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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL


DEPARTAMENTO OPERACIONAL
COMANDO DE MISSÕES ESPECIAIS
BATALHÃO DE ROTAM

NORMA GERAL DE AÇÃO ROTAM Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE 2019.

Regulamenta o Serviço Operacional do


Batalhão Rondas Ostensivas Táticas
Motorizadas (ROTAM).

O COMANDANTE DO BATALHÃO DE ROTAM, no uso de sua competência e diante da


necessidade de regulamentação prevista no art. 2° da Instrução Normativa CME 1, de 21 de abril de
2019, e
Considerando o Processo do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) n° 00054-00051787/2019-05;
Considerando a necessidade de padronização do serviço operacional do Batalhão para imprimir
maior eficiência nos serviços prestados;

RESOLVE:

CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1º Regulamentar o Serviço Operacional do Batalhão Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas
(ROTAM).
CAPÍTULO II
DOS REQUISITOS PARA OPERAR NO BATALHÃO
Art. 2º Os requisitos para operar no Batalhão de ROTAM são: ser voluntário, possuir o Curso
Operacional de ROTAM e ser aprovado no estágio de patrulhamento tático da ROTAM/PMDF,
devendo o Policial Militar do Batalhão de ROTAM, de serviço ou na folga, observar o seguinte:
I – Pautar sua conduta à luz da Doutrina de ROTAM/PMDF, seja no trabalho ou fora dele
(Exemplo-Total), de modo a influenciar positivamente à coletividade.
II – Ter postura e compostura, conduta familiar e profissional irrepreensíveis, bem como idoneidade
moral, todos indispensáveis para os integrante do Batalhão de ROTAM.

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III – Ser dotado dos atributos de Honestidade, Lealdade, Disciplina Consciente, Altruísmo,
Controle Emocional, Iniciativa, Perseverança, Sagacidade, Ousadia e Furtividade, entre outros
previstos ou julgados pertinentes.
a) Honestidade – é a qualidade de falar a verdade sem rodeios, de não omitir os fatos, ser
honrado e probo na forma de pensar e agir.
b) Lealdade – é a qualidade daquele que respeita o cargo, a função, as atribuições e a missão
institucional, constituindo-se, baseada na confiança e na verdade, numa relação de fidelidade
e respeito recíprocos entre os Comandantes e os Comandados, da mesma forma, entre pares,
superiores e subordinados.
c) Disciplina Consciente – é a qualidade daquele que espontanemante pensa e age conforme os
princípios, as normas e os costumes, que, em verdade, visam propiciar o bom andamento do
serviço e das relações interpessoais para o cumprimento a contento da missão.
d) Altruísmo – é a qualidade daquele que detém o espírito voluntário de servir aos outros, de
ser solidário, de reconhecer que o todo é mais importante que a parte, que os interesses
coletivos devem sobrepujar os interesses particulares, inclusive, os seus próprios.
e) Controle Emocional – é a qualidade daquele que sabe gerir suas próprias emoções e as
circunstâncias adversas, de modo a potencializar a solução das demandas que lhe são
apresentadas ou submetidas, de forma imparcial, adequada, necessária e razoável.
f) Iniciativa – é a qualidade daquele que age e coopera com disposição, cuidado e atenção para
solucionar os problemas, principalmente, de forma propositiva e preventiva, propondo e
envolvendo as pessoas e os meios necessários não apenas para a solução dos problemas, mas
também para a evolução do meio que está inserido, realizando e coordenando os atos
necessários para tal.
g) Perseverança – é a qualidade de ser resiliente, ser resistente, não desistir, persistir, ter força e
paciência diante das diversas situações e circunstância adversas, de modo a deter um espírito
inabalável cuja vibração contagia a coletividade a enfrentar e superar os desafios, no
compromisso firme de servir e proteger a sociedade.
h) Sagacidade – é a qualidade daquele que é inteligente, sagaz, arguto, que consegue resolver
com simplicidade e inteligência as demandas e situações apresentadas, bem como percebe
no outro a partir de um mero indício a malícia, a mentira e a maldade.
i) Ousadia – é a qualidade daquele que não paralisa diante do medo e da adversidade,
consegue agir com arrojo e coragem, sem inobservar a sua segurança, da sua guarnição ou
de terceiros.
j) Furtividade – é a qualidade daquele que consegue ver sem ser visto e agir em face do
opositor com a vantagem da surpresa.
k) Outros julgados pertinentes, como virilidade e simplicidade, aqueles previstos na Lei
Federal n° 7.289, de 18 de dezembro de 1984 (atributos e valores da ética policial militar),
entre outros julgados pertinentes.
IV – Manter-se producente na repressão à criminalidade com destaque à apreensão de armas de
fogo.
V – Zelar pelo seu comportamento e postura (autofiscalização), bem como ter o compromisso de
fiscalizar os demais (fiscalização recíproca).
VI – É vedado o uso do uniforme orgânico do Batalhão de ROTAM em transporte coletivo ou na
folga do policial. É obrigação do policial militar da ROTAM zelar pelo estado de excelência e boa
imagem da PMDF e, especificamente, do Batalhão, devendo preservar a farda de qualquer
associação negativa ou indevida, evitando-se locais públicos.

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Parágrafo único. Qualquer ato de indisciplina de policial militar lotado no Batalhão de ROTAM
pode ensejar a sua imediata transferência, sem prejuízo da devida apuração ético-disciplinar e/ou
criminal.
CAPÍTULO III
DO ROTAM-COMANDO
Art. 3º A função de ROTAM-COMANDO de Comadante-do-Pelotão é realizada por Tenente
QOPM detentor de Curso Operacional de ROTAM, sendo o Oficial-de-Dia ao Batalhão de
ROTAM, comanda, controla, coordena, fiscaliza, apoia e representa o Comando da Unidade, sendo
o chefe do serviço na execução das ordens e diretrizes do Comando; ministra e acompanha
instruções para a tropa, bem como atua diretamente em ocorrências pertinentes ao ofício de
ROTAM, observada as atribuições seguintes pertinente ao Comandante-do-Pelotão
I – fiscal administrativo e operacional do Pelotão de ROTAM.
II – exercer o comando, controle, fiscalização e coordenação das guarnições operacionais.
III – respondência ao Comando do Batalhão das atividades operacionais e administrativas da
ROTAM.
IV – representar o Comando da Unidade em situações inerentes a esse seguimento policial militar,
bem como, assessorar o comando em questões técnico-operacionais pertinentes às atividades de
ROTAM.
V – controlar, fiscalizar e orientar as condutas relativas à hierarquia e disciplina do pelotão de
ROTAM, bem como as diretrizes e ordem do Comando.
VI – exercer, operacionalmente, as atividades de ROTAM-COMANDO, apoiando, fiscalizando
condutas e cumprimento de leis, doutrina, ordem de serviço.
VII – vistoriar a passagem de serviço das guarnições de ROTAM.
VIII – contribuir e promover o bem-estar e o moral da tropa sob seu comando, buscando-se a
qualidade total do serviço, o fiel cumprimento de ordens do escalão superior e cumprimento da
missão com excelência.
IX – zelar pelo estabelecimento do necessário ao cumprimento da missão com êxito e excelência,
observada as adequações técnicas e doutrinárias.
X – Oficial-de-Dia do Batalhão de ROTAM de serviço no dia fica na condição de sobreaviso no
período que não está efetivamente escalado até a assunção do oficial seguinte, bem como deve estar
acessível, por meio do celular funcional ou privado.
XI – Zelar, manter e fiscalizar as ordens em vigor pertinentes à função de Oficial-de-Dia, bem como
aquelas pertinentes à praxe e aos costumes do Batalhão.
XII – Inspecionar e assinar o Livro de Parte Diária (LPD) da ROTAM.
XIII – Em tempo hábil, inspecionar os relatórios pertinentes ao Serviço, produzir aquele que seja de
sua competência e homologar as Ocorrências pertinentes ao Serviço.
XIV – Durante o período de expediente administrativo da Corporação, deve, na primeira
oportunidade, apresentar-se pessoalmente ao Subcomandante do Batalhão de Área, colocar a
ROTAM à disposição, colher informações pertinente à área, bem como solicitar a possibilidade de
apresentar-se ao Comandante do Batalhão. Deve avaliar ainda a pertinência de contato com os entes
de fiscalização de serviço no âmbito da Corporação, ou outros julgados pertinentes, como, por
exemplo, o Corpo de Bombeiros (CBMDF) e o Delegado Plantonista (PCDF) da área de
patrulhamento.

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XV – Deve avaliar as circunstâncias gerais e específicas, eventuais Ordens de Serviço, e decidir
pelo deslocamento dentre as diversas Regiões Administrativas do Distrito Federal, registrando-se ao
final do serviço em relatório o referido deslocamento e sua razão.
XVI – Deve solicitar autorização ao Comando da ROTAM para realizar diligências nos estados que
façam divisa com o Distrito Federal, exceto no caso de deslocamento de urgência/emergência para
socorro ou apoio à policial, no caso de flagrante delito, no caso de veículos evasores e no caso de
situações que exijam pronta intervenção, devendo nestes casos informar ao Comando da ROTAM e
ao COPOM na primeira oportunidade, por fim, ao término do serviço, registrar em relatório o
referido deslocamento e sua razão.
XVII – Cientificar o Comando da ROTAM das situações que estiverem acima da sua possibilidade
de solução, bem como aquelas situações que julgar pertinente.
XVIII – Cumprir os demais encargos prescritos em norma, bem como eventuais determinações e
orientações competentes ou atribuições que lhe forem atribuídas.
Parágrafo único. A função de ROTAM-COMANDO pode ser exercida, excepcionalmente, por
Capitão QOPM possuidor do Curso Operacional de ROTAM.
CAPÍTULO IV
DO ADJUNTO-AO-BATALHÃO
Art. 4º O Adjunto-ao-Batalhão de ROTAM responde pelo Oficial-de-Dia na ausência deste ou na
impossibilidade de contato com o mesmo, sendo responsável e devendo observar os seguintes
aspectos.
I – O Adjunto ao Batalhão de ROTAM deve acumular as funções de Comandante da Guarda.
II – Zelar, manter e fiscalizar as ordens em vigor pertinentes à função de Adjunto ao Batalhão de
ROTAM e de Comandante-da-Guarda, bem como aquelas pertinentes à praxe e aos costumes do
Batalhão.
III – Estar acessível, durante o serviço, por meio do celular do Adjunto ao Batalhão, bem como por
meio do celular do Oficial-de-Dia ao Batalhão, durante o período de sobreaviso deste.
IV – Estar ciente de todos os documentos e ordens pertinentes ao serviço, destacando-se o
acompanhamento constante das Ordens de Serviço do Pelotão Ordinário e do Serviço Voluntário
Gratificado (SVG), bem como suas eventuais atualizações.
V – Realizar o preenchimento e assinatura devidos do Livro de Parte Diária (LPD), registrando-se
aos costumes o estado das coisas pertinente ao serviço, os documentos pertinentes e eventuais
alterações, atentando-se para as ocorrências policiais do SVG. Deve submeter o referido livro ao
Oficial-de-Dia para inspeção e assinatura conjunta.
VI – Fazer com que se cumpra, diariamente, o recebimento das convocações pelos integrantes dos
Pelotões do Serviço Ordinário e do SVG, por meio dos respectivos Adjuntos-aos-Pelotões, durante
a liberação do policiamento, em forma.
VII – Informar, em tempo hábil, ao Superior-de-Dia, o QRA e o número do celular funcional do
Oficial-de-Dia ao Batalhão de ROTAM de serviço, utilizando-se, preferencialmente, dos celulares
funcionais.
VIII – Registrar no Sistema Gênesis o Plano de Embarque do efetivo (prefixo e composição das
viaturas) do pelotão de serviço ordinário e do SVG.
IX – Zelar pelas instalações da unidade e o bom andamento do serviço, bem como atentar para o
contido no Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG, R-1/EB) pertinente às atividades a
serem realizadas.
X – Controlar a entrada e saída de pessoas não identificadas no Batalhão, se for o caso, solicitar a
identidade do policial militar (inteligência, serviço velado ou em trajes civis) ou identidade civil
(funcionários civis e visitantes).
XI – Realizar o devido controle de abertura e fechamento dos portões de acesso ao Batalhão.

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XII – Deixar em condições as Viaturas, junto à garagem, para o Serviço Ordinário e SVG.
XIII – Zelar pelo Estacionamento dentro do Batalhão de ROTAM, em especial, no horário de
liberação do policiamento, seja do serviço ordinário ou SVG.
XIV – Fiscalizar o lava-jato no sentido de impedir lavagem de carros particulares, esta situação é
proibida.
XV – Fazer a inspeção do aquartelamento, verificando-se as luzes, ares-condicionados, as janelas,
as portas e tudo que julgar pertinente nas instalações designadas para a ROTAM. É necessário que o
Adjunto-ao-Batalhão faça inspeções ordinárias em horário definido e pertinente, bem como deve
realizar inspeções inopinadas.
XVI – O Adjunto-ao-Batalhão mais antigo do Batalhão de ROTAM deve promover, em
coordenação com os demais Adjuntos, a padronização das ações e condutas de guarda do
aquartelamento, o mesmo se aplica à AD-67.
XVII – Deve comunicar ao Oficial-de-Dia da ROTAM tudo aquilo que não consiga resolver ou
esteja fora do âmbito de sua competência, bem como os assuntos e eventos que julgar pertinentes à
cientificação do referido oficial.
XVIII – Cumprir os demais encargos prescritos em norma, bem como eventuais determinações e
orientações competentes ou atribuições que lhe forem atribuídas.
CAPÍTULO V
DO ADJUNTO-AO-PELOTÃO
Art. 5° A função de Adjunto-ao-Pelotão é de auxiliar direto ROTAM-COMANDO, realizada por
um Subtenente QPPMC ou Sargento QPPMC mais antigo no dia de serviço do pelotão, cujas
atribuições são monitorar instruções, fiscalizar condutas, posturas, verificar faltas, apresentação
pessoal e demais situações que envolvam a tropa no serviço diário das guarnições de ROTAM.
§1° O Adjunto-ao-Pelotão assiste diretamente o ROTAM-COMANDO.
§2° O Adjunto-ao-Pelotão é o responsável direto pela disciplina do pelotão.
§3° O Adjunto-ao-Pelotão substitui, eventualmente, o ROTAM-COMANDO em seus
impedimentos e ausências.
§4° O Adjunto-ao-Pelotão deve cumprir os demais encargos prescritos em norma, bem como
eventuais determinações e orientações competentes ou atribuições que lhe forem atribuídas.
CAPÍTULO VI
DO RÁDIOPERADOR (AD-67)
Art. 6º A função de Radioperador, com a denominação histórica de AD-67, do Batalhão de Rondas
Ostensivas Táticas Motorizadas (ROTAM) é desempenhada por Policial Militar lotado na ROTAM,
o qual é responsável pelo sistema de comunicação via rádio, central telefônica e aplicativos de
mensagens no âmbito do Batalhão de ROTAM, bem como operar sistemas de dados, realizar
pesquisas e monitoramento das redes sociais.
Art. 7º O Rádioperador (AD-67) é subordinado ao Adjunto-ao-Batalhão de ROTAM.
Art. 8º Compete ao Rádiooperador (AD-67):
I – Comunicar de forma simples, precisa, direta e concisa.
II – Promover a disciplina na rede rádio e em outros ambientes de comunicação restrita a situações
ao serviço.
III – Certificar-se, no início do serviço, que a estação está sintonizada no canal adequado.
IV – Operar o rádio da estação fixa AD-67, na área de atribuição do pelotão, e, se possível, em área
adjacente, obedecendo à linguagem e a disciplina própria das comunicações.
V– Manter-se atento às chamadas e aos acontecimentos da rede rádio.
VI – Não se afastar do local onde se encontra o equipamento que esteja operando, sem deixar um
substituto ou portar HT que possibilite acompanhar o serviço.
VII – Ter ciência dos prefixos da ROTAM no ar na rede rádio e acompanhar eventual atualização;
VIII – Atender, prontamente, às chamadas dirigidas ao prefixo da estação que estiver operando;
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IX – Portar-se de forma direta e concisa na transmissão das mensagens e comunicações.
X – Zelar pela integridade do equipamento de rádio, protegendo-o contra os elementos que possam
lhe causar dano, como umidade, calor e poeira excessiva, queda e ainda de eventuais tentativas não
autorizadas de reparo.
XI – Conhecer e aprimorar seus conhecimentos em relação ao correto funcionamento dos sistemas
sob sua responsabilidade.
XII – Comunicar, imediatamente, ao Adjunto-ao-Batalhão de ROTAM sobre eventuais panes que
detectar no equipamento rádio e/ou no(s) sistema(s).
XIII – Estar atento, durante o serviço, aos aplicativos de mensagem empregados na comunicação,
no Disque Denúncia da ROTAM e outros dispositivos pertinente ao serviço.
XIV – subsidiar com informes e informações as guarnições e o serviço de policiamento velado e/ou
inteligência.
XV– Promover a integração com o COPOM e demais redes de comunicação no âmbito da PMDF,
bem como contribuir para o bom relacionamento e trânsito de informações com as redes de
comunicações co-irmãs.
XVI – Operar sistemas de dados e realizar pesquisas.
XVII – Realizar acompanhamento de indícios de atos criminosos nas redes sociais.
XVIII – Acionar e/ou auxiliar a Coordenar as Operações, como Operação Stive e
outras.
XIX – Atualizar diariamente, controlar e divulgar a relação de caráter geral dos veículos produto de
furto ou roubo, entre outros pertinentes.
XX – Fazer diariamente pesquisa e divulgação no CNJ e outras fontes de busca sobre os Mandados
de Prisão.
XXI – Acompanhar as ocorrências policiais pelos meios disponíveis, como o Sistema de Gestão de
Ocorrências (SGO) e outros.
XXII – Fazer e manter contato constante com o COPOM via rádio, telefone ou outros meios
disponíveis para ter ciência das ocorrências apropriadas às guarnições de ROTAM (crime
organizado, armas de fogo, tráfico de drogas e ocorrências de grande vulto), bem como dar ciência
ao ROTAM-COMANDO para a gestão dessas ocorrências.
XXIII – O Radioperador mais antigo AD-67 deve promover, em coordenação com os demais
Radioperadores (ROs), a padronização das ações e condutas de guarda do aquartelamento,
subsidiando e assistindo os Adjuntos-ao-Batalhão.
XXIV – Administrar o bom fluxo e celeridade dos informes e informações.
XXV – Zelar e manter o sigilo no uso dos sistemas e das informações disponíveis.
XXVI – Cumprir os demais encargos prescritos em norma, bem como eventuais determinações e
orientações competentes, ou atribuições que lhe forem atribuídas.
CAPÍTULO VII
DA COMPOSIÇÃO DA GUARNIÇÃO E ATRIBUIÇÕES
Art. 9º Cada guarnição de Patrulhamento Tático do Batalhão de ROTAM é composta dos seguintes
patrulheiros táticos: um Comandante-de-Guarnição (Primeiro-Homem), um Motorista (Segundo-
Homem), um Homem-Segurança (Terceiro-Homem) e um Homem-Busca (Quarto-Homem).
I – Primeiro-Homem é o Comandante-da-Guarnição:
a) comanda, coordena e controla as ações do efetivo sob sua responsabilidade.
b) decidi a resolução de ocorrências, sendo assessorado pelos demais integrantes que devem ter
iniciativa.
c) quando embarcado na viatura de Patrulhamento Tático, patrulha a parte frontal, a lateral
direita e a retaguarda pelo espelho retrovisor direito.
d) opera todos os dispositivos sinalizadores da viatura, inclusive o rádio;
e) nas abordagens, é responsável pela verbalização e pela segurança do Quarto-Homem.

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II – Segundo-Homem é o Motorista da guarnição:

a) responsável pela manutenção, limpeza, inspeção e condução segura da viatura.

b) quando em patrulhamento tem a função precípua de dirigir a viatura primando pela direção
defensiva, ofensiva e evasiva, conforme a situação.
c) em acompanhamento, preocupa-se primordialmente com o trânsito, permanecendo atento às
informações dos outros patrulheiros sobre a rota do veículo acompanhado.
d) durante as abordagens, é responsável pela segurança geral da guarnição de Patrulhamento
Tático (segurança perimetral/periférica) e pela comunicação rádio para solicitar apoio, para atender
os chamados do Centro de Operações da Policial Militar (COPOM) e/ou demais prefixos.
III – Terceiro-Homem é o Homem-Segurança da guarnição:
a) no início do serviço, auxiliado pelo Quarto-Homem, deve equipar a viatura (equipamentos e
armamentos) de acordo com o que for designado pelo Comandante-da-Guarnição.
b) quando embarcado, faz a segurança do motorista, patrulhando a lateral esquerda e
retaguarda da viatura.
c) nas abordagens, é o responsável pela segurança da abordagem, auxiliando o 1º Homem nesta
função.
d) deve estar atento às comunicações de outras frequências, por meio de um equipamento de
rádio de comunicação portátil (HT) para repassar informações ao Comandante-da-Guarnição e aos
demais patrulheiros táticos.
IV – Quarto-Homem é o Homem-Busca da guarnição:
a) quando embarcado é o anotador, responsável por toda documentação da guarnição, bem
como anotações de alerta geral emitido, via rádio. Assim, além de ficar atento às comunicações do
rádio da viatura, deve observar a de outras frequências, através do equipamento de rádio de
comunicação portátil (HT).
b) durante o Patrulhamento Tático, o realiza pela lateral direita e retaguarda da viatura e é
também responsável por observar e informar, a todo momento, a localização exata da guarnição
(QTH), caso seja necessário solicitar apoio.
c) responsável por municiar os carregadores vazios em caso de acompanhamento com troca de
tiros, já que os responsáveis pelos disparos enquanto a guarnição estiver embarcada são o Primeiro-
Homem pelo lado direito e o Terceiro-Homem pelo lado esquerdo da viatura.
d) responsável por auxiliar a troca dos carregadores em caso de acompanhamento com troca de
tiros, já que os responsáveis pelos disparos enquanto a guarnição estiver embarcada são o Primeiro-
Homem pelo lado direito e o Terceiro-Homem pelo lado esquerdo da viatura.
e) desembarcado, é responsável direto pela segurança do Comandante-da-Guarnição,
acompanhando-o em todas as situações.
f) quando na realização de abordagens, tem a função de realizar a busca pessoal, a vistoria em
interior de veículos e estabelecimentos comerciais.
g) dentre os patrulheiros da guarnição, recomenda-se que o Quarto-Homem seja o policial
militar com maior experiência na função.
h) quando necessário, recolhe a documentação dos abordados e realiza as pesquisas referentes.
Nas abordagens veiculares recolhe inclusive a documentação veicular e realiza a conferência
pertinente.
V – Quinto-Homem é o Segurança Adicional:
a) Quando embarcado, assume as funções do Quarto-Homem, além de operar o rádio em caso de

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acompanhamento com troca de tiros, mantendo sua arma no coldre.
b) Desembarcado, é responsável pela segurança externa da guarnição, podendo auxiliar o
Segundo-Homem ou o Primeiro-Homem.
b) Pode ainda auxiliar o 4º nas buscas pessoais dependendo do número de abordados, exceto os
estagiários.
c) Quando o Quinto-Homem for Estagiário, este não participa das ações e procedimentos
policiais, apenas observa a movimentação e os procedimentos da guarnição.
CAPÍTULO VIII
DOS EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS
Art. 10. O Patrulheiro Tático deve estar devidamente equipado para estar em condições de
responder as diversas situações em ocorrência, segue a relação de equipamentos e armamentos de
porte individual.
I – arma de porte de dotação da PMDF com 03 (três) carregadores em carga completa.
II – faca, canivete ou alicate de múltiplas funções incluindo-se a de corte.
III – 01(um) par de algemas.
IV – armamento químico não letal, espargidores de solução lacrimogênea ou pimenta.
V – armamento de lançamento de eletrodos energizados.
VI – bastão, tonfa ou cassetete.
VII – colete balístico.
VIII – colete tático.
IX – rádio de comunicação portátil.
X – equipamentos de proteção individual.
XI – algemas táticas descartáveis (Recomendável).
XII – 01 (uma) lanterna tática.
XIII – 01 (uma) lanterna tática sobressalente.
XIV – bloco de anotações e canetas.
XV – alicate.
XVI – pasta de Patrulhamento Tático contendo fichas de ocorrência, ficha de acidente de viatura,
Doutrina de ROTAM/PMDF, além de toda documentação inerente ao serviço.
XVII – carregador de aparelho celular.
XVIII – sacos plásticos para acondicionar bens apreendidos.
XIX – câmera.
§1° Os itens previstos nos incisos V, X, XI, XIII, XV, XVIII e XIX são altamente recomendáveis.
§2° A depender da função a ser desempenhada pode ser determinado o uso de eventual
equipamentos de proteção individual e/ou outro equipamento ou armamento e uso individual
julgado cabível.
Art. 11. Cada Viatura de ROTAM deve ser equipada no mínimo com os seguintes equipamentos:
I – submetralhadoras e/ou carabinas de dotação da PMDF com 03 (três) carregadores em carga
completa para cada arma.
II – fuzil e/ou carabina, calibre 5,56x45mm, de dotação da PMDF com 03 (três) carregadores em
carga completa para cada arma.
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III – espingarda calibre 12 Gauge de dotação da PMDF com o carregador completo e mais uma
carga sobressalente. As munições para uso deste armamento serão munições não letais de dotação
da PMDF.
IV – bornal contendo kit para inspeção veicular, kit de APH tático e cabo solteiro (cabo da vida).
V – dispositivos para bloqueio policial (cones, sinalizadores, cama de faquir, etc.).
VI – kit tático operacional nível 3.
VII – armamento de lançamento de eletrodos energizados (ALEE).
VIII – fita zebrada.
§1º Somente os policiais devidamente habilitados podem acautelar e manusear os armamentos que
exigem habilitação específica.
§2º No início do serviço, todos os Patrulheiros Táticos da guarnição deverão realizar a inspeção
nos armamentos, para assegurar seu correto funcionamento.
§3º Conforme a missão, deve ser avaliado o uso de detector de metal, dispositivo para iluminação
(cilibrim), capacete, escudo balístico e bastão.
§4º O armamento portátil de alta energia não deve ser o armamento principal, permanecendo
acondicionado no interior de cada viatura, sem munição na câmara. A sua utilização deve ser
conforme a avaliação do patrulheiro tático.
CAPÍTULO IX
DO SERVIÇO OPERACIONAL
Seção I
Comunicação Via Rádio
Art. 12. Cada guarnição de Patrulhamento Tático da ROTAM deve atuar com um Rádio Portátil HT
para cada Patrulheiro Tático, além do rádio da viatura.
§1° Um HT fica com o Primeiro-Homem, um HT com o Segundo-Homem, ambos na frequência
fechada dos prefixos de ROTAM. Os demais HTs ficam com o Terceiro-Homem e Quarto-Homem
nas frequências das áreas adjacentes.
§2° O rádio da viatura da ROTAM permanece na frequência da área de patrulhamento.
Art. 13. A comunicação na rede rádio da Polícia Militar é utilizada para mensagens curtas, claras e
precisas, devendo ser mantida a disciplina a todo momento, não sendo admitida qualquer tipo de
comunicação que não seja relativa ao serviço.
Parágrafo único. É vedada qualquer brincadeiras ou outros comentários de interesse particular na
rede rádio.
Art. 14. A prioridade de comunicação é obedecida com rigor, se uma guarnição a solicita, todas as
demais se calam e somente o ROTAM-COMANDO cobra as informações necessárias, se for o
caso.
Art. 15. Toda ocorrência é passada pelo COPOM diretamente ao ROTAM-COMANDO. Este a
repassa, via rádio, para as viaturas de ROTAM e determina o seu atendimento e a maneira de
atuação, seja para patrulhamento nas imediações, cerco policial ou abordagem, entre outras
situações.
Art. 16. Quando uma viatura da ROTAM se depara com uma ocorrência, transmite as informações,
primeiramente, ao ROTAM-COMANDO que toma suas providências ou solicita ao COPOM
retransmissão para os demais prefixos. Ato contínuo, a guarnição informa ao COPOM sobre a
ocorrência.

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Art. 17. Sempre que o ROTAM-COMANDO transmitir uma informação, as demais guarnições
devem confirmar o recebimento por ordem de antiguidade.
Seção II
Do Policiamento Tático da ROTAM
Art. 18. A velocidade da viatura em patrulhamento é a adequada para que tudo seja observado e
compreendido em detalhes os cenários e situações pelos patrulheiros da guarnição. A atenção dos
Patrulheiros deve estar voltada para sua respectiva zona de atuação, devendo atentar-se para o
seguinte:
I – A velocidade de patrulhamento, via de regra, é de 20 a 40 km/h, no entanto pode variar a
depender de cada situação ou circunstância, devendo manter a viatura na velocidade necessária ao
cumprimento do objetivo do patrulhamento, conforme caput, ou outro eventual. .
II – O deslocamento deverá ser pela faixa direita da via, mantendo uma distância segura do veículo
imediatamente à frente da viatura, prestando atenção ao fluxo de trânsito, de pedestres, etc. Em
cruzamentos a atenção deverá ser redobrada devido à quantidade de informações a serem
discernidas. Ao dobrar-se uma esquina deve-se, inicialmente, dirigir o olhar para o ponto mais
distante para se ter controle visual sobre toda área.
III – O patrulhamento deverá ser efetuado de forma que não venha atrapalhar o tráfego normal de
veículos na via, salvo quando em ocorrência. Quando patrulhando pela faixa da esquerda, o Quarto-
Homem sinaliza para que os demais veículos ultrapassem a viatura pela faixa da direita.
IV – Os Patrulheiros devem atentar para características gerais das pessoas, suas mãos, volumes sob
as roupas, sua colocação no ambiente, vestimentas incoerentes como agasalhos em tempo quente,
pessoas assustadas, pouco à vontade, com sobressaltos ao ver a viatura da ROTAM, com
posicionamento forçado, entre outras condições que podem revelar uma situação de suspeição e
deve ser checada pela força policial para certificação de que nenhum ato ilícito esteja ocorrendo.
V – O interior de estabelecimentos comerciais, bancos e empresas são observados pelo Terceiro-
Homem e Quarto-Homem. Mesmo sendo impossível observar tudo em uma cena em movimento, a
guarnição de Patrulhamento Tático fica sempre atenta a qualquer detalhe que revele suspeição de
ilícito penal. Qualquer comportamento suspeito deve ser informado à guarnição e averiguado.
Jamais se retorna ao Batalhão de ROTAM com uma dúvida não sanada.
VI – Ao passar por qualquer estabelecimento deve ser observado o local como um todo (portas,
balcões, entradas, saídas), localização do caixa, atentando para as atitudes e expressões das pessoas.
Atenção aos estabelecimentos vazios, especialmente à noite, quando ainda estiverem em
funcionamento com portas parcialmente abaixadas, a pessoas carregando materiais, principalmente
de madrugada, ou aguardando em veículos. Além de indivíduos próximos aos vigias do
estabelecimento.
VII – O motorista deve obedecer às regras de trânsito, exceto quando em caso de urgência e/ou
emergência, prevista nos incisos VI e VII, do art. 29, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
VIII– Durante o patrulhamento, as janelas da viatura deverão permanecer abertas. No caso de fortes
chuvas, que atrapalhem o procedimento, a viatura estaciona em local coberto e visível ao público e
todos os Policiais Militares permanecem desembarcados.
IX – Sempre que um Patrulheiro Tático avistar outras viaturas, sejam elas da própria ROTAM, do
Batalhão de Área, da polícia civil, da polícia federal ou de outras forças de segurança, este deve
alertar aos demais.
X – Em qualquer localidade que a viatura se encontrar, a guarnição procura a placa de endereço ou
ponto de referência para pedido de apoio em caso de emergência.
XI – Evita-se, exceto em tráfego muito intenso, que outro veículo permaneça muito próximo da
viatura, mesmo em semáforos, devendo o motorista sempre guardar a distância de segurança do

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veículo da frente, para que possa efetuar uma manobra em caso de emergência e para se precaver de
ataques. Exige-se também atenção a pedestres e motociclistas próximos à viatura quando estiver
parada no trânsito.
XII – Em qualquer parada da viatura, exceto em tráfego intenso, os seguranças desembarcam e
protegem a guarnição. Mesmo procedimento deve ser feito ao manobrar-se a viatura em locais
ermos ou que ofereçam risco às guarnições de ROTAM.
XIII – A segurança da guarnição é amenizada quando a viatura da ROTAM estiver estacionada no
interior de algum quartel, contudo nunca ficará sozinha.
XIV – Quando em atendimento à comunidade, a guarnição desembarca e o Comandante-da-
Guarnição presta as informações necessárias. Em hipótese alguma permite que algum civil fique
apoiado sobre a viatura.
XV – Os admiradores devem ser tratados com educação e respeito quando se aproximarem da
viatura, porém se a situação não permitir, gentilmente, devem ser orientados a afastarem-se ,
guardando uma distância segura.
XVI – Os Patrulheiros Táticos policiam, ininterruptamente, sua postura, palavras e gestos, mesmo
no interior da viatura quando realizam o Patrulhamento Tático Motorizado.
XVII – O Patrulheiro Tático mantém-se fardado, equipado e armado, podendo retirar a boina
durante as refeições.
XVIII – Todo Policial Militar da PMDF ou de uma coirmã, todo militar de qualquer força e todo
agente de segurança pública encontrado durante o patrulhamento deve ser tratado com cordialidade
e camaradagem pelos policiais da ROTAM.
XIX – O Patrulheiro Tático sempre estará acompanhado de outro Patrulheiro Tático em qualquer
averiguação ou ocorrência, independentemente da situação. Sempre que possível, dois Patrulheiros
Táticos fazem a segurança da viatura quando os demais estiverem distantes. Se a situação exigir,
fica na viatura apenas o motorista que deve se colocar em posição abrigada, com ampla visão e
portando armamento de maior poder de fogo. O Segundo-Homem, no caso de encontrar-se sozinho,
não admite que ninguém se aproxime da viatura ou de si próprio para não ser tomado de assalto ou
surpreendido.
XX – A viatura da ROTAM deve ser estacionada com o motor ligado e frente voltada para a saída.
XXI – Se alguma viatura estiver com problemas mecânicos, deve ser guinchada ao Batalhão de
ROTAM e, após análise do risco de tal procedimento, observando o local, as condições de
segurança, entre outros, sendo obrigatória a realização de escolta por outra guarnição. No caso de
ausência de guincho ou os meios adequados para deslocamento da referida viatura, fica autorizada a
guarda da viatura, preferencialmente, no Batalhão de Área ou em outro órgão estatal
XXII – Ninguém estranho à guarnição entra na viatura da ROTAM sem que tenha sido feita busca
pessoal, ainda que seja, em tese, vítima, testemunha ou autor do fato, tendo em vista que o fato se
encontra em averiguação, não havendo a certeza do estado e das circunstâncias do fato. O mesmo
procedimento deve ser observado, quando o preso é passado de uma guarnição para outra, ainda que
ambas sejam da ROTAM.
XXIII – Durante à noite, nas vias que possuem iluminação precária, sempre que não houver risco de
causar acidentes, o patrulhamento pode ser executado em módulo furtivo.
XXIV – Durante o patrulhamento tático os policiais deverão permanecer com as armas totalmente
no interior da viatura policial, apontadas para um local seguro, destravadas e com o dedo do
Patrulheiro Tático fora da tecla do gatilho, enquanto as armas de backup, se houver, deverão estar
travadas e no coldre (arma curta) ou bandoleira (arma longa).

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XXV – Mediante autorização do Comandante-da-Guarnição, é permitido o uso do celular dentro
viatura para receber ou efetuar ligações, enviar ou receber mensagens de forma moderada e discreta.
É vedado o uso de celulares para jogos ou afins.
Parágrafo único. No exercício do patrulhamento tático deve ser observado o clássico binômio do
radiopatrulhamento, baixa velocidade e atitude expectante.
Seção III
Início do Serviço
Art. 19. Com a chegada ao Batalhão de ROTAM, os Patrulheiros Táticos se dirigem à reserva de
armamento do Batalhão, para acautelamento de todo o armamento e/ou equipamento individuais e
coletivos para o serviço, com tempo suficiente para que 15 (quinze) minutos antes do horário
previsto para o início do serviço, todos estejam em condições para a entrada em forma.
Art. 20. A inspeção, limpeza e manutenção da viatura é responsabilidade do Segundo-Homem,
auxiliado pelos demais componentes da guarnição. Todos os integrantes da guarnição devem
realizar limpeza no interior da viatura, não deixando lixo ou qualquer outro objeto diverso aos
equipamentos próprios da viatura. Após o acautelamento dos equipamentos individuais dos
motoristas, estes assumem as viaturas e verificam as condições para operar com segurança,
lançando as alterações em ficha própria. Após tal verificação, as viaturas devem ser posicionadas
para a saída do Batalhão de ROTAM.
Parágrafo único. É vedada a limpeza das viaturas por policial militar em trajes civis, usa-se o
uniforme orgânico do Batalhão ou o uniforme de educação física.
Art. 21. Os responsáveis por equipar as viaturas (Terceiro-Homem e Quarto-Homem), sob
orientação dos Comandantes-de-Guarnição, equipam suas viaturas de ROTAM, com armamento e
equipamento de uso coletivo.
Art. 22. Após a revista da tropa e ajustes de escalas e documentação para início do serviço, feitos
pelo Adjunto do Pelotão (ROTAM Alfa 01 ou equivalente), o ROTAM-COMANDO segue o
programa de instrução e atuação previstos em Quadro de Trabalho Semanal (QTS) constante do
Centro de Localização de Tarefas Expedidas (CELOTEX), da Ordem de Serviço (OS), ou demais
ordens e orientações superiores.
Art. 23. As áreas de atuação dos pelotões são designadas pelas Ordens de Serviço confeccionadas
pela Seção Operacional, podendo ser alterada de forma justificada em relatório pelo Oficial-de-Dia
ao Batalhão de ROTAM ou ordem superior.
Art. 24. Antes do embarque, o Patrulheiro Tático que estiver levando qualquer quantia de dinheiro
acima do suficiente para gastos com alimentação deve informar a todos os integrantes da guarnição.
Art. 25. Por telefone, via 190 ou outro meio pertinente, o Adjunto-do-Pelotão, o Rádioperador ou
qualquer outro Patrulheiro Tático designado pelo Comandante-da-Guarnição, informa ao COPOM
sobre a entrada no ar dos prefixos de ROTAM. Já na respectiva mesa de atendimento da área de
Policiamento Tático. Caso haja dificuldade no contato via 190, o ROTAM-COMANDO informa a
entrada no ar dos prefixos, via rede rádio. Esta ação é realizada no início do serviço, mesmo que o
Pelotão esteja em treinamento, nesse caso devendo informar ao COPOM.
Art. 26. Após os ajustes para o início do serviço, o Adjunto-ao-Pelotão apresenta as guarnições para
o ROTAM-COMANDO, em seguida realiza-se o briefing do serviço, o momento de reflexão com a
oração do Pai Nosso que suplanta a questão religiosa e a Oração do Guerreiro de ROTAM, sendo
este o ritual de preparo do espírito do policial militar da ROTAM para o serviço de patrulhamento
tático na Capital Federal.
Parágrafo único. Imediatamente após a Oração do Guerreiro de ROTAM, os policiais militares já
devem estar em condições e prontos para o serviço, embarcar de imediato nas viaturas e seguir para
o Patrulhamento Tático.

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Seção IV
Saída do Batalhão de ROTAM em Comboio
Art. 27. A saída do Batalhão de ROTAM é feita em comboio, guiado pela viatura do ROTAM-
COMANDO, seguido pelos outros prefixos da guarnição por antiguidade, todos com faróis acesos e
sinais luminosos ligados. Se houver mais de um Pelotão, os prefixos de Alfa ficam à frente dos
prefixos de Bravo. Quando for utilizar os sinais sonoros, eles devem ser ligados no padrão
“caçador”. Ressalta-se que os faróis de neblina e os estrobos devem permanecer desligados.
Parágrafo único. Antes da saída do Batalhão, todos devem ter conhecimento do destino e o percurso
a ser tomado pelo comboio, que deve ser definidos pelos motoristas das guarnições com o
consentimento do ROTAM-COMANDO e repassados aos integrantes do pelotão.
Art. 28. O deslocamento de um comboio de ROTAM deverá ser executado, preferencialmente, na
faixa da esquerda, evitando veículos trafegando na lateral esquerda da viatura a fim de proteger o
motorista, na velocidade regulamentar da via, salvo quando do atendimento de ocorrência.
Art. 29. Durante o deslocamento em comboio, para preservar a segurança do Pelotão, evita–se que
qualquer veículo permaneça entre as viaturas de ROTAM. Caso aconteça de um veículo diverso às
viaturas do comboio entrar na coluna, gentilmente este condutor é orientado a sair do comboio.
Art. 30. Os prefixos deverão estar em coluna intercalada, distantes um do outro por mais ou menos
5 (cinco) metros. A velocidade máxima de um comboio deve ser a designada pela sinalização da
via. Quando em prestação de serviço de urgência, esta pode ser de 120Km/h, observando assim as
medidas de segurança dentro de um comboio. Se for necessário atingir uma velocidade superior, é
recomendado que se desfaça o comboio, eliminando assim o risco de engavetamento.
Art. 31. A distância mínima e máxima dentro do comboio é definida por (velocidade X distância).
A distância mínima deverá ser de 5 (cinco) metros entre os veículos e máxima de 10 (dez) metros,
para que se evite a entrada de um veículo no interior do dispositivo. Quanto maior a velocidade,
maior é a distância entre as viaturas, levando em consideração para essa distância de segurança o
tipo de terreno, condições adversas do tempo e da própria viatura. A velocidade do comboio deverá
ser constante.
Art. 32. O dispositivo luminoso (Rotoligth e Barra Sinalizadora) de todas as viaturas devem estar
iguais ou no padrão mais próximo, no caso de coexistirem viaturas de modelos diferentes, mas
sempre buscando a padronização. Tais luzes somente devem ser desligadas quando o comboio for
desfeito ou por determinação do ROTAM-COMANDO.
Art. 32. O deslocamento deve ser realizado em coluna intercalada, salvo quando as Guarnições de
Motos estiverem escoltando o comboio. Nesse caso, os prefixos permanecem alinhados um atrás do
outro.
Art. 34. Somente mediante ordem e autorização, é determinada a liberdade de ação para as
guarnições de ROTAM atuarem na área determinada.
Subseção I
Transposição de Faixas
Art. 35. O padrão de transposição de faixas com e sem sinais luminosos, em comboio, adotados
são:
I – Transposição Sequencial: o ROTAM-COMANDO deve ligar seta para a direita ou esquerda e
entrar na faixa acelerando para abrir espaço sempre que possível, onde os demais prefixos entrarão
em sua retaguarda, ou seja, no mesmo dispositivo inicial. Todos os prefixos devem utilizar a seta.
II – Transposição Tática: o ROTAM-COMANDO deve ligar a seta para direita ou esquerda e
aguardar as outras viaturas fazerem o mesmo, até chegar o sinal luminoso na última viatura. Este
deverá entrar na faixa da direita a fim de reter o trânsito para que os prefixos entrem de forma
decrescente à sua frente. Se houver um veículo na lateral direita do comboio, esse é orientado a
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tomar duas atitudes, conforme o caso: se estiver da metade do comboio para a retaguarda, será
orientado a reduzir a velocidade atrás da última viatura que entrará imediatamente pra faixa da
direita, logo á frente do veículo. Caso esteja da metade do comboio pra frente, será orientado a
acelerar.
III – Transposição Emergencial: o ROTAM-COMANDO deverá reter a faixa da direita e reduzir a
velocidade, ou frear sem o uso de seta obrigando os veículos a reduzirem e abrir espaço para o
comboio. O restante do comboio, começando pela ROTAM Alfa 01 deverá fazer uma transposição
sequencial enquanto o ROTAM-COMANDO retém o trânsito.
Subseção II
Fechamento de Vias e Frenagem Emergencial
Art. 36. Fechamento de vias: o ROTAM-COMANDO deverá fechar a via para que o comboio não
pare em retorno, O ROTAM Alfa 01 deve tomar a faixa da direta ou meio, seguido de todos os
outros prefixos na formação inicial, reduzir a velocidade e esperar o Comando retornar a posição
original. Havendo necessidade, os demais prefixos podem realizar o fechamento da Via. O
ROTAM-COMANDO deve fazer a retomada pela faixa da esquerda com a seta ligada indicando o
local para onde o comboio deve se colocar, sinalizando também com lampejos de luz alta e toques
intermitentes de sirene. O último prefixo deve retornar para a faixa determinada pelo ROTAM-
COMANDO, logo após sua passagem, a fim de evitar que os veículos passem e fiquem no meio do
comboio, feito isso todos deverão voltar de maneira decrescente na antiguidade.
§1° O último prefixo deve retornar para a faixa determinada pelo ROTAM-COMANDO, logo após
sua passagem, a fim de evitar que os veículos passem e fiquem no meio do comboio, feito isso
todos deverão voltar de maneira decrescente na antiguidade.
§2° O ROTAM-COMANDO somente retoma a sua posição de origem caso tenha plena condições
de segurança caso não seja possível, este permanece à retaguarda do comboio e somente volta à
frente, quando tiver condições.
Art. 37. A frenagem emergencial é sempre uma técnica que deve ser treinada para evitar a colisão
entre viaturas. Adota-se a técnica de frenagem com desvio de obstáculos, em que cada viatura tem
um local específico de parada.
§1° O ROTAM-COMANDO deverá dar um toque no freio para alertar e frear em seguida, o
ROTAM-ALFA-01 deve desviar e parar à direita ou esquerda do ROTAM-COMANDO, de acordo
com seu posicionamento dentro do comboio; o ROTAM-ALFA-02 deve frear e desviar à esquerda
ou direita do ROTAM-ALFA-01, conforme seu posicionamento no comboio; o ROTAM-ALFA-03
deve frear em linha reta nos espaços entre as viaturas à frente.
§2° Se houver mais de quatro prefixos o sistema de frenagem deve se repetir, conforme o parágrafo
anterior.
§3° No caso de haver motos compondo o pelotão, o deslocamento obedece NGA específica,
visando a segurança e fluidez.
Subseção III
Formações em Comboio
Art. 38. As formações de comboio adotadas são as seguintes:
I – Coluna: onde uma viatura fica atrás da outra, de maneira intercalada, quando não houver motos
(RAIO/ROTAM). Serve para deslocamentos rotineiros do comboio no trânsito.
II – Linha: onde uma viatura fica ao lado da outra na seguinte sequência, ROTAM-COMANDO
sempre a primeira viatura de acordo com o sentido da via, e as demais ao seu lado direito ou
esquerdo.

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III – Linha de Choque Ligeiro: ROTAM COMANDO segue ao centro da via, é sinalizado pelos
componentes com os braços para fora da viatura com os dedos das mãos abertos e o polegar
dobrado paralelo ao solo. Os prefixos ímpares (ALFA 01,03,05) à esquerda do ROTAM
COMANDO à direita ficam os prefixos pares (ALFA 02,04 E 06).
IV – Escalões: o ROTAM-COMANDO sempre à esquerda, independente se é escalão à esquerda ou
à direita, o posicionamento é parecido com o de linha, mas é tomada uma lateralidade em diagonal,
onde as viaturas se deslocarão para frente em relação ao ROTAM-COMANDO ou para trás. Esta
formação é usada para direcionamento de pessoas ou veículos no Policiamento Tático.
V – Escalão à esquerda/direita: o ROTAM-COMANDO ao centro é sinalizado com o braço para
fora da viatura com a palma da mão voltada para cima sinalizando escalão à esquerda e com o braço
dobrado em direção ao teto da viatura, escalão à direita. Obedecendo o mesmo posicionamento da
linha ,aonde os prefixos pares ficam à direita e os impares à esquerda.
VI – Cunha: o ROTAM-COMANDO deve dar início a manobra via sinal gestual ou comando via
rádio se colocando no centro da via, o ROTAM-ALFA-01 à sua esquerda alinhando farol com
lanterna traseira da Comando, o ROTAM-ALFA-02 à sua direita realizando o mesmo alinhamento,
o ROTAM-ALFA-03 deve se colocar à esquerda do ROTAM-ALFA-01 com o mesmo
alinhamento, o ROTAM-ALFA-04 deve se colocar à direita do ROTAM-ALFA-02 e se houver o
ROTAM-ALFA-05 este deverá fazer o acoplamento entre os prefixos ROTAM-ALFA-03 e
ROTAM-ALFA-04.
Art. 39. Quando houver necessidade de paradas em locais públicos, o local de
parada/estacionamento deve acolher todos os prefixos do comboio. Este só deve parar em formação
de “espinha de peixe”, ou seja, uma parada em diagonal onde ROTAM-COMANDO é a base e os
demais prefixos deverão alinhar o retrovisor de quem for parar com a coluna do meio da viatura que
estiver parada, sempre de costas para o comércio e no sentido da via para facilitar a saída rápida. As
motos param primeiro, depois as viaturas quatro rodas. A função do estacionamento é de
responsabilidade de todos os integrantes da viatura, onde o Segundo-Homem dirige e manobra a
viatura, o Primeiro-Homem faz a segurança do perímetro, o Quarto-Homem faz a orientação à
frente da viatura e o Terceiro-Homem faz a orientação à retaguarda desta. A formação “espinha de
peixe” é adotada quando não houver um anteparo atrás da viatura, como um meio-fio por exemplo.
Quando houver, as viaturas deverão ficar alinhadas e todas encostando a roda traseira no anteparo.
Seção V
Procedimentos na Área de Patrulhamento
Art. 40. Ao chegar na área de atuação, ainda em comboio, o ROTAM-COMANDO faz contato
telefônico ou pessoalmente com o Oficial-de-Dia da Área ou Coordenador de Policiamento da
Unidade (CPU) para, além de cumprimentar o responsável pela área, informar a presença do
Pelotão de ROTAM e solicitar informações sobre setores mais críticos naquele dia para emprego da
ROTAM.
Art. 41. Quando o ROTAM-COMANDO entender que a área já foi saturada ou estiver prevista na
Ordem de Serviço a mudança de área para outra cidade, deve determinar, via rádio na frequência
fechada da ROTAM, que os demais prefixos se desloquem para a nova área de atuação em
comboio, marcando um Ponto de Reunião Próximo ao Objetivo (PRPO) ou em Liberdade de Ação.
Nesse último caso, os prefixos da ROTAM só deslocam para esta nova área de patrulhamento após
o último prefixo informar o pronto para o deslocamento, via rádio.
Art. 42. No caso das Guarnições de ROTAM estarem patrulhando um setor da cidade e ser irradiada
alguma ocorrência de Médio/Grande Potencial Ofensivo nas proximidades o prefixo tem
autorização para deslocar, devendo informar ao ROTAM-COMANDO de imediato.
Art. 43. Sempre que possível, antes de realizar qualquer abordagem, principalmente a veículo, o
Comandante-da-Guarnição informa, na frequência fechada da ROTAM, que deve realizar

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abordagem em determinada localidade, para que todos os demais possam prestar apoio em caso de
eventual prioridade.
Art. 44. Durante o Patrulhamento Tático, quando um prefixo da ROTAM avistar outra guarnição de
ROTAM realizando abordagem, esta deve, independentemente de solicitação, deslocar-se até o
local da abordagem e verificar se ela necessita de apoio, desembarcando e dobrando todas as
funções dos policiais, de acordo com a técnica de abordagem.
Art. 45. Caso algum prefixo da ROTAM esteja em ocorrência, no horário previsto para a saída da
área de atuação, o ROTAM-COMANDO coordena os demais prefixos para que permaneçam em
patrulhamento até que a ocorrência seja apresentada à autoridade policial. Caso a guarnição esteja
apenas aguardando a lavratura do flagrante ou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO/PMDF),
o ROTAM-COMANDO analisará a situação e poderá determinar que mais um prefixo permaneça
para apoio à guarnição que está na DP e liberar o restante do Pelotão para deslocamento ou
determinar que todos os prefixos permaneçam em patrulhamento naquela área até o término da
ocorrência na DP.
Seção VI
Procedimentos em Locais Públicos
Art. 46. Durante o serviço, as guarnições, mediante autorização e coordenação do ROTAM-
COMANDO podem realizar refeições. Mesmo durante esta parada o prefixo permanece atento à
atividade de Policiamento Tático e aproveita a situação para fazer contato com a comunidade e
obter informações sobre a criminalidade do setor, observados os seguintes aspectos:
I – A escolha do local para a realização de refeição rápida deve ser feita cuidadosamente, evitando
expor a guarnição a risco desnecessário, em locais com grandes aglomerações ou reconhecidamente
de prática rotineira de atividades ilícitas ou em locais incompatíveis com o decoro da sociedade ou
da classe.
II – Em qualquer local ou situação em que a viatura for estacionar, com a guarnição ainda
embarcada, é feito o procedimento de checagem de todo o perímetro e interior de estabelecimentos
para garantir que não há nada de irregular ou suspeito.
III – Igualmente a qualquer outra situação de parada, o motorista pára a viatura, o Comandante e os
Patrulheiros desembarcam, sendo que um dos seguranças assume a segurança geral e o outro retém
o trânsito para a manobra do prefixo, o qual deve ficar sempre com a frente desimpedida e voltada
para a saída rápida. O outro segurança auxilia o motorista balizando seu estacionamento.
IV – Em qualquer local ou situação em que a viatura for estacionar, com a guarnição ainda
embarcada, é feito o procedimento de checagem de todo o perímetro e interior de estabelecimentos
para garantir que não há nada de irregular ou suspeito, assim, o Comandante e os Patrulheiros
desembarcam, sendo que o Comandante assume a segurança geral, o terceiro homem retém o
trânsito para a manobra do prefixo e o quarto homem auxilia o motorista balizando seu
estacionamento.
V – No estacionamento, a viatura deve ficar sempre com a frente desimpedida e voltada para a saída
rápida, bem como cumprir as normas de trânsito, não estacionando em calçadas, faixas de pedestres,
na contramão da direção da via, em vagas destinadas a idosos ou deficientes físicos, ou outras
devidamente reservadas.
VI – Ao entrar no estabelecimento, discretamente, o Comandante e o seu canga/segurança fazem
uma vistoria geral, inclusive no banheiro, para verificar alguma suspeição e posicionam-se de modo
a observar bem o local, ficando em um lugar que ofereça melhor visão da entrada, das imediações e
da viatura da ROTAM estacionada.
VII – Assim que solicitam as refeições, os Patrulheiros Táticos dirigem-se ao caixa e realizam o
pagamento da conta, este procedimento evita que, em uma situação de emergência, a guarnição de
Patrulhamento Tático atrase-se no atendimento por ter que realizar o pagamento antes de deslocar-

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se. Da mesma forma, os policiais devem evitar o pedido de refeições demoradas para não implicar
prejuízo ou retardamento do patrulhamento, bem como não retardar o atendimento de eventual
atendimento de urgência/emergência ou pedido de prioridade.
VIII – Em locais públicos, os policiais devem evitar brincadeiras desmedidas entre si, volumosas
gargalhadas, indiscrição com mulheres e outros atos não condizentes como padrão de postura.
IX – A viatura jamais permanecerá sozinha. Sempre deverá haver um policial responsável pela
viatura e os equipamentos que se encontram em seu interior. Quando houver necessidade do
desembarque e afastamento da viatura de todos os policiais, cada um conduzirá uma das armas
longas e a viatura permanecerá trancada.
X – Quando uma guarnição de ROTAM estiver fazendo uma averiguação, levantamento de
informação, entre outros procedimentos, o Quarto-Homem sempre acompanha o Primeiro-Homem,
enquanto o Terceiro-Homem cuida do perímetro e o Segundo-Homem da viatura.
XI – Para a realização de um Ponto Base (PB), a guarnição permanece desembarcada, com as portas
da viatura da ROTAM fechadas e com segurança 360˚. Neste caso, o Primeiro-Homem e Segundo-
Homem são responsáveis pela segurança frontal e lateral, com atenção nos veículos que circulam na
via, enquanto os Terceiro-Homem e Quarto-Homem ficam atentos à segurança lateral e à retaguarda
da viatura, principalmente à movimentação de pedestres. Cada um dos Patrulheiros assumirá um
canto da viatura da ROTAM evitando rodas de conversa e dispersão na realização do dispositivo de
ação policial proativa.
Seção VII
Procedimentos em Local de Ocorrência
Art. 47. É dever das instituições policiais atuar com transparência e prestar contas de seus atos à
sociedade. A atividade de ROTAM deve ter suas ações pautadas na inteira observação às leis e
ordenamentos pátrios, às orientações, às diretrizes, ao código de conduta para os funcionários
responsáveis pela aplicação da lei, aos princípios básicos sobre a utilização da força e de armas de
fogo, além da proteção à dignidade humana e defesa dos Direitos Humanos dos cidadãos.
Art. 48. O idealismo policial mundial é servir e proteger a sociedade mesmo com o risco da própria
vida. Durante uma abordagem, se os policiais não estiverem realizando a prisão ou autuando,
deverão averiguar, advertir, orientar e/ou assistir o cidadão.
Art. 49. Durante o atendimento de uma ocorrência, abordagem policial, ou qualquer contato com a
comunidade, os populares devem ser tratados com educação, respeito e humildade pelo Patrulheiro
Tático.
Art. 50. A guarnição de ROTAM deve agir com Batalhão, de maneira que nem um policial atue
isoladamente, mesmo em ocorrências desembarcados ou com o envolvimento de outras viaturas de
área. No acompanhamento a pé, se os indivíduos fugitivos se dividem, imediatamente escolhe-se
um deles para ser acompanhado.
Art. 51. Ao se deparar com uma ocorrência, assim que os procedimentos de segurança da guarnição
forem realizados, o Comandante-da-Guarnição deve informar a situação ao ROTAM-COMANDO,
o qual avaliará a necessidade de prestar apoio técnico e tático àquela guarnição.
Art. 52. Ao conduzir uma ocorrência à Delegacia (DP) da Área, o ROTAM-COMANDO avalia a
necessidade de deslocar-se até a DP para colher informações da ocorrência e prestar-lhe apoio, caso
seja necessário.
Art. 53. Durante a ocorrência, caso seja necessário realizar alguma diligência em área de atuação
diversa do patrulhamento, a ação deve ser coordenada, fiscalizada e autorizada pelo ROTAM-
COMANDO.
Parágrafo único. Salvo flagrante delito, se houver necessidade de sair do Distrito Federal, deve ser
solicitada autorização ao Comandante-do-Batalhão e sempre informar ao COPOM.

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Art. 54. Na DP, após contato com o ROTAM-COMANDO e o fechamento da ocorrência entre os
integrantes da guarnição da ocorrência, o Comandante-da-Guarnição apresenta a ocorrência ao
delegado plantonista. O preso somente é apresentado à DP após as formalidades entre o
Comandante-da-Guarnição e o delegado, tendo sido colhido todos os dados pessoais necessários à
completa identificação do preso e demais envolvidos.
Art. 55. Os objetos envolvidos na ocorrência, tais como armas de fogo, dinheiro e produtos de
roubo/furto apreendidos pela guarnição, deverão ser relacionados antes de serem apresentados à
Autoridade Policial.
Parágrafo único. Deve haver controle e ser criterioso ao relacionar e contar os objetos envolvidos na
ocorrência, como número das folhas de cheque, das cédulas de dinheiro, entre outros.
Art. 56. Na DP, a postura da guarnição não se altera, devendo estar sempre atenta, principalmente
quanto à presença de familiares e amigos de presos e em ocorrências onde policiais tenham
neutralizado criminosos
Art. 57. Na DP, o Comandante-da-Guarnição de ROTAM envolvida apresenta as informações da
ocorrência. Os demais componentes, caso sejam interpelados por outras pessoas, seja policiais civis,
jornalistas, familiares, entre outros, sobre a ocorrência em andamento, devem informar que as
dúvidas devem ser esclarecidas como Comandante-da-Guarnição ou um policial designado por este.
Art. 58. As guarnições de ROTAM prestam apoio às viaturas de serviço das Batalhões de Área,
mesmo nas ocorrências de menor potencial ofensivo. Nessas situações, o Comandante-da-
Guarnição de ROTAM verifica com o Comandante-da-Guarnição da área a necessidade do apoio.
Em caso positivo, a guarnição informa ao ROTAM-COMANDO e atua em conjunto com a
Batalhão de Área.
Art. 59. Na ocorrência, o Comandante-da-Guarnição é responsável por decidir o procedimento a ser
realizado, bem como por conversar com as partes, podendo designar outro policial militar para tal.
O motorista permanece atento à viatura, à segurança do perímetro e ao rádio. O Terceiro-Homem
faz a segurança externa e o Quarto-Homem faz as anotações necessárias. A guarnição pode auxiliar
o Comandante-da-Guarnição quando este solicitar ou quando for entendido que seja necessário
prestar apoio para apoiar o procedimento a ser adotado na ocorrência.
Art. 60. Durante a ocorrência, a guarnição de ROTAM não permite que um preso sob sua guarda
seja conduzido ou entrevistado por policiais de outro Batalhão, tão pouco o efetivo da ROTAM
realiza procedimentos técnicos com presos de outras guarnições policiais, exceto quando algum
prefixo solicitar apoio.
Art. 61. Quando o COPOM envia uma ocorrência ao Pelotão de ROTAM, esta é passada ao
ROTAM-COMANDO o qual repassa à guarnição. A viatura de ROTAM mais próxima do evento
informa ao ROTAM-COMANDO e ao COPOM a sua localização e desloca-se ao atendimento.
Caso outra guarnição de ROTAM esteja próxima ao local, também informa sua proximidade e o
ROTAM-COMANDO definirá a necessidade de apoio.
Art. 62. Ao se aproximar do local de ocorrência, a guarnição deve se atentar para os lugares
próximos e às ruas que a precedem e não apenas seguir cegamente para o local. A guarnição,
durante o deslocamento, deverá solicitar, junto ao COPOM, o máximo de informações possíveis
para o melhor entendimento dos fatos, inclusive o contato telefônico do solicitante para que mais
informações sejam acrescentadas.
Art. 63. A guarnição de ROTAM, ao atender uma ocorrência, jamais para a viatura em frente ao
local do fato, principalmente se a ocorrência envolver arma de fogo. Aproxima-se do objetivo
sempre mantendo a segurança do perímetro 360˚ para que não seja surpreendida em emboscada.
Art. 64. Em caso de necessidade de preservação do local para perícia, o ROTAM-COMANDO é
acionado e determina outra guarnição para este encargo, enquanto a guarnição responsável pela

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ocorrência presta informações na DP da área munida das provas coletadas e das testemunhas
arroladas.
Art. 65. Todas as ocorrências atendidas pela ROTAM que necessitarem de procedimento legal
previsto serão conduzidas à DP da área para a confecção do boletim de ocorrência. Nas ocorrências
que envolva agressão ou violência, o primeiro dever da guarnição de ROTAM é a defesa própria ou
de terceiros e o socorro dos feridos, acionando o socorro de urgência via COPOM.
Art. 66. Cabe ao Comandante-da-Guarnição analisar e julgar pertinente a condução de pessoa
encontrada em atitude suspeita ou ainda que seu comportamento traga elementos de convicção de
ser aquele um autor de uma infração penal.
Art. 67. Não é admissível a prisão para averiguação, ou seja, a limitação da liberdade de locomoção
de uma pessoa sem ordem judicial ou fora da situação de flagrante. O deslocamento para diligência
ou à DP requer ao menos um indício razoável de crime ou situação flagrancial. Também é proibida
a prisão pelo simples fato de uma pessoa não estar portando documento de identificação, o que é
possível é a prisão pela Contravenção Penal de recusa a identificação ou caso haja indício de falsa
identificação.
Art. 68. Com o término da ocorrência, após análise da situação, a guarnição de ROTAM pode
conduzir as testemunhas e/ou vítimas até suas residências, mediante autorização do ROTAM-
COMANDO, visando a proteção dos envolvidos e um bom relacionamento com a comunidade.
Art. 69. Caso o ROTAM-COMANDO esteja conduzindo um flagrante na DP da Área, a
coordenação e controle da guarnição de ROTAM segue a cadeia hierárquica dentro do Pelotão,
existindo sempre uma guarnição que assume a coordenação e controle das demais.
Seção VIII
Acompanhamento e Cerco a Veículo em Fuga
Art. 70. O acompanhamento e o cerco de veículo em fuga ocorrem quando o motorista de um
veículo suspeito se recusa a parar para a abordagem e empreende fuga. Nesse caso, a viatura inicia
o acompanhamento e toma as seguintes medidas:
I – aciona todos os equipamentos de sinalização sonoros e luminosos.
II – o Comandante-da-Guarnição pede prioridade de comunicação e informa ao ROTAM-
COMANDO para controle e coordenação do acompanhamento e cerco.
III – a rede rádio deve ficar livre o máximo de tempo possível para a guarnição que realiza o
acompanhamento ao veículo em fuga informar constantemente o local e o destino tomado.
IV – o Quarto-Homem constantemente informa o local e o destino tomado. É aconselhável que o
Quarto-Homem module no HT da viatura.
V – o motorista deve tomar todos os cuidados no trânsito, manter distância segura, evitando
colisões com a traseira do veículo em fuga ou com qualquer outro.
VI – evita correrias que envolvam risco maior do que aquele que se pretende evitar com a captura e
jamais confia plenamente que todos lhe abrirão passagem ou pararão em cruzamentos.
VII – manter a atividade de cerco e bloqueio é a medida mais adequada, sendo proibido forçar o
veículo suspeito a perder o controle, pois pode provocar acidentes envolvendo inocentes. É
preferível permitir a fuga momentânea para preservação da integridade física.
VIII – a ação policial é a cautela na direção ofensiva e defensiva por parte do motorista da viatura
da ROTAM, a observância de que ocorrerá risco à incolumidade pública e a adoção de alguns
procedimentos para que se realize o Cerco Policial e captura do fugitivo.
IX – o ROTAM-COMANDO deve auxiliar nas comunicações solicitando ao COPOM informações
sobre o veículo em fuga e se ele está envolvido em algum crime.

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X – as demais guarnições cessam o patrulhamento e se distribuem estrategicamente na área, visando
as principais vias ou rotas de fuga, baseando-se nas informações passadas pela guarnição que
realiza o acompanhamento para o cerco, bloqueio e interceptação do veículo em fuga. Todas as
Guarnições procuram informar ao ROTAM-COMANDO sua localização, via frequência fechada da
ROTAM.
XI – para realização do Cerco policial, as Guarnições já dispostas, montam pontos de bloqueio com
vistas a forçar a parada do veículo em fuga ou ainda seu deslocamento para local seguro de
interceptação onde se realiza o Bloqueio Policial.
XII – não é cabível o uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que,
mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte ou de lesão grave
aos agentes de segurança pública ou terceiros.
XIII – não é cabível o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via
pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de
segurança pública ou terceiros.
XIV – não é cabível disparos de advertência, em razão da imprevisibilidade dos seus efeitos,
tipificado como crime de disparo em via pública, salvo por motivo de força maior que justifique
essa medida excepcional, no entanto requer estar devidamente justificada a extrema necessidade. O
simples fato de um veículo evadir-se não justifica que o policial militar dispare no referido veículo,
salvo para resguardar a sua integridade física ou vida deste ou de terceiros.
XV – caso o veículo provoque um acidente e prossiga na fuga e, desde que o acidente não exija uma
ação imediata da guarnição de ROTAM na verificação de existência de vítimas e atendimento
preliminar com aplicação de técnicas adequadas. A guarnição prossegue no acompanhamento e
informa ao ROTAM-COMANDO do ocorrido, o qual deve solicitar ao COPOM o auxílio do
socorro emergencial e que outra guarnição de ROTAM ou um prefixo de área atenda a ocorrência
desse acidente. Esta conduta da guarnição de ROTAM facilita a assistência e promoverá o auxílio
exigido na norma do estabelecido nas diretrizes sobre o uso da força pelos agentes de segurança
pública.
XVI – ocorrendo o evento de acidente do veículo em fuga deve ser acionado o atendimento médico
do CBMDF ou do SAMU.
XVII – quando o veículo perseguido for interceptado, é procedida à abordagem conforme as
técnicas de abordagem a veículos.
XVIII – caso os ocupantes do veículo em fuga o abandonem e evadam-se na tentativa de evitar a
ação policial, os Patrulheiros Táticos, após análise do local onde os evasores se homiziaram,
solicitam, avaliada a pertinência, o apoio do Policiamento do Policiamento especializado com cães,
utilizando-se as técnicas de patrulha na busca aos fugitivos em mata no caso de decidir por adentrar
a mata em perseguição aos eventuais criminosos.
Seção IX
Resistência seguida de Lesão Corporal
Art. 71. No cumprimento do dever legal, em caso de flagrante delito ou na iminência de ocorrer
resistência ativa e violenta, a guarnição sempre age pautada no uso diferenciado da força, ou seja,
somente aquela necessária para conter o agressor e impossibilitar sua reação.
Art. 72. Os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo contra pessoas, exceto
em casos de legítima defesa própria ou de terceiro contra perigo iminente de morte ou lesão grave.
Art. 73. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s), a guarnição envolvida deve
realizar as seguintes ações:
I – Facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos.

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II – Promover a correta preservação do local da ocorrência.
III – Fazer busca pessoal em todas as vítimas, inclusive, naquelas que se encontrarem feridas, pois
podem ter sido utilizadas para a ocultação de armas ou objetos de crime.
IV – Comunicar, na primeira oportunidade, o fato ao seu superior imediato e à Corregedoria da
PMDF.
V – Fazer constar em relatório individual sobre o uso da força.
VI – Impedir a dispersão de testemunhas e/ou outras vítimas do crime que estava sendo praticado e
qualificar todos os envolvidos ou no mínimo aqueles julgados essenciais.
VII – Informar ao COPOM, assim que possível, sobre as medidas tomadas.
VIII – Confeccionar o boletim de ocorrência e Parte do fato.
IX – A ocorrência somente se encerra após o término dos procedimentos de polícia judiciária e
liberação do local de ocorrência.
X – Todas as guarnições devem deslocar para o local da ocorrência, salvo determinação do
ROTAM-COMANDO.
XI – O ROTAM-COMANDO deve efetivar uma ação coordenada das viaturas designando-as para:
a) Isolar o local da ocorrência, guardando a distância de segurança necessária ao caso.
b) Preservar as proximidades mais imediatas do local da ocorrência.
c) Ir a delegacia competente e informar, de forma objetiva e concisa, ao Delegado Plantonista
do ocorrido, solicitando a perícia para o local da ocorrência.
d) Acompanhar o socorro ao ferido ao hospital, ficando responsável por levantar e munir as
guarnições de informações pertinentes à ocorrência
e) O mais antigo das guarnições envolvidas diretamente na ocorrência é o responsável por
apresentar a ocorrência à Autoridade Policial.
f) Entre outras ações e determinações entendidas cabíveis ao caso.
Art. 74. O policial quando ferido é conduzido ao pronto socorro do hospital mais próximo. Em caso
de internação, o policial militar é acompanhado por um integrante da guarnição ou outro policial
indicado pelo ROTAM-COMANDO, até que seja feita a sua remoção para um hospital autorizado
mais conveniente e a chegada de um familiar/acompanhante.
Seção X
Roubo a Instituição Financeira
Art. 75. Ao ser acionado pelo COPOM para ocorrência de roubo a instituição financeira deve-se
adotar os seguintes procedimentos:
I – Durante o deslocamento para atendimento, são solicitadas todas as informações possíveis,
verificando se a chamada foi originada de telefone público ou particular, etc. No caso da ligação ter
sido originada de telefone particular, deve ser feito contato com o solicitante a fim de confirmar a
notícia crime.
II – As informações prioritárias são: endereço completo, pontos de referência, existência de reféns,
número de assaltantes, compleição física, tipo de armas, características de roupas e outras
informações julgadas pertinentes, conforme cada caso.
III – Caso o roubo já tenha acontecido, transmitir as informações prioritárias, acrescentando
veículos utilizados e direção tomada para fuga.

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IV – No deslocamento, todos os prefixos deverão observar veículos e pessoas suspeitas, mesmo
fora das características transmitidas pelo COPOM ou na rede rádio, pois os marginais podem trocar
de veículo ou mesmo de roupas.
V – Ao aproximar–se do local serão desligados os sinais sonoros e luminosos e nenhuma viatura
estaciona em frente ao estabelecimento.
VI – A guarnição que primeiro chegar ao local faz as averiguações necessárias, enquanto as demais
se posicionam em possíveis vias de fuga. Toda a situação de momento, bem como todas as
informações possíveis são transmitidas imediatamente ao ROTAM-COMANDO que fará contato
com o COPOM a fim de coordenação a operação policial.
VII – A guarnição deve ficar atenta às adjacências, observar veículos mal estacionados com as
portas abertas, indivíduos em motocicletas, pessoas paradas na entrada do estabelecimento ou do
outro lado da via pública, pessoas que saem correndo, vigias do banco com os coldres vazios ou
todos juntos em um dos cantos do estabelecimento, gritos, estampidos, bem como pessoas fazendo
uso de telefones celulares do lado de fora. Nas proximidades pode haver cobertura de outros
marginais esperando em carros, esquinas, saída nos fundos do estabelecimento, etc.
VIII – Confirmado o roubo em andamento no local, o Pelotão de ROTAM permanece na contenção
impedindo que a ocorrência se torne dinâmica e atuando conforme o preconizado para o
gerenciamento de crises.
IX – Constatado, após averiguação, que os assaltantes se evadiram, a guarnição de ROTAM passa a
atuar no Patrulhamento Tático com vistas a capturar as pessoas em fuga e acompanhamento e cerco
a veículo em fuga.
Parágrafo único. O Batalhão de ROTAM deve observar a norma específica que fixa o procedimento
de atuação da PMDF, conforme eventuais protocolos ou operações designadas para o Plano de
Defesa quanto à ocorrências dessa natureza.
Seção XI
Término do Serviço
Art. 76. Ao término do serviço, o ROTAM-COMANDO determina via rádio o PRPO. Após todas
as viaturas se reunirem, verifica se tudo está em ordem para o regresso ao Batalhão de ROTAM.
Este deslocamento para o Batalhão é realizado em comboio com as mesmas cautelas adotadas para
o início do serviço.
Art. 77. Caso algum prefixo da ROTAM esteja em ocorrência, no horário previsto para o término
do serviço, o ROTAM-COMANDO mantém os demais prefixos para que permaneçam em
patrulhamento até que a ocorrência seja apresentada à autoridade policial.
Parágrafo único. Caso a guarnição esteja apenas aguardando a lavratura do flagrante ou TCO, o
ROTAM-COMANDO analisa a situação e pode determinar que mais um prefixo permaneça para
apoio à guarnição que está na DP e liberar o restante do pelotão para deslocamento ao Batalhão.
Art. 78. Os Comandantes-de-Guarnição confeccionam os relatórios e demais documentos que
devem ser encaminhados ao ROTAM-COMANDO.
Art. 79. Durante todo o deslocamento até o Batalhão de ROTAM, o Pelotão permanece atento à
rede rádio e em condições de atuar em qualquer ocorrência.
Art. 80. Ao término do turno de serviço, com a conferência e devolução do material à reserva de
armamento, o pelotão é liberado pelo ROTAM-COMANDO, após um debriefing sobre a atividade
de Policiamento Tático daquele serviço. Todas as guarnições apresentam um resumo de como foi o
serviço, apontando situações de risco enfrentadas, bem como erros e acertos da guarnição durante o
serviço. Neste momento, aos costumes, são ajustados os procedimentos identificados como
incoerentes ou incompatíveis com esta Doutrina e com os preconizados pela PMDF.

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Art. 81. O encerramento do Policiamento Tático somente ocorre quando o ROTAM-COMANDO
determinar e informar o término de serviço ao COPOM.
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 82. O policial militar da ROTAM deve operar no serviço operacional com colete balístico.
Art. 83. É vedado o uso de brevê na parte frontal da capa tática.
Art. 84. O uso do celular ou equipamento eletroeletrônico para fins pessoais deve ser evitado
durante a execução do patrulhamento tático.
§1° O Comandante-da-Guarnição avalia a situação do policial militar de serviço e autoriza ou não
o uso do celular para fins pessoais.
§2° O uso do celular ou equipamentos eletroeletrônicos para fins do serviço é pertinente, devendo o
Comandante-da-Guarnição estar ciente, controlar o uso indiscriminado e observar a segurança
individual e coletiva da guarnição.
§3° É expressamente proibido o uso de celulares para jogos e afins, durante o patrulhamento.
Art. 85. É recomendável a avaliação semestral ou no mínimo anual dos Policiais Militares da
ROTAM à luz dos atributos e valores da ética policial militar (alíneas, do inciso III, do art. 2°), da
produtividade (inciso IV, do art. 2°) e do conjunto de procedimentos de técnicas e táticas policiais,
em especial do patrulhamento tático prevista nesta NGA, sem inobservar as demais normas.
Parágrafo único. A permanência do policial militar no Batalhão de ROTAM está vinculada ao nível
de excelência que o Batalhão requer, observado os aspectos previstos no caput.
Art. 86. A presente norma deve obedecer a hierarquia das normas, naquilo que divergir das normas
hierarquicamente superiores não poderá ser aplicada, salvo no caso de especialidade desta NGA.
Art. 87. Os casos omissos são resolvidos pelo Comandante-da-ROTAM.
Art. 88. Esta Norma entram em vigor na data de sua publicação.

MÁRCIO ROGÉRIO SILVA RODRIGUES – MAJ QOPM


Comandante do Batalhão de ROTAM

Este texto não substitui o publicado no BI/CME N° 117, de 19 de junho de 2020.

SEI Nº 00054-00051787/2019-05

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