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Então continuando o que o Gabriel tava relatando.

A gente teve o terceiro


dia de campo, e nesse dia, nós apresentamos o plano de intervenção para a
coordenadora da escola, pra que a gente pudesse alinhar o dia e o horário
da primeira intervenção, que seria a intervenção que seria feita com os
alunos e também da segunda intervenção que seria feita com os professores
no caso. Daí, que rolou um pequeno desespero nosso, pq ela gostou tanto
que ela queria que a gente fizesse várias vezes, mas aí no final acabou que
ela sugeriu que fizesse as duas intervenções no mesmo dia por conta do
tempo que estava corrido, pois estávamos quase no meio do mês de junho e
os alunos se encontravam em período de avaliação e estavam próximos de
ficar de férias. 
No terceiro dia, além de alinhar com ela as duas intervenções,
durante esse dia de campo, um dos professores de projeto de vida nos
trouxe um relato acerca da intensidade da autocobrança que ele sentia por
parte de alguns alunos, principalmente nas turmas do terceiro ano, pq tem
alguns alunos que fora a rotina de passar o dia na escola, fazem cursinho
pré vestibular pela noite. Após o relato de angústia que o professor fez,
nesse relato do professor também ficamos sabendo que uma aluna na qual
se apresenta muito dedicada nos estudos, teve uma crise de ansiedade
recentemente devido à rotina está muito pesada e há dias não aparece na
escola. 
    Em seguida, de acordo com o que combinamos com a gestão sobre as
intervenções no terceiro dia de campo, no quarto dia de campo fizemos a
intervenção com os alunos do terceiro ano do curso de Edificações. A
intervenção que a gente fez lá teve como objetivo promover reflexões com
a finalizadade de que os alunos consigam lidar melhor com questões
sociais, psicológicas e biológicas que fazem parte da fase que estão
inseridos. Além disso, essa intervenção também buscou levar métodos e
atividades para que os alunos pudessem ter uma rotina menos estressante,
já que a inserção e conclusão do ensino médio, escolha profissional e
entrada no mercado de trabalho vão se configurar ali como eventos
significativos da adolescência.
    A turma foi bastante e receptiva durante a exposição de ideias, os alunos
foram bem participativos, buscando a todo momento tirar dúvidas sobre a
ansiedade e as estratégias que poderiam usar quando estivessem em um
momento de crise ou como poderiam ajudar um colega em crise. Além do
mais, muitos estudantes se sentiram à vontade durante a apresentação para
relatar como se sentiam com a rotina da escola. Após a apresentação sobre
ansiedade, foi feita uma dinâmica com o baralho "Grook'', que a gente
pegou emprestado com a professora Eveline do napsi, e com esse recurso
os alunos puderam expor seus sentimentos e necessidades, e aí deu pra
perceber que a maioria dos sentimentos escolhidos foram negativos, como
cansaço, desânimo, angústia, entre outros sentimentos citados pelos
alunos. 
No final, todos os alunos escreveram os sentimentos negativos no
balão e se dirigiram para o pátio, após a reflexão feita a partir de todos os
relatos, os estudantes soltaram o balão com a intenção de deixar os
sentimentos negativos irem embora. Após a dinâmica, os alunos
agradeceram pela intervenção dizendo que ajudou bastante nessa questão
de sobre como né, saber lidar com tudo o que estão passando no momento. 
Logo após, a intervenção com os alunos, foi iniciada a intervenção
com os professores de Projeto de Vida na sala de vídeo. A intervenção se
deu através de uma apresentação expositiva, na qual teve como temática os
Primeiros cuidados Psicológicos, que teve como objetivo fazer os
professores entendessem os primeiros cuidados psicológicos, entendessem
como acolher e como ajudar com responsabilidade. Durante a intervenção
foi ressaltada a relevância do autocuidado, os professores se mostraram
bastantes atentos ao que estava sendo repassado pra eles, além de se
sentirem à vontade para relatar sobre suas angústias por não dar conta das
demandas emocionais dos alunos na escola, tendo em vista que não foram
capacitados para esse tipo de serviço durante a graduação. Os professores
trouxeram também a carga excessiva de trabalho na pandemia e como
ainda estão se adaptando à nova rotina do presencial.
Outro ponto comentado foi que perceberam a importância de cuidar
de si. Um dos professores faz acompanhamento psicológico e entende a
importância, já que é uma das formas de melhorar a qualidade de vida. No
final, os professores agradeceram a forma como foi feita as orientações e as
observações na escola, além de como foi lidado todas as demandas que
foram trabalhadas. 

COMPREENSÃO TEÓRICA DOS FENÔMENOS

Na nossa compreensão teórica, a gente buscou entender como A psicologia


escolar e educacional vem se consolidando historicamente, tendo um papel
fundamental no campo de atuação da psicologia, atuando em instituições
escolares e trabalhando em cima da dualidade entre a psicologia e a
educação.

E aí, alguns fenômenos se destacam na vivência escolar dos alunos


da EEEP Juarez Távora, sendo eles, depressão, ansiedade e medo,
motivados tanto por fatores internos ao contexto escolar como também
externos. E aí buscamos entender como alguns autores entendem A
adolescência, como papalia, olds e Feldman que definem como uma das
etapas do desenvolvimento humano que se caracteriza pelas mais
complexas alterações psíquicas, biológicas e sociais, sendo estas
influenciadas pela época e cultura onde estão inseridas. (Papalia, Olds, &
Feldman, 2010).
E o levisky e o outeiral, que afirmam que a adolescência vai ser
descrita como um período de crise e conflitos,
Em seguida a gente vai ter o Clark e Beck (2012) que fazer uma
leitura dos fenômenos, trazendo que a depressão é uma conjuntura que
acomete com frequência os adolescentes da contemporaneidade e que
atrelado a essa problemática, outra adversidade que permeia comumente
essa fase do desenvolvimento é a questão da ansiedade que, por vezes,
pode ser confundida com o medo. E foi muito do que a gente visualizou na
escola e buscou trabalhar nas nossas intervenções.

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