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..:: O Ponche ::..

Um maníaco decide que aquela era a ocasião perfeita para matar todos que odiava.
Convidado para uma festa, ele comparece trazendo em suas mãos uma poncheira. Logo
cumprimenta o anfitrião e mostra o que trouxe. Serve dois copos de ponche, feito com
groselha, água e gelo apenas. Um ele mesmo bebe e outro quem bebe é o dono da festa. Esse
elogia o ponche e brinca sobre o mesmo ainda não estar "batizado". O maníaco sorri e diz
estar com um probleminha. Diz ter que sair, mas que voltará antes do fim da festa.

Despede-se de todos e sai da casa, local da festa. Atravessa a rua e entra em seu carro.
Liga o rádio e fica ali a espreita, observando a movimentação de longe. Após algumas horas,
volta para a festa. Todos mortos, e o ponche quase acabado. Mais uma vez, sorri, dando por
concluído seu plano.

Como ele conseguiu executar seu plano, matando todos?

..:: O Suicídio ::..

Um homem entra em uma sala e, para sua surpresa, descobre que alguém cometeu
suicídio através de enforcamento. O morto estava no meio da sala enforcado com uma corda
no pescoço. Havia uma enorme poça de água embaixo do difunto e o mesmo estava a 1 metro
do chão. Não havia nenhum móvel na sala e a parede mais próxima da corda estava 3 metros
distante. Como ele se enforcou?

..:: Pescaria ::..

Segue um enigma que a equação não resolve:

"Dois pais e dois filhos foram pescar. Cada um pescou um peixe. Ao total pescaram... 3 peixes!"

Explique.

..:: O Mistério da Caixa de Correspondência ::..


O vice-presidente de uma grande empresa tem em sua casa, uma governanta das mais eficientes. Quando ele
partiu para suas férias, deu instruções à governanta para que enviasse para ele a correspondência que,
porventura, viesse a receber. Durante o mês de julho, o vice-presidente não recebeu nenhuma correspondência
e, por isso, telefonou para sua casa e perguntou à governanta o que é que tinha acontecido. Ela explicou que ele
tinha esquecido de deixar com ela a chave da caixa de correspondência.

O vice-presidente se desculpou e prometeu que enviaria para ela, imediatamente, a chave. Durante o mês de
agosto ele continuou a não receber correspondência, apesar da governanta ter-lhe dito que a caixa estava cheia.
Quando ele voltou para casa, despediu, na mesma hora, a governanta. Será que estava certo ou errado quando
fez isso? Será que foi injusto? Por quê?

.:: O Roubo das Jóias de Dulce Dyprá ::..

O bairro de Graviola, localizado na baixada da zona leste da cidade, é habitado por pessoas de baixa renda. O
principal meio de transporte é o trem, que leva os passageiros ao centro da cidade.

O bairro é alvo de constantes incursões policiais, em decorrência no alto índice de criminalidade e por abrigar
organizações criminosas que, vez por outra, brigam entre si.

Bem diferente de Graviola é o bairro de Tibiara, localizado na zona nobre da cidade e onde mora Dulce Helena
Dyprá, a principal acionista de uma conhecida indústria de cosméticos. O inspetor Alexandre Siegen observava a
decoração da luxuosa sala de estar de Dulce Helena, enquanto esperava-a para conversar: as jóias de Dulce
Helena, herança de família havia gerações, tinham sido roubadas.

Os ladrões telefonaram exigindo uma significativa quantia em dinheiro para a devolução das jóias.

Dulce Helena passou ao inspetor informações sobre as pessoas que, habitual ou ocasionalmente, freqüentavam
sua casa, bem como o local de moradia de seus empregados domésticos e o teor das conversas telefônicas com
os bandidos. Forma dois telefonemas pedindo resgate e dizendo que eram de um morro em Graviola.

O inspetor Siegen fez um relatório contendo as informações prestadas por Dulce Helena e entregou-o ao
delegado responsável pelo caso. Algumas horas depois, Siegen foi informado de que um grupo de policiais havia
sido designado para realizar investigações no bairro de Graviola.

Em conversa com o delegado, o inspetor Siegen disse que, em sua opinião, os ladrões não estariam em Graviola.

Por quê?

..:: Quando uma bala perdida elucida um crime ::..

O juiz daquele tribunal bateu o martelo e pediu a decisão do júri, o qual deliberou a condenação de Frederico
Lyennost pelo assassinato de Marcelo Sillyo. O inspetor Alexandre Siegen, que assistiu o julgamento, não gostou
dessa decisão e resolveu fazer novas investigações sobre o caso, enquanto Frederico era encaminhado para
cumprir dez anos de prisão por esse delito.

Marcelo era um grande empresário que vivia em sua mansão acompanhado da empregada Ana e do jardineiro
João. Ana foi a única testemunha do crime, que aconteceu numa tarde em que Marcelo estava ao lado da
piscina. Ana ouviu o tiro. Olhou pela janela e viu seu patrão caído no chão. Quando Ana chegou à piscina,
encontrou Frederico Lyennost, que alegou ter chegado naquele exato momento e que também encontrara o
amigo Marcelo caído. Contudo, não foram encontradas provas da presença de uma outra pessoa no local, e
Frederico foi acusado de ter cometido esse crime.

No relatório feito pela perícia no dia do crime, constou que as únicas pessoas que tinham permissão para ir ao
interior da casa eram Ana e João. Constou também que a bala que atingiu o empresário atravessou seu corpo e
não foi encontrada. Ainda elucidava que a agenda eletrônica que estava na mão do empresário foi atirada
dentro da piscina quando ele caiu. O relógio da agenda parou de funcionar ao contato com a água e marcava
12:33 horas, a hora do crime. Na cozinha, Ana acabava de abrir a porta do forno micoondas quando ouviu o tiro.
A porta ficou aberta, interrompendo o andamento do relógio digital que marcava 12:33 horas.

Apesar de ter lido esse relatório, o inspetor Siegen resolveu fazer sua períca particular. Observando o local ao
redor da piscina, encontrou a bala que atingira Marcelo presa a um tronco de árvore. E qual não foi sua surpresa
ao descobrir que a bala foi disparada do revólver do próprio Marcelo, que Siegen havia encontrado na gaveta do
escritório do empresário!

Siegen pediu ao juiz a reabertura desse caso alegando que Frederico era inocente, pois a bala que atingiu
Marcelo não saiu de seu revólver. E apontou o nome da pessoa que cometeu esse crime.

Quem matou Marcelo Sillyo e como Siegen descobriu?

.:: O Detetive ::..

Muitos anos atrás, um detetive particular teve que contratar um novo assistente. Ele tinha três candidatos para
o cargo e resolveu lhes dar um pequeno teste. Ele disse:

- Olhem rapazes, há um crime que precisa ser resolvido e existe uma pista em uma das bibliotecas públicas da
cidade. A pista está presa dentro de um livro, entre as páginas 165 e 166.

Dois dos candidatos pularam imediatamente de onde estavam sentados e saíram correndo atrás da pista. O
terceiro deles apenas ficou ali, sentado. O detetive deu o emprego para esse.

Por quê ele ficou com o emprego? O quê é que os outros dois candidatos não sabiam?

.:: Mudança de Rumo ::..

O engenheiro Américo Lyar, o presidente de uma grande construtora, era um homem de hábitos rígidos.
Utilizava diariamente o mesmo trajeto para deslocar-se da sede da empresa até sua casa.

Ao término de mais um dia de trabalho, no horário habitual, o porteiro abriu a porta da garagem da empresa
para a saída de Américo. Contudo, neste dia, Américo foi morto a tiros, dentro de seu carro, numa rua que não
fazia parte de seu roteiro habitual para casa.

O inspetor Alexandre Siegen e o delegado Xavier chegaram ao local logo após o crime. Os moradores da rua
estavam ao redor do carro. Mas ninguém apresentou-se como testemunha.

Os pertences do engenheiro haviam sido roubados.

Uma senhora idosa aproximou-se do inspetor e do delegado e disse-lhes:

- Sou parente da vítima. Estou hospedada em casa de amigos nessa rua. Acabo de chegar à cidade, depois de
longo tempo ausente. Telefonei hoje para Américo e disse-lhe da minha chegada. Ele estava vindo buscar-me e
iríamos juntos até sua casa, onde faríamos uma surpresa para Joana, que é sua mulher e minha prima.

A declaração da senhora elucidou o desvio do roteiro habitual feito por Américo na volta para casa. Mas não
elucidou o motivo do crime.

Depois de depoimentos prestados por funcionários da construtora e por familiares de Américo, o delegado
Xavier conversou com o inspetor Siegen e disse-lhe:

- Pelas características do crime e da vítima, parece-me ter sido uma tentativa frustrada de seqüestro. O
engenheiro deve ter reagido e foi baleado.

- Não creio. Acredito ter sido um caso de roubo - respondeu Siegen.

Por que Siegen acreditaria em roubo, e não em seqüestro?

..:: Assassinato no Mar ::..

A um canto do mar, os peixes vivos contemplavam um cadáver ainda fresco. Haviam assassinado o siri-patola. O
inspetor de polícia, comandante peixe-boi examinou o corpo e concluiu logo que fora morte por
estrangulamento, mas ficou na dele. Não contou nem para o seu ajudante-de-ordens, o lerdo peixe cachimbo.

Reuniu o povaréu lá das profundezas e começou o interrogatório para descobrir o assassino do infeliz patola. O
burburinho era geral no recinto. Cada um tinha uma hipótese provável para o acontecido. Havia gente pensando
em latrocínio (o patola era um próspero negociante de secos e molhados); outros, que era vingança, porque ele
vendera feijão bichado na época da crise; houve quem dissesse que era crime passional: a sirigaita da mulher
dele andara de caso com o guaiamu e o camarão. Alguém lembrou que poderia ser alguma transa política:
patola deixara de andar de costas (como todo siri) e passara a andar de banda (pendendo claramente para a
direita). O inspetor seguia seu interrogatório e ia separando os suspeitos para um canto. No final, ficaram a raia,
o tubarão, o polvo, o peixe-galo, o guaiamu e o camarão. Vendo o cerco se apertar, os remanescentes
começaram a se entreolhar com ares de suspeita. O peixe-galo foi quem começou:

- É, esse mar tá ficando perigoso à beça e a maré não tá pra peixe. Acho que o guaiamu devia logo confessar o
crime, porque estou doido pra voar pra outros mares.

- Pobre de mim - choramingou a fina raia. - Fico lá embaixo na areia e não sei de nada. Ademais, patola era meu
compadre. Agora, o camarão... sei não!

- Pra mim - sentenciou o polvo -, o camarão e o guaiamu eram os únicos interessados na morte do patola.

- Pera aí - disse o camarão botando as suas barbas de molho. - Eu posso provar que passei os últimos cinco dias
fora e só cheguei na hora do ocorrido.

- Comigo também - defendeu-se o guaiamu. - O caso com a mulher aí do defunto é intriga dos invejosos. Além
do mais, até agora ninguém pensou no polvo. Ele é cheio de tentáculos e teria muito mais facilidade para
estrangular o pobre coitado.

- Olha aí - foi vociferando o tubarão. - Isso foi uma covardia muito grande e o culpado tem que aparecer e pagar
pelo que fez.

- Silêncio! - ordenou o inspetor. - Já sei quem é o assassino. Agora, se ninguém pescou o culpado, que trate de
acompanhar o relato do acontecimento desde o início, porque ele está aí mesmo

..:: O Bar do Manuel ::..

O bar do Manuel é o mais antigo do bairro da Água Rasa, uma pacata região residencial. Manuel, que herdou o
bar de seu pai, recebe seus costumeiros clientes todas as noites.

Em uma dessas noites, a rotina do bar do Manuel foi quebrada. Manuel preparava-se para fechar o bar e dois
clientes ainda estavam em uma das mesas, quando dois rapazes armados, sem máscaras, vestindo calças jeans e
usando bonés, entraram no bar e renderam Manuel e os dois clientes, obrigando-os a deitar olhando para o
chão. Além do dinheiro retirado da caixa registradora, os ladrões ainda levaram algumas mercadorias que
estavam nas prateleiras, inclusive algumas garrafas de uma famosa marca de cachaça mineira, dificílima de ser
encontrada na região.

Logo após a saída dos ladrões, a polícia foi acionada e empreendeu uma batida nos arredores. Três rapazes
foram detidos para averiguações e levados para a delegacia do bairro, onde Manuel e os clientes fariam o
reconhecimento.

O inspetor Alexandre Siegen estava presente. Paulo e Mariano, os dois clientes que estavam no bar no
momento do assalto, afirmaram que não poderiam fazer o reconhecimento dos ladrões porque tudo aconteceu
muito rapidamente e eles foram obrigados a olhar para o chão. Manuel apontou um dos rapazes,
reconhecendo-o como um dos assaltantes, sob a alegação de que se lembrava do tipo de cabelo do rapaz, que
era cortado muito curto e agarradinho na cabeça.

Em sua sala, o delegado ouviu a opinião do inspetor Siegen, que disse:

- Creio que os rapazes devam ser liberados. Na verdade, não encontrei nenhuma indicação de que algum deles
seja o ladrão.

Por que o inspetor emitiu essa opinião?

.:: ... e nem pareciam ladrões ::..

“ Não posso entender como conseguiram fazer todo esse estrago em menos de uma hora. Estava tudo revirado.
Gavetas no chão, armários abertos, roupas espalhadas. Algumas cadeiras foram quebradas e até os tecidos de
móveis estofados e almofadas foram rasgados”

Essas palavras são parte do depoimento prestado à policia por João Alfredo, o caseiro da residência de Lúcia e
Jorge Biquy, que havia sido assaltada.

Lúcia e Jorge viajaram e João Alfredo ficou cuidando da casa. Em um Sábado, pela manhã, o caseiro fechou a
residência e saiu para visitar sua família. Ao retornar, à tarde, encontrou a casa arrombada. Os ladrões roubaram
quadros e outras peças de valor. João Alfredo chamou a polícia imediatamente. Enquanto policiais isolavam o
local e começavam a perícia, João Alfredo prestava depoimento na delegacia.

Após ouvir o depoimento do caseiro, o inspetor Alexandre Siengen foi ao local do assalto. Moradores de casas
próximas viram três rapazes em frente ao portão da casa dos Biquy. Não pareciam ladrões. Estavam bem
vertidos, eram jovens e conversavam entre si. A polícia conseguiu fazer o retrato falado desses rapazes e
constatou que dois deles eram procurados por roubos a residências, praticados a tempos atrás.

O delegado Marcelo disse a inspetor Siegen:

- Pretendo apanhar esses três dentro de 24 horas.

O inspetor respondeu:

- Ótimo. Mas creio que existia um quarto cúmplice.

Por que o inspetor desconfiou da existência do quarto cúmplice?

..:: O Enigma do Poirot ::..

Fiquei empolgado com a história dos enigmas e acabei me lembrando de uma charada histórica, pois foi o Poirot
quem fez essa para o Hastings (se não me engano).

Trata-se apenas de uma questão de inglês (no nosso caso, português):

Qual é a maneira correta de dizer a frase?

- A clara dos ovos é amarela.

ou

- A clara dos ovos são amarelas.

Vou dar um tempo para vocês correrem até a gramática mais próxima para procurar a resposta...

.:: O Engima do Chefe Mal Agradecido ::..

Chefe é Chefe!

Um guarda-noturno trabalhava numa empresa especializada na lapidação de diamantes.

Uma manhã ele contou a seu chefe um sonho que tivera na noite anterior.

Disse-lhe que o avião que ele iria tomar com destino à Rússia sofreria um acidente e, em conseqüência,
morreriam todos os passageiros. . .
Seu chefe, jovem executivo, dinâmico e empreendedor, tinha verdadeiro pânico de aviões, assustado com a
informação do empregado, decidiu cancelar o vôo.

Três dias mais tarde, leu nas manchetes dos principais jornais que o jumbo que ele deveria ter tomado caíra no
mar, e, até o momento, não havia notícias de sobreviventes.

Imediatamente, chamou o guarda-noturno, mostrou a notícia do jornal, agradeceu-lhe efusivamente o aviso que
lhe salvara a vida e, a seguir, sem nenhuma explicação adicional, despediu-o da companhia.

O guarda não compreendia por que havia sido despedido depois de salvar a vida de seu chefe.

Aí vai a pergunta:
Porque o guarda foi mandado embora?

.:: A Escola Modelo ::..

O projeto escola modelo, recém-implantado na Escola Estadual Flor-de-Lis, foi muito bem-sucedido e tornou-se
exemplo para a melhoria do ensino público na cidade.

Os nomes de todos os alunos, bem como notas escolares e outros dados, ficam armazenados em programas de
computador, e os professores usam telas de projeção durante as aulas. A área destinada a ginástica e esportes
funciona também à noite e nos finais de semana. As notas e o comportamento dos alunos, dentro e fora da
escola, melhoraram muito.

Contudo, um dos alunos estava sendo acusado de ter praticado um roubo a residência, juntamente com outros
dois menores. O aluno era Maurício e fora acusado por João, o dono do apartamento roubado, que disse ter
visto quando os três meninos saíram de sua casa, vestidos com o uniforme da Escola Santa Margarida.

Os outros dois meninos não foram encontrados, e Maurício negou participação no roubo.

Maurício estava detido na Fundação do Menor, quando o inspetor Alexandre Siegen foi à casa dele, onde
encontrou-se com D. Helena, a mãe do menor. Depois de vistoriar o quarto do menino, o inspetor conversou
com D. Helena, que lhe disse:

- Meu filho é bem-educado e tem em casa o que necessita. É um menino prestativo e estudioso. Jamais
cometeria uma delinqüência.

Mais tarde, o inspetor Siegen preparou seu relatório, no qual escreveu que Maurício poderia ter praticado o
roubo.

Por quê?

..:: Ameaçando um Desafeto ::..


Em um depoimento na delegacia...

- E então, vai apresentar sua arma? - perguntou o delegado Wilson.

- Aqui está - disse o acusado Jeferson, colocando uma pistola sobre a mesa.

- E o que você tem a declarar? - perguntou o delegado.

- Não cometi o crime e, há muito tempo, não uso revólver calibre 38. O senhor sabe disso muito bem -
respondeu Jeferson.

Jeferson "maluco", ex-presidiário que retornou ao mundo do crime, estava sendo acusado pela morte
de José Fernandes, proprietário de um bar. O comerciante foi morto com um tiro após reagir a um
assalto ao bar. Embora os três assaltantes estivessem encapuzados, Jeferson foi preso por ter feito
diversas ameaças a José Fernandes, seu desafeto. Essas ameaças foram testemunhadas por clientes do
bar e denunciadas pelo comerciante na Delegacia de Polícia.

O crime ocorrera no dia anterior ao depoimento de Jeferson na delegacia. Terminado o depoimento, o


inspetor Alexandre Siegen acompanhou o delegado Wilson até sua sala. Logo ao chegarem, uma
funcionária entregou o laudo pericial sobre a morte de José Fernandes, que acabara de ficar pronto. O
laudo atestava que a causa da morte foi um tiro de revólver calibre 38.

- O que você acha, Siegen? - perguntou o delegado.

- Já sabemos da participação de Jeferson no crime. Só faltam as provas.

Por que Siegen fez essa afirmação?

..:: Inspetor Tavares ::..

O crime fora cometido enquanto se realizava uma corrida de cavalos, apesar da chuva, em uma fazenda.

O suspeito havia sido detido pelos empregados numa sala da casa da fazenda, logo depois que o corpo do dono
da casa fora encontrado; o rapaz não soube justificar sua presença no local.

O inspetor Tavares comunicado do fato, pediu que o suspeito fosse imediatamente levado à sua presença. Ele
era um jovem magro e distinto, impecável em seu traje de corrida, cujas botas de couro marrom, estavam
reluzentes. Antes que o inspetor abrisse a boca, protestou com veemência quanto ao tratamento que lhe
haviam dispensado.

- É inqualificável que dois domésticos me tenham seqüestrado, acusando-me de um crime do qual não tenho a
mínima idéia!

Tavares lançou-lhe um olhar perscrutador.


- Nesse caso, não lhe desagradará explicar por que voltou a casa, abandonando a corrida da qual participava. Ao
que parece, deixou seu cavalo em algum ponto da fazenda e voltou a pé.

- As coisas não sucederam exatamente assim, inspetor. A verdade é que eu tinha marcado um encontro com
determinada senhora. Ela me esperava num jipe em certo ponto da fazenda, e fui para lá depois de me
desembaraçar disfarçadamente dos participantes da corrida. Larguei o cavalo e logo em seguida subi no jipe;
tocamos para a casa e subimos para o meu quarto sem sermos vistos por qualquer pessoa. Depois do encontro,
a senhora foi embora no jipe e quando eu pretendia me dirigir a pé ao local onde deixei o cavalo, fui detido
pelos empregados.

Surpreendendo a todos, o inspetor fez sinal de aprovação.

- É claro que vamos ter de ouvir a senhora em questão, entretanto desde já estou propenso a acreditar na sua
versão – declarou.

Por quê??

.:: A Morte do Jovem Guilherme ::..

As circunstâncias da morte de Guilherme Antero causaram surpresa e incredulidade.


Empresário bem sucedido, era proprietário de uma rede de três lanchonetes, apesar de contar
apenas 26 anos de idade. Soubera aproveitar e ampliar o primeiro ponto comercial, herdado
do pai. Dotado de especial habilidade para fazer amizades, eram inúmeros os seus amigos, que
demonstravam perplexidade diante da afirmativa de morte por suicídio, atestada no laudo
pericial.

O inspetor Alexandre Siegen investigava esse caso, a pedido da família de Guilherme.


Quatro dias depois da morte do rapaz, Siegen procurou Márcio, o amigo de infância que se
tornara companheiro inseparável de Guilherme. Alguns até pensavam que eram irmãos. E
Márcio relatou a Siegen:

- Guilherme amava viver, divertir-se, conhecer pessoas e lugares novos. Sempre soube
como gastar bem o dinheiro que gastava. Dentro de três dias, partiríamos para nova viagem de
férias. Nós mesmos faziamos juntos os roteiros de nossas viagens.

- Fale-me mais sobre a vida pessoal de Guilherme - perguntou Siegen.

- Ele morava sozinho em uma casa própria, localizada próximo a casa da mãe. Tinha
vida social intensa, pois era pessoa muito querida e requisitada. Teve muitas namoradas, mas
nenhum compromisso sério. Quando o telefone tocou na noite anterior ao dia de sua morte, e
do outro lado da linha Guilherme disse-me onde estaria nas próximas horas, eu estranhei
muito, porque esse comportamento não era habitual.

Nove horas depois desse telefonema, Guilherme foi encontrado morto, asfixiado por
vazamento de gás, em um quarto de motel. Durante as investigações, o porteiro afirmou que
Guilherme havia entrado sozinho no motel, dizendo que iria passar ali aquela noite. E afirmou
também não ter estranhado o fato, pois atitudes como esta são cada vez mais freqüentes, e
naquela mesma noite outras pessoas haviam entrado e saído sozinhas.

O dispositivo de segurança do gás do banheiro do quarto foi encontrado aberto, e não


havia vestígio que houvera outra pessoa no local.

Os demais depoimentos sobre Guilherme, recolhidos por Siegen entre seus amigos,
eram semelhantes ao depoimento de Márcio sobre a personalidade e vida pessoal do rapaz.
Nada de novo foi acrescentado.

Depois dessas investigações, o inpetor Siegen conclui por contestar o laudo pericial
que atestava o suicídio, determinando novas investigações sobre o caso, por acreditar que a
morte de Guilherme não havia sido causado por suicídio, e sim assassinato.

O que levou Siegen a pensar assim?

..:: Operação Reboque ::..

O médico Domingos Argyli estava na delegacia policial mais próxima de sua casa,
registrando o roubo de seu carro: Domingos saíra de casa pela manhã, às 6:30 horas, e não
encontrara seu carro no local onde havia estacionado na noite anterior.

A companhia de seguros negava-se a pagar ao Dr. Domingos o valor referente ao furto


do veículo porque uma testemunha declarara que o mesmo havia sido rebocado às 6:00 horas
por um carro-reboque da Companhia Especial de Trânsito. Assim, essa operação não constituía
delito de furto e, nesse caso, a empresa seguradora não teria de pagar por um roubo que não
ocorrera.

O inspetor Alexandre Siegen estava na delegacia quando o Dr. Domingos registrou a


queixa. Ouviu o médico declarar que já havia percorrido todos os depósitos da Companhia
Especial de Trânsito e que não havia encontrado seu carro em nenhum deles. O inspetor
interessou-se por esse caso.

Siegen ficou um bom tempo na sala de espera da companhia seguradora do veículo


antes de ser recebido por um dos diretores da empresa, que lhe confirmou a decisão da
seguradora de não pagar pelo furto do carro do Dr. Domingos em decorrência de ter sido o
mesmo rebocado por um carro próprio da Companhia Especial de Trânsito, a qual atuava
dentro da lei e de acordo com os regulamentos do código da própria Companhia.

A testemunha que afirmou ter visto o carro do Dr. Domingos ser rebocado era José, o
proprietário de um bar próximo, que confirmou para o inspetor a estória do reboque.

Siegen teve que enfrentar outra sala de espera. Desta vez, da Companhia Especial de
Trânsito. Em uma das paredes da sala, um quadro informava as cinco modalidades de serviços
prestados pela Companhia e executados no horário de 8:00 às 22:00 horas. O recepcionista
interrompeu a leitura do inspetor e disse-lhe:
- Sinto muito, senhor! O diretor acaba de avisar que não poderá comparecer ao
trabalho hoje. Gostaria de marcar sua entrevista para amanhã?

Siegen não marcou entrevista para o dia seguinte e dirigiu-se para a delegacia, onde
falou com o delegado Fernando:

- O desaparecimento do carro do Dr. Domingos é um caso de roubo. A companhia de


seguros deverá fazer o pagamento devido.

Por que Siegen fez essa afirmação?

RESPOSTAS
ESTÃOABAIXO
O Ponche

Envenenando o ponche. Mas não necessariamente em sua parte líquida. Tanto


que bebeu-o logo ao entregá-lo para o anfitrião da festa. O veneno estava dentro do
gelo. Logo, bastou esperar esse derreter para ter um ponche envenenado.

O Suicídio

A poça de água era um enorme bloco de gelo, no qual o homem subiu e


esperou derreter para morrer.

Pescaria

Na verdade, três pessoas foram pescar, o Avô, o Pai e o Filho. Dois pais e dois
filhos, pois o Pai é pai (do Filho) e filho (do Avô) ao mesmo tempo.

O Mistério da Caixa de Correspondência

‘ O vice-presidente da empresa mandou a chave pelo correio, e assim sendo, o


envelope com a chave foi parar na caixa de correspondência. Claro que a governanta
não tinha culpa nenhuma do fato dele ter ficado aquele tempo todo sem receber carta
nenhuma.

O Roubo das Jóias de Dulce Dyprá

Se o bairro de Graviola está localizado em uma baixada, como os ladrões


poderiam ser de um morro deste bairro? Certamente os ladrões deram essa
informação para despistar a polícia.

Quando uma bala perdida elucida um crime


A bala que atingiu Marcelo saiu de seu próprio revólver, às 12:33 horas. O
revólver era guardado em uma gaveta do escritório de casa. Somente duas pessoas
tinham permissão para entrar na casa. Eram Ana e João. Ana estava abrindo o forno de
microondas exatamente às 12:33, hora em que Marcelo foi baleado e portanto, ela
não poderia ter atirado. Logo, só poderia ser João o autor desse crime.

O Detetive

Pois ele foi esperto ao ficar, sabendo que nada poderia estar entre as páginas
165 e 166 de um livro pois essas páginas pertencem à mesma folha (165 na frente e
166 atrás). Os outros dois não perceberam e foram desnecessariamente atrás da pista.

Mudança de Rumo

Assaltantes são oportunistas e seqüestradores são detalhistas. Esses últimos


estudam cuidadosamente os hábitos de uma pessoa antes do seqüestro, diminuindo a
chance de erro.

Assassinato no Mar

Se o inspetor não disse nada a ninguém como o patola tinha morrido, só o


culpado poderia saber. E o guaiamu se traiu quando acusou o polvo

O Bar do Manuel

Se os rapazes usavam bonés, como Manuel poderia ter visto o tipo de cabelo
deles??

... e nem pareciam ladrões

Como João Alfredo soube que o roubo foi praticado em menos de uma hora, se
ele havia saído de manhã e retornando à tarde? Certamente ele se comunicou com os
ladrões e isso o incrimina no caso.

O Enigma do Poirot

As pessoas que entendem de português devem ter respondido que "a clara dos
ovos é amarela". Neste caso, lamento informa-las que a parte amarela do ovo se
chama gema.

Eu gostaria de ter visto a cara do Hastings quando o Poirot lhe deu essa resposta. :-)

O Enigma do Chefe Mal Agradecido

O guarda noturno dormiu no serviço. Foi por isso que o chefe o demitiu.

A Escola Modelo
Porque certamente o inspetor Siegen encontrara no quarto de Maurício um
uniforme da Escola Santa Margarida (como estava vestido o ladrão), embora estudasse
na Escola Flor-de-Lis.

Ameaçando um Desafeto

Como Jeferson sabia que José Fernandes foi morto por um tiro de revólver
calibre 38? O laudo pericial atestando esse fato foi concluído depois de Jeferson ter
prestado depoimento. Essa declaração incrimina o acusado.

Inspetor Tavares

Porque, se efetivamente ele tivesse voltado pra casa a pé conforme haviam


alegado, teria sem dúvida manchado as botas, já que estava chovendo.

A Morte do Jovem Guilherme

Por que Guilherme telefonaria para Márcio, dizendo-lhe de seu paradeiro nas
próximas horas? Esse procedimento é próprio de quem teme uma agressão e precisará
de auxílio. Não de uma pessoa cheia de planos, que ama viver a vida e que, se quisesse
realmente cometer esse ato, poderia tê-lo feito em sua própria casa, onde morava
sozinho.

Operação Reboque

Se os serviços prestados pela Companhia Especial de Trânsito eram executados no


horário de 8:00 às 22:00 horas, como poderia o carro do Sr. Domingos ter sido rebocado às 6
horas?

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