que foi dito?
Ele já não entende mais nada, só quer continuar, mas surpresa, surpresa... Mais problemas à
caminho. As consequências acontecem diante das escolhas, sejas elas boas ou ruins. A partir
do então aquilo se torna uma flecha, disparada uma vez não se volta mais. Você ainda pode ir
pegá-la, mas ainda assim ficará a perfuração, uma cicatriz, uma história.
Quem é o inferior? Aquele que oprime ou aquele que sofre? Aquele que faz ou aquele que
sente? É inferior ser inferior? São tantas perguntas, e poucas respostas.
O submetido a inferior, quando se torna superior, se torna o opressor. Isso gerou ciclos e
ainda gera histórias, criando inferiores que foram se tornando algo, que tornam mais coisas e
por assim em diante.
O ciclo do inferior é sempre se tornar inferior. De uma maneira ou outra esse ciclo nunca
acaba, e quando acaba recomeça. Ser inferior não significa ser ruim, inferioridade é aquilo
que denominaram. Ninguém quer ser, mas algum são porque se denominam.
O dilema é uma realidade, e esse ciclo até ser quebrado, significa a verdade.

~ Por um inferior.

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