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BEPA 111
Volume 10 Número 111 março/2013
Boletim Epidemiológico Paulista
BEPA ISSN 1806-423-X
Volume 10 Nº 111 março de 2013
Nesta edição
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Classificação epidemiológica dos municípios segundo o Programa
de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana no
Estado de São Paulo, para 2013
Epidemiological classification of cities according to the Program of Surveillance and Control of American Visceral
Leishmaniasis in the
State of São Paulo, updated in 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Coqueluche no Estado de São Paulo - 2000 a 2012
Whooping cough in the State of São Paulo – 2000 to 2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Perfil mutacional dos genes responsáveis pela resistência de Mycobacterium tuberculosis a rifampicina (rpoB) e
isoniazida (katG e inhA) em cepas isoladas no Estado de São Paulo e avaliação do uso da PCR em tempo real para a
detecção rápida destas mutações
Mutational profile of genes responsible for Mycobacterium tuberculosis resistance to rifampicin (rpoB) and isoniazid
(katG and inhA) in strains isolated from the São Paulo State and evaluation the use of real-time
PCR for rapid detection . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Recortes Históricos – Instituto Clemente Ferreira
Historical Clippings – Instituto Clemente Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Instruções aos Autores
Author´s Instructions . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
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Editorial
Marcos Boulos
Editor
Editorial
página 1
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2,3
As ações de vigilância e controle da leishma- discutidas e incorporadas de acordo com a
4
niose visceral americana desenvolvidas nos portaria do Ministério da Saúde (MS) nº 2472/2010
municípios do Estado de São Paulo (ESP) são e das Notas Técnicas (NT) nº 33/20105 e NT
estruturadas a partir de diretrizes do Programa de nº 12/2011.6 Na Figura 1, é demonstrado o esquema
1
Vigilância e Controle da doença no ESP (PVCLVA). básico para classificação epidemiológica dos
Outras orientações foram gradativamente municípios paulistas em 2013.
Figura 1. Esquema representativo para classificação epidemiológica dos municípios para vigilância e controle da
leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo.
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Dados disponíveis e analisados até dezembro apresenta a série histórica do número de casos,
de 2012 revelam 105 municípios com transmissão número de óbitos e letalidade de LVA dos casos
de leishmaniose visceral americana (LVA) assim confirmados e autóctones do ESP nesse período.
configurada: 70 municípios apresentaram casos Em 2013, alguns municípios notificaram e
humanos e caninos autóctones, cinco municípios confirmaram casos de LVA. Destaca-se o municí-
registram somente casos humanos autóctones, pio de Santo Expedito, onde não havia registro
sem detecção de autoctonia canina (Álvaro de anterior de casos. Esse município passou, em
Carvalho, Jaú, Marília, Parapuã e Quintana) e 30 2013, a ter sua classificação alterada de Silencioso
municípios apresentam somente transmissão Receptivo Vulnerável (SRV) para transmissão
canina (Figura 2). humana. A atualização do número de casos e
No período de 1999 até dezembro de 2012 óbitos de LVA por município e Grupo de Vigilân-
foram notificados 5.056 casos suspeitos de LVA cia Epidemiológica (GVE) pode ser acompanha-
no ESP, dos quais 2.229 confirmados. Desses, da periodicamente por meio do site do Centro de
2.146 foram classificados como autóctones do Vigilância Epidemiológica da Secretaria de
7
ESP distribuídos em 75 municípios. A Figura 3 Estado da Saúde.
Figura 2. Distribuição de municípios do Estado de São Paulo segundo a classificação epidemiológica para leishmaniose visceral americana em
dezembro de 2012
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350 35,0
300 30,0
250 25,0
200 20,0
nº de casos
Letalidade %
150 15,0
100 10,0
50 5,0
0 0,0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
nº de óbitos 5 0 3 13 23 13 16 10 22 24 14 14 18 12
nº de casos 17 15 57 115 156 134 155 250 248 294 178 146 184 197
Letalidade % 29,4 0 5,3 11,3 14,7 9,7 10,3 4 8,9 8,2 7,9 9,6 9,8 6,1
Figura 3. Número de casos, óbitos e letalidade de leishmaniose visceral humana, autóctones do Estado de São Paulo, de 1999 a 2012
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Com relação ao reservatório canino, no ano de quase 180 municípios, para utilizarem o novo
2012 ocorreu uma mudança significativa no cenário, os quais realizaram em torno de 70.000
diagnóstico sorológico, que até então era realiza- testes (TR DPP).
do utilizando-se o Ensaio Imunenzimático (Elisa)
como triagem e a Reação de Imunofluorescência
Identificação do vetor
Indireta (Rifi) como confirmatório. Após diversos
estudos, esse cenário foi modificado para Teste No ano de 2012 e início de 2013, diversos
Imunocromatográfico Rápido (TR DPP® municípios investigaram casos suspeitos de cães
Leishmaniose Visceral) para triagem e Elisa para com leishmaniose visceral (primeiro caso). No
confirmatório (Nota Técnica nº 01/2011 – entanto, somente em dois municípios foi confirma-
CGDT/CGLAB/DEVIT/SVS/MS), passando a
9
da a transmissão canina pela caracterização da
5
triagem a ser uma atividade realizada pelos Leishmania, considerando as orientações do MS.
municípios. Em 2012, foram capacitados e Em Indaiatuba e Fernandópolis foi possível realizar
sensibilizados pelo IAL cerca 420 funcionários de o isolamento e crescimento da Leishmania a partir
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Fonte: SUCEN/SES-SP
Figura 5. Distribuição de municípios com presença de Lutzomyia longipalpis no Estado de São Paulo, maio de 2013
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Quadro 1. Estratificação dos municípios com transmissão de leishmaniose visceral humana entre 2010 a 2012 por Serviço
Regional (SR) da Superintendência de Controle de Endemias, Departamento Regional de Saúde (DRS) e Grupo de Vigilância
Epidemiológica (GVE), segundo critério estabelecido pelo Ministério da Saúde
SR DRS GVE MUNICÍPIO Estratificação 2010 a 2012
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Quadro 2. Classificação epidemiológica dos municípios do Estado do Estado de São Paulo com transmissão de LVA segundo o
Programa de Vigilância e Controle de Leishmaniose Visceral Americana, por Serviço Regional (SR) da Superintendência de
Controle de Endemias, Departamento Regional de Saúde (DRS) e Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), 2013
5- Campinas (São José do Rio Preto) XIV 26 Espírito Santo do Pinhal Transmissão canina
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10- Presidente Prudente XI 22 São João do Pau d'Alho Transmissão canina e humana
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REFERÊNCIAS
1. Secretaria da Saúde, Coordenadoria de Classificação epidemiológica dos municípios
Controle de Doenças, Superintendência de segundo o Programa de Vigilância e Controle
Controle de Endemias. Manual de Vigilância da leishmaniose visceral americana no estado
e Controle da Leishmaniose Visceral de São Paulo, atualizado em novembro de
Americana do Estado de São Paulo. São 2011. Bepa. 2011;8(96):32-6.
Paulo; 2006. 3. Rangel O, Sampaio SMP, Ciaravolo RMC,
2. Secretaria da Saúde, Coordenadoria de Rodas LAC, Holckman MM, Uchoa FC et
Controle de Doenças, Comitê de al. Distribuição de casos humanos de
Leishmaniose Visceral Americana. leishmaniose visceral americana (LVA) nos
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Correspondência/Correspondence to:
Av. Paula Souza, 166 – Luz
CEP: 01027-000 – São Paulo/SP – Brasil
Email: osias@sucen.sp.gov.br
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Dados epidemiológicos
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Distribuição de casos confirmados, óbitos, coeficiente de incidência e letalidade, segundo ano de início de sintomas e faixa etária, Estado de São Paulo, 2000 a 2012
Ano ≤ 2 meses 3-6 meses 7-11 meses <1 Ano 1a4anos 5a9anos 10a14anos 15a19anos 20a29anos 30a39anos 40a49anos ≥ 50 anos Total
2000 casos 42 15 0 57 4 0 0 1 2 0 0 0 64
óbitos 4 1 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 5
C.I. ... ... ... 9,1 0,16 0 0 0,03 0,03 0 0 0 0,17
Letalidade 9,52 6,67 0 8,77 0 0 0 0 0 0 0 0 7,81
2001 casos 46 22 2 70 6 3 1 4 2 1 0 1 88
óbitos 3 1 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 4
C.I. ... ... ... 10,99 0,23 0,09 0,03 0,11 0,03 0,02 0 0,02 0,23
Letalidade 6,52 4,55 0 5,71 0 0 0 0 0 0 0 0 4,55
2002 casos 27 20 1 48 3 0 0 1 4 1 0 0 57
óbitos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C.I. ... ... ... 7,43 0,11 0 0 0,03 0,06 0,02 0 0 0,15
Letalidade 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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2003 casos 57 18 2 77 6 2 2 0 1 0 0 0 88
óbitos 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
C.I. ... ... ... 11,74 0,22 0,06 0,06 0 0,01 0 0 0 0,23
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continua
Ano ≤ 2 meses 3-6 meses 7-11 meses <1 Ano 1a4anos 5a9anos 10a14anos 15a19anos 20a29anos 30a39anos 40a49anos ≥ 50 anos Total
2006 casos 56 16 1 73 8 2 1 5 3 3 1 0 96
óbitos 3 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 3
C.I. ... ... ... 10,47 0,28 0,06 0,03 0,12 0,04 0,05 0,02 0 0,23
Letalidade 5,36 0 0 4,11 0 0 0 0 0 0 0 0 3,13
2007 casos 82 38 4 124 8 3 2 4 2 4 4 3 154
óbitos 4 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 4
C.I. ... ... ... 20,05 0,3 0,09 0,06 0,12 0,03 0,06 0,07 0,04 0,37
Letalidade 4,88 0 0 3,23 0 0 0 0 0 0 0 0 2,6
2008 casos 138 74 6 218 21 5 3 8 5 9 2 1 272
óbitos 4 2 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 6
C.I. ... ... ... 37,48 0,84 0,15 0,09 0,24 0,07 0,14 0,04 0,01 0,66
Letalidade 2,9 2,7 0 2,75 0 0 0 0 0 0 0 0 2,21
2009 casos 68 36 2 106 14 2 4 2 7 2 5 0 142
óbitos 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2
C.I. ... ... ... 18,86 0,57 0,06 0,13 0,06 0,1 0,03 0,09 0 0,34
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Letalidade 0 5,56 0 1,89 0 0 0 0 0 0 0 0 1,41
2010 casos 99 49 9 157 9 4 1 1 8 3 1 1 185
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óbitos 6 1 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 7
C.I. ... ... ... 29,45 0,42 0,14 0,03 0,03 0,11 0,04 0,02 0,01 0,45
Letalidade 6,06 2,04 0 4,46 0 0 0 0 0 0 0 0 3,78
2011 casos 438 244 34 716 68 20 22 14 30 22 14 7 913
óbitos 23 3 0 26 0 0 0 0 0 0 0 0 26
C.I. ... ... ... 133,22 3,15 0,69 0,66 0,42 0,4 0,32 0,24 0,08 2,2
Letalidade 5,25 1,23 0 3,63 0 0 0 0 0 0 0 0 2,85
Perfil mutacional dos genes responsáveis pela resistência de Mycobacterium tuberculosis a rifampicina (rpoB) e isoniazida (katG e inhA) em cepas isoladas no
Estado de São Paulo e avaliação do uso da PCR em tempo real para a detecção rápida destas mutações
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Resume
Mutational profile of genes responsible for Mycobacterium tuberculosis resistance to rifampicin (rpoB) and isoniazid (katG and inhA) in strains isolated from
the São Paulo State and evaluation the use of real-time PCR for rapid detection
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Recortes Históricos
Instituto Clemente Ferreira CFERREIRA
LEMENT E
i n s t i t u t o
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A casa contava com exames radiológicos e Em 1934, foram cedidos ao Estado, sob
radioscópicos, incluindo um planígrafo. Usou forma de comodato, o terreno, o prédio, o
a abreugrafia – a genial invenção de Manoel de mobiliário e os equipamentos que compunham o
Abreu – no rastreamento em massa da tubercu- serviço, passando ao poder público a responsa-
lose. Cedo, contou com laboratório de mico- bilidade pela condução da Casa e, consequente-
bacteriologia, com cultura, testes de sensibili- mente, das ações de controle da tuberculose em
dade às drogas e recuperação do bacilo em São Paulo.
animais. Um coreto no centro do pátio era E é com esse mesmo espírito público que, no
usado para helioterapia. Aplicou técnicas de final da década de 1970 e início da de 1980,
colapsoterapia, o primeiro tratamento racional Bruno Quilici, então diretor da Divisão de
da doença, como dizia José Rosemberg, um de Tisiologia e Pneumologia Sanitária, promoveu a
seus mais famosos e longevos diretores, e adequação da instituição à rede de atendimento à
sediou a primeira pneumonectomia em São saúde, com o nome fantasia de Instituto Clemen-
Paulo. Foi um dos pioneiros no uso da estrepto- te Ferreira (ICF). O Instituto participou, então,
micina e isoniazida no Brasil. A insistência e da unificação de esforços para o controle da
perseverança na implantação da Vacina BCG, tuberculose, no convênio que a Secretaria de
nesse ponto com forte apoio de Arlindo de Estado da Saúde assinou com o Instituto Nacio-
Assis, fizeram do Dr. Clemente Ferreira um dos nal de Previdência Social (INPS) e o Ministério
principais responsáveis pela existência, desde da Saúde, transformando-se na principal
cedo, da vacina entre nós. referência, dotada de resolutividade e competên-
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respiratórias de grande impacto na sua vida social cultura científica do ICF. A helioterapia, como
e laborativa. já citada, a hidroterapia e outras práticas
O ICF já era, desde a época do programa DRI empíricas também foram experimentadas, bem
(atendimento às doenças respiratórias da como a introdução das então avançadas
infância), referência secundária para o atendi- técnicas de colapsoterapia, como o pneumotó-
mento a esses pacientes. Essa referência, dentro rax terapêutico e as primeiras técnicas cirúrgi-
da nova perspectiva da instituição, se consolidou cas para a tuberculose. Estudos sobre a aplica-
com a contratação de novos profissionais e ção da vacina BCG, o uso de isoniazida,
estabelecimento de área segregada e adequada estreptomicina, rifampicina e etambutol
para atendimento infantil, destacando-se o resultaram em diversos trabalhos científicos
Programa de Atenção à Asma na Infância, com que projetaram nacionalmente o ICF como um
resultados animadores, que inclusive subsidia- centro de produção de conhecimentos, mesmo
ram o protocolo adotado pelo MS. na fase pré-SUS.
Convênios com outras instituições foram Nos primeiros anos do SUS, novos estudos e
firmados, para exames mais complexos e não pesquisas operacionais se desenvolveram na
passíveis de realização em ambiente ambulato- instituição, grande parte delas pioneiras no país e
rial, capacitando a casa a realizar o diagnóstico de grande repercussão. Como referido anterior-
mente, a experiência com o marcador bioquímico
diferencial da tuberculose com outras doenças
da ADA (adenosina deaminase) no diagnóstico da
pulmonares. Assim, micoses profundas, neopla-
tuberculose pleural teve a primeira experiência
sias pulmonares, derrames pleurais, processos
nacional estabelecida num estudo conjunto do
intersticiais pulmonares, doenças congênitas
Hospital do Servidor Público Estadual com o ICF.
infantis, pneumopatias ocupacionais, além de
A experiência acumulada com esta técnica
asma e DPOC, passaram a ser diagnosticadas na
produziu, na instituição, a primeira tese de
instituição, e algumas delas lá tratadas, preen-
doutorado sobre o tema no Brasil.
chendo enorme lacuna existente na rede.
Os produtos, divulgados extensamente por
revistas e pelos fóruns científicos nacionais e
A pesquisa internacionais, começaram a ter papel cada vez
A pesquisa e a geração de conhecimento na mais relevante no estabelecimento de normas e
instituição têm origem nos seus primórdios. diretrizes para o atendimento à tuberculose em
Trouxeram, para os pacientes atendidos pelo seus vários aspectos. Destaques para a abordagem
Instituto, as mais novas técnicas disponíveis de resistência micobacteriana, do tratamento da
que o conhecimento científico da época doença multirresistente, dos efeitos adversos das
permitia existir. drogas e diagnóstico das formas com escarro
Os morruatos sódico e cúprico, os sais de negativo e extrapulmonares, entre outros.
ouro e outras substâncias químicas davam às No final dos anos de 1980, o ICF reviu a longa
primeiras experiências na terapêutica da experiência de testes de sensibilidade realizados
tuberculose ares alquímicos, mas não deixaram sistematicamente e, com a mesma metodologia,
de ter sua importância no estabelecimento da avaliou a evolução da resistência às drogas.
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(*)
(*) O decréscimos das 15
drogas clássicas SM
e INH foi significa-
tivo de 60 para 70 10
e de 70 para 80.
De 60 para 70 (com
a introdução de um 5
programa nacional)
foi mais significativo SM
que de 70 para 80 0 INH
(com a introdução da
RMP
Dec. 60
RMP)
Dec. 70
Dec. 80
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de 90 e, algum tempo depois, passou a atender des brasileiras. A participação é obrigatória para
também aos técnicos de outras áreas da Secretaria os integrantes do corpo técnico da instituição e as
expostos ao risco ocupacional da tuberculose. reuniões passaram a ser abertas, também, à
Na atualidade, intensificaram-se trabalhos participação de médicos e outros profissionais da
cooperados entre o ICF e a Universidade, além de atenção primária à saúde. A instituição recebe
estudos originais que, com financiamento de residentes de pneumologia, pediatria, medicina
agências de fomento, ampliaram profundamente a social e infectologia de importantes centros
capacidade resolutiva de ICF no campo da universitários de formação médica, para comple-
biologia molecular, genética e imunologia. Em mentação dos programas curriculares destas
cooperação com a USP e a Unesp, foram publica- instituições em pneumologia sanitária. Entre elas
dos trabalhos sobre a natureza gênica da resistên- estão Unifesp, Instituto de Infectologia Emílio
Ribas, Faculdade de Medicina de Botucatu
cia bacilar no país, em revistas nacionais e
(Unesp), Faculdade de Medicina de Ribeirão
internacionais de grande impacto.
Preto (USP) e outras.
Dois trabalhos financiados pelo CNPq e pela
A faculdade de Enfermagem da USP tem
Fapesp agregaram conhecimentos fundamentais à
estágio regular dos doutorandos no ICF. Treina-
epidemiologia da doença, justificando a amplia-
mentos em aplicação de PPD são realizados para
ção da quimioprofilaxia.
profissionais de enfermagem da rede de saúde,
O primeiro identificou três grupos históricos tanto pública quanto privada. O Serviço Social
de bacilos: um antigo, outro recente e entre eles recebeu, há pouco, estagiários da Fundap.
um grupo intermediário, e com a continuidade
O ICF é campo de pesquisa para pós-
desse estudo, poderá ser definido o papel de cada
graduandos de várias escolas, com as quais
um deles na demanda de novos casos de tubercu-
mantém convênio de intercâmbio técnico. Essas
lose no país. O segundo, que dotou o ICF de um
pesquisas geraram, além das já citadas, inúme-
moderno laboratório de pesquisas imunológicas,
ras outras publicações e teses de mestrado e
teve como objetivo avaliar a ampliação da
doutorado.
quimioprofilaxia em grupos não recomendados
pelas normas vigentes e avaliar eventuais riscos Profissionais do Instituto Clemente Ferreira
de adoecimento. são convidados como palestrantes em vários
congressos acadêmicos nacionais e regionais de
pneumologia, e participam de simpósios, aulas e
O ensino bancas em programas de pós-graduação e fóruns
O ensino sempre foi atividade de grande de discussão sobre tuberculose no país.
importância na instituição. Médicos do ICF têm passagens em oito
As reuniões científicas, que há 40 anos oportunidades pela diretoria da Sociedade
acontecem às quartas-feiras, são destinadas tanto Paulista de Tisiologia e Pneumologia e duas na
à discussão de casos clínicos como a palestras diretoria da Sociedade Brasileira de Pneumologia
sobre temas em pneumologia, com profissionais e Tisiologia.
da instituição e convidados de várias universida- É fundamental citar a participação da Socieda-
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Acesse a versão eletrônica em:
www.ccd.saude.sp.gov.br
O BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista, criado em sobre a publicação ou não dos trabalhos, avaliam a aceitação
2004, - é uma publicação mensal da Coordenadoria de dos artigos sem modificações, a recusa ou a devolução aos
Controle de Doenças (CCD), órgão da Secretaria de Estado autores com as sugestões apontadas pelos revisores.
da Saúde de São Paulo (SES-SP) responsável pelo planeja-
mento e execução das ações de promoção à saúde e preven-
Tipos de artigo
ção de quaisquer riscos, agravos e doenças, nas diversas áreas
de abrangência do Sistema Único de Saúde de São Paulo 1. Artigo original – Apresenta resultados originais
(SUS-SP). provenientes de estudos sobre quaisquer aspectos da
prevenção e controle de riscos e agravos e de promoção da
saúde, desde que no escopo da epidemiologia, incluindo
Missão relatos de casos, surtos e/ou vigilância. Esses artigos devem
Editado nos formatos impresso e eletrônico, o BEPA tem ser baseados em novos dados ou perspectivas relevantes para
o objetivo de documentar e divulgar trabalhos relacionados a saúde pública. Devem relatar os resultados a partir de uma
às ações de vigilância em saúde, de maneira rápida e precisa, perspectiva de saúde pública, podendo, ainda, ser replicados
estabelecendo um canal de comunicação entre as diversas e/ou generalizados por todo o sistema (o que foi encontrado e
áreas do SUS-SP. Além de disseminar informações entre os o que a sua descoberta significa). Extensão máxima de 6.000
profissionais de saúde, o Boletim propõe o incentivo à palavras; 10 ilustrações (tabelas, figuras, gráficos e fotos); 40
produção de trabalhos técnico-científicos desenvolvidos no referências bibliográficas. Resumo em português e em inglês
âmbito da rede de saúde. Nesse sentido, proporciona a (abstract), com no máximo 250 palavras, e entre três e seis
atualização e o aprimoramento dos profissionais e das palavras-chave (keywords).
instituições responsáveis pelos processos de prevenção e
2. Revisão – Avaliação crítica sistematizada da literatura
controle de doenças, das esferas pública e privada.
sobre assunto relevante à saúde pública. Devem ser descritos
os procedimentos adotados, esclarecendo os limites do tema.
Arbitragem Extensão máxima de 6.000 palavras; resumo (abstract) de
Os manuscritos submetidos ao BEPA devem atender às até 250 palavras; entre três e seis palavras-chave (keywords);
instruções aos autores, que seguem as diretrizes dos sem limite de referências bibliográficas; seis ilustrações
Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a (tabelas, figuras, gráficos e fotos).
Periódicos Biomédicos, editados pela Comissão Internacio- 3. Artigos de opinião – São contribuições de autoria
nal de Editores de Revistas Médicas (Committee of Medical exclusiva de especialistas convidados pelo Editor Científico,
Journals Editors – Grupo de Vancouver), disponíveis em: destinadas a discutir ou tratar, em maior profundidade, de
http://www.icmje.org/ temas relevantes ou especialmente oportunos, ligados às
questões de saúde pública. Não há exigência de resumo ou
abstract.
Processo de revisão
4. Artigos especiais – São textos não classificáveis nas
Os trabalhos publicados no BEPA passam por processo
categorias acima referidas, aprovados pelos Editores por
de revisão por especialistas. A Coordenação Editorial faz
serem considerados de especial relevância. Sua revisão
uma revisão inicial para avaliar se os autores atenderam aos
admite critérios próprios, não havendo limite de tamanho ou
padrões do boletim, bem como às normas para o envio dos
originais. Em seguida, artigos originais e de revisão são exigências prévias quanto à bibliografia.
encaminhados a dois revisores da área pertinente, sempre de 5. Comunicações rápidas – São relatos curtos,
instituições distintas daquela de origem dos artigos, e cegos destinados à rápida divulgação de eventos significativos no
quanto à identidade e vínculo institucional dos autores. Após campo da vigilância à saúde. A sua publicação em versão
receber os pareceres, os Editores, que detêm a decisão final impressa pode ser antecedida de divulgação em meio
eletrônico. Extensão máxima de 2.000 palavras; resumo de 12. Relatos de encontros – Devem enfocar o conteúdo
até 150 palavras; entre três e seis palavras-chave; quatro do evento e não sua estrutura. Extensão máxima de 2.000
ilustrações (tabelas, figuras, gráficos e fotos); e 10 referênci- palavras; 10 referências (incluindo eventuais links para a
as. É recomendável que os autores das comunicações rápidas íntegra do texto). Não incluem resumo nem palavras-chave.
apresentem, posteriormente, um artigo mais detalhado. 13. Notícias – São informações oportunas de interesse
6. Informe epidemiológico – Tem por objetivo para divulgação no âmbito da saúde pública. Até 600
apresentar ocorrências relevantes para a saúde coletiva, bem palavras, sem a necessidade de referências.
como divulgar dados dos sistemas públicos de informação 14. Dados epidemiológicos - Atualizações de dados
sobre doenças, agravos, e programas de prevenção ou estatísticos sobre agravos e riscos relevantes para a saúde
eliminação. Sua estrutura é semelhante à do artigo original, pública, apresentadas por meio de tabelas e gráficos. Inclui
porém sem resumo ou palavras-chave; extensão máxima de contextualização dos dados em até 300 palavras.
5.000 palavras; 15 referências; quatro ilustrações (tabelas,
15. Cartas – As cartas permitem comentários sobre
figuras, gráficos e fotos).
artigos veiculados no BEPA, e podem ser apresentadas a
7. Informe técnico – Texto institucional que tem por qualquer momento após a sua publicação. No máximo 600
objetivo definir procedimentos, condutas e normas técnicas palavras, sem ilustrações.
das ações e atividades desenvolvidas no âmbito da Secretaria
Observação: Informes técnicos, Informes epidemiológi-
de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Inclui, ainda, a
cos, Pelo Brasil, Atualizações e Relatos de encontros devem
divulgação de práticas, políticas e orientações sobre
ser acompanhados de carta de anuência do diretor da institui-
promoção à saúde e prevenção e controle de riscos e agravos.
ção à qual o(s) autor(es) e o objeto do artigo estão vinculados.
Extensão máxima de 5.000 palavras; seis ilustrações (tabelas,
figuras, gráficos e fotos); 30 referências bibliográficas. Não
inclui resumo nem palavras-chave. Apresentação dos trabalhos
8. Resumo – Serão aceitos resumos de teses e A cada trabalho deverá ser anexada uma carta de
dissertações até dois anos após a defesa. Devem conter os apresentação, assinada por todos os autores, dirigida à
nomes do autor e do orientador, título do trabalho (em Coordenação Editorial do Boletim Epidemiológico Paulista.
português e inglês), nome da instituição em que foi Nela deverão constar as seguintes informações: o trabalho
apresentado e ano de defesa. No máximo 250 palavras e não foi publicado, parcial ou integralmente, em outro
entre três e seis palavras-chave. periódico; nenhum autor tem vínculos comerciais que
9. Pelo Brasil – Deve apresentar a análise de um aspecto possam representar conflito de interesses com o trabalho
ou função específica da promoção à saúde, vigilância, desenvolvido; todos os autores participaram da elaboração
prevenção e controle de agravos nos demais Estados do seu conteúdo (elaboração e execução, redação ou revisão
brasileiros. Extensão máxima de 3.500 palavras; resumo com crítica, aprovação da versão final).
até 250 palavras; entre três e seis palavras-chave; 20 referên- Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados.
cias; seis ilustrações (tabelas, figuras, gráficos e fotos). Nesse sentido, os autores devem explicitar, em MÉTODOS,
10. Atualizações – Textos que apresentam, sistematica- que a pesquisa foi concluída de acordo com os padrões
mente, atualizações de dados estatísticos gerados pelos exigidos pela Declaração de Helsinki e aprovada por
órgãos e programas de prevenção e controle de riscos, comissão de ética reconhecida pela Comissão Nacional de
agravos e doenças do Estado de São Paulo. Até 3.000 Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Conselho Nacional
palavras e oito ilustrações. Não inclui resumo nem de Saúde (CNS).
palavras-chave. O trabalho deverá ser redigido em Português (BR), com
11. Republicação de artigos – são artigos publicados entrelinhamento duplo. O manuscrito deve ser encaminhan-
em outros periódicos de relevância, nacionais ou interna- do em formato eletrônico (e-mail, CD-Rom) e impresso
cionais, abordando temas importantes cuja veiculação seja (folha A4), aos cuidados da Coordenação Editorial do BEPA,
considerada, pelos Editores, de grande interesse à saúde. no seguinte endereço:
tomadas pelo Ministério da Saúde (MS)2 para eliminação da 3. Carlson K. Reflections and recommendations on
hanseníase como um problema de saúde pública no País, reserch ethics in developing countries. Soc Sci
atingindo a prevalência de um caso para cada 10 mil Med. 2002;54(7):1155-9.
habitantes, destacam-se as ações de educação e informa- b) Livros:
ção, preconizadas para todos os níveis de complexidade
1. Pierson D, organizador. Estudos de ecologia
de atenção.”
humana: leituras de sociologia e antropologia
! Referências bibliográficas – listadas ao final do social. São Paulo: Martins Fontes; 1948.
trabalho, devem ser numeradas de acordo com a
A indicação da edição é necessária a partir da segunda.
ordem em que são citadas no texto. A quantidade de
referências deve se limitar ao definido em cada tipo c) Capítulos de livro:
de artigo aceito pelo BEPA. Boletim Epidemiológico 1. Wirth L. História da ecologia humana. In:
Paulista. Pierson D, organizador. Estudos de ecologia
A normalização das referências deve seguir o estilo humana: leituras de sociologia e antropologia
Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to social. São Paulo: Martins Fontes; 1948. p.64-76.
Biomedical Journals (Vancouver), http://www.icmje.org/ d) Autoria corporativa:
Para referências cujos exemplos não estejam contem- 1. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de
plados neste texto, consultar os links: Guia de Apresentação Saúde. Amamentação e uso de drogas. Brasília
de Teses (Modelo para Referências) da Faculdade de Saúde (DF); 2000.
Pública/USP, http://www.bvs-p.fsp.usp.br:8080/html/pt/
2. Organización Mundial de la Salud. Como
paginas/guia/i_anexo.htm ou Citing Medicine, 2nd edition,
investigar el uso de medicamentos em los
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/
servicios de salud. Indicadores seleccionados
Segundo as normas de Vancouver, os títulos de periódi- del uso de medicamentos. Ginebra;
cos são abreviados conforme aparecem na Base de dados 1993. (DAP.93.1).
PubMed, da US National Library of Medicine, disponível no
e) Dissertações de mestrado, teses e demais trabalhos
site http://www.pubmed.gov, selecionando Journals
acadêmicos:
Database.
1. Moreira MMS. Trabalho, qualidade de vida e
Para consultar títulos de periódicos nacionais e latino-am-
envelhecimento [dissertação de Mestrado]. Rio de
ericanos: http://portal.revistas.bvs.br/main.php?home=
Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública; 2000.
true&lang=pt
2. Rotta CSG. Utilização de indicadores de
Exemplos de Referências:
desempenho hospitalar como instrumento
a) Artigos de periódicos: gerencial [tese de Doutorado]. São Paulo:
Se a publicação referenciada apresentar dois ou mais Faculdade de Saúde Pública da USP; 2004.
autores, indicam-se até os seis primeiros, seguidos da f) Trabalhos apresentados em congressos, simpósios,
expressão et al. encontros, seminários e outros:
1. Opromolla PA, Dalbem I, Cardim M. Análise 1. Levy MSF. Mães solteiras jovens. In: Anais
da distribuição espacial da hanseníase no Estado do 9° Encontro Nacional de Estudos
de São Paulo, 1991-2002. Rev bras epidemiol. Populacionais; 1994; Belo Horizonte, BR.
2005;8(4):356-64. São Paulo: Associação Brasileira de Estudos
2. Ponce de Leon P, Valverde J, Zdero M. Populacionais; 1995. p. 47-75.
Preliminary studies on antigenic mimicry of 2. Fischer FM, Moreno CRC, Bruni A. What do
Ascaris Lumbricoides. Rev latinoam microbiol. subway workers, commercial air pilots, and truck
1992;34:33-8. drivers have in common? In: Proceedings
of the 12. International Triennial Congress • Tabelas – devem ser apresentadas em folhas
of the International Ergonomics Association; separadas ou arquivo a parte, numeradas
1994 Aug 15-19; Toronto, Canada. Toronto: consecutivamente com algarismos arábicos, na
IEA; 1994. v.5, p.28-30. ordem em que forem citadas no texto. A cada uma
g) Documentos eletrônicos: deve ser atribuído um título breve, evitando-se
linhas horizontais ou verticais. Notas explicativas
1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
devem ser limitadas ao menor número possível e
IBGE [boletim na internet]. Síntese de indicado-
colocadas no rodapé das tabelas, não no cabeçalho
res sociais 2000 [acesso em 5 mar. 2004].
ou título. Os arquivos não poderão ser apresentados
Disponível em: http://www.ibge.gov.br
em formato de imagem.
2. Sociedade Brasileira de Pediatria. Calendário
• Quadros – são identificados como tabelas,
de vacinas para crianças/2008 [base de dados na
seguindo numeração única em todo o texto. A
internet]. Disponível em: http://www.sbp.com.br/
exemplo das tabelas, devem ser apresentados, da
show_item2.cfm?id_categoria=21&id_detalhe=
mesma forma, em folhas separadas ou arquivo a
2619&tipo_detalhe=s&print=1
parte, numerados consecutivamente com
3. Carvalho MLO, Pirotta KCM, Schor N. algarismos arábicos, na ordem em que forem
Participação masculina na contracepção pela ótica citados no texto. Também não poderão ser
feminina. Rev Saúde Pública [periódico na internet]. apresentados no formato de imagem.
2001 [acesso em 25 maio 2004];35:23-31.
• Figuras – fotografias, desenhos, gráficos etc.,
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
citados como figuras, devem ser numerados
script=sci_arttext&pid=S0034-9102001000100004
consecutivamente, em algarismos arábicos, na
&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
ordem em que forem mencionados no texto, por
h) Legislação: número e título abreviado no trabalho. As legendas
1. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- devem ser apresentadas conforme as tabelas. As
mento. Secretaria de Defesa Agropecuária. ilustrações devem ser suficientemente claras para
Instrução Normativa n. 62, de 26 de agosto de permitir sua reprodução, em resolução de no
2003. Oficializa os métodos analíticos oficiais mínimo 300 dpi.
para análises microbiológicas para o controle de • Orientações Gerais – tabelas, ilustrações e outros
produtos de origem animal e água. Diário Oficial elementos gráficos devem ser nítidos e legíveis, em
da União. 18 set. 2003; Seção 1:14. alta resolução. Se já tiverem sido publicados,
2. São Paulo (Estado). Lei n. 10.241, de 17 de março mencionar a fonte e anexar a permissão para
de 1999. Dispõe sobre os direitos dos usuários reprodução. O número de elementos gráficos está
dos serviços e das ações de saúde no Estado e dá limitado ao definido em cada tipo de artigo aceito
outras providências. Diário Oficial do Estado de pelo BEPA. Abreviaturas, quando citadas pela
São Paulo. 18 mar. 1999; Seção 1:1. primeira vez, devem ser explicadas.