GRS 121– ELEMENTOS

DE POLUIÇÃO DO AR

Relações entre a
Terra e o Sol

Profa. Sílvia Monteiro

1
 Relações astronômicas entre a Terra e o Sol

Sol
 estrela mais próxima da Terra (vista por observador na
Terra);
fonte primaria de energia para todos os processos
termodinâmicos que ocorrem na superfície da Terra, sem
os quais a vida, não seria possível;
constituintes: H (75%) He (23%);

Fonte: Google imagens

relações astronômicas Terra-Sol, assume papel
fundamental para o entendimento da Meteorologia e
ciências correlatas, como a poluição do ar.

http://clubes.obmep.org.br/blog/proble
2
minha-olhando-para-o-passado/
 Relações astronômicas entre a Terra e o Sol
Forma e Dimensão da Terra
 terceiro planeta do sistema solar: ordem de distância ao Sol
Terra: não tem uma forma geométrica definida;
 Imagens de satélites: mostram a forma da Terra como um elipsoide de
revolução, com as seguintes dimensões:

Carvalho et al. (2010)

Semi eixo a: 6356 km
Semi eixo b: 6378 km a
 efeitos práticos: forma geométrica esférica.
b

3
 Relações astronômicas entre a Terra e o Sol
TERRA
Massa 5,975 x 1024 kg
Raio médio 6,371229 x 106 m
Massa especifica média 5522 kg m3
Massa especifica do ar seco na CNTP (0o C e 1 atm) 1,29 kg m3
Área 5,101009 x 1014 m2
volume 1,083320 x 1021 m3
Aceleração da gravidade 9,80665 m s-2
Distancia media Terra-Sol 1,496 x 1011 m
Constante solar 1340 w m-2
Atmosfera padrão 1,013 x 105 Pa, 760 mm Hg
Ano solar médio 365,2422 dias solares médios
Dia solar médio 24 h 3min 56,555 s
SOL
Massa 1,99 x 1030 kg
Raio médio 6,96 x 105 km
Massa especifica média 1410 kg m3
Temperatura superficial 6000 K
Taxa de radiação total 3,92 x 1026 W 4
 Relações astronômicas entre a Terra e o Sol
Eixo de Rotação da Terra
aceita-se a esfericidade da Terra – determinar, geometricamente, o seu centro;
neste centro, passa uma linha imaginária, denominada eixo terrestre;
 eixo terrestre toca a superfície em dois pontos do planeta diametralmente
opostos, determinados pólos: Norte e Sul;

N
Pólo Norte
Eixo terrestre - “traçado” de tal forma

Fonte: Google imagens

que seja o eixo imaginário para o
movimento de rotação da terra.

S Pólo Sul
http://frequencia-1.blogspot.com/2009/09/inclinacao-
5
do-eixo-da-terra.html
 Relações astronômicas entre a Terra e o Sol
Plano do Equador
plano imaginário perpendicular ao eixo terrestre que contém o centro da terra;
interseção do plano do equador com a superfície terrestre - formar linha
imaginaria (círculo), denominada linha do equador ou simplesmente equador.
 plano do equador divide a terra em dois hemisférios: hemisfério norte e
hemisfério sul.
HN

Fonte: Google imagens 6

HS http://jovemastronomo.wikidot.com/rotacao-da-terra
Plano do Horizonte
 plano tangente a superfície da terra em um ponto local.
Qualquer superfície em nível é uma seção do plano do
horizonte local.

7
 Linha Zênite-Nadir
 A partir de um ponto qualquer localizado na superfície terrestre. É traçado o
diâmetro do planeta, prolongando essa linha para o espaço.
 O sentido contrario ao centro da terra é denominado Zênite e o sentido ao
centro da terra é denominado Nadir, chamando-se linha imaginaria Zênite-
Nadir.
https://www.facebook.com/pg/cosmosoficiall/posts/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nadir
8
Fonte: Google imagens
Plano da Eclíptica
 plano que contém a orbita da
Terra em torno do Sol e, o centro
da Terra e o centro so Sol a
qualquer instante.

Fonte: Google imagens

http://www.uranometrianova.pro.br/astronomia/AA003/e
9
quioutono.htm
 Escalas temporal e espacial dos fenômenos
atmosféricos

Variação estacional se deve à

inclinação do eixo da Terra
em 23º27´em relação à
normal ao plano da eclíptica.
Faz com que um observador na
23º
superfície terrestre tenha a
sensação de que o Sol se
movimenta no sentido Norte-
Sul ao longo do ano.
http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/aula_movsol.htm
Fonte: Google Imagens

10
Culminar de um astro
 quando um astro tem o seu centro contido no plano do meridiano
de determinado local, diz-se que este astro culminou no meridiano local
naquele instante.

EX: Sol culmina no meridiano local todos os dias, às 12 horas, do tempo

solar local.

Se um astro tem o seu centro contido ao zênite de determinado local, o

astro culminou naquele instante e local.

11
Culminar de um astro
 trópico de Câncer o Sol
culmina no zênite;
 trópico de Capricórnio o Sol
culmina com distância zenital
2.e N, a altura
h= (90º - 2. e).

 Trópico de Capricórnio o Sol

culmina no zênite;
 Trópico de Câncer o Sol
culmina com distância zenital
2.e S, a altura h= (90º - 2. e).

12
Fonte: Google Imagens
Ângulo Zenital
ângulo formado pela linha vertical imaginária que passa pela cabeça
do observador e os raios solares;
ângulo determina a quantidade de energia solar que atinge a
superfície terrestre naquele instante.

 Elevação do Sol
Ângulo formado pela linha que une o centro do Sol ao centro da
Terra com a sua projeção no plano do horizonte local;
complemento do ângulo zenital.

Z + e = 90º

13
 14
Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP)
 15
Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP)
Ângulo Zenital
calculado pela seguinte expressão matemática:

Z  arccos sen  sen  cos   cos   cosh 

em que,
 é a latitude local (graus);
 é a declinação solar (graus) e h é o ângulo horário sendo calculado por:

Ângulo horário (h)

 ângulo formado entre o meridiano local e o meridiano que contém o astro.

h  Hora  1215 graus h = 0 (meio dia solar)

h = + (tarde)

h  Hora  12
radianos
h = - (manhã)
12
16
 Ângulo zenital (Z)

 Cálculo do ângulo zenital (Z) ao meio dia solar:

 Ao meio-dia solar tem-se: h= 0o

cos( Z )  sen  sen  cos   cos   cosh 

cos( Z )  sen  sen  cos   cos   cos0 

cos( Z )  sen  sen  cos   cos  

cos( Z )  cos   cos   Conversão de sinais e lei dos cossenos

Z   
 Movimentos de Terra
 Terra e os demais planetas do sistema solar giram em torno Sol;
 movimento contínuo denomina-se translação;
apresenta a forma de uma elipse;
duração: 365 dias, 6 horas e 9 minutos para percorrer todo percurso;
responsável pelas estações do ano (primavera, verão, outono e inverno).

Fonte: Google imagens

http://geografiaetec1d.blogspot.com/2014/05/astronomi 18
a-estacoes-do-ano.html
 Movimentos de Terra

Terra apresenta um movimento em

torno do seu próprio eixo, chamado de
rotação;
Duração: aproximadamente 24
horas;
Responsável pela ocorrência dos
dias e das noites;
ocorre na mesma direção (oeste-
leste).

https://astronomy-universo.blogspot.com/2013/07/a-
terra-e-seus-5-movimentos.html
Fonte: Google imagens 19
Declinação solar(δ)
 ângulo formado entre a linha imaginária que une o centro do planeta Terra
(na linha do Equador) ao centro do Sol;
 varia de 23° 27’ Norte a -23° 27’ Sul (consequências da inclinação que o
eixo terrestre faz com a linha normal ao plano de translação do planeta em
torno do Sol (plano da Eclíptica);
declinação atinge os valores máximos - recebe nome de solstício.

23º

20
Fonte: Google Imagens http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/aula_movsol.htm
Solstício
 Sol atinge seu afastamento máximo da linha do equador. Ocorre 2vezes por ano:

22/06 (δ=23° 27’ Norte) - Sol

aparentemente sobre o Trópico de
Câncer (HN), determina o início do
inverno no HS;

22/12 (δ=-23° 27’ Sul) – Sol sobre o

Trópico de Capricórnio (HS),
determina o inicio do verão.

21
Fonte: Google imagens
Declinação solar
declinação (δ=0°) - Sol está sobre a
linha do Equador (Equinócio).

Equinócio:
Sol aparentemente se encontra sobre
a linha do Equador terrestre (δ = 0°);
ocorre duas vezes por ano (21/03 e de
23/09);
equinócios indicam o início da
primavera e do outono. 22
Declinação solar
 ângulo formado entre as linhas imaginárias do Equador e a que liga o centro
da Terra ao Sol;

23
Declinação solar
Calculo da declinação solar (graus), para uma determinada data (Cooper,
1969):
𝛿 = 23,45𝑜 𝑠𝑒𝑛 360𝑜 284 + 𝐷𝐽 /365

DJ é o dia juliano, que corresponde ao número de dias transcorridos desde o

dia primeiro de janeiro do ano até o dia que se deseja determinar a declinação
solar.
DJ DJ  HN HS
25/dezembro 359 -23,39o (-23o23’) SI SV
EX: 22/março 81 0o00’ EP EO
21/junho 172 +23,44o (23o27’) SV SI
21/setembro 264 -0,20o (-0o 12’) EO EP

OBS: Ano Bissexto (mês de fevereiro com 29 dias):

ANO/4 = número inteiro (Bissexto) 24
 Movimento de translação
 O ângulo zenital (Z) varia também ao longo do ano;
 Para uma localidade situada na latitude de 23º 27’, ao meio-dia solar
onde h= 0o tem-se:
=23º 27’
cos( Z )  sen  sen  cos   cos   cosh  Z=0º

cos( Z )  sen  sen  cos   cos   cos0 

=0º
Z=23º 27’

Z    =-23º 27’
Z=46º 54’

Para solstício. verão (  2327' ) : Z  2327'2327'  0

Para equinócios (  0) : Z  2327'0  2327'

Para solstício. inverno (  2327' ) : Z  2327'(2327' )  4654'

 DIA E NOITE
Quando os raios solares atingem a superfície da Terra, a mesma se divide
em dois hemisférios, sendo um iluminado e outro não.

 Terra - 24 horas para dar uma volta completa em torno do seu eixo;
dias e as noites: determinados pelo movimento de rotação e divisão em um
hemisfério iluminado e outro não iluminado;
Teoria - metade do tempo gasto pela Terra em sua rotação (12 horas)
corresponde ao período de luz e a outra ao período escuro.
26
 DIA E NOITE
Verão: dias mais longos: mais de 13 horas (dependendo da localidade);
Inverno: noites mais longas: menos de 11 horas de luz (devido à declinação solar);
Primavera e outono: equilíbrio (dias e noites com mesma duração).

Fonte: Google imagens

movimento de translação:
Terra descreve uma elipse.

27
 Fotoperíodo
movimentos aparentes do Sol em torno da Terra originam, também, uma
variação espacial (no sentido latitudinal) e temporal (durante o ano);
duração do período em que o Sol permanece acima do plano do horizonte em
um ponto sobre a superfície da Terra.

Solstício de inverno no HS (de verão

no HN): dia 22/06 (início do inverno).
Fotoperíodo
mais longo no HN (>12h);
 mais curto no HS (<12h);
 linha do Equador, fotoperíodo
é 12h.
22/06  = + 23o27´
http://astro.if.ufrgs.br/tempo/mas.htm 28
Fonte: Google imagens
Solstício de verão no HS (de inverno no HN): dia 22/12 (início do verão).
Fotoperíodo
 mais longo no HS (>12h);
 mais curto no HN (<12h);
 linha do Equador, fotoperíodo é igual a 12h.

http://astro.if.ufrgs.br/tempo/mas.htm29
22/12  = - 23o27´
Fonte: Google imagens
Equinócios
 21/03 (início de outono);
 23/09 (início de primavera),
 nessas datas, o fotoperíodo é igual a 12h em todas as latitudes do globo
terrestre.

https://escolakids.uol.com.br/geografia/solsticios-e-
equinocios.htm 30
Fonte: Google imagens
 movimento aparente do Sol em relação à superfície da Terra origina
também uma variação espacial: disponibilidade de radiação solar (Qo)
e o comprimento do dia (N).
 quanto mais o Sol se afasta do Equador maior a variação estacional
do Qo e do N ao longo do ano (fatores importantes na formação do clima
da Terra).

Região Equatorial Latitude 30º Região Polar

Comprimento do dia (N) 12 10 e14 0 a 24
Radiação solar (Qo) MJ m-2d-1 33 a 38 18 a 44 0 a 48

31
Brilho solar máximo em algumas regiões do Brasil:

Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP) 32

 Duração astronômica do dia (período diurno)

 distância entre a Terra e o Sol;

A Terra possuir um diâmetro 100
vezes menor que o Sol;
considera-se que os raios solares
sejam paralelos entre si para com a
Terra.
esses raios, ao tangenciar a
superfície terrestre, delimitam um
círculo máximo que divide a Terra em
dois hemisférios, um iluminado (DIA)
Carvalho et al. (2010)
e outro não (NOITE)

33
 Duração astronômica do dia (período diurno)
“movimento” anual do Sol - variação da duração dos dias para cada local ao
longo do ano para ambos os hemisférios;
Ex: Sol “posicionado” no solstício de inverno (21 ou 22/junho) para HS
e um local A nesse mesmo hemisfério.

ponto A, com rotação da Terra, o

Carvalho et al. (2010)

Sol está nascendo;
A’ - meio dia solar (raios solares
culminando no plano do meridiano A”

local);
H
A” - pôr do Sol. NOITE A’

ponto A - descreveu um ângulo H

DIA
horário de nascer ou pôr do Sol (H)
A
34
Hemisfério Sul
 Duração astronômica do dia (período diurno)
Ex: Sol “posicionado” no solstício de verão (21 ou
22/junho) para o HN e um local C nesse mesmo
hemisfério.
ponto C – nascer do Sol;
C’’ – pôr do Sol;

Carvalho et al. (2010)

C’ - meio dia solar;
C-C’’ - ângulo maior, caracterizando uma
A” B” C”
duração do dia maior que ao ponto A;
 variações dos dias e noites ao longo do ano:
H H H
maiores a medida
NOITE que se afasta do Equador;
NOITE B’ NOITE C’
H H H
Extremos: Equador (12DIAe 12 horas para o dia e
DIA DIA
noite) e nos pólos (0 hora para o dia e 24 horas
A B C
para a noite e vice-versa).
Hemisfério Sul 35
Equador Hemisfério Norte
 A” B” C”

H H H
NOITE A’ NOITE B’ NOITE C’
H H H
DIA
DIA DIA
A B C
Hemisfério Sul Equador Hemisfério Norte
36
Carvalho et al. (2010)
 Duração astronômica do dia (período diurno)

Cálculo da duração astronômica do dia:

 distância angular percorrida por um ponto qualquer durante o dia equivale: 2H
 movimento longitudinal da Terra (rotação) é de 15o/h (360o/24h)
 duração do dia (N) ou fotoperíodo: representa o número máximo de horas
possíveis de insolação, em horas (h).

2H
N
15
O ângulo horário de nascer ou pôr do Sol (H) (graus) é dado por:

H  arccos  tan   tan 

em que,  - latitude do local em graus;
 - declinação solar em graus.
37
 Como um observador vê o sol (ao meio dia) em diferentes
latitudes e épocas do ano?

Durante o verão o Sol nunca se põe no horizonte (N= 24 horas iluminada)

38
Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP)
 Como um observador vê o sol (ao meio dia) em diferentes
latitudes e épocas do ano?

O Sol ora fica no Sul do observador e ora ao norte. O Sol passa a pino
duas vezes por ano nessa região (equinócios)

39
Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP)
 Como um observador vê o sol (ao meio dia) em diferentes
latitudes e épocas do ano?

O Sol passa a pino na região somente uma vez por ano (solstício de
verão), nas outras épocas do ano o observador vê sempre o Sol ao Norte.

40
Fonte: Sentelhas e Angelocci (ESALq/USP)
 Referência Bibliográfica
Biscaro, G. A. Meteorologia Agrícola Básica. Cassilândia: 1ª ed.
UNIGRAF. 2007. 87p. (Versão digital disponível em
www.do.ufgd.edu.br/guilhrmebiscaro/arquivos/meteorologia.pdf).
Carvalho, L. G; , Dantas, A. A. A., Pedro Castro Neto, P. Texto
acadêmico: GNE 109 -Agrometeorologia –Lavras : UFLA, 2010.172p. : il.
(Versão digital disponível em
http://repositorio.ufla.br/jspui/bitstream/1/30452/1/TEXTO%20ACAD%C3
%8AMICO_GNE%20109%20Agrometeorologia.pdf.
Pereira, A. R.; Angelocci, L. R.; Sentelhas, P. C. Agrometeorologia:
fundamentos e aplicações práticas. Guaíba: Agropecuária, 2002. 478 p.
Varejão Silva, M.A. Meteorologia e Climatologia. Brasília: INMET, 2000.
515p. (versão digital disponível em
https://icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/METEOROLOGIA_E
_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006.pdf).
Vianello, R. L.; Alves, A. R. Meteorologia básica e aplicações. 2. ed., rev. e
ampl. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2012. 460 p. ISBN 9788572694322.
41