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Eixos de leitura:
1. Exemplo de resumo: Velho João atravessa toda a cidade, até a ilha, para visitar o irmão que estava doente e
escapar ao calor da cubata. Depois de um almoço alegre e regado a pinga, o velho João vai à praia com seu sobrinho.
Chegando lá, põe-se a lembrar de seus tempos de menino e a murmurar uma palavra cujo sentido o sobrinho não
compreendia. Pensa no mar e em muitas desgraças a ele relacionadas: os antepassados levados como escravos para
a América, a morte de parentes, a civilização trazida por ele, mas retida no litoral. O mau cheiro da maresia provoca-
lhe enjoo e ele acaba vomitando todo o almoço. O sobrinho o ampara no caminho de volta para casa, censurando-o
mentalmente por ter bebido demais.
2. Ele escolhera trabalhar para os “brancos da baixa”, como carregador de sacos, para não seguir a vida de pescador
de seus familiares. Agora, sentia-se arrependido e gostaria de ter permanecido na ilha, como pescador, junto ao mar.
3.
a) A palavra Kalunga (calunga), em quimbundo, significa mar, mas é também o nome de uma divindade associada à
morte e ao inferno. Velho João atribui ao mar a causa das desgraças de sua família e de seu povo. Assim ele o
personifica, vendo nele a própria divindade Kalunga, que se compraz em fazer o povo sofrer. Para ele, o mar é
sempre sofrimento, é sempre causa da morte.
b) Os homens brancos chegaram à África em navios; portanto, para o Velho João, foi Kalunga (o mar e a divindade)
que os trouxe e, junto com eles, a civilização e a escravidão. Foi pelo mar também que os escravizados foram levados
para as Américas.
c) Resposta possível: Velho João toma consciência dos sofrimentos de sua família e de seu povo, associando-os ao
mar – Kalunga – que levou para a África o colonizador branco, a civilização europeia e a escravidão. Essa consciência
é tão intensa que ele sente náusea. O vômito simbolizaria a purgação, a catarse de todos os males acumulados no
inconsciente da personagem.
1. a) Respostas possíveis:
b) “Ficaria embora na ilha [...]” (parágrafo 3); “[...] mas para ficar embora ali ao pé da praia a fazer negaças”
(parágrafo 9); “A civilização ficou embora ao pé da praia, a viver com Kalunga” (parágrafo 9).
c) O sentido é diferente nos dois países. Nas frases do conto, o advérbio não é usado com verbos de movimento, não
exprime ideia de retirada, mas de permanência: ficar embora significa “ficar de uma vez”, “ficar permanentemente”.
3. Resposta pessoal.
Rumo ao Ensino Médio (página 76)
1. Alternativa e.
2. Alternativa a.
3. Alternativa a.
4. Alternativa c.
Página 84
1.
No item a, a frase “para coibir as ameaças do bioma” está intercalada na oração citada. E “começar a apresentar” é
uma locução verbal.
a) que alguns investimentos [...] começam a apresentar os primeiros resultados: oração subordinada substantiva
e) que a recessão econômica do último ano provavelmente teve seus impactos na retração das investidas sobre a
floresta: oração subordinada substantiva
e) Indica (também) que a recessão econômica do último ano provavelmente teve seus impactos na retração das
investidas sobre a floresta
3.
As frases estarão corretas se a conjunção que for sinônimo de pois e introduzir uma oração que traz o motivo, o
índice do fato exposto na primeira.
b) A Praça dos Pombos é o lugar onde (no qual) as pessoas do bairro se reúnem para conversar.
c) Mário era o amigo a quem (ao qual) ela contava histórias alegres e tristes.
d) Os chilenos gostam de visitar a casa (na qual) onde morou o poeta Pablo Neruda.
g) O viajante encontrou os moradores de um vilarejo, os quais lhe ensinaram o caminho até a cidade.
5.
a) Os alunos conheceram o professor que (o qual) dará aulas de Matemática no próximo ano.
c) Atrás da estação rodoviária fica o clube onde (no qual) os jovens da cidade se encontram.
e) O aluno obteve um resultado ruim na prova (de que) do qual ele queria se esquecer.
6.
a) A fazenda sustentável com cujos proprietários os jornalistas vão se encontrar fica em Campo Grande.
f) Os povos do lugar temiam a fome e as doenças, contra as quais lutavam como podiam.
g) Alguns povos antigos nos surpreendem pela modernidade das suas construções, entre os quais se destacam os
incas e os maias.
7.
8. Em negrito, circular.
a) um gigante que vinha todas as noites / Um gigante que fazia coisas terríveis / coisas terríveis que me
amedrontavam [um gigante] que eu gostava dele.
b) A oração é “que eu gostava dele”. Na variedade formal: “de quem eu gostava”, que retoma o termo
“Um gigante”.
9.
a) “...é quando você lembra dela ...”. De acordo com a norma-padrão: ...é quando você se lembra dela....
Atenção para os casos em que a oração subordinada adjetiva aparece intercalada na oração principal.
a) Explicativa. Na oração subordinada, as motos são caracterizadas como “veículos barulhentos”, que é uma
informação adicional em relação ao fato enunciado na oração principal: As motos ensurdeciam os transeuntes.
b) Restritiva. O livro que o moço começou a ler é identificado por uma particularidade: estava sobre a mesa.
c) Restritiva. No ditado popular, a cobra que não engole sapo é identificada como aquela que não anda; subentende-
se que somente a cobra que anda engole sapo.
d) Explicativa. A editora tem duas características: publica apenas livros infantis e apresenta seus títulos mais
recentes.
e) Restritiva. Nesse ditado popular, somente a pedra que rola não cria limo; subentende-se, então, que criam limo as
que ficam sempre no mesmo lugar. (Há duas interpretações: uma negativa, significando que pessoas inconstantes
não conseguem acumular sabedoria ou bens; outra, positiva, afirmando que pessoas ativas não ficam estagnadas na
mesmice.)
f) Explicativa. Duas informações são dadas sobre o pássaro: ele constrói sua própria casa. A outra informação é
adicional: seu canto parece uma gargalhada.
11.
No item a, enquanto as adjetivas explicativas vêm obrigatoriamente entre vírgulas, a oração adjetiva restritiva não
pode separar-se da principal por vírgula, mas, por razão de clareza, admite uma vírgula no seu final. Exemplo: “Os
operários que fizeram greve ontem foram presos”. Não se sabe se o “ontem” se refere ao “fizeram greve” ou a
“foram presos”. Esse dilema se resolve colocando uma vírgula ou depois de “ontem”, ou depois de “greve”.
a) Algumas regiões do Brasil a que (às quais) fui recentemente sofrem as consequências da “indústria da seca”.
c) A TV a cabo apresentou os filmes estrangeiros a que (aos quais) assisti recentemente no cinema.
g) Os desentendimentos, a que (ao quais) João jamais se referiu nas várias conversas que teve comigo, foram
totalmente esquecidos.
12.
a) A oração é “que estava doente”, e seu termo antecedente é “o irmão”. É uma oração restritiva, porque identifica
o irmão que Velho João ia visitar como o que estava doente. Supõe-se que, entre os irmãos, apenas esse havia
adoecido.
b) A oração é adjetiva porque é introduzida pelo pronome relativo “onde”, tem valor de adjunto adnominal e retoma
o termo “um bom almoço em boa paz familiar”. É explicativa porque “onde tudo se esqueceu” é uma explicação
acessória, adicional, daí aparecer entre vírgulas.
c) Esta água salgada, que vai muito longe, por aí afora, é perdição.
agressor, agressão, agressivo processo
intercessão depressão
perversão intromissão
concessão defesa, defensivo
diversão compressão
repreensão apreensão
transgressor, transgressão compulsório
expulso, expulsão compreensão
reversão remessa
regressão, regressivo repressão
1. os versos do poema se ligam todos ao verbo esperar, presente na oração principal (“Esperar junto àqueles”), e as
orações subordinadas adjetivas incluem uma série de expressões com o verbo cair, com significados diversos. No
final do poema, essa série é interrompida e dá lugar à oração subordinada substantiva, que, como as demais, se liga
ao verbo esperar, mas com a função de objeto direto.
Significado das expressões empregadas no poema: cair em si (dar-se conta, perceber); “cair na risada” (começar a rir
de repente); “cair no ridículo” (ser objeto de riso); “cair do cavalo” (surpreender-se de modo negativo); “cair das
nuvens” (espantar-se).
No item a, crase em àqueles (devida ao encontro da preposição a, exigida pelo advérbio junto [junto a], e a vogal a,
que inicia o pronome demonstrativo aqueles).
b) A oração é “que a noite caia”, uma subordinada substantiva objetiva direta, que completa o sentido do verbo
esperar, presente no verso inicial do poema.
2. O antecedente da oração “que tentamos é “estas mensagens”. A segunda oração adjetiva é “que você não
precisa”, cujo antecedente é “um monte de porcarias”.
3. A oração restritiva indica que apenas os ancestrais das aves que viviam no solo resistiram ao impacto do meteoro,
diferenciando-os daqueles das aves que não viviam no solo. Se essa oração fosse explicativa, ela estaria entre
vírgulas e revelaria que os ancestrais de todas as aves conseguiram resistir ao impacto do meteoro, uma vez que os
ancestrais de todas as aves viviam no solo.
1.Alternativa b.
A oração “que ele fazia em casa” retoma o termo “alguns desenhos”; “que publicava a Manchete”, tem como
antecedente o termo “a editora Bloch”; “que observo” retoma o pronome “aquilo”; “que a melhor maneira de
definir minha forma de escrever” completa a oração principal “Sempre acho”, e tem a função de objeto direto.
2. Alternativa c.
A expressão taí corresponde a “está aí”. A frase “com que nunca tive que me preocupar” está no registro formal,
devido ao uso da preposição antes do pronome relativo “que”.
3. Alternativa c.
A oração é adjetiva, pois se refere a um sujeito representado pelo nome próprio Cindy Tian; daí vir entre vírgulas. A
alternativa b é incorreta porque biotecnologia é a locução adjetiva do substantivo professora, que é o núcleo do
sujeito. A opção e é indevida, já que Universidade é parte da locução adjetiva “da Universidade de Connecticut”, que
se refere ao substantivo Cindy Tian.