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Através de uma concepção distribuída, o servidor poderá atender até 400 clientes.
Os clientes poderão acessar o servidor através de PC's comuns ou através de set-top-
boxes, equipamentos desenvolvidos com a finalidade específica de decodificação dos
filmes digitais e conexão com monitores de TV convencionais.
O servidor comunica-se com os clientes através de uma rede de alta velocidade.
Inicialmente o laboratório de VoD do DCC possui para testes uma rede fast-Ethernet e
também uma conexão Myrinet a 1 Gbps.
Os dois elementos principais da arquitetura de software do servidor são o
subsistema de armazenamento em disco e o subsistema de rede. através deles, os
filmes são lidos das matrizes de discos, armazenados na memória principal do
servidor, e em seguida enviados para os clientes pela rede.
Cada filme é colocado no disco através de políticas de lay-out de disco bem
definidas, com a finalidade de se otimizar a leitura, minimizando overheads como
tempo extra gasto realizando seeks. Os filmes são lidos ciclicamente e em blocos de
tamanho constante (CDL), em um escalonamento do tipo Round-Robin, onde o
tamanho do bloco é a quantidade de dado necessária para a decodificação no cliente
em um quantum de tempo.
O filme é enviado ao cliente a uma taxa constante, obtendo-se um tráfego CBR
(Constant Bit Rate). Entretanto, o tráfego de vídeo digital codificado é de natureza VBR
(Variable Bit Rate) . A transformação de uma forma de tráfego para a outra é realizada
no cliente, que possui buffers que permitem a compensação das variações na taxa de
leitura, garantindo a apresentação contínua do filme.
Outro problema significativo no projeto de um servidor de vídeo está na avaliação
dinâmica dos recursos do servidor, para que este possa ser utilizado com eficiência
máxima e ao mesmo tempo garantindo a qualidade de serviço (QoS) ao cliente. São
utilizados algorítmos de controle de admissão para controlar o acesso ao servidor.
Quando um novo cliente acessa o servidor, um módulo de controle de admissão
verifica se existem recursos suficientes, tanto de disco como de rede, para satisfazer o
pedido, mantendo um serviço ininterrupto aos demais clientes. Esses algorítmos
podem ser determinísticos, que dão 100% de garantia de que a QoS vai ser mantida,
ou podem ser estatísticos, que adotam estimativas para variáveis não determinísticas
do sistema e não garantem a QoS, mas permitem uma maior utilização dos recursos
do sistema.
O protótipo atual do servidor básico de vídeo do DCC está em funcionamento e pode
ser demonstrado, podendo suportar um número da ordem de 40 clientes. Esse
protótipo ainda pode ser melhorado na eficiência de utilização dos recursos e vai ser
estendido para uma versão distribuída.