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REFLEXA.
Sophia Fernandes Ary2*(IC), Ariadna Fernandes Silva2, Andiara Fernandes Ary2(IC), Gina Vidal
Marcílio Pompeu3 (PO), Guilherme Bandeira Menezes1 (IC), Paula Ellen Cruz Pinto(IC)2
1. Universidade de Fortaleza – Programa de Iniciação Científica Cnpq-PIBIC
2. Universidade de Fortaleza – Iniciação Científica Voluntária
3. Universidade de Fortaleza – Professor do Curso de Direito
Palavras-chave: Direito Ambiental. Limites Planetários. Via Reflexa. Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Economia Donut
Resumo
Introdução
Metodologia
Resultados e Discussão
2. Limites Planetários
Em 2009, o Stockholm Resilience Centre, instituto de pesquisa da Universidade de
Estocolmo, realizou um estudo com o intuito de estabelecer os limites planetários por meio da
análise de nove processos. A metodologia da pesquisa envolveu 28 cientistas sob a liderança do
então diretor Johan Rockström, os quais elaboraram a figura abaixo:
Os nove processos (Destruição do Ozônio, Perda da integridade da biosfera, Poluição
química e liberação de novas entidades, Mudanças climáticas, Acidificação dos oceanos,
Consumo de água doce e o ciclo hidrológico global, Mudança no sistema de terra, Fluxos de
nitrogênio e fósforo para a biosfera/oceanos e Carregamento de aerossóis) elencados foram
organizados em nove fatias do globo, as quais foram entrecortadas em limites: a área verde indica
que os níveis estão seguros; a área amarela representa que os riscos aumentaram; e a área
vermelha simboliza alto risco. As fronteiras são baseadas na resiliência do meio ambiente, ou
seja, na capacidade de retornar ao estado natural após uma perturbação no sistema.
Nesse tocante, os tópicos escolhidos não se restringem ao impacto produzido no meio
ambiente, mas influem na saúde humana e na qualidade de vida na terra, comungando com a
proteção ambiental por ricochete e justificando, por conseguinte, a inclusão do gráfico nos
objetivos dos países. A urgência da implantação é desnudada pelo fato de que alguns limites já
foram violados, uma vez que
Our preliminary analysis indicates that humanity has already transgressed three
boundaries (climate change, the rate of biodiversity loss, and the rate of
interference with the nitrogen cycle). There is significant uncertainty surrounding
the duration over which boundaries can be transgressed before causing
unacceptable environmental change and before triggering feedbacks that may
result in crossing of thresholds that drastically reduce the ability to return within
safe levels. (…) The concept of planetary boundaries provides a framework for
humanity to operate within this paradox. (Rockström & Steffen & Noone & Persson
& Chapin & Lambin & Lenton & Scheffer & Folke & Schellnhuber & Nykvist & De
Wit & Hughes & van der Leeuw & Rodhe, S. Sörlin & Snyder & Costanza & Svedin
& Falkenmark & Karlberg & Corell & Fabry & Hansen & Walker & Liverman &
Richardson & Crutzen & Foley; 2009, p. 23)
Nesse entendimento, inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU,
Kate Raworth elaborou o conceito de Economia Donut, criando um novo modelo econômico
galgado nos limites planetários, o qual já foi aderido pelo governo da cidade de Amsterdam. Como
alternativa ao “crescimento a qualquer custo”, a teoria econômica desenvolvida na Universidade
de Oxford objetiva assinalar a relação econômica-ambiental. A metáfora sugere que a parte
central do Donut diz respeito aos níveis desejáveis, enquanto a borda simboliza os limites
planetários, como demonstrado no gráfico abaixo:
Conclusão
Referências
HOLMES, Stephen; SUNSTEIN, Cass R. O custo dos direitos: por que a liberdade depende
dos impostos / tradução de Marcelo Brandão Cipolla. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes,
2019.
ITO, Mumta. Nature’s Rights: Why the European Union Needs a Paradigm Shift in Law to
Achieve Its 2050 Vision. In: Sustainability and the Rights of Nature in Practice. CRC Press, 2019.
Agradecimentos
Agradecemos à Profa. Gina Vidal Marcílio Pompeu, pela orientação e por todos os ensinamentos
que possibilitaram a elaboração do presente artigo. Agradecemos ao PROBIC/FEQ e à
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) pela oportunidade e excelência.