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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESA


MEDICINA

ANTONIO CARLOS CRUZ DA SILVA

ESTUDO SOBRE A DIFICULDADE DE INCLUSAO DE NEGROS NA MEDICINA

1° PERÍODO DE MEDICINA

MANAUS – AM

2022
ANTONIO CARLOS CRUZ DA SILVA

ESTUDO SOBRE A DIFICULDADE DA INCLUSAO DE NEGROS NA MEDICINA

Projeto de Pesquisa apresentado na disciplina de


Metodologia do Trabalho Científico do Curso de
Graduação em Medicina da Universidade do Estado
do Amazonas.
Orientador: Prof. Dr. Jefferson Jurema Silva

MANAUS – AM

2022
SUMÁRIO

1. Introdução......................................................................................................................4
1.1. Objetivos..................................................................................................................5
1.2.Justificativa..............................................................................................................5
1.3. Problema.................................................................................................................6
1.4. Hipóteses..................................................................................................................6
2.1. Material e Método...............................................................................................................6
2.2. Delimitação de Estudo.........................................................................................................7
2.3. População.............................................................................................................................7
2.4. Revisão de Literatura...........................................................................................................7
2.7. Cronograma........................................................................................................................11
3. Possíveis Conclusões.........................................................................................................11
4. Referências.........................................................................................................................11
5. Anexos...............................................................................................................................13
5.1. Apêndice (Questionário)...................................................................................................13
5.2. Apêndice (Termo de consentimento e livre esclarecimento).............................................14
1. INTRODUÇÃO

A entrada dos jovens negros nas universidades é um momento de muita euforia


entretanto, pela mudança de ambiente e realidade social, pode se tornar um período crítico, de
alta vulnerabilidade para o início do isolamento social.

A reflexão para essa questão começa um pouco antes, na primeira fase da infância e
na vivencia da sua realidade social onde a maioria de profissionais da área são de pele clara e
origem familiar das mais altas da sociedade, inibindo uma possível aspiração a carreira
medica. gerando altos índices de evasão escolar principalmente entre os jovens negros e
pardos, por se deparar com o monopólio monocolor não apenas na medicina, mas em todas as
carreiras elitizadas pela sociedade.

Assim, o objetivo desse trabalho é elencar as dificuldades encontradas pelos negros


para o acesso e a permanência em cursos de medicina nas Universidades brasileiras, públicas
ou privadas.

A reflexao da monopolizacao da carreira , se remete a uma forma de se manter uma


cultura imperial e branca que monopolizou o mundo por seculos.como a luta sobre essa
questao na parece nao ter uma solucao a curto prazo.

O preconceito do racismo estrutural, que fornecem a reprodução da desigualdade e


violência, é barra pesada, porque já é algo normalizado nas formas institucional e cultural. É
nesse sentido que Almeida (2018) caracteriza o racismo estrutural, um processo histórico,
político, jurídico e econômico que “cria as condições sociais para que, direta ou
indiretamente, grupos racialmente identificados sejam discriminados de forma sistêmica”

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Assim, necessidade de levarmos em consideração as implicações do processo
histórico-social, significa levar em consideração, além das próprias implicações da
colonização, o advento da “hegemonia lulista” na contemporaneidade, assim como as
implicações do nacionalismo autoritário e da indústria cultural na consolidação do samba
como símbolo da identidade nacional por meio do seu embranqueamento.

1.1. OBJETIVOS
Assim, o objetivo desse trabalho é elencar as dificuldades encontradas pelos negros
para o acesso e a permanência em cursos de medicina nas Universidades brasileiras, públicas
ou privadas.

1.2. JUSTIFICATIVA
O curso de medicina, que ora realizo, será beneficiado com um estudo que irá
esclarecer uma temática muito pertinente na graduação médica, que reflete perfeitamente a
cultura de segregação e desigualdade que ainda se mostra viva na nossa cultura.

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1.3. PROBLEMA
Por que é tão comum o monopólio monocolor dos estudantes universitários, em
específico em estudantes que cursam a medicina na Escola Superiores de Saúde das
Universidade do Brasil, dos quais a maioria de origem publica.

1.4. HIPÓTESE
A segregação histórica da carreira medica, sugerem que seja uma “Herança
burguesa” para os problemas provocados pelo manutenção através dos anos, se cria um
padrão para a graduação e para carreira profissional medica. provocando prejuízos sociais.

2.1. MATERIAL E MÉTODO


A pesquisa trabalhará com uma análise quantitativa dos dados coletados via
questionário on-line, caracterizando-se como uma pesquisa de campo. Assim, a pesquisa terá
sua realização através desse formulário, disponibilizado por meio da plataforma digital
Google Forms. Será necessário para o desenvolvimento da pesquisa apenas a utilização de um
notebook com acesso à internet.
As perguntas discorrem sobre as dificuldades relevantes da rotina dos estudantes e
profissionais relacionadas a área de medicina, e levando em consideração parâmetros
encontrados na revisão de literatura para compreender as principais razões . O intervalo de
tempo das fontes literárias utilizadas para o estudo varia entre 1996 e 2020.
Os dados coletados serão avaliados por meio de uma comparação paralela com as
informações teóricas contidas na literatura correspondente ao tema abordado nesta pesquisa, e
em comparação com os próprios dados em si para melhor compreensão dos dados.

2.2. DELIMITAÇÃO DE ESTUDO


O estudo faz parte da área da medicina, em especificidade está ligado a negros
graduandos em medicina. Sua realização se dará nos limites institucionais da Universidade
Estadual do Amazonas (UEA), na sede da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), no
bairro Cachoeirinha, avenida Carvalho Leal, número 1777, em Manaus, capital do estado do
Amazonas. A pesquisa será realizada no segundo semestre de 2022.

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2.3. POPULAÇÃO

Serão entrevistados X alunos da graduação em medicina da ESA-UEA, sem a


necessidade de identificação e sem consideração de sexo, idade, nível social, de forma a
abranger mais fatores relevantes para a pesquisa

2.4. REVISÃO DE LITERATURA

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O salto ocorrido entre 2013 e 2016 deve-se à implantação da lei de cotas, realizada
de forma progressiva no período. Em 2013, a proporção de Negros era de 9,4 % e
chegou a 26,7% em 2016.

Entretanto, a taxa ainda é bem menor do que a proporção de negros na sociedade


que, de acordo com dados do IBGE, é de 51,7% no estado do Rio de Janeiro (39,6% de
Pardos e 12,1% de Pretos).

Os 5 cursos presenciais com menor inclusão de negros no RJ:

Além de Medicina, completam a lista dos 5 cursos com menor inclusão de negros no
ensino superior Direito (29,4%), Engenharia de Produção (29,7%), Psicologia (30,3%)
e Arquitetura e Urbanismo (31%).

(Jornal capital economica 20/11/2019)

Entre 2000 e 2017, o número de pretos e pardos graduados em universidades


aumentou quase quatro vezes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), eles já são 50% dos alunos do ensino superior em geral, o que, considerando
que representam 56% da população brasileira, é um número bastante significativo. Nos
cursos de Medicina, a média é bem menor, mas também vem aumentando
gradativamente. Sendo assim, por que ainda é tão difícil encontrar um médico negro?

“Profissionais negros existem, mas são invisibilizados no mercado de trabalho”, explica


Igor Leonardo, cofundador da AfroSaúde, uma startup cujo objetivo é diminuir a
distância entre profissionais de saúde negros e pacientes. “Quando a gente chega em
um hospital, encontramos muitos negros, mas raramente ocupando cargos de
liderança. Se você buscar um médico em plataformas online, a maioria dos resultados
será de médicos brancos. Tanto na assistência privada quanto na pública, os
profissionais negros enfrentam muitos obstáculos, o que se reflete na dificuldade em
encontrá-los”, afirma.

De acordo com Igor, há resistência da população em reconhecer e até mesmo aceitar


que aquela pessoa negra de jaleco é um profissional da saúde. Os pacientes acham que
é um técnico, um atendente ou um estagiário, mas nunca o médico responsável pela
assistência.
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Outro agravante está relacionado aos Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs). A touca para prender os cabelos é muito pequena, pensada para cabelos lisos e
pouco volumosos. Médicos com tranças, dreads, black power e outros penteados afro
acabam tendo de recorrer ao turbante, que pode ser considerado inapropriado pelas
regras de alguns hospitais, o que inclusive chega a impedir o trabalho desses
profissionais.

“A partir daí, já é possível entender o tamanho do desafio. Eles têm que lutar
para permanecerem nesses espaços – seja pela própria aceitação, seja pela dificuldade
de utilização do material”, destaca Igor.

(28/06/2021 blog drauzio varela).

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Apesar de formarem 50,7% da população brasileira, os autodeclarados negros
ainda são minoria entre os formados no ensino superior. Na carreira de medicina,
apenas 2,66% dos concluintes em 2010 eram pardos ou pretos. O estudo foi feito pelo
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), a pedido do UOL, com
as informações dos alunos que fizeram Enade. Dos universitários que fizeram Enade
(Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2010, apenas 6,13% se declaravam
pretos ou pardos. Em 2009, o índice foi ainda menor: 5,41%. ... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/05/20/negros-ainda-sao-minoria-entre-
formados-no-ensino-superior.htm?cmpid=copiaecola

Quando analisado o desempenho dos estudantes no exame nacional, os estudantes


negros têm nota 1,7% menor do que os alunos não negros. "O desempenho é muito
próximo, mostrando que eles superam as dificuldades que tiveram no ensino básico
com muita dedicação", considera Luiz Cláudio. De acordo com o presidente do Inep, a
diferença entre alunos negros e não negros é maior na educação básica, mas tem
diminuído. "Isso se explica por uma série de razões. Há uma grande correlação entre
alunos negros e escola pública. Às vezes a educação é de baixa qualidade, existe a
defasagem idade série, muitas vezes esse estudante tem que trabalhar e estudar", lista o
presidente do Inep. No caso das... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/05/20/negros-ainda-sao-minoria-entre-
formados-no-ensino-superior.htm?cmpid=copiaecola

2.7. CRONOGRAMA
Atividades Julho Agosto Setembro
Escolha do X
Tema
Elaboração X
do projeto
Coleta dos X
Dados
Análise dos X
Dados
Resultados X
Apresentação X

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3. POSSÍVEIS CONCLUSÕES
Diante dos diversos artigos e pesquisas realizadas em estudos anteriores, é possível
concluir, devido a fatores pertinentes a cultura da sociedade, que a mudança esta bem distante
de se ver. Evidenciando quais as principais causas são históricas e enraizadas, estimulantes a
manutenção da cultura medicina branca. vistas como necessárias para lidar com a população
negra que sonha com a carreira da medicina. Além disso, certamente essa pesquisa trará novos
dados e contribuirá para orientar ações que visem diminuir essa grave problemática.

4. REFERÊNCIA

1
1
5. ANEXOS
5.1. Apêndice (Questionário)

1. Sexo 5. Finalidade
2. Idade 6. Opinião quanto ações da
3. Cor Universidade
4. curso

1
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5.2. Apêndice (Termo de consentimento e livre esclarecimento)

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e desconfortos que esta pode me acarretar, aceito participar e
declaro ter recebido uma via original deste documento rubricada em todas as folhas e assinada ao
final, pelo pesquisador e por mim:
Nome do (a) participante:
Contato telefônico:
E-mail (opcional):

Data: / / .
(Assinatura do participante)

RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro,
também, ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante. Informo que o estudo
foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado. Comprometo-me a utilizar o
material e os dados obtidos nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste
documento ou conforme o consentimento dado pelo
participante.
Data: / / .
(Assinatura do pesquisador)
Rubrica do pesquisador:
Rubrica do participante:

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