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BEPA
Volume 6 Número 65 maio/2009
65
Boletim Epidemiológico Paulista
BEPA ISSN 1806-423-X
Volume 6 Nº 65 maio de 2009
Nesta Edição
Vigilância da influenza A (H1N1), novo subtipo viral, no Estado de São Paulo, 2009 . . . . . . . . . . . . . 4
Surveillance of A(H1N1) influenza, new viral subtype in the State of São Paulo, 2009
Resumo de Teses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Summary of thesis
Resumo
Em abril de 2009, um novo subtipo viral do vírus influenza A (H1N1) foi identificado
em espécimes clínicos obtidos de dois pacientes nos Estados Unidos. A mesma cepa
viral foi identificada no México, no Canadá e em outras partes do mundo. Esse
evento foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como de emergência em
Saúde Pública de Interesse Internacional. O presente estudo descreve a ocorrência
de casos notificados de influenza A (H1N1), novo subtipo viral, ao Centro de
Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, no período de 22 de abril a 21 de
maio de 2009, de acordo com sua distribuição no tempo e espaço, assim como a
faixa etária e gênero acometidos, culminando com a classificação final dos casos e os
critérios utilizados. Uma vigilância aprimorada de influenza foi implementada, com
base no plano de preparação para pandemia do Estado, no sentido de identificar e
investigar oportunamente os casos. As amostras respiratórias foram processadas
no Instituto Adolfo Lutz, cujo método utilizado foi reação de polimerização em
cadeia em tempo real (rRT-PCR). Um total de 87 casos notificados, maioria na
Grande São Paulo, concentraram-se na faixa etária de 20 a 49 anos de idade
(70,1%), provenientes de áreas com casos confirmados de influenza A (H1N1). Os
sintomas mais frequentes foram febre e tosse (100%) e mialgia (70,1%); 40,2%
foram hospitalizados e todos evoluíram para a cura com remissão dos sintomas.
Cumpre ressaltar a necessidade de manter em alerta os sistemas de saúde com
vistas à detecção precoce e resposta rápida frente aos casos e à adoção de medidas
de prevenção e controle adequadas e de prover os profissionais de saúde e a
população de informações concernentes ao atual estágio deste agravo.
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Abstract
During April, 2009, a new viral subtype of the influenza A(H1N1 ) virus was
identified in clinical specimens collected from two patients in the United States. The
same viral strain was identified in Mexico, Canada and other parts of the world. This
event was considered, by the World Health Organization (WHO) as a Public Health
Emergency of international Concern. The present study describes the occurrence of
notified influenza A(H1N1) cases of the new viral subtype, to the Epidemiologic
Surveillance Center of the State of São Paulo, during the period comprised between
April 22 to May 21, 2009, according to their distribution in time and space, as well as
age groups and gender affected, finishing with the final case classification and
criteria employed. A perfected surveillance was implemented, based on the
Influenza Pandemic Preparedness Plan of the State of São Paulo, regarding timely
identification and investigation of the cases. Respiratory samples were processed in
the Instituto Adolfo Lutz, employing, as method of choice, real time chain
polimerase reaction (rRT-PCR). A total of 87 reported cases, distributed, in the
majority, in Greater São Paulo were concentrated in the age group of 20 to 49 year
olds (70,1%), and coming from areas with confirmed cases of influenza A(H1N1).
The most frequent symptoms were fever and cough (100%), and mialgia (70,1%);
40,2% were admitted to the hospital, all of them discharged with symptom
remission. It is important to enhance the need to maintain the alert of the health
systems regarding early detection and rapid response to cases and adoption of
adequate prevention and control measures, as well as issuing information for both
health professionals and the population regarding the present situation of this
event.
Key Words: influenza; epidemiology and control, case reporting and investigation.
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*http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html
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! que tenha tido contato próximo** com caso lógico e laboratorial, discutidos pela equipe
suspeito, provável ou confirmado de técnica da Secretaria da Saúde (CCD, CVE e
influenza A (H1N1), nos últimos dez dias. Instituto Adolfo Lutz), e classificados de
3. Caso provável de infecção humana pelo vírus acordo com as definições de caso especifica-
da influenza A (H1N1) das acima.
! Caso suspeito que apresente um dos Os instrumentos para coleta de dados
seguintes critérios adicionais: foram: (1) ficha de investigação de influenza
humana por novo subtipo pandêmico do
- teste positivo para influenza A, mas não Sistema de Informação de Agravos de
subtipável pelos reagentes utilizados para Notificação (SinanNet) e (2) ficha de casos de
detectar vírus de influenza sazonal influenza A H1N1 em investigação do CVE.
(negativo para H1 e H3); ou Dados adicionais foram obtidos por meio de
- sintomático com clínica compatível de contato telefônico com as unidades notifican-
infecção respiratória aguda indeterminada tes e/ou com a vigilância regional.
ou que tenha ido a óbito em decorrência A notificação para o Ministério da Saúde foi
desta infecção e vínculo epidemiológico realizada por meio de planilha do Microsoft
com caso provável ou confirmado. ®
Office Excel , padronizada para o Brasil, atuali-
4. Caso confirmado de infecção humana pelo zada e enviada por correio eletrônico diaria-
vírus da influenza A (H1N1) mente, com a inclusão de novos casos e classifi-
! Definido pela confirmação laboratorial por cação final. Para a descrição dos casos foram
um ou mais dos seguintes testes: utilizadas as variáveis contidas nesta planilha.
- RT-PCR em tempo real; e/ou Os espécimes clínicos coletados foram
aspirados de nasofaringe e/ou swab oro-nasal,
- cultivo celular. e os exames laboratoriais realizados na Seção
5. Caso descartado de Virologia do IAL Central, utilizando técnicas
! Caso em monitoramento ou suspeito de biologia molecular, teste de reação de
com resultado laboratorial negativo polimerização em cadeia convencional (PCR) e
para todos os tipos de influenza; ou em tempo real (rRT-PCR) com o primer para
influenza A (H1N1) novo subtipo viral.
! em monitoramento, suspeito ou
provável em que não tenha sido Os casos em monitoramento, após a coleta
detectada infecção por influenza A de material para diagnóstico, foram orientados
(H1N1); ou a permanecer em isolamento domiciliar,
monitorados diariamente pelos serviços de
! qualquer caso em monitoramento,
vigilância em saúde do município de residên-
provável ou suspeito em que tenha sido cia, até a emissão do resultado laboratorial, em
diagnosticada outra doença. média entre 24 e 48 horas após a entrada do
O fluxo de informação foi estabelecido a partir material no IAL. O monitoramento também
da notificação dos casos por parte de unidades ocorreu ao longo de dez dias preconizados
hospitalares, serviços municipais e regionais de para isolamento (em função do período de
vigilância em saúde, por telefone, fax e/ou correio transmissibilidade, de 7 dias para adultos e 10
eletrônico, à Central de Vigilância Epidemioló- para crianças).
gica do CVE. Os casos suspeitos, após a coleta de materi-
No Estado de São Paulo, os casos notificados al para diagnóstico, foram internados em
entre 22 de abril e 21 de maio de 2009 foram hospitais equipados com quartos com pressão
avaliados do ponto de vista clínico, epidemio- negativa. Foram tratados com o antiviral
**Contato próximo: indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias
ou fluidos corporais de um caso suspeito, confirmado ou provável.
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Gráfico 1. Distribuição dos casos notificados e confirmados de influenza A (H1N1) novo subtipo viral, conforme data de
início dos sintomas. Estado de São Paulo, 22 de abril a 21 de maio de 2009.
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A Figura 1 demonstra o país de procedência Tabela 2. Distribuição percentual dos casos notificados de
influenza A (H1N1) novo subtipo viral, segundo a característica
(local provável de exposição), sendo que 54 do hospital de internação. Estado de São Paulo, 22 de abril a 21
(62,8%) pessoas tiveram como destino os de maio de 2009.
Estados Unidos e 21 (24,1%), o México. Hospital Nº %
A Tabela 2 apresenta as unidades hospitala- Hospitais der eferênciaestadual 31 88,6
res em que foram internados 35 pacientes para Hospitais dar edeprivada 3 8,6
isolamento. Do total de internações, apenas Hospitais dar edepública 1 2,8
quatro (11%) não ocorreram em instituições Total 35 100 ,0
de referência estadual. Fonte: Central de Vigilância Epidemiológica, CVE/CCD/SES-SP
A distribuição dos casos segundo a faixa
etária está representada na Tabela 3. A idade
predominante foi de 20 a 49 anos, correspon-
dendo a 70,1% do total de casos. Não houve Tabela 3. Distribuição percentual dos casos notificados de
influenza A (H1N1) novo subtipo viral, segundo faixa etária.
predominância entre os gêneros. Estado de São Paulo, 22 de abril a 21 de maio de 2009.
A definição de caso, tanto para suspeito Faixa etária Nº %
como para aqueles em monitoramento, 0 a 4 anos 4 4,6
compreende obrigatoriamente febre e tosse,
5 a 9 anos 5 5,7
presentes nos 87 (100%) casos notificados. A
10 a 14 anos 3 3,4
frequência dos sinais e sintomas está represen-
15 a 19 anos 2 2,3
tada no Gráfico 2.
20 a 29 anos 26 29,9
A Tabela 4 ilustra a distribuição dos casos
30 a 39 anos 17 19,5
segundo a classificação inicial e internação
hospitalar. Dentre os suspeitos, 19 casos 40 a 49 anos 18 20,7
Figura 1. Distribuição dos casos notificados de influenza A (H1N1) novo subtipo viral por país de procedência. Estado de São Paulo,
22 de abril a 21 de maio de 2009.
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Dispnéia 11,5
Artralgia 21,8
Cefaléia 36,8
Coriza 43,7
Mialgia 70,1
Tosse 100,0
Febre 100,0
0 20 40 60 80 100 120
Fonte: Central de Vigilância Epidemiológica, CVE/CCD/SES-SP.
Gráfico 2. Distribuição percentual dos casos notificados de influenza A (H1N1) novo subtipo viral,
segundo sinais e sintomas. Estado de São Paulo, 22 de abril a 21 de maio de 2009.
A classificação final foi baseada no critério paulista ocorreram em homens adultos, com
laboratorial em 84 (96,6%) dos 87 casos idades entre 24 e 48 anos. Manifestaram os
descritos. Até 29 de abril, os casos estavam sintomas cerca de um dia após o retorno da
sendo descartados pela técnica de reação de viagem ao exterior (dois aos Estados Unidos e
polimerização em cadeia após transcrição um ao México). Desenvolveram febre e tosse,
reversa (RT-PCR). Os casos com resultado acompanhadas de mialgia e dor de garganta.
positivo para influenza A, porém não Apenas um ficou internado, em hospital de
subtipável, isto é, negativos para H1, H3 e M referência estadual, enquanto os demais, por
humanos, foram mantidos como prováveis até opção própria, foram mantidos em isolamento
o início do uso do PCR em tempo real (rRT- domiciliar; todos receberam tratamento com
PCR), específico para o H1N1 novo subtipo oseltamivir.
viral, que permitiu confirmar os primeiros dois
casos no Estado de São Paulo. Os contatos próximos, listados pelos casos
confirmados, foram acompanhados pelas
Os três*** casos confirmados de influenza A equipes municipais de vigilância em saúde. Os
(H1N1) novo subtipo viral em território três casos evoluíram sem intercorrências.
Tabela 4. Distribuição dos casos notificados de influenza A A Tabela 5 representa a classificação final
(H1N1) novo subtipo viral, segundo a classificação inicial dos 87 casos notificados. Até o dia 21 de
e internação. Estado de São Paulo, 22 de abril a 21 de maio
de 2009. maio, quatro permaneciam em monitora-
Internação mento e quatro como suspeitos, devido ao
Classificação fato de não terem colhido material para
inicial Não % Sim % Total %
investigação laboratorial ou a coleta ter sido
Monitoramento 33 78,5 9 21,5 42 100,0
inoportuna.
Suspeito 19 42,2 26 57,8 45 100,0
Total 52 35 87 Todos os casos notificados e concluídos até
Fonte: Central de Vigilância Epidemiológica, CVE/CCD/SES-SP 21 de maio foram devidamente monitorados
***Até 30 de maio de 2009, foram confirmados no Estado de São Paulo maiscinco casos, totalizando oito casos no território paulista.
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criteriosamente. Mesmo nos casos suspeitos, das, e de prover com agilidade os profissionais
os contatos próximos de caso confirmado ou de saúde e a população de informações concer-
que tenham viajado para comunidades com nentes ao atual estágio deste agravo.
relato de casos confirmados devem ser avalia-
dos com o uso de outros testes mais específi-
25
cos . Grupo de trabalho de Influenza A/H1N1
A investigação laboratorial dos casos foi Instituto Adolfo Lutz
realizada pelo Instituto Adolfo Lutz Central Adele Caterino Araújo
(IAL/CCD/SES-SP), por meio da técnica de Adriana Luchs
biologia molecular, utilizando até 30 de abril o Ana Maria Sardinha Afonso
PCR convencional. Essa medida possibilitou a Bráulio Caetano Machado
caracterização molecular da influenza A huma- Carmem Aparecida Freitas
na e o descarte dos casos de influenza sazonal. Cecília Luiza Simões Santos
Com a liberação do primer específico para in- Claudia Patara Saraceni
fluenza A (H1N1) novo subtipo, pelo CDC, proce- Claudio Tavares Sacchi
deu-se à análise das amostras com o PCR em Daniela Bernardes B. Silva
tempo real (rRT-PCR), que apresenta maior Daniela Leite
sensibilidade e especificidade, além da obten- Denise Hage Russo
ção de resultado mais precocemente, quando Fabiana Cristina P. Santos
26
comparada ao primeiro . Isabel Takano Oba
O CDC recomenda o tratamento profilático Jonas José Kisiellius
pós-exposição para contatos de casos confir- Kátia Oliveira Correa
mados, suspeitos ou prováveis, durante o Lourdes Rehder de A. Vaz de Lima
período de transmissibilidade27. No presente, o Lucila Okuyama Fukasawa
Ministério da Saúde indica o uso de oseltamivir Luiza Therezinha Madia de Souza
apenas para o tratamento de casos suspeitos, Marcílio Figueiredo Lemos
prováveis ou confirmados em que tenham sido Margareth Aparecida Benega
coletadas amostras biológicas para exame Maria Akiko Ishida
21
laboratorial . Maria Cândida Oliveira de Souza
Maria do Carmo S. T. Timenetsky
Maria Gisele Gonçalves
Conclusões
Maria Isabel de Oliveira
A comunidade mundial assiste ao desenvol- Maria Lúcia Utagawa
vimento de uma epidemia global, de curso Maristela Marques Salgado
imprevisível, ainda com muitas incertezas, Marli Ueda
porém, com a convicção de que ainda há muito Rita de Cássia C. Carmona
a apreender com ela. Samanta Cristine Grassi Almeida
O evento surge, também, como oportunida- Suely Pires Curti
de ímpar para testar e avaliar toda a estrutura Teresinha Maria de Paiva
da rede hospitalar de referência, vigilância em Simone G. Morillo
saúde, rede laboratorial e assistencial, organi- Audrey Cilli
zadas como componentes-chave do Plano de Teresa Keico N. Sugahara
Preparação para a Pandemia de Influenza do
Estado de São Paulo. Cumpre ressaltar a Agradecimentos
necessidade de manter em alerta os sistemas Ao corpo técnico e administrativo dos hos-
de saúde, com vistas à detecção precoce e pitais que assistiram aos casos; ao laboratório
resposta rápida frente aos casos, com a adoção de referência Instituto Adolfo Lutz; à Coorde-
de medidas de prevenção e controle adequa- nadoria de Controle de Doenças, ao Centro de
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Aprovado em: 27/5/2009
index.html.
Correspondência/Correspondence to:
Ana Freitas Ribeiro
Av. Dr. Arnaldo, 351 – 6º andar – CEP: 01246-000 – São Paulo/SP – Brasil
Tel.: 55 11 3066-8740/8741
E-mail: afribeiro@saude.sp.gov.br
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Informe epidemiológico
Resumo
A tendência de aumento do número de hospitais notificantes ao Sistema de
Vigilância das Infecções Hospitalares do Estado São Paulo, verificada em anos
anteriores, manteve-se em 2008. Com isso, há a produção de dados consistente que
permitem a comparação entre os hospitais e o direcionamento de ações de
prevenção e controle de infecções hospitalares (IH). Esse aumento da adesão é
resultado de ações desenvolvidas pela Divisão de Infecção Hospitalar do CVE/
CCD/SES-SP, em parceria com os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) e
municípios. A consolidação do sistema permite avançar na implantação de novos
indicadores de IH que propiciam análises mais detalhadas do seu comportamento
no Estado.
Abstract
The increasing tendency of the number of hospitals reporting to the Hospital
Infection Surveillance System of the State of São Paulo, also registered in previous
years, has been maintained in 2008. This tendency ensues the collection of
consistent data allowing comparison among the hospitals and the direction of
preventive actions for the control of hospital infections (IH). This increase in
adherence is the result of actions performed by the Hospital Infections Division of
the Epidemiologic Surveillance Center (CVE/CCD/SES/-SP) of the Disease Control
Coordination of the State Secretary of Health of São Paulo, in a partnership with the
regional Epidemiologic Surveillance Groups (GVE) and the municipalities.
Consolidation of this system allows us to go further in the implantation of new IH
indicators that will result in more detailed analysis of the behavior of IH in the State.
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700
600
500
400 2004
2005
2006
300 2007
2008
200
100
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Figura 1. Número de hospitais notificantes ao Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo
por mês. Estado de São Paulo, 2004 a 2008.
Tabela 1. Distribuição do número de hospitais notificantes ao Sistema de Vigilância das Infecções Hospitalares
do Estado de São Paulo e taxa de resposta segundo GVE, cadastro no CNES e critérios para notificação de IH.
Estado de São Paulo, 2008.
Hospitais Taxa de Total de hospitais com Taxa de
GVE CNES resposta (%)
notificantes critério para notificar resposta (%)
Araçatuba 28 31 90,3 31 90,3
Araraquara 18 26 69,2 24 75,0
Assis 15 23 65,2 22 68,2
Barretos 15 15 100,0 15 100,0
Bauru 32 43 74,4 32 100,0
Botucatu 18 21 85,7 18 100,0
Campinas 70 93 75,3 80 87,5
Caraguatatuba 4 5 80,0 5 80,0
Franca 8 18 44,4 18 44,4
Franco da Rocha 1 7 14,3 5 20,0
Itapeva 6 6 100,0 7 85,7
Jales 11 13 84,6 9 122,2
Marília 21 31 67,7 26 80,8
Mogi das Cruzes 28 30 93,3 28 100,0
Osasco 15 26 57,7 22 68,2
Piracicaba 28 33 84,8 32 87,5
Presidente Prudente 22 22 100,0 22 100,0
Presidente Venceslau 8 9 88,9 9 88,9
Registro 1 7 14,3 3 33,3
Ribeirão Preto 28 32 87,5 33 84,8
Santo André 34 45 75,6 40 85,0
Santos 17 26 65,4 19 89,5
São João da Boa Vista 27 29 93,1 26 103,8
São José do Rio Preto 37 43 86,0 42 88,1
São José dos Campos 24 27 88,9 25 96,0
São Paulo 117 192 60,9 155 75,5
Sorocaba 19 47 40,4 49 38,8
Taubaté 17 27 63,0 19 89,5
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200.000
N º de cirurgias
150.000
120.886
95.686
100.000
78.536
60.501
39.372
50.000 29.729 30.679
25.299 26.341
77.34
0
CCARD CGERA CIRPE CIVAS GASCI GINEC NEUCI ORTOP PLAST TORAX UROCI
Especialidades cirúrgicas
Figura 2. Distribuição do número de cirurgias limpas notificadas ao Sistema de Vigilância Epidemiológica
das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo, por especialidade cirúrgica. Estado de São Paulo, 2008.
Tabela 2. Distribuição das taxas de infecção cirúrgica em percentis dos hospitais que notificaram mais de
250 cirurgias limpas ao Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São
Paulo, segundo GVE. Estado de São Paulo, 2008.
Hospitais Percentil
Regional notificantes com >250
cirurgias 10 25 50 75 90
Araçatuba 14 0,00 0,00 0,05 0,56 1,13
Araraquara 12 0,37 0,43 1,29 1,58 2,09
Assis 10 0,00 0,00 0,19 0,53 1,36
Barretos 10 0,00 0,00 0,35 1,08 1,89
Bauru 22 0,00 0,00 0,10 0,58 1,15
Botucatu 10 0,00 0,05 0,52 0,90 1,39
Campinas 54 0,00 0,00 0,28 1,00 2,67
Caraguatatuba 4 – – – – –
Franca 5 – – – – –
Franco da Rocha 1 – – – – –
Itapeva 3 – – – – –
Jales 4 – – – – –
Marília 10 0,00 0,13 0,66 1,12 2,17
Mogi das Cruzes 20 0,00 0,00 0,10 0,32 0,75
Osasco 12 0,26 0,34 0,54 1,57 3,66
Piracicaba 19 0,05 0,10 0,25 1,13 3,46
Presidente Prudente 15 0,00 0,00 0,07 1,04 1,42
Presidente Venceslau 5 – – – – –
Registro 1 – – – – –
Ribeirão Preto 25 0,00 0,24 0,86 1,61 2,52
Santo André 27 0,00 0,19 0,56 1,20 3,18
Santos 14 0,00 0,01 0,40 1,14 2,27
São João da Boa Vista 18 0,00 0,07 0,54 1,68 2,28
São José do Rio Preto 16 0,00 0,00 0,85 1,50 2,15
São José dos Campos 20 0,00 0,00 0,68 1,11 1,40
São Paulo 75 0,18 0,50 0,88 1,58 2,52
Sorocaba 15 0,00 0,00 0,19 0,68 1,44
Taubaté 13 0,00 0,00 0,10 1,05 1,39
Total 454 0,00 0,00 0,50 1,26 2,19
página 19
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Hospitais Percentil
Taxas IFC
analisados 10 25 50 75 90
página 20
Bepa 2009;6(65):16-29
Araçatuba 8 1 1
Araraquara 8 2 4
Assis 6 1 1
Barretos 4 0 1
Bauru 12 2 5
Botucatu 3 1 2
Campinas 37 11 5
Caraguatatuba 2 0 0
Franca 5 2 3
Franco da Rocha 1 0 1
Itapeva 1 0 0
Jales 3 0 0
Marília 5 0 1
Mogi das Cruzes 22 2 10
Osasco 11 1 5
Piracicaba 14 2 5
Presidente Prudente 5 1 2
Presidente Venceslau 1 0 0
Registro 1 0 0
Ribeirão Preto 15 1 6
Santo André 28 1 10
Santos 13 3 6
São João da Boa Vista 9 0 0
São José do Rio Preto 12 2 4
São José dos Campos 11 1 3
São Paulo 92 13 46
Sorocaba 9 0 2
Taubaté 7 0 3
página 21
Bepa 2009;6(65):16-29
Densidade de incidência
Infecção sob (por 1.000 dispositivos invasivos-dia)
vigilância Percentil
10 25 50 75 90
Pneumonia assossiada
à ventilação mecânica 5,00 10,38 16,25 24,64 31,69
Infecção de corrente
sanguínea assossiada
a cateter central 0,00 1,59 4,85 8,84 14,59
Infecção de trato
urinário associada
à sonda vesical 1,17 3,50 6,67 10,27 15,48
Densidade de incidência
Infecção sob (por 1.000 dispositivos invasivos-dia)
vigilância
Percentil
10 25 50 75 90
Pneumonia associada
à ventilação mecânica 0,00 2,18 5,72 11,65 16,09
Infecção de corrente
sanguínea associada
a cateter central 0,00 2,72 6,66 11,55 17,86
Infecção de trato
urinário associada
à sonda vesical 0,00 0,00 5,54 11,31 24,25
Densidade de incidência
(por 1.000 dispositivos invasivos-dia)
Infecção sob Percentil
vigilância 10 25 50 75 90
Pneumonia associada
à ventilação mecânica 2,04 11,46 21,06 30,63 41,41
Infecção de corrente
sanguínea associada
a cateter central 0,00 2,16 3,75 6,57 8,55
Infecção de trato
urinário associada
à sonda vesical 0,65 3,18 5,71 7,63 13,46
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página 23
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Tabela 12. Distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 3 ao Sistema de Vigilância
Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo, segundo GVE. Estado de São
Paulo, 2008.
Hospitais Hospitais que enviaram planilha 3
GVE notificantes
Nº %
Araçatuba 28 1 3,6
Araraquara 18 3 16,7
Assis 15 5 33,3
Barretos 15 1 6,7
Bauru 32 4 12,5
Botucatu 18 1 5,6
Campinas 70 17 24,3
Caraguatatuba 4 0 0,0
Franca 8 3 37,5
Franco da Rocha 1 1 100,0
Itapeva 6 1 16,7
Jales 11 1 9,1
Marília 21 2 9,5
Mogi das Cruzes 28 15 53,6
Osasco 15 11 73,3
Piracicaba 28 7 25,0
Presidente Prudente 22 5 22,7
Presidente Venceslau 8 0 0,0
Registro 1 1 100,0
Ribeirão Preto 28 8 28,6
Santo André 34 14 41,2
Santos 17 10 58,8
São João da Boa Vista 27 3 11,1
São José do Rio Preto 37 6 16,2
São José dos Campos 24 6 25,0
São Paulo 117 3 2,6
Sorocaba 19 4 21,1
Taubaté 17 5 29,4
Total 669 138 20,6
Tabela 13. Distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 3 ao Sistema de Vigilância
Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo com mais de 50 pacientes-dia,
por faixa de peso, segundo GVE. Estado de São Paulo, 2008.
Hospitais notificantes >50 pacientes-dia
GVE Faixas de peso
<1.000g 1.001-1.500g 1.501-2.500g >2.500g
São Paulo 33 34 34 34
Santo André 11 11 11 11
Mogi das Cruzes 14 14 14 14
Franco da Rocha 1 1 1 1
Osasco 2 2 2 2
Araçatuba 1 1 1 1
Araraquara 3 3 3 3
Assis 1 2 2 2
Barretos 1 1 1 1
Bauru 4 4 4 4
Botucatu 1 1 0 1
Campinas 7 9 11 11
Franca 1 2 2 1
Marília 2 2 2 2
Piracicaba 3 3 3 3
Presidente Prudente 4 4 4 5
Registro 0 0 0 0
Ribeirão Preto 7 7 7 7
Santos 9 9 9 9
São João da Boa Vista 2 2 2 2
São José dos Campos 5 5 5 5
São José do Rio Preto 5 6 5 4
Sorocaba 5 6 6 6
Taubaté 3 4 3 4
Total 125 133 132 133
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Bepa 2009;6(65):16-29
Tabela 15. Distribuição das taxas de infecção de corrente sanguínea associada a cateter
central, em percentis, em UTI Neonatal, segundo faixa de peso. Estado de São Paulo, 2008.
Densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada à
catéter central (x1.000 CVC-dia)
Percentil
Faixas de peso 10 25 50 75 90
<1.000g 0,00 0,00 12,27 27,34 36,25
1.001-1.500g 0,00 0,00 10,95 25,01 46,00
1.501-2.500g 0,00 0,00 9,72 23,02 44,03
>2.500g 0,00 0,00 7,55 19,33 37,32
Tabela 16. Distribuição das taxas de utilização de ventilação mecânica, em percentis, em UTI
Neonatal, segundo faixa de peso. Estado de São Paulo, 2008.
Taxa de utilização de ventilação mecânica (%)
Percentil
Faixas de peso 10 25 50 75 90
Tabela 17. Distribuição das taxas de utilização de cateter central, em percentis, em UTI
Neonatal, segundo faixa de peso. Estado de São Paulo, 2008.
Taxa de utilização de cateter central (%)
Percentil
Faixas de peso 10 25 50 75 90
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Bepa 2009;6(65):16-29
Tabela 18. Distribuição de pacientes com IH e hemocultura positiva (número e porcentagem), segundo microrganismo
isolado. Estado de São Paulo, 2008.
Pacientes com
Microrganismo %
hemocultura positiva
Acinetobacter baumannii resistente a imipenen 568 3,8
Acinetobacter baumannii sensível a imipenen 547 3,7
Candida sp 697 4,7
Escherichia coli resistente à cefalosporina de terceira geração 172 1,2
Escherichia coli sensível à cefalosporina de terceira geração 502 3,4
Enterococcus sp sensível à vancomicina 399 2,7
Enterococcus sp resistenta à vancomicina 162 1,1
Klebsiella pneumoniae resistente à cefalosporina de terceira geração 825 5,6
Klebsiella pneumoniae sensível à cefalosporina de terceira geração 608 4,1
Pseudomonas sp sensível a imipenen 717 4,8
Pseudomonas sp resistente a imipenen 364 2,5
Staphylococcus aureus sensível à oxacilina 1.006 6,8
Staphylococcus aureus resistente à oxacilina 1.413 9,5
Staphylococcus epidermidis e outros Staphylococcus coagulase negativa 4.528 30,6
Outros microrganismos 2.290 15,5
Total de pacientes com hemoculturas positivas 14.798 100,0
Tabela 19. Distribuição do perfil de resistência dos microrganismos isolados em hemocultura de pacientes com IH.
Estado de São Paulo, 2008.
Microrganismo Total %
Acinetobacter baumannii resistente a imipenen 568 3,84
Acinetobacter baumannii sensível a imipenen 547 3,70
subtotal 1.115
% resistência 51
Candida sp 697 4,71
Escherichia coli resistente à cefalosporina de terceira geração 172 1,16
Escherichia coli sensível à cefalostopina de terceira geração 502 3,39
subtotal 674
% resistência 26
Enterococcus sp sensível à vancomicina 399 2,70
Enterococcus sp resistente à vancomicina 162 1,09
subtotal 561
% resistência 29
Klebsiella pneumoniae resistente à cefalosporina de terceira geração 825 5,58
Klebsiella pneumoniae sensível à cefalosporina de terceira geração 608 4,11
subtotal 1.433
% resistência 58
Pseudomonas sp sensível a imipenen 717 4,85
Pseudomonas sp resistente a imipenen 364 2,46
subtotal 1.081
% resistência 34
Staphylococcus aureus sensível à oxacilina 1.006 6,80
Staphylococcus aureus resistente à oxacilina 1.413 9,55
subtotal 2.419
% resistência 58
Staphylococcus epidermidis e outros Staphylococcus coagulase negativa 4.528 30,60
Outros microrganismos 2.290 15,48
Total de pacientes com hemoculturas positivas 14.798 100,00
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60 56
52 52
50
50
40
Nº de hospitais notificantes
30
20
10
0
2005 2006 2007 2008
ano
Figura 3. Número de hospitais psiquiátricos e de longa permanência notificantes ao Sistema de Vigilância
das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo, segundo ano. Estado de São Paulo, 2005 a 2008.
Tabela 20. Distribuição do número de hospitais que enviaram planilha 4 ao Sistema de Vigilância
Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo, segundo GVE. Estado de São
Paulo, 2008.
Hospitais que enviaram
Hospitais planilha 4
GVE
notificantes
Nº %
Araçatuba 28 4 14,3
Araraquara 18 2 11,1
Assis 15 1 6,7
Barretos 15 1 6,7
Bauru 32 2 6,3
Botucatu 18 1 5,6
Campinas 70 5 7,1
Caraguatatuba 4 0 0,0
Franca 8 0 0,0
Franco da Rocha 1 0 0,0
Itapeva 6 0 0,0
Jales 11 0 0,0
Marília 21 7 33,3
Mogi das Cruzes 28 3 10,7
Osasco 15 0 0,0
Piracicaba 28 2 7,1
Presidente Prudente 22 4 18,2
Presidente Venceslau 8 0 0,0
Registro 1 0 0,0
Ribeirão Preto 28 1 3,6
Santo André 34 2 5,9
Santos 17 0 0,0
São João da Boa Vista 27 7 25,9
São José do Rio Preto 37 5 13,5
São José dos Campos 24 2 8,3
São Paulo 117 3 2,6
Sorocaba 19 3 15,8
Taubaté 17 1 5,9
Total 669 56 8,4
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Informe técnico
página 30
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rio, cujos dados constam nos formulários No período de maio de 2008 a abril de 2009,
específicos preenchidos pelas respectivas 18 laboratórios celebraram os termos de
1
unidades . responsabilidade junto ao IAL Central. Desses,
Para o transporte do painel de soro é três laboratórios pertencentes ao Departa-
recomendado o uso de caixa térmica com gelo mento Regional de Saúde (DRS) da Grande São
seco, acompanhada de termômetro que Paulo e um vinculado ao DRS de Piracicaba
comprove a manutenção da temperatura igual solicitaram o envio do painel de soro CQI HIV
ou inferior a -20ºC. antes mesmo das atividades do referido pro-
grama terem sido efetivamente iniciadas.
Os soros do painel foram caracterizados
Resultados quanto à reatividade positiva e negativa para
Até o momento, foram processadas 14 anticorpos anti-HIV com o emprego dos
bolsas de plasma provenientes de banco de seguintes kits diagnósticos: Vironostika
sangue. As amostras de soro resultantes Uniform Plus O, da Biomérieux; Anti-HIV Tetra
foram fracionadas em 950 alíquotas (2mL/ Elisa, Diasorin; imunofluorescência indireta
frasco) de de soro negativo e 198 de soro HIV HIV-1, BioManguinhos/Fiocruz; e Western
positivo (2mL/frasco), conforme preconizado blot HIV-1, Cambridge Biotech.
pelo Manual Técnico para Implementação do
CQI nos Procedimentos Laboratoriais para
Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV no Conclusão
Estado de São Paulo – 2007. Os testes de esteri- A produção e a distribuição de painéis de
lidade foram aplicados após o fracionamento soro pelo IAL Central contribuem para a efetiva
das amostras de soro para garantir a qualidade melhoria da qualidade do diagnóstico soroló-
do produto. gico anti-HIV. Essa medida é de fundamental
relevância para as políticas de saúde pública,
haja vista a abrangência, a competência e as
atribuições institucionais definidas pela
Portaria nº 59, de 28 de janeiro de 2003, do
7
Ministério da Saúde .
A utilização do CQI HIV na rotina diagnósti-
ca laboratorial é um instrumento para monito-
rar a eficácia dos procedimentos realizados e
proporciona maior confiabilidade aos profissio-
nais na liberação dos resultados.
Foto: Antonio Roberto de Souza Ferreira/IAL
Agradecimento
Associação Beneficente de Coleta de Sangue
Painel de soros CQI HIV (Colsan).
página 31
Bepa 2009;6(65):30-32
Correspondêcia/Correspondence to:
Márcia Jorge Castejón
Av. Dr. Arnaldo, 351 – 10º andar
CEP: 01246-000 – São Paulo/SP – Brail
Tel.: 55 11 306-82885/2886
E-mail: mcastejon@ial.sp.gov.br
página 32
Bepa 2009;6(65):33-34
Resumo de tese
Correspondência:
Ricardo Luiz Dalla Zanna
Rua Paula Souza, 166
CEP: 01027-000 – São Paulo/SP – Brasil
Tel.: 55 11 3311-1177
E-mail: Ricardo_dzanna@yahoo.com.br
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Bepa 2009;6(65):33-34
Resumo de tese
Correspondência:
Cássia Rigueiro Saraiva
Av. Dr. Arnaldo, 355
CEP: 01246-902 – São Paulo/SP – Brasil
Tel.: 55 11 3068-2896
E-mail: carigueiro@hotmail.com
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Bepa 2009;6(65):35-36
Resumo de tese
Correspondence to:
Ricardo Luiz Dalla Zanna
Superintendencia de Controle de Endemias-Sucen
Rua Paula Souza, 166
CEP: 01027-000 – São Paulo/SP, Brasil
Tel.: 55 11 3311-1177
E-mail: ricardo_dzanna@yahoo.com.br
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Resumo de tese
Patients who are carriers of cystic fibrosis (FC) present a peculiar susceptibility to
bacterian infections by specific agents. FC is a serious genetic disease with
autosomic recessive inheritance and is considered the lethal disease more frequent
in the white race. The disease is characterized by an alteration of the secretions of
the exocrine glands of the entire organism, resulting, specially, in progressive
chronic pulmonary obstructive disease. Pseudomonas aeruginosa is the most
frequently isolated and studied bacteria in these cases but, in recent years, it has
been possible to see the appearance of other Gram negative bacilli non glucose
fermented (BGN-NF), such as Complex Burkholderia cepacia, Stenotrophomonas
maltophilia and Achromobacter xylosoxidans. Beyond these organisms, other BGN-
NF more rare and of difficult phenotypic identification have been isolated as well. This
study is designed to evaluate the phenotypic methods (manual and semi-automatic
commercial system) and genotypic (PCR and sequences of 16S rDNA) in the
identification of BGN-NF obtained from patients who are carriers of cystic fibrosis
admitted at the Outpatient Pneumology Clinic of the Children Institute of the Hospital
das Clinicas, from the Medicine College of the University of São Paulo, who have
exhibited inconclusive results by the manual phenotypic method. In order to do so,
biochemical identification is being performed by the API 2ONE system, with posterior
sequences of 16S rDNA. From the 21 samples analyzed by the API 20NE System until
the moment, and associated to the complementary proof obtained by the manual
method, 33,3% were identified as Achromobacter spp, 19% Acinetobacter spp, 19%
Ochrobactrum anthropi, 9,5% Delftia acidovorans, 4,8% S. maltophilia, 4,8% B.
cepacia, 4,8% P. aeruginosa e 4,8% Rhizobium radiobacter. The identification of
Achromobacter spp was confirmed by PCR. All the samples will be submitted to DNA
sequencing for definitive identification.The results obtained show that the use of a
single identification system leads to inconclusive results for uncommon BGN-NF.
The association of methods leads to efficient identification.
Correspondence to:
Cássia Rigueiro Saraiva
Seção de Bacteriologia – Instituto Adolfo Lutz
Av. Dr. Arnaldo, 355
CEP: 01246-902 – São Paulo/SP, Brasil
Tel.: 55 11 3068-2896
E-mail: carigueiro@hotmail.com
Resumo – Serão aceitos resumos de teses e Os critérios éticos da pesquisa devem ser
dissertações até um ano dois anos após a defesa. respeitados. Nesse sentido, os autores devem
Pelo Brasil – Deve apresentar a análise de explicitar em MÉTODOS que a pesquisa foi
concluída de acordo com os padrões exigidos
um aspecto ou função específica da promoção à
pela Declaração de Helsink e aprovada por
saúde, vigilância, prevenção e controle de
comissão de ética reconhecida pela Comissão
agravos nos demais Estados brasileiros.
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vincula-
Atualizações – Textos que apresentam, da ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), bem
sistematicamente, atualizações de dados como registro dos estudos de ensaios clínicos
estatísticos gerados pelos órgãos e programas em base de dados, conforme recomendação aos
de prevenção e controle de riscos, agravos e editores da Lilacs e Scielo, disponível em:
doenças do Estado de São Paulo. http://bvsmodelo.bvsalud.org/site/lilacs/
Editoriais – São escritos por especialistas homepage.htm. O nome da base de dados, sigla
convidados a comentar artigos e tópicos e/ou número do ensaio clínico deverão ser
colocados ao final do RESUMO.
especiais cobertos pelo Bepa.
O trabalho deverá ser redigido em Português
Relatos de encontros – Devem enfocar o
do Brasil, com entrelinhamento duplo. O
conteúdo do evento e não sua estrutura.
manuscrito deve ser encaminhando em formato
Cartas – As cartas permitem comentários eletrônico (e-mail, disquete ou CD-ROM) e
sobre artigos veiculados no Bepa, e podem ser impresso (folha A4), aos cuidados do Editor
apresentadas a qualquer momento após a sua Científico do Bepa no seguinte endereço:
publicação.
OBS – Os informes técnicos, epidemiológi- Boletim Epidemiológico Paulista
co, Pelo Brasil, atualizações e relatos de
Av. Dr. Arnaldo, 351, 1º andar, sala 135
encontros devem ser acompanhados de carta
Cerqueira César – São Paulo/SP, Brasil
do diretor da instituição à qual o autor e
CEP: 01246-000
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