dia de campo, e nesse dia, nós apresentamos o plano de intervenção para a coordenadora da escola, pra que a gente pudesse alinhar o dia e o horário da primeira intervenção, que seria a intervenção que seria feita com os alunos e também da segunda intervenção que seria feita com os professores no caso. Daí, que rolou um pequeno desespero nosso, pq ela gostou tanto que ela queria que a gente fizesse várias vezes, mas aí no final acabou que ela sugeriu que fizesse as duas intervenções no mesmo dia por conta do tempo que estava corrido, pois estávamos quase no meio do mês de junho e os alunos se encontravam em período de avaliação e estavam próximos de ficar de férias. No terceiro dia, além de alinhar com ela as duas intervenções, durante esse dia de campo, um dos professores de projeto de vida nos trouxe um relato acerca da intensidade da autocobrança que ele sentia por parte de alguns alunos, principalmente nas turmas do terceiro ano, pq tem alguns alunos que fora a rotina de passar o dia na escola, fazem cursinho pré vestibular pela noite. Após o relato de angústia que o professor fez, nesse relato do professor também ficamos sabendo que uma aluna na qual se apresenta muito dedicada nos estudos, teve uma crise de ansiedade recentemente devido à rotina está muito pesada e há dias não aparece na escola. Em seguida, de acordo com o que combinamos com a gestão sobre as intervenções no terceiro dia de campo, no quarto dia de campo fizemos a intervenção com os alunos do terceiro ano do curso de Edificações. A intervenção que a gente fez lá teve como objetivo promover reflexões com a finalizadade de que os alunos consigam lidar melhor com questões sociais, psicológicas e biológicas que fazem parte da fase que estão inseridos. Além disso, essa intervenção também buscou levar métodos e atividades para que os alunos pudessem ter uma rotina menos estressante, já que a inserção e conclusão do ensino médio, escolha profissional e entrada no mercado de trabalho vão se configurar ali como eventos significativos da adolescência. A turma foi bastante e receptiva durante a exposição de ideias, os alunos foram bem participativos, buscando a todo momento tirar dúvidas sobre a ansiedade e as estratégias que poderiam usar quando estivessem em um momento de crise ou como poderiam ajudar um colega em crise. Além do mais, muitos estudantes se sentiram à vontade durante a apresentação para relatar como se sentiam com a rotina da escola. Após a apresentação sobre ansiedade, foi feita uma dinâmica com o baralho "Grook'', que a gente pegou emprestado com a professora Eveline do napsi, e com esse recurso os alunos puderam expor seus sentimentos e necessidades, e aí deu pra perceber que a maioria dos sentimentos escolhidos foram negativos, como cansaço, desânimo, angústia, entre outros sentimentos citados pelos alunos. No final, todos os alunos escreveram os sentimentos negativos no balão e se dirigiram para o pátio, após a reflexão feita a partir de todos os relatos, os estudantes soltaram o balão com a intenção de deixar os sentimentos negativos irem embora. Após a dinâmica, os alunos agradeceram pela intervenção dizendo que ajudou bastante nessa questão de sobre como né, saber lidar com tudo o que estão passando no momento. Logo após, a intervenção com os alunos, foi iniciada a intervenção com os professores de Projeto de Vida na sala de vídeo. A intervenção se deu através de uma apresentação expositiva, na qual teve como temática os Primeiros cuidados Psicológicos, que teve como objetivo fazer os professores entendessem os primeiros cuidados psicológicos, entendessem como acolher e como ajudar com responsabilidade. Durante a intervenção foi ressaltada a relevância do autocuidado, os professores se mostraram bastantes atentos ao que estava sendo repassado pra eles, além de se sentirem à vontade para relatar sobre suas angústias por não dar conta das demandas emocionais dos alunos na escola, tendo em vista que não foram capacitados para esse tipo de serviço durante a graduação. Os professores trouxeram também a carga excessiva de trabalho na pandemia e como ainda estão se adaptando à nova rotina do presencial. Outro ponto comentado foi que perceberam a importância de cuidar de si. Um dos professores faz acompanhamento psicológico e entende a importância, já que é uma das formas de melhorar a qualidade de vida. No final, os professores agradeceram a forma como foi feita as orientações e as observações na escola, além de como foi lidado todas as demandas que foram trabalhadas.
COMPREENSÃO TEÓRICA DOS FENÔMENOS
Na nossa compreensão teórica, a gente buscou entender como A psicologia
escolar e educacional vem se consolidando historicamente, tendo um papel fundamental no campo de atuação da psicologia, atuando em instituições escolares e trabalhando em cima da dualidade entre a psicologia e a educação.
E aí, alguns fenômenos se destacam na vivência escolar dos alunos
da EEEP Juarez Távora, sendo eles, depressão, ansiedade e medo, motivados tanto por fatores internos ao contexto escolar como também externos. E aí buscamos entender como alguns autores entendem A adolescência, como papalia, olds e Feldman que definem como uma das etapas do desenvolvimento humano que se caracteriza pelas mais complexas alterações psíquicas, biológicas e sociais, sendo estas influenciadas pela época e cultura onde estão inseridas. (Papalia, Olds, & Feldman, 2010). E o levisky e o outeiral, que afirmam que a adolescência vai ser descrita como um período de crise e conflitos, Em seguida a gente vai ter o Clark e Beck (2012) que fazer uma leitura dos fenômenos, trazendo que a depressão é uma conjuntura que acomete com frequência os adolescentes da contemporaneidade e que atrelado a essa problemática, outra adversidade que permeia comumente essa fase do desenvolvimento é a questão da ansiedade que, por vezes, pode ser confundida com o medo. E foi muito do que a gente visualizou na escola e buscou trabalhar nas nossas intervenções.