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Orcamento Publico Parte I
Orcamento Publico Parte I
FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte I
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Uma boa maneira de começar a estudar essa matéria é compreender do que ela trata e
saber distingui-la de outras matérias muito similares em termos de assuntos cobrados nos
editais de concursos públicos. Estou me referindo às matérias AFO, Direito Financeiro e Fi-
nanças Públicas, onde, por exemplo, o tema Orçamento Público é normalmente presente.
Em comum temos o fato de que o estudo do Direito Financeiro, de AFO e das Finanças Pú-
blicas tem como objeto a Atividade Financeira do Estado, sendo que o Direito Financeiro tem
uma “pegada” normativa e as Finanças Públicas uma “pegada” normalmente especulativa, ou
seja, não foca em normatização.
Assim, podemos dizer que o Direito Financeiro é mais amplo que AFO, com foco, claro, nas
normas que regulam seu campo de atuação. Na verdade, o estudo de AFO engloba o Direito
Financeiro com uma “pegada” administrativa, ou seja, abrange a atividade financeira do esta-
do, focada em sua aplicação na gestão pública.
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a exe-
cução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a
direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases.
Enquanto o Direito Financeiro foca mais em disciplinar a atividade financeira do Estado de
modo amplo e está mais voltado para uma abordagem legalista e doutrinária, a matéria AFO
possui um enfoque mais orçamentário, exigindo conhecimentos mais aprofundados sobre as
técnicas de orçamentação, adquiridos com a leitura de manuais, especialmente o MTO – MA-
NUAL TÉCNICO DO ORÇAMENTO e o MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO
SETOR PÚBLICO, e normas infra legais sobre o tema.
Bem, devidamente situados, veja agora como a Doutrina conceitua o Direito Financeiro.
O Doutrinador Ricardo Lobo Torres no diz que Direito Financeiro é:
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[...] o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-lhe disci-
plinar a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e os procedimentos
para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos ob-
jetivos do Estado.
Já o para o Doutrinador Kiyoshi Harada é “o ramo do Direito Público que estuda a ativida-
Sucintamente, guarde que podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a
a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases.
to AFO quanto o Direito Financeiro tem como objeto de estudo a Atividade Financeira do Es-
tado - AFE, que, por sua vez, ENGLOBA 4 elementos que estão intimamente ligados:
Direito Financeiro
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GERIR Orçamento/planejamento
OBTER Receita
GASTAR Despesa
CRIAR
Crédito
Entendida essa descrição simplória do que é o Direito Financeiro, vamos ver uma questão
de prova e como a doutrina a conceitua.
Errado.
Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade
financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público
(criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispên-
dio de recursos).
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Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico, que discipli-
na o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por particulares quanto
pelo próprio Estado.
Lembrando o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade financeira
do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessida-
des, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público.
Saúde
Justiça
Etc Segurança Educação
Sociedade Estado
Tributo
Orçamento
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Atividade
financeira
do estado
Orçamento público
Importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade financeira do Estado, o
STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais de Contas têm competência para
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Errado.
Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar crédito pú-
blico, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econômico e social e o bem
comum de sua sociedade.
Logo, é errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal finalidade a arre-
cadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do Estado é promover desen-
volvimento econômico e social e o bem comum de sua sociedade.
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A CF/88 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recepcionou a Lei
4320/64 atribuindo-lhes status de Lei Complementar.
Repare que o artigo 165, § 9º da CF/88 estabelece a competência de lei complementar para:
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Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de
processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples, e mate-
rialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei complementar, com fulcro no
art. 165, § 9º, I, CF/88.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual ordena-
mento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de lei complementar,
somente poderá ser alterada por uma lei federal de mesma matéria, e lei complementar.
Importante deixar claro que o Direito Financeiro, e, por tabela, também AFO e o Orçamento
Público, não são normatizados apenas pela CF/88 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Comple-
mentar n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF) também tem relevante importância.
Além dessas 2 Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA que serão
apresentadas ao longo do curso.
Ao longo do curso também faremos menções às jurisprudências mais significativas do
STF e a dispositivos infra legais como Decreto 93.872/86 e os Manuais MTO – Manual Técni-
co do Orçamento e MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Veja a pirâmide das fontes do Direito Financeiro e Orçamentário:
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suple-
mentar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II artigo 24 da CF/88,
especialmente o que revela o 4º:
Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas existe a
possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito financeiro, conforme
disposição expressa do art. 30, II, CF/88. Confira:
Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceito que existe com-
petência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/88.
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Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à União esta-
belecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que foi estabelecido
pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União desde 1964. Trata-se da Lei n.
4.320/1964, lei federal de normas gerais de direito financeiro, de abrangência nacional, vincu-
lando, portanto, todos os entes políticos.
Importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concorrente, cabe à União
legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 24, § 1º, CF/88), e o Estado/DF mantém
competência suplementar (art. 24, § 2º, CF/88), tendo os municípios a prerrogativa constitu-
cional de suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, conforme já explanado
(art. 30, II, CF/88), com apoio da Doutrina, embora não pacífica.
E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria competência le-
gislativa plena (art. 24, § 3º, CF/88), o que significaria a possibilidade jurídica de editar lei de
normas gerais de direito financeiro para atender a suas peculiaridades?
Sim! Se ligue! Mas como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas
Gerais (Lei n. 4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que mesmo diante dessa possibilidade, se depois
sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais de direito financeiro,
as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão a sua eficácia suspensa, sendo
válidas apenas as disposições normativas que não contrariarem as federais editadas, pois a
superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que
lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF/88).
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Errado.
Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no artigo 24 da CF/88, com grifos nossos:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
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Tenha em mente que, basicamente, no artigo 163 são relacionadas as matérias relativas
às Finanças Públicas que necessariamente devem ser objeto de Lei Complementar.
DICA!
Entenda e memorize tais matérias, pois esse ponto é muito
cobrado em prova.
Importante destacar ainda que o Supremo Tribunal Federal – STF já se manifestou (STF,
ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000) no sentido de que que as matérias relacionadas no artigo
163 da CF/88 podem ser reguladas por lei complementar de maneira fragmentada, ou seja, o
caput do mencionado artigo NÃO se refere a uma única LC - Lei Complementar, podendo, em
verdade, serem editadas algumas LCs para abarcar todas as matérias relacionadas.
Importante destacar ainda que o termo “finanças públicas” do inciso I, é bem amplo. Assim, en-
tende-se que os demais incisos do Artigo 163 podem ser considerados abrangidos por esse termo.
Atualmente no Brasil, temos em vigência a Lei n. 4.320/1964 é que estatui Normas Ge-
rais sobre Finanças Públicas e Direito Financeiro, também conhecida como lei do orçamento
público, que é uma lei originalmente ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vincu-
lando todos os entes políticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios. Mesmo sendo
uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei n. 4.320/1964 somente
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poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constituição, por uma lei complementar tanto
quanto à forma e quanto à matéria.
Guarde que basicamente que no artigo 164 da CF/88 temos aspectos constitucionais re-
lacionados ao BACEN - Banco Central.
Nessa seara é importante lembrar que de acordo com o inciso VII do artigo 21 da nossa
Carta Magna, é competência exclusiva da União emitir moeda, sendo tal competência é exer-
cida exclusivamente pelo BACEN.
Guarde ainda que no § 1º do artigo 164 temos a vedação expressa para que o BACEN
conceda, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira.
Ora, como até a promulgação da CF/88, o BACEN podia fazer empréstimos ao Tesouro Na-
cional, ao BACEN era permitido aumentar a oferta de moeda para gerar recursos para empres-
tar ao Tesouro e com o aumento de moeda em circulação no mercado, a inflação aumentaria
em função da desvalorização da própria moeda em virtude da sua abundância.
Importante ter em mente que essa vedação feita pela CF/88 reforçou o papel de autorida-
de monetária do BACEN em consonância com o CMN – Conselho Monetário Nacional.
Já o § 2º do artigo 164 permite ao BACEN comprar e vender títulos de emissão do Tesouro
Nacional, desde que o objetivo da transação seja especificamente o de regular a oferta de
moeda ou a taxa de juros. Ou seja, a ideia é que os títulos do Tesouro Nacional não sejam um
meio do BACEN simplesmente emprestar dinheiro ao Tesouro Nacional.
O § 3º costuma ser muito cobrado em prova. Por meio dele a o Constituinte determinou
que as disponibilidades de caixa da União sejam depositadas no BACEN.
No caso das disponibilidades de caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, a determina-
ção é de que sejam depositadas em instituições financeiras oficiais, respeitando as exceções
previstas em lei. Note que, desde que haja previsão legal, existe sim a possibilidade de que as
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Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacio-
nal e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o ob-
jetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
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Certo.
Exato. Confira o diz parágrafo 3º do artigo 164 da nossa CF/88:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Vamos agora conhecer os 5 artigos da CF/88 que tratam de Orçamento Público de modo
amplo. A leitura dos artigos e o conhecimento da sua literalidade são muito importantes.
Após a leitura dos artigos, teremos, posteriormente, oportunidade de conhecê-los melhor e
colocá-los em prática.
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§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem
como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os
meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços
à sociedade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias: (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito)
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Importante destacar que o artigo 165 da CF/88, em seu § 9º, estabelece a competência de
lei complementar para:
Destaque-se que essa Lei Complementar ainda não foi promulgada, tendo seu papel sido
exercido pela Lei n. 4.320/1964 já comentada anteriormente.
Esse artigo 165 será exaustivamente trabalhado quando estudarmos os Instrumentos de
Planejamento e Orçamento (Leis Orçamentárias) em aula posterior.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
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I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresenta-
das anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atua-
ção das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e aprecia-
das, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor mo-
dificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual se-
rão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complemen-
tar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 10 A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, in-
clusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a
destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 86, de 2015)
§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa
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da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 12 A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 13 As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 100, de 2019)
§ 14 Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução
deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e ve-
rificação de eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à
viabilização da execução dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 100, de 2019)
I – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
II – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) )
III – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 16 Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos
§§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da
adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente
líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 17 Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12
poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6%
(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as progra-
mações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as progra-
mações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 18 Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumpri-
mento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes
previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limita-
ção incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 100, de 2019)
§ 19 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apre-
sentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 20 As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investi-
mentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido inicia-
da, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão
da obra ou do empreendimento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
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Errado.
Basta lembrar do artigo 166, caput, da CF/88 que diz:
“Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamen-
to anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum”.
Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar onde deveria constar Senado Federal.
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual
poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – transferência especial; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado,
do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa
com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado,
vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no paga-
mento de: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
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§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração
de convênio ou de instrumento congênere; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e (Incluído pela Emen-
da Constitucional n. 105, de 2019)
III – serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste ar-
tigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da exe-
cução orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os
recursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 105, de 2019)
II – aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n. 105, de 2019)
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se
refere o inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
Obs.: ainda nessa aula vamos conhecer um pouco mais sobre a Emenda Constitucionais
86/2015, 100/2019 e 105/2019, e na aula seguinte vamos nos aprofundar no estudo
desse artigo.
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sos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino
e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente,
pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por anteci-
pação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indica-
ção dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, in-
clusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por anteci-
pação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para paga-
mento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a,
e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previ-
dência social de que trata o art. 201.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exer-
cício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevi-
síveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, obser-
vado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts.
155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de
garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inova-
ção, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste
artigo.
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Certo.
Amigo(a), o lance aqui é que a EC 85/2015 incluiu o § 5º no artigo 167 da CF/88 que é uma
exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com base na ideia de que essa área precisa de um pouco mais de flexibilidade que
as demais. Confira, novamente, com grifos nossos:
Analisando o conteúdo dos incisos de parte do artigo acima transcrito, podemos ver que
o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realização de des-
pesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais, o efetivo gasto e, assim,
a execução do projeto, somente poderão ir adiante se houver previsão específica quanto às
receitas e despesas na LOA, em consonância com o princípio da universalidade.
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Errado.
Não existe exceção! O início de programas e projetos não incluídos na LOA é vedado pela CF!
Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas! De acordo com a “Regra de Ouro”
das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito não poderá ser superior ao
montante das despesas de capital, a não ser que haja autorização específica pelo Poder Le-
gislativo, por maioria absoluta, mediante crédito adicional suplementar ou especial, com fi-
nalidade precisa. Ela tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam no
mesmo patamar do gasto com investimentos.
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Certo.
Sim, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a instituição de fundos
de qualquer natureza, já que a constituição, em seu artigo 167, inciso IX, veda a instituição de
fundos sem prévia autorização legislativa.
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Seguindo nossa análise dos dispositivos do artigo 167 da CF/88, chegamos ao inciso XI,
que limita a utilização dos recursos/receitas decorrentes da arrecadação de contribuições
destinadas ao financiamento da Seguridade Social ao pagamento do regime geral de previ-
dência social, disciplinado no artigo 201 da CF/88.
Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos, a regra é a da não vinculação, quan-
do se trata da disciplina das contribuições, a norma constitucional é inversa: deve haver vin-
culação à finalidade pela qual o tributo foi exigido.
Importante deixar registrado também que o STF firmou JURISPRUDÊNCIA acerca do ar-
tigo 169, § 1º, DA CF/88, entendendo que a ausência de dotação orçamentária prévia em
legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo
tão somente a sua aplicação naquele exercício financeiro. Assim, caso uma lei conceda um
aumento de remuneração a servidores sem dotação suficiente na LOA ou sem autorização na
LDO, ela não será declarada inconstitucional.
Nesta linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser aplicada na-
quele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação na LOA, e autorização
na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.
O mais curto de nossa aula! Vamos fazer a leitura e, em seguida, ver o posicionamento do STF:
De acordo com o STF, cujo trecho do MS 34.483 (Min. Dias Toffoli, j. 22-11-2016, 2ª T, DJE
de 8-8-2017) a seguir reproduzimos:
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Vamos fazer a leitura e, em seguida, apresentar algumas considerações acerca desse artigo.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-
pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas fede-
rais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referi-
dos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ado-
tarão as seguintes providências:
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I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegu-
rar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, veda-
da a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de
quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto
no § 4º.
A Carta Magna, em seu artigo 169 determina o estabelecimento de limites para as despe-
sas com pessoal ativo e inativo da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a
partir de lei complementar, e o seu § 2º determina que decorrido o prazo estabelecido na Lei
Complementar, ou seja, na LRF, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas
federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem
os referidos limites.
Note que o § 1º do artigo 169 da nossa Carta Magna nos diz que os aumentos de despe-
sas com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos se houver
prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes ou se houver autorização específica na LDO, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Ainda no que concerne a aumento de despesa com pessoal, guarde que é nulo de pleno
direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias anterio-
res ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
Guarde também que a CF/88 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionis-
ta, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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A LRF estabeleceu os limites máximos para a despesa total com com pessoal de cada
Poder e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as
despesas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.
Importante destacar que a LDO de cada Ente Federado pode definir limites inferiores aos es-
tabelecidos na LRF. A própria LRF estabeleceu como limite de alerda 90% do limite que não
poder ser ultrapassado.
Certo.
Para responder essa questão precisamos conhecer os dispositivos constitucionais que tra-
tam das regras de aumento das despesas com pessoal ativo e inativo no âmbito da União,
Estados, DF e Municípios, presentes no artigo 169 da nossa CF/88.
Assim, precisamos conhecer quais são as situações em que são permitidas as concessões de
vantagens ou afins que causem aumentos nas despesas com pessoal.
Nessa toada, temos no inciso I desse dispositivo a exigência de dotação orçamentária prévia
e suficiente para atender as projeções de despesa com pessoal decorrentes das concessões
das vantagens, aumentos EFETIVOS de remuneração, criação de cargos e etc., mais quais-
quer acréscimos decorrentes dessas projeções.
Entretanto, a variação do poder aquisitivo da moeda (inflação) não se enquadra como aumen-
to efetivo já que não pode ser tratada como uma recomposição salarial efetiva, mas apenas
como uma recomposição ou revisão geral anual.
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Em suma, leve para a prova que não se exige dotação orçamentária prévia no caso das varia-
ções das despesas com pessoal decorrentes de efeitos inflacionários.
Nós sabemos que os gastos com a folha de pagamento de pessoal e inativos e pensionis-
tas representam o “carro chefe” das despesas de todo o setor público brasileiro. Assim, uma
das regras básicas da Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito à imposição de limites para
os gastos com pessoal.
A definição desse limite é um verdadeiro princípio e busca simplesmente permitir que o
gestor público cumpra o papel que a sociedade lhe atribuiu: proporcionar bem-estar à popu-
lação, a partir dos recursos que lhe são entregues na forma de tributos.
Existe jurisprudência do STF no sentido de que a conduta de outros órgãos sobre os quais
o Poder Executivo não pode exercer ingerência não lhe pode trazer tais consequências da-
nosas, ou seja, o descumprimento de limites de gastos previstos na legislação orçamentária
realizado pelos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público Estaduais, órgãos dotados
de autonomia institucional e orgânico-administrativa, não pode ensejar a inscrição do Poder
Executivo do estado-membro nos sistemas restritivos ao crédito utilizados pela União.
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Outra forma de vermos o orçamento é como um processo mais amplo, englobando tam-
bém o PPA e a LDO:
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sistema
misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país,
assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia
das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.
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Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna trazida pela EC 100/2019,
quando as emendas impositivas resultarem em transferências obrigatórias a Estados e
Municípios, os recursos transferidos não integram a RCL – Receita Corrente Líquida dos
entes destinatários.
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Além dessas novidades, a EC 100/2019, em seu § 17 do artigo 165, dispôs acerca dos
restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinando que os restos a pagar pro-
venientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas
individuais e de bancada) poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de bancada.
Atente, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%, respectiva
dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de bancada) podem ser des-
tinadas para o pagamento de restos a pagar.
Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os
ditames da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ainda temos o § 19 do artigo 165 que dispôs acerca do critério equitativo para execução
das emendas, definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório
que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às
emendas apresentadas, independentemente da autoria.
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Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a trans-
ferência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de convênio ou
instrumento similar com um órgão público intermediário.
A ideia é que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos Estados, DF e Municípios traga agilidade e melhoria nos
serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.
Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com vin-
culação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso livre (trans-
ferência especial) sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos de transferências: a
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especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o parlamentar encaminha
recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade definida, que é quando a
ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de junho e que
70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão que ser utilizados
em investimentos.
DICA!
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar encar-
gos sociais e também não poderão ser usados para pagar ju-
ros da dívida.
De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão dei-
xar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de endividamento
e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019 podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial - o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de con-
vênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo;
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capi-
tal, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio,
como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras;
• Cooperação técnica - o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.
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Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime
Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal cor-
responderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma es-
tabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que
a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
O chamado novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “restos a
pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e ain-
da não pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão em legislação infraconstitucional, de-
terminando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano
anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orçamento público embora
tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora não pacífica,
é a de que o orçamento público, no Brasil, é lei em sentido formal.
Esse é o posicionamento do STF atualmente, para a Magna Corte, o orçamento público, no
Brasil, é lei em sentido formal. Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionali-
dade de uma lei orçamentária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049).
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Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”, ou
“forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo. A LOA pode ser chamada
de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma (aprovada pelo Legislativo), mas
não quanto à matéria.
Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstração e generali-
dade, não tendo destinatário certo. É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como
por exemplo, o Código Penal Brasileiro, tipifica o crime de furto, elenca explicitamente o tipo
penal como “subtrair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o
ilícito, não mencionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa
alheia móvel de terceiro, estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma
norma genérica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
Errado.
Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público é
uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva que
apenas afirme ou negue esse aspecto.
Assim, a assertiva acima afirmou que é uma lei formal, mas botou uma casca de banana na
parte final: “ mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível de
hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
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Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 408 e 409 do STF, é que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata
de constitucionalidade, e, por tabela, a lei orçamentária PODE hospedar normas gerais ou
abstratas próprias de lei em sentido material.
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).
O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve que:
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É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.
DICA!
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar, apre-
sentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos do Presi-
dente da República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc.
Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência pri-
vativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação. Entre-
tanto, muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de forma indistinta. Registre
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que o fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente da República, no caso da União, dentre
outras características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.
Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Fique
atento, não vacile, marque falsa! Só quem envia é o Presidente da República!
A Lei Orçamentária Anual -LOA é o orçamento público propriamente dito, devendo conter
exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto
para a receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
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Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de elabo-
ração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificadamente explicada da se-
guinte forma.
Pense no seu orçamento familiar, onde são orçados os gastos do mês em função das re-
ceitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante ao à ideia do seu orçamen-
to familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia...
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Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão entre
planejamento e orçamento, formando assim, o poderíamos chamar de binômio inseparável.
Na verdade a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver pla-
nejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-programa e Implementa-
ção das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu instituir o Orçamento-pro-
grama, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais proble-
mas da economia brasileira tem sido a deficiência ou até mesmo a ausência de planejamento
de longo prazo.
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RESUMO
A Atividade Financeira do Estado – AFE consiste em obter, criar, gerir e despender o di-
nheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras
pessoas de direito público.
As Finanças Públicas, o Orçamento Público, a AFO e o Direito Financeiro em especial,
encontra sua “gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os
artigos 163 e 169
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de recei-
tas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe au-
toriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina
administrativa.
Importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato de lei, sen-
do aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas em
sentido formal.
A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concorrente da União,
Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24, I e II; e § 1º a 4º da CF/88. Apesar de não
fazer menção explícita aos municípios, existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios
e específicos de direito financeiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/88.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de recei-
tas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe au-
toriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina
administrativa.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamentárias, porém
nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do Presidente da Repúbli-
ca (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Mas quem tem competência para dispor sobre orçamento
público no Brasil, é exclusivamente do Congresso Nacional.
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PLANO DE AÇÃO
INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO
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MAPAS MENTAIS
Finanças Públicas e Orçamento Público na CF/88
Receita Pública
Crédito Público CE/88 – artigo 165 a 169
Atividade Financeira do Embasamento
Gestão do Orçamento Público Estado Constitucional e Legal Lei n. 4.320/1964
Despesa Pública LRF
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Relação de operações de
créditos que excedam o
montante das despesas
de capital, ressalvadas as
Utilização, sem autorização
autorizadas mediante créditos
legislativa específicas, de
suplementares ou especiais
recursos dos orçamentos
com finalidade precisa,
fiscal e da seguridade social
aprovados pelo Poder
para supri necessidade ou
Legislativo por maioria Realização de despesas ou
cobrir deficit de empresas,
absoluta. a assunção de obrigações
fundações e fundos
diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais.
A instituição de
fundos de qualquer
natureza, sem prévia A transferência voluntária de
autorização legislativa recursos e a concessão de
empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos
A realização de despesas governo federal e estaduais e
distintas do pagamento suas instituições financeiras,
de benefícios do regime para pagamento de despesas com
geral de previdência pessoal ativo, inativo e pensionista,
social com recursos Vedações constitucionais dos Estados, do DF e dos Municípios.
provenientes das em matéria orçamentária
contribuições social (art. 167 da CF/1988)
A abertura de crédito
extraordinário somente
será admitida para atender Nenhum investimento cuja execução
a despesas imprevisíveis e ultrapasse um exercício financeiro
urgentes, como as decorrentes poderá ser iniciado sem prévia
de guerra, comoção interna ou inclusão no plano plurianual, ou
calamidade pública sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade
A transposição, o
remanejamento ou a Início de programas ou projetos
transferência de recursos de não incluídos na LOA
uma categoria de programação
para outra poderão ser
admitidos, no âmbito das
atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o
objetivo de projetos restritos
a essas funções, mediante
ato do Poder Executivo,
sem necessidade da prévia
autorização legislativa
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FUMARC/CM-CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO/ADVOGADO/2016) A respeito
dos orçamentos públicos, é CORRETO afirmar:
a) É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fina-
lidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria simples.
b) É vedada a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários, mas permite-se a realização de despesas que ultrapassem os crédi-
tos adicionais.
c) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de pro-
gramação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa.
d) A abertura de crédito extraordinário somente será admitida após autorização prévia do
Poder Legislativo e desde que para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
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a) V, V, V
b) V, F, V
c) F, V, F
d) V, V, F
e) F, V, V
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d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Senado Federal, en-
quanto os projetos de lei relativos às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos cré-
ditos adicionais serão apreciados pela Câmara dos Deputados.
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d) Incluir na lei que institui o plano plurianual, as diretrizes básicas e o orçamento anual dis-
positivo que autorize a contratação de servidores não estáveis em até vinte por cento acima
do quadro de servidores estáveis.
e) Os limites não são estabelecidos em lei complementar, mas na lei que institui o plano plu-
rianual, as diretrizes básicas e o orçamento anual.
Marque:
a) Apenas as afirmações I e III estão corretas
b) Todas as afirmações estão corretas
c) Apenas a afirmação I está incorreta
d) Apenas a afirmação II está correta
e) Todas as afirmações estão incorretas
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Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodé-
cimos, na forma da lei complementar.
b) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos su-
plementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Mi-
nistério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 15 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei ordinária.
c) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, excluídos os créditos suplemen-
tares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodé-
cimos, na forma da lei ordinária.
d) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos su-
plementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Mi-
nistério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar.
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b) serviço da dívida;
c) programas sociais;
d) transferências tributárias para outros Municípios;
e) dotações para encargo de pessoal.
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b) incorreto, pois os recursos destinados à implementação dos programas sociais não pode-
riam resultar da anulação, ainda que parcial, das despesas com pessoal.
c) correto, pois esta somente está autorizada a destinar recursos à implementação de progra-
mas sociais caso resultem da anulação de despesas com pessoal.
d) incorreto, pois o projeto de lei orçamentária anual apresentado pelo chefe do Poder Execu-
tivo não pode sofrer alterações no Legislativo.
e) correto, pois esta somente pode criar uma despesa quando indica os recursos necessários,
os quais devem resultar da anulação de outra, qualquer que seja ela.
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b) o Município considere, como integrante da base de cálculo da receita corrente líquida para
fins de aplicação do limite de despesa de pessoal fixado em lei complementar, a transferên-
cia da União relativa à execução de programação orçamentária proveniente da aprovação de
emenda parlamentar individual ao projeto de lei orçamentária federal.
c) haja o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra, mediante
ato do Poder Executivo, independentemente de prévia autorização legislativa, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de realizar projeto restrito a uma
dessas funções.
d) haja vinculação de receitas geradas pelo produto da arrecadação do imposto do Estado
sobre a propriedade de veículos automotores pertencente ao Município para o fim de paga-
mento de débitos do Município para com o próprio Estado.
e) o servidor público municipal não estável seja exonerado, a fim de o Município cumprir limite
de despesa com pessoal estabelecido em lei complementar, mediante indenização corres-
pondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
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a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação de receita
tributária a órgão, fundo ou despesa.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a arrecadação de taxa não pode ser
vinculada a órgão, fundo ou despesa, mas apenas a arrecadação de impostos para os fins
previstos na Constituição Federal.
c) compatível com a Constituição Federal, devendo o fundo ser instituído mediante prévia
autorização legislativa.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação da arrecada-
ção de taxa a órgão, fundo ou despesa até 31 de dezembro de 2023.
e) compatível com a Constituição Federal, podendo o fundo ser constituído por decreto, inde-
pendentemente de autorização legislativa.
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com a execução do programa não foram previstos na lei orçamentária anual vigente, assim
como não há previsão de dotações orçamentárias suficientes para atender às projeções de
despesa de pessoal relativas às admissões de servidores públicos. Considerando que essas
medidas são urgentes e de excepcional interesse público em face do expressivo aumento da
litigiosidade, o Tribunal pretende executá-las sem que sejam alteradas as disposições da lei
orçamentária, assim como dispensará a abertura de créditos adicionais, inclusive os extraor-
dinários. Nessa situação, a Constituição Federal
a) permite que seja iniciada a imediata execução do programa e que sejam realizadas despe-
sas com a admissão de servidores públicos, uma vez que se trata de situação de excepcional
interesse público.
b) permite que seja implementado o programa e que sejam realizadas despesas com a ad-
missão de servidores públicos, desde que sejam autorizados por medida provisória.
c) veda que seja implementado o programa, mas permite que sejam realizadas as despesas
com a admissão dos servidores públicos, uma vez que as limitações constitucionais ao au-
mento de despesas com pessoal não se aplicam aos gastos do Poder Judiciário.
d) permite que seja implementado o programa, mas veda que sejam realizadas as despesas
com a admissão dos servidores públicos, uma vez que haverá aumento de despesas com
pessoal não previstas em orçamento.
e) veda que seja implementado o programa, assim como que sejam realizadas as despesas
com a admissão dos servidores públicos.
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c) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efetivos, mas
pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos públicos em comissão, obser-
vados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.
d) pode justificar a colocação de servidores titulares de cargos públicos efetivos em disponi-
bilidade, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de remune-
ração mensal proporcional ao tempo de serviço.
e) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efetivos, nem de
servidores titulares de cargos públicos em comissão.
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GABARITO
1. C 18. D 35. B
2. C 19. C 36. B
3. D 20. C 37. D
4. D 21. B 38. E
5. D 22. C 39. D
6. E 23. C 40. D
7. B 24. D 41. A
8. C 25. E 42. B
9. A 26. B 43. D
10. A 27. A 44. C
11. C 28. C 45. B
12. A 29. C 46. E
13. A 30. B 47. E
14. B 31. A 48. A
15. D 32. C 49. D
16. B 33. B 50. C
17. B 34. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FUMARC/CM-CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO/ADVOGADO/2016) A respeito
dos orçamentos públicos, é CORRETO afirmar:
a) É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fina-
lidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria simples.
b) É vedada a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários, mas permite-se a realização de despesas que ultrapassem os cré-
ditos adicionais.
c) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de pro-
gramação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa.
d) A abertura de crédito extraordinário somente será admitida após autorização prévia do
Poder Legislativo e desde que para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Letra c.
A regra geral é a proibição, sem autorização legislativa, de transposição, remanejamento ou
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra. Entretanto, existe
dispensa desta autorização no âmbito da ciência, tecnologia e Inovação. Confira na CF/88,
com grifos nossos:
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a) Incorreta. Já que a aprovação deve ser por maioria absoluta, conforme CF/88:
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provi-
sórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
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para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, desde que
previsto no plano plurianual.
Letra c.
Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.
I – Incorreta. Já que temos exceções previstas na própria CF/88:
Art. 167 § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
Art. 167 § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
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Letra d.
Todas estão certas, com exceção da letra d. Na verdade as disponibilidades de caixa dos en-
tes, conforme já se pronunciou a jurisprudência do STF, poderá ocorrer tanto em instituições
financeiras públicas, como privadas, de acordo com redação do art. 164, §3º, da CF/88. Con-
fira, com grifos nossos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do poder público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
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Letra d.
Confira a resposta no artigo 165, Parágrafo 3º da CF/88, com grifos nossos:
Art. 165 - § 3º - O Presidente da República publicará, até 30 dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido de execução orçamentária.
Letra d.
A nossa Carta Magna em seu artigo 67, §4º, permitiu a vinculação de receitas próprias ge-
radas pelos impostos previstos pelo artigo 155 (impostos estaduais) e artigo 156 (impostos
municipais) dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação
de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. Confira
com grifos nossos:
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Note que concerne às outras alternativas, note que elas corretamente relacionaram as ve-
dações estabelecidas pela Constituição Federal no que concerne às finanças e orçamento
público, conforme se depreende da leitura do artigo 167, da CF/88 em seus incisos I, II, III e X.
Letra e.
Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente.
(F) já que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre.
Letra b.
Está de acordo com a literalidade da CF/88. Confira, com grifos nossos:
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orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributá-
ria e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.
Resposta na literalidade da CF/88. Confira, com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
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Letra a.
A resposta da questão está na literalidade do artigo 165, 3º, da CF/88 que dispõe acerca da
obrigação do poder executivo de publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimes-
tre, o RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
Vamos a associar o texto constitucional aos erros das demais alternativas:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado. (Erro da D)
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre: (Erro da E)
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Letra a.
Resposta na literalidade do artigo 167 da CF/88. Confira, com grifos nossos:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
Letra c.
A alternativa correta é a letra C que nos traz a famosa regra de ouro presente em nossa CF/88,
que proíbe a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas apenas os casos previstos no próprio texto Constitucional.
a) Incorreta. Já que de acordo com a CF/88, em seu artigo 167, inciso I, é proibido o início de
programas ou projetos não incluídos na LOA - Lei Orçamentária Anual.
b) Incorreta. Já que de acordo com a CF/88, em seu artigo 167, inciso VI, é proibida a trans-
posição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
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d) Incorreta. Já que de acordo com a CF/88, em seu artigo 167, inciso VII, é proibida a conces-
são ou utilização de créditos ilimitados.
e) Incorreta. Já que já que de acordo com a CF/88, em seu artigo 166, § 8º, os recursos que,
em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos espe-
ciais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
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Letra a.
Questão que aborda os 3 principais instrumentos de planejamento orçamentário previstos
em nossa CF/88. A letra A é a correta.
DICA!
PPA - DOM (Diretrizes, Objetivos e Metas) - Idealiza
LDO - MP (Metas e Prioridades) - Prioriza
LOA - Prevê Receita, Fixa Despesa - Concretiza
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
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Assinale a alternativa que apresenta as providências que a União, os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios adotarão para o cumprimento destes limites durante o prazo fixado na
lei complementar.
a) Redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções
de confiança e exoneração dos servidores não estáveis.
b) Incluir na lei que institui o plano plurianual, as diretrizes básicas e o orçamento anual dis-
positivo que autorize ultrapassar os limites em até vinte por cento e exoneração dos servido-
res não estáveis.
c) Redução em até vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de con-
fiança e não contratação de servidores não estáveis.
d) Incluir na lei que institui o plano plurianual, as diretrizes básicas e o orçamento anual dis-
positivo que autorize a contratação de servidores não estáveis em até vinte por cento acima
do quadro de servidores estáveis.
e) Os limites não são estabelecidos em lei complementar, mas na lei que institui o plano plu-
rianual, as diretrizes básicas e o orçamento anual.
Letra a.
De acordo com a nossa CF/88, em seu artigo 169, duas são as providências que os entes fe-
derativos devem adotar:
• redução de até 20%dos cargos em comissão e função de confiança; e
• exoneração de servidores não estáveis. Caso essas duas medidas não sejam suficien-
tes, serão exonerados os servidores estáveis.
Confira, com grifos nossos:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-
pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
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Marque:
a) Apenas as afirmações I e III estão corretas
b) Todas as afirmações estão corretas
c) Apenas a afirmação I está incorreta
d) Apenas a afirmação II está correta
e) Todas as afirmações estão incorretas
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Letra b.
A resposta está na literalidade do artigo 165, parágrafo 5º, da CF/88. Confira:
Letra d.
Resposta exigiu apenas conhecimento literal da nossa Carta Magna. De acordo com o ar-
tigo 168, caput, da nossa CF/88, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
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Letra b.
Questão do tipo “cara crachá” em que a FGV cobrou o conhecimento da literalidade do § 1º do
artigo 167 da nossa CF/88. Confira:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
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Letra b.
Não se esqueça que a nossa CF/88 veda a realização de operações de crédito para cobrir des-
pesas (art. 167, III), bem como o remanejamento de créditos orçamentários sem autorização
legislativa (art. 167, VI, CF). Nessa toada, no caso em tela, o Município não poderia remanejar
recursos para a compra de móveis solicitada, sem autorização legislativa específica. Confira
no artigo 167, II, da CF/88, com grifos nossos:
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Letra d.
De acordo com o artigo 165 da nossa Constituição Federal, todos os instrumentos são elabo-
rados por iniciativa do Poder Executivo. Confira com grifos nossos:
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Letra c.
Com exceção da alternativa C (programas sociais), todas as alternativas estão erradas, já que
são vedações contidas no texto constitucional. Confira o artigo 166, § 3º, II, da nossa CF/88,
com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra c.
A emenda parlamentar da questão em tela é SIM compatível com o PPA e com a LDO, podendo
ser aprovada se apresentar os recursos orçamentários necessários. Assim, esses devem ser
provenientes de anulação de despesas, conforme manda o artigo 166, §3º, I e II, da CF/88.
Perceba que pelo fato da aquisição de bens de capital não estar elencadas no rol do inciso
II abaixo transcrito não há impedimento quanto à anulação desta despesa. Confira, com
grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal.
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
d) incorreto, pois o projeto de lei orçamentária anual apresentado pelo chefe do Poder Execu-
tivo não pode sofrer alterações no Legislativo.
e) correto, pois esta somente pode criar uma despesa quando indica os recursos necessários,
os quais devem resultar da anulação de outra, qualquer que seja ela.
Letra b.
A CF/88 veda esse tipo de remanejamento orçamentário em seu art. 166, § 3º, II, “a”. Confira
com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde), veio a
consagrar, ainda que parcialmente, aquilo que em sede doutrinária convenciona-se denomi-
nar orçamento:
a) facultativo;
b) discricionário;
c) impositivo;
d) autorizativo;
e) formal.
Letra c.
Com a Emenda Constitucional n. 86/2015, apelidada de PEC do Orçamento Impositivo, que
torna obrigatória a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária no limite
de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo, sendo que
a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde, apenas uma
pequena parte do orçamento deixou de ser autorizativo e passou a ser impositivo.
Letra c.
É só lembrar do § 5º do artigo 165 da nossa CF/88 que nos diz:
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra e.
Na verdade, embora os poderes Executivo e Legislativo exerçam os papéis mais relevantes nes-
se processo, o Poder Judiciário e o Ministério Público também possuem responsabilidades na
elaboração dos instrumentos de planejamento, já que todos os Poderes e o Ministério Público
elaboram suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério da
Economia que incorporou a pasta do Planejamento, Orçamento e Gestão – antigo MPOG).
Letra d.
A resposta está na literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/88. Repare com grifos nossos:
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra b.
A resposta da questão está na literalidade do artigo 165, §5º, I, II e III da CF/88. Confira com
grifos nossos:
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
c) Incorreta. Já que essa competência é da LDO, segundo o artigo 165, §2º da CF/88, anterior-
mente reproduzida.
d) Incorreta. Já que tais normas serão estabelecidas por lei complementar, conforme previsão
do artigo 165, § 9º, II. Confira com grifos nossos:
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra a.
Conforme dispõe o artigo 167, X, da CF/88, é proibida a realização de transferências voluntárias
(aquelas feitas por convênios, acordo ou ajuste) da União para os Estados e dos Estados para
os municípios para a realização de despesas correntes de pessoal. Confira com grifos nossos:
b) Incorreta. Já que a nossa Carta Magna não admite a acumulação de dois cargos técnico-
-científicos, ainda que haja compatibilidade de horários, conforme artigo 37, XVI.
c) Incorreta. Já que a regra é a de que os cargos e as funções da administração pública direta
e autárquica só podem ser criados mediante lei de iniciativa do Presidente da República, con-
forme determina o artigo 61, §1º, II da nossa CF/88. Além disso, quando o cargo ou a função
está vago, pode ser extinto mediante decreto, também de iniciativa do Presidente da Repúbli-
ca, como dispõe o artigo 84, VI da CF/88.
d) Incorreta. Já que é possível sim vincular imposto para as ações de serviço em saúde ou
manutenção e desenvolvimento de ensino como dispõe o artigo 167, IV da CF/88. Além disso,
o artigo 212 da CF fortalece mais essa possibilidade, transformando-se em obrigatoriedade.
e) Incorreta. Já que para viabilizar projetos vinculados à área de ciência, tecnologia e inova-
ção é permitido o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra
sem autorização legislativa, como medida de eficiência do setor, conforme previsão do artigo
167, § 5º da CF/88, incluído pela Emenda Constitucional 85/2015.
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra c.
Até antes da entrada em vigência da Emenda Constitucional n. 86/2015, o nosso orçamento
era pacificamente considerado “autorizativo”, assim, até então, a não execução de um crédito
orçamentário autorizado pela LOA não era considerado crime de responsabilidade. Mas isso
mudou com a entrada em vigor da mencionada Emenda à Constituição, e, atualmente, o orça-
mento é considerado, em parte, impositivo.
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Orçamento Público – Parte I
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Letra c.
Para acertar essa questão é necessário ter em mente as modificações que a Emenda Consti-
tucional 85/2015 trouxe para o artigo 167 da nossa CF/88, especialmente a exceção à veda-
ção do inciso VI, quando introduziu o § 5º no artigo 167. Confira:
a) Incorreta. Já que com a EC 86/2015, a execução da programação orçamentária das Emen-
das Parlamentares individuais, aprovadas na forma do artigo 166, § 2º, 3º e 4º da CF/88, pas-
sou a ser impositiva/obrigatória.
b) Incorreta. Já que, em verdade, tal parcela deve ser excluída do cálculo da RCL – Receita
Corrente Líquida, conforme artigo 166 § 13 da CF/88
d) Incorreta. Já que de acordo com o artigo 167, § 4º, da nossa Constituição Federal de 1988,
é sim permitida a vinculação de tais receitas transferidas na forma do artigo 158, III, relativas
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Orçamento Público – Parte I
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à quota do IPVA pertencente aos municípios para a prestação de garantia ou contra garantia
à União e para pagamento de seus débitos.
e) Incorreta. Já que no artigo 169, § 4º, da CF temos a possibilidade de perda do cargo do ser-
vidor público estável, por excesso de despesas de pessoal, além das hipóteses previstas no
artigo 41, § 1º, da nossa Carta Magna.
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Orçamento Público – Parte I
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Letra b.
Ao promover a redução em 30% das despesas com cargos em comissão e funções de con-
fiança, além de ter exonerado servidores ocupantes de cargos efetivos há menos de 3 anos
em exercício, o Governador do Estado procedeu de modo compatível com a Constituição Fe-
deral, considerando-se extintos os cargos objeto de redução, vedada a criação de cargo, em-
prego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos, em
consonância com as regras previstas no artigo 169 § 3º, I e II, da CF/88 já que a medida do
Governador reduziu em mais de 20% os cargos em comissão e previu a demissão de servi-
dores não estáveis (com menos de 3 anos de efetivo serviço) ressaltando-se que mesmo os
servidores estáveis poderão perder o cargo, caso não atendidos os limites da LRF após as
medidas tomadas anteriormente, conforme determina nossa CF/88 em seu artigo 164, § 4º.
As demais alternativas são falsas, já que somente o servidor estável que tiver perdido o cargo
em consonância com o artigo 169, § 4º, tem direito à indenização, conforme manda o artigo
169, § 4º, também da nossa CF/88.
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Orçamento Público – Parte I
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caminhado pelo Presidente da República, devendo dois terços desse percentual ser destinado
a ações e serviços públicos de saúde.
e) é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações contidas na Lei Or-
çamentária Anual, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento)
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
Letra a.
A alternativa a de refere corretamente à chamada Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização com papel previsto no artigo 166, § 1º, da CF/88. Confira com gri-
fos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresenta-
das anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-
tos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo
da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com
o art. 58.
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Orçamento Público – Parte I
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a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação de receita
tributária a órgão, fundo ou despesa.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a arrecadação de taxa não pode ser
vinculada a órgão, fundo ou despesa, mas apenas a arrecadação de impostos para os fins
previstos na Constituição Federal.
c) compatível com a Constituição Federal, devendo o fundo ser instituído mediante prévia
autorização legislativa.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação da arrecada-
ção de taxa a órgão, fundo ou despesa até 31 de dezembro de 2023.
e) compatível com a Constituição Federal, podendo o fundo ser constituído por decreto, inde-
pendentemente de autorização legislativa.
Letra c.
De acordo com o artigo 167, IX, da nossa CF/88 fica vedada a instituição de fundo sem a
prévia autorização legislativa, sendo que a instituição de fundo para a melhoria do corpo de
bombeiros, tendo como uma de suas receitas taxa cobrada pelo Estado em razão do poder de
polícia exercido por aquele órgão estadual é uma pretensão compatível com a Constituição
Federal nos termos do seu artigo 145, II.
a) Incorreta. Já que a CF/88 em seu artigo 167, IV, proíbe a vinculação de receita de impostos
e não de taxas.
b) Incorreta. Já que já que a CF/88 em seu artigo 167, IV, proíbe a vinculação de receita de
impostos e não de taxas.
d) Incorreta. Já que, em verdade, a desvinculação de receitas da União relativas a impostos,
taxas e impostos, é no percentual de 30%, conforme nos obriga o artigo 76-A do ADCT da
nossa CF/88, que tem origem na Emenda Constitucional 93/2016.
e) Incorreta. Já que só pode ser instituído por lei.
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Orçamento Público – Parte I
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Letra b.
Podemos confirmar a correção da letra B pela literalidade do artigo 166, § 5º, da CF/88. Con-
fira com grifos nossos:
Art. 166, § 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Veja como a banca vai tentar lhe pegar nesse dispositivo de três formas:
• O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a discussão,
na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. (não é discussão, é votação);
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c) Errada. Na verdade, temos uma exceção autorizada ao princípio da exclusividade orçamen-
tária, prevista no art. 165, § 8º, da Constituição:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suple-
mentares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.
d) Errada. Na verdade, cabe à lei complementar (art. 165, § 9º, CF):
e) Certa. Opa. É LDO e não PPA. Confira com grifos nossos:
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Letra e.
Sim, a iniciativa viola algumas de vedações constitucionais relativas a direito financeiro dis-
postas no artigo 167 da nossa CF/88. Confira:
Importante destacar ainda que o artigo 169, § 1º, da CF/88, condiciona qualquer aumento de
remuneração, criação de cargos, empregos e funções à previsão orçamentária e previsão na
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Veja:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-
pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
Podemos concluir, portanto, que o TST não pode dar início ao programa, pois não este foi
incluído na lei orçamentária (artigo 167, I). Como não há previsão de dotações orçamentárias
para as despesas previstas, incorre em violação do inciso II do artigo 167 e artigo 169, § 1º,
uma vez que não pretende abrir créditos adicionais, nem mesmo extraordinários.
a) sem atender o disposto na CF/88, o TST não pode dar início à execução do programa.
b) como é vedada a edição de medida provisória sobre leis de natureza orçamentária, com
exceção de medidas provisórias (artigo 167, §3º, CF/88), mas cuja situação disposta na alter-
nativa b não se enquadra. Confira com grifos e observações nossas:
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Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62 (abertura por medida provisória).
c) falsa, já que o Poder Judiciário está obrigatoriamente vinculado às disposições do artigo
169 da CF/88 acerca da limitação com despesas de pessoal.
d) em verdade, não permite que seja implementado o programa, tendo em vista a série de ve-
dações estabelecidas nos artigos 167 e 169 da CF/88.
Letra b.
Guarde que a perda do cargo do servidor estável pode ocorrer em quatro hipóteses, descritas
no § 1º do artigo 41 e no artigo 169, § 4º da nossa CF/88:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
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Assim, não sendo suficientes as providências para retorno aos limites previstas no § 3º do
artigo 169, o servidor estável poderá vir a perder o cargo, desde que ato normativo motivado
de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal. Confira:
Art. 169, § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegu-
rar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
Importante destacar que aquele servidor que perder o cargo dessa forma fará jus a indeniza-
ção correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. Além disso, o cargo objeto
da redução será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
a) essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º da CF/88.
c) essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º da CF/88.
d) hipótese inexistente.
e) essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º da CF/88.
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Orçamento Público – Parte I
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a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) Lei de Licitações Públicas.
Letra b.
a) Incorreta. Já que o PPA é regido pelo § 1º do artigo 165 da CF/88 que diz:
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
b) Correta. A LDO é regida pelo § 2º do artigo 165 da CF/88 que diz (com grifos nossos):
Observe que não existe previsão acerca de dispor sobre alterações na legislação tributária.
d) Incorreta. Já que a LRF (LC 101/2000) não dispõe acerca de alterações na legislação
tributária, tratando, em verdade, normas relativas à responsabilidade fiscal no trato das
finanças públicas.
e) Incorreta. Já que a Lei 8666/93 não dispõe acerca de alterações na legislação tributária,
tratando, em verdade, normas relativas à licitações e contratações no âmbito da Administra-
ção Pública.
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Orçamento Público – Parte I
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Letra d.
O Orçamento Público, seja ela do tipo orçamento-programa ou orçamento base zero é a Lei
Orçamentária Anual – LOA que, como o próprio nome indica, é para o período de um ano, o
que já torna as alternativas B e E falsas. Atente também ao fato de que o Orçamento tem mais
a ver com aspectos operacionais de curto prazo do que com o planejamento estratégico de
médio prazo.
A sua dúvida deve ter sido escolher entre as assertivas A e D, que aparentemente são as 2
assertivas que representam o planejamento de médio/longo prazo do Governo.
Importante destacar que o PEG é uma ferramenta de gestão de planejamento de longo pra-
zo usada por qualquer organização, não tendo um prazo determinado e não tendo previsão
constitucional. Como instrumento de Gestão, pode/deve ser usado antes da elaboração do
PPA, a seguir comentado. Assim, a assertiva A é Falsa.
Já o PPA é o instrumento de médio/longo prazo previsto constitucionalmente com o fito de
estabelecer as prioridades e direcionar as ações do Governo para o prazo de 4 anos. O pa-
rágrafo 2º do inciso II do artigo 35 do ADCT dispõe que o PPA tem prazo de 4 anos. Assim, a
alternativa correta é a D.
Por fim, a LDO é anual e tem a função de ser o elo de ligação entre a LOA (curto prazo) e o PPA
(longo prazo) o que torna a alternativa C falsa.
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
Letra e.
A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de metas e prio-
ridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o ano seguinte.
Letra d.
ssa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Entre-
E
tanto, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei orçamentária anual é de competência
privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder Executivo e o parágrafo único do mes-
mo artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII como possibilidade de delegação pelo
Presidente da República da matéria nele constante, significa dizer que a iniciativa do orçamen-
to público é indelegável. Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e,
portanto, “produtor” de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.
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Orçamento Público – Parte I
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Letra d.
a) Incorreta. A LOA deve ajustar o PPA e a LDO à realidade financeira do país, em função das
receitas nela previstas e as despesas nela fixadas.
b) Incorreta. A LOA é uma só Lei, embora contemple 3 subdivisões (fiscal, da seguridade so-
cial e de investimento das estatais) é uma única Lei.
c) Incorreta. Em verdade, o PPA a princípio está hierarquicamente acima, servindo de referên-
cia tanto para a LDO quanto para a LOA.
d) Correta. É o que diz o § 8º do artigo 165 da CF/88. Confira:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
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Orçamento Público – Parte I
Manuel Piñon
a) O PPA estrutura ações de Estado para quatro anos e orienta processos anuais via LDO e LOA.
b) O PPA, a LDO e a LOA são instrumentos de planejamento orçamentário criados no Decreto
Lei n. 200/67.
c) O PPA norteia a elaboração da LOA que, por sua vez, norteia a elaboração da LDO.
d) O PPA é lei proposta pelo poder legislativo a cada quatro anos.
e) O PPA é instrumento de planejamento correspondente aos mandatos governamentais.
Letra a.
a) Correta. Está de acordo com o caput do artigo 165 da CF/88 e com o seu § 1º. Confira:
Assim, o PPA é destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fun-
damentos e os objetivos da República, sendo por meio dele declarado o conjunto das políticas
públicas do governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar
as metas previstas, construindo um Brasil melhor. O PPA orienta o Estado e a sociedade no
sentido de viabilizar os objetivos da República. O Plano apresenta a visão de futuro para o
País, macro desafios e valores que guiam o comportamento para o conjunto da Administra-
ção Pública Federal.
b) Incorreta. Já que o modelo orçamentário pátrio tem a sua gênese na própria CF/88, nos
artigos 165 a 169.
c) Incorreta. Embora o PPA de fato norteie a elaboração da LOA, a LOA por sua vez NÃO norteia
a elaboração da LDO, mas sim a LDO norteia a elaboração da LOA.
d) Incorreta. Todas os 3 instrumentos orçamentários são de iniciativa do Poder Executivo.
Confira, com grifos nossos:
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e) Incorreta. Já que o prazo do PPA NÃO coincide com o mandato do chefe do Poder Executi-
vo. O artigo 35, § 2º, do ADCT combinado com o artigo 165, § 9º, I e II, nos dizem que:
Letra b.
O examinador queria saber se o candidato conhecia os 3 instrumentos de planejamento or-
çamentário, previstos na CF/88, na Lei n. 4.320/1964 e na LRF. Esses instrumentos estão
previstos nos incisos I a III do artigo 165 da CF/88. Confira:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
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Letra d.
A competência para legislar sobre orçamento, prevista no artigo 24, II, da CF/88, é concorrente
entre a União, Estados e Distrito Federal:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
II – orçamento;
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Letra c.
Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo o projeto de
Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO, inovação da Constituição Federal de 1988, que constitui
o elo de ligação entre planejamento e orçamento.
Em seguida, a proposta para a LOA do exercício subsequente é encaminhada ao Poder Legis-
lativo, que deve aprova-se após ter se assegurado de que existe compatibilidade com a LDO
e com o PPA.
Letra b.
O examinador queria saber se o candidato conhecia os 3 instrumentos de planejamento or-
çamentário, previstos na CF/88, na Lei n. 4.320/1964 e na LRF. Esses instrumentos estão
previstos nos incisos I a III do artigo 165 da CF/88. Confira:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
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Letra e.
Conforme determina o artigo 167, § 3º, da CF/88 não se trata de hipótese de vedação a aber-
tura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as de-
correntes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. As demais alternativas fazem
parte do rol de vedações determinados pelo artigo 167 da CF/88.
Letra e.
A LDO e LOA são instrumentos de curto prazo, pois vigem por um ano, o que torna as alterna-
tivas A e B falsas.
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§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada”.
Artigo 35, § 2º, do ADCT § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165,
§ 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Letra a.
É LOA que representa a última etapa da decisão legislativa e que apropria fontes de receita
à programação das despesas, já que cabe à LOA apresentar as receitas previstas e as des-
pesas fixadas.
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Letra d.
O § 5º do artigo 165 da nossa CF/88 diz que a LOA compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Assim, vemos que a alternativa D, relativa aos conselhos de fiscalização de profissões regula-
mentadas é a melhor resposta da questão. Atente ao fato de que as empresas públicas men-
cionadas na alternativa B, por receberem recursos para custeio, devem sim constar na LOA.
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Letra c.
Repare que a banca pede para marcarmos a alternativa errada.
Na verdade, o PPA, a LDO e a LOA são primeiramente alteradas e votadas na CMO - Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização CMO, que é composta por deputados e
senadores, e NÃO nessa tal de CALO e NÃO somente por senadores como afirma a alternativa
C. As demais, estão corretas.
Veja o artigo 166 da CF/88, onde esse tema é tratado, com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresenta-
das anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-
tos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo
da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com
o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e aprecia-
das, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
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REFERÊNCIAS
Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor Aliomar Ba-
leeiro.
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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