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BEPA
Volume 8 Número 93 setembro/2011
93
Boletim Epidemiológico Paulista
BEPA ISSN 1806-423-X
Volume 8 Nº 93 setembro de 2011
Nesta edição
Casos de Hepatite B e C notificados em adolescentes ao Sistema Nacional de Informação
de Agravos do Estado de São Paulo, de 2007 a 2010
Hepatitis B and C notified in the adolescent population in the National Databank of
Major Causes of Morbidity in the State of Sao Paulo, from 2007 to 2010. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
CCD
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Os artigos publicados são de Adriana Bugno – IAL/CCD/SES-SP Coordenação Editorial
responsabilidade dos autores. Artur Kalichmam – CRT/AIDS/CCD/SES-SP Cecília S. S. Abdalla
É permitida a reprodução parcial Cristiano Corrêa de Azevedo Marques – IB/SES-SP Cláudia Malinverni
ou total desta obra, desde que Dalma da Silveira – CVS/CCD/SES-SP Letícia Maria de Campos
citada a fonte e que não seja Sylia Rehder
Gerusa Figueiredo – IMT/SES-SP
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Zilda M Souza – Nive/CVE/CCD/SES-SP
Artigo original
RESUMO
O objetivo desse trabalho foi descrever as caracteristicas da
população de adolescentes residentes no Estado de São Paulo,
notificadas como caso de hepatite B ou C, ao Sistema de Informação
de Agravos de Notificação. Foi realizado um estudo transversal
usando dados secundários do SINAN na população de 13 a 19 anos,
notificada no banco de hepatites virais, no período de 2007 a 2011. A
definição de caso de hepatite B ou C tem por base a confirmação
laboratorial por meio de marcadores sorológicos: para a hepatite B,
presença de AgHBs, e para a hepatite C, anti-HCV reagente pelo teste
ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay), confirmado pela
presença de HCV RNA usando reverse transcription-polymerase chain
reaction (RT-PCR). Foram analisados 616 casos de adolescentes com
hepatite B (1,3% do total de casos do banco de hepatites) e 183 casos
de hepatite C (0,40% do total). Para a hepatite B, a maioria foi
notificada no sexo feminino (63,5%); 41% não estavavam vacinados
com as 3 doses contra a hepatite B; 19% tinham 3 ou mais parceiros
sexuais; 2% eram soropositivos para o HIV; 10% já tinham usado
drogas ilícitas. Para a hepatite C, a maioria (54%) era do sexo
masculino; 30% não tinham vacinação completa contra a hepatite B;
7,7% eram soropositivos para o HIV; 20% relataram história de 3 ou
mais parceiros sexuais; 19% referiram, alguma vez, uso de drogas
ilícitas. Os dados sobre hepatites virais B e C devem ser monitorados
na população adolescente, contribuindo para o conhecimento do
agravo e estratégias de prevenção.
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ABSTRACT
The aim of this study was to describe the characteristics of teenagers
living in the State of Sao Paulo, notified as case of hepatitis B or C in the
National Databank of Major Causes of Morbidity. A cross-sectional
survey was carried out using secondary data registered in the System
in the population of 13 to 19 years old, during the period comprised
between 2007-2011. Case definition of hepatitis B or C was based on
the laboratory confirmation tests by serologic markers: for hepatitis B,
presence of HBsAg and hepatitis C, anti-HCV by ELISA Test (enzyme-
linked immunosorbent assay), confirmed by the presence of HCV RNA
using reverse transcription-polymerase chain reaction (RT-PCR). We
analyzed 616 cases of teenagers with hepatitis B (1.3% of the total of
the cases in the hepatitis databank) and 183 cases of hepatitis C
(0.40% of the total). In the cases of hepatitis B, females were
predominant (63.5%); 41% were not vaccinated with three doses
against hepatitis B; 19% had three or more sexual partners; 2% were
seropositive for HIV; 10 % had used illicit drugs. Cases of hepatitis C
were predominant among males (54%); 30% were not fully vaccinated
against hepatitis B; 7,7% were seropositive for HIV; 20% reported a
history of three or more sexual partners; 19% reported ever using
illicit drugs. Data on hepatitis B and C should be monitored in the
adolescent population, contributing to the knowledge of the disease
and prevention strategies.
INTRODUÇÃO
As infecções pelos vírus da hepatite B cia desenvolverão alguma condição crôni-
(VHB) e C (VHC) representam um proble- ca, como cirrose hepática ou carcinoma
ma de saúde pública em todos os continen- hepatocelular. Em relação à hepatite C,
tes, ressaltando-se a hepatite B como uma avalia-se que cerca de 170 milhões de pes-
das infecções mais prevalentes do mundo. soas foram contaminadas pelo VHC e apro-
Globalmente, estima-se que cerca de 2 ximadamente entre 75% e 85% infectadas
bilhões de pessoas foram infectadas pelo podem evoluir para a forma crônica. 1-3
vírus da hepatite B (HBV), mais de 350 No Brasil, o inquérito nacional de hepa-
milhões vivem com infecção crônica e 600 tites conduzido nas capitais das regiões
mil pessoas morrem a cada ano, de causas Nordeste, Centro-Oeste e Distrito Fede-
agudas ou crônicas, em conseqüência des- ral, em 2005, mostrou uma prevalência
sa doença. Aproximadamente 25% dos de hepatite B de 10% em indivíduos não
4
adultos que se infectaram durante a infân- vacinados e de 4,3%, em vacinados. No
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O objetivo do presente trabalho foi des- síveis (DST), uso de medicamentos injetá-
crever as caracteristicas sociodemográfi- veis, uso de tatuagem ou piercing, uso de
cas, clínicas e comportamentais da popula- crack ou drogas inalatórias, acupuntura,
ção de adolescentes residentes no Estado transfusão de sangue ou hemoderivados,
de São Paulo (ESP), notificadas como caso uso de drogas injetáveis(UDI), tratamento
de hepatite B ou C no Sistema de Informa- cirúrgico, tratamento dentário, número de
ção de Agravos de Notificação (Sinan), no parceiros sexuais, hemodiálise, transplan-
período de de 2007 a 2010. te, acidente com material biológico e forma
clínica, além de Departamento Regional de
METODOLOGIA Saúde e Grupo de Vigilância Epidemiológi-
ca de residência.
Foi realizado um estudo transversal
usando dados secundários do Sinan para Os dados foram analisados no progra-
analisar a proporção da população de 13 ma computacional Stata 9.2.
a 19 anos notificada no banco de hepati-
tes virais do Estado de São Paulo, com RESULTADOS
descrição das principais características Dos 46.949 casos registrados no banco
desta população. de hepatites virais do Sinan-SP, entre
A definição de caso de hepatite B ou C 2007 e 2010, cerca de 2,5% ( n=1.183)
tem por base a confirmação laboratorial correspondem à população de 13 a 19
por meio de marcadores sorológicos: para anos. Desses, 616 (52%) foram diagnosti-
a hepatite B, presença de AgHBs; e para a cados somente com hepatite B, o que re-
hepatite C, anti-HCV reagente pelo teste presenta 1,3% do total de casos registra-
Elisa (enzyme-linked immunosorbent as- dos no banco de dados do Sinan. Dentre
say), confirmado pela presença de HCV os adolescentes notificados, a hepatite C
RNA usando reverse transcription- correspondeu a 15,8% dos casos, repre-
polymerase chain reaction (RT-PCR). sentando 0,40% do total de notificações.
Os casos de hepatite B selecionados A Tabela 1 mostra a proporção de casos
para a análise foram aqueles reagentes de hepatite B segundo as variáveis socio-
para o AgHbs, sem a presença de hepatite demográficas, comportamentais e clíni-
C (n=616). Por sua vez, os casos de hepa- cas. A maioria dos casos foi notificada
tite C foram aqueles HCV RNA detectados para o sexo feminino (63,5%) e a média
após a triagem pelo anti-HCV, sem a pre- de idade para os dois sexos foi de 17,1
sença de hepatite B (n=183). Foram ex- anos. Mais de 50% são da raça branca e
cluídos da análise os casos de co-infecção 76% tinham o ensino médio ou funda-
hepatite B/C ( n = 4) com AgHbs reagente mental completos ou incompletos.
e HCV RNA detectado. Cerca de 41% dos adolescentes não
As variáveis selecionadas da ficha de estavam vacinados contra o vírus da hepa-
investigação epidemiológica foram: sexo, tite B; 2% eram soropositivos para o HIV;
idade, raça/cor, escolaridade, vacinação 2,6% relataram história de outras doenças
contra hepatite B, soropositividade para o sexualmente transmissíveis e 19% de 3 ou
HIV, outras doenças sexualmente transmis- mais parceiros sexuais.
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dos casos de adolescentes com hepatite C Tabela 6. Número e proporção de casos de hepatite C na
população de 13 a 19 anos, notificados no Sistema Nacional
referiram o uso de tatuagem ou piercing; de Informação de Agravos do Estado de São Paulo, segundo
Grupo de Vigilância Epidemiológica, 2007 a 2010.*
3% fizeram acupuntura; 29% tratamento
cirúrgico; e 39% tratamento dentário. GVE n %
Araraquara 5 2,7
Cerca de 20% dos casos foram,ainda, Araçatuba 1 0,5
submetidos a transfusão de sangue ou Assis 1 0,5
José do Rio Preto (12%) e Santo André São José dos Campos 10 5,5
São João da Boa Vista 4 2,2
(7,7%) (Tabela 6).
Taubaté 5 2,7
Tabela 5. Número e proporção de casos de hepatite C na Total 183 100,0
população de 13 a 19 anos, notificados no Sistema Nacional
de Informação de Agravos do Estado de São Paulo, segundo *dados até 31/03/2011
Diretoria Regional de Saúde (DRS), 2007 a 2010.* Fonte: Sinan, ESP
DRS n %
Araraquara 5 2,7
Araçatuba 1 0,5 DISCUSSÃO
Baixada Santista 6 3,3
Barretos 4 2,2 O presente trabalho mostrou as princi-
Bauru 5 2,7 pais características da população de ado-
Campinas 13 7,1
lescentes residente no Estado de São Paulo
Franca - -
Grande São Pualo 92 50,3 e notificada por hepatite B ou C no Sistema
Marília 3 1,6 Nacional de Informação de Agravos (Sinan).
Piracicaba 3 1,6
Presidente Prudente 1 0,5
Nota-se que cerca de 3/5 dos casos de
Registro - - hepatite B foram notificados para a popula-
Ribeirão Preto 5 2,7
ção feminina, ao contrário dos estudos de
Sorocaba 1 0,5
São José do Rio Preto 24 13,1
prevalência que mostram uma magnitude
4
São João da Boa Vista 4 2,2 maior para a população masculina. Para a
Taubaté 16 8,7 hepatite C, o maior percentual registrado
Total 183 100,0
no sexo masculino é concordante com a
*dados até 31/03/2010
Fonte: Sinan, ESP literatura. 10
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Correspondência/correspondence to:
Norma Farias
Av. Dr Arnaldo, 351, 60 andar – Cerqueira Cesar
CEP: 01246-000 – São Paulo/SP, Brasil
Telefone: 55 11 3066-8755
E-mail: nfarias@saude.sp.gov.br
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Informe epidemiológico
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Figura 1. Proporção de testes sorológicos anti-HIV positivos, em jovens na faixa etária de 13 a 24 anos,
segundo sexo e ano de testagem nos CTA. Estado de São Paulo, 1999 a 2010.*
5
% jovens mas
4,5
% jovens fem
4
% de sor opo sitivos pa ra HIV
3,5
2,5
1,5
0,5
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
ano de testagem
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20
% d e HI V p ositivos
15
10
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
ano de testagem
*Dados preliminares até 31/07/2010, sujeitos à revisão.
Fonte: SECTA - Vigilância Epidemiológica. Programa Estadual - DST/Aids/SP
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Tabela 4. Taxas de incidência deAids1 em indivíduos de 15 a 24 anos de idade segundo sexo e faixa etária (em
anos). Estado de São Paulo - 1991-2008.*
Ano de masc fem Total
diagnóstico 15 a 19 20 a 24 15 a 19 20 a 24 15 a 19 20 a 24 15 a 24
1991 16,8 58,8 3,4 17,9 10,0 38,4 24,3
1992 11,6 59,3 4,7 22,5 8,2 40,9 24,6
1993 10,4 59,7 4,3 24,2 7,3 42,0 24,7
1994 7,4 49,0 4,3 20,3 5,9 34,7 20,2
1995 6,6 43,3 4,2 21,6 5,4 32,5 18,9
1996 5,4 32,8 4,7 26,7 5,0 29,5 17,1
1997 3,8 33,1 4,8 26,4 4,3 29,7 16,9
1998 4,8 30,8 5,4 27,4 5,1 29,1 17,0
1999 3,8 25,5 4,3 23,6 4,0 24,6 14,2
2000 3,1 23,3 4,6 21,6 3,9 22,4 13,0
2001 2,7 19,0 4,3 21,6 3,5 20,3 11,9
2002 3,2 19,3 4,2 18,2 3,7 18,7 11,3
2003 2,9 17,4 4,2 14,8 3,5 16,1 9,9
2004 2,7 12,9 2,5 11,6 2,6 12,3 7,5
2005 1,7 12,6 2,6 10,0 2,2 11,3 6,9
2006 2,1 12,7 2,2 7,1 2,2 9,9 6,2
2007 1,9 12,0 2,0 6,6 2,0 9,3 5,8
2008 3,1 12,6 2,7 7,3 2,9 9,9 6,6
*Dados preliminares até 30/06/10 (SINAN) e 31/12/08 (Seade)
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids). Cooperação Técnica PEDST/Aids/SP e Fundação SEADE por 100mil habitantes -
Utilizada projeção populacional da Fundação Seade
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6. Ministério da Saúde. Secretaria de bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
Vigilância em Saúde. Programa conscritos01.pdf.
Correspondência/Correspondence to
Ângela Tayra
Rua Santa Cruz, 81 – 1º andar – Vila Mariana
CEP: 04121-000 – São Paulo/SP – Brasil
Tel.: 55 11 5539-3445
E-mail: epidemio@crt.saude.sp.gov.br
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Nota
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Saúde em dados
contextualização
GAI
GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
INTRODUÇÃO
Em edição anterior do Boletim Epide- em 7 cidades da América Latina, que mediu
o
miológico Paulista. (BEPA VOL 6 N 82/ 8 condições ou doenças crônicas e encon-
outubro/2010), foi apresentado pelos trou maior prevalência feminina em cinco
2
autores artigo sobre o perfil da mortalida- delas no Município de São Paulo.
de masculina no Estado de São Paulo, em Travassos et al observam que as mulhe-
2009, comparando-o com o perfil brasilei- res fazem maior uso dos serviços de saúde
ro, com a mortalidade do sexo feminino e que os homens, em grande parte pelas
apresentando alguns aspectos de sua questões reprodutivas, salientando, contu-
1
evolução no tempo. do, que as diferenças de gênero não se
Consideradas as grandes diferenças resumem à saúde reprodutiva e que embora
observadas nos perfis de mortalidade por as mulheres avaliem sua saúde de maneira
gênero, neste artigo dá-se continuidade ao mais negativa e refiram mais doenças crôni-
assunto, por meio da apresentação dos cas do que os homens, estes últimos apre-
perfis da morbidade masculina nas interna- sentam doenças comparativamente mais
ções do Sistema Único de Saúde – SUS no severas e de maior letalidade. Estes autores
Estado de São Paulo e no Brasil, a fim de citam estudo realizado nos Estados Unidos,
verificar as diferenças por gênero nas inter- mostrando que as mulheres procuram
nações hospitalares, de forma a subsidiar o serviços preventivos mais freqüentemente
planejamento de ações de saúde. e usam mais medicamentos do que os
Conforme referido por Laurenti et al., homens, mas que não foram observadas
nos inquéritos domiciliares, as mulheres diferenças importantes de gênero no uso de
3
relatam queixas e estão mais presentes nos serviços curativos.
ambulatórios, que os homens. Estes autores No que se refere às informações sobre a
citam pesquisa realizada na região metro- morbidade hospitalar aqui apresentadas,
politana da Grande São Paulo em há que se considerar que se referem ape-
1989/1990 que encontrou 50% a mais de nas a pequena parcela da morbidade,
mulheres que apresentavam alguma queixa sendo justamente os casos mais graves. 2
e o projeto multicêntrico – SABE – Saúde, Não existem sistemas de informação no
Bem-estar e Envelhecimento, desenvolvido setor público ou privado que coletem de
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Tabela 1. Número e coeficiente de internações* (por 10 mil habitantes) SUS por sexo - Brasil e Estado de São Paulo, 2000 e 2010.
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Tabela 2. Número e coeficiente de internações* (por 10 mil habitantes) no SUS segundo sexo e capítulo da Classificação Internacional de
Doenças (CID 10) – Brasil, 2000.
Masculino Feminino
Razão
Capítulo CID-10 Internações % Coef Internações % Coef Coef M/F
1 X. Doenças do aparelho respiratório 1.007.382 22,0 120,5 929.047 20,9 107,7 1,12
2 XI. Doenças do aparelho digestivo 540.365 11,8 64,7 473.362 10,7 54,9 1,18
3 IX. Doenças do aparelho circulatório 529.906 11,6 63,4 604.466 13,6 70,1 0,90
4 XIX. Lesões (causas externas) 485.144 10,6 58,0 208.810 4,7 24,2 2,40
5 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 470.295 10,3 56,3 418.314 9,4 48,5 1,16
6 V. Transtornos mentais e comportamentais 272.512 5,9 32,6 150.200 3,4 17,4 1,87
7 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 269.680 5,9 32,3 568.292 12,8 65,9 0,49
8 II. Neoplasias (tumores) 137.527 3,0 16,5 250.529 5,6 29,1 0,57
9 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 135.889 3,0 16,3 166.997 3,8 19,4 0,84
10 XV. Gravidez, parto e puerpério** - - - 2.913.953 - 338,0 -
Todos os demais 736.759 16,1 88,2 667.671 15,0 77,4 1,14
Total 4.585.473 100,0 548,7 7.351.653 - 852,6 -
Total sem Gravidez, parto e puerpério 4.437.700 100,0 514,7 1,07
Nota: Para o cálculo do % de internações feminino foram excluídas as internações por gravidez
*internação por local de residência; exclui internações com a informação de sexo ignorado
Fonte: SIH/Datasus/MS. Situação da base de dados nacional em 01/03/2011
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Tabela 4. Número e coeficiente de internações* (por 10 mil habitantes) no SUS segundo sexo e capítulo da Classificação Internacional de
Doenças (CID 10). Estado de São Paulo, 2000.
Masculino Feminino Razão
Capítulo CID-10 Internações % Coef Internações % Coef Coef M/F
1 X. Doenças do aparelho respiratório 148.061 16,2 81,6 126.441 16,1 66,9 1,22
2 XIX. Lesões (causas externas) 118.337 13,0 65,2 49.062 6,3 26,0 2,51
3 IX. Doenças do aparelho circulatório 113.118 12,4 62,4 117.230 15,0 62,0 1,01
4 XI. Doenças do aparelho digestivo 109.207 12,0 60,2 82.396 10,5 43,6 1,38
5 V. Transtornos mentais e comportamentais 77.481 8,5 42,7 40.753 5,2 21,6 1,98
6 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 54.957 6,0 30,3 39.432 5,0 20,9 1,45
7 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 51.174 5,6 28,2 87.889 11,2 46,5 0,61
8 II. Neoplasias (tumores) 35.145 3,9 19,4 50.311 6,4 26,6 0,73
9 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 29.071 3,2 16,0 34.127 4,4 18,1 0,89
10 XV. Gravidez parto e puerpério** - - - 501.599 - 265,5 -
Todas as demais 175.315 19,2 96,6 155.831 19,9 82,5 1,17
Total 911.866 100,0 502,7 1.285.071 - 680,2 -
Total sem gravidez, parto e puerpério 783.472 100,0 414,7 1,21
Nota: Para o cálculo do % de internações feminino foram excluídas as internações por gravidez
*internação por local de residência; exclui internações com a informação de sexo ignorado
Fonte: SIH/Datasus/MS. Situação da base de dados nacional em 01/03/2011
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Tabela 5. Número e coeficiente de internações* (por 10 mil habitantes) no SUS segundo sexo e capítulo da Classificação Internacional de
Doenças (CID 10). Estado de São Paulo, 2010.
Masculino Feminino Razão
Capítulo CID-10 Internações % Coef Internações % Coef Coef M/F
1 XIX. Lesões (causas externas) 154.510 15,4 77,0 69.821 7,9 33,0 2,34
2 X. Doenças do aparelho respiratório 137.816 13,7 68,7 116.312 13,1 54,9 1,25
3 IX. Doenças do aparelho circulatório 133.927 13,3 66,7 130.482 14,7 61,6 1,08
4 XI. Doenças do aparelho digestivo 124.129 12,3 61,8 107.058 12,1 50,5 1,22
5 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 68.767 6,8 34,3 98.775 11,1 46,6 0,73
6 II. Neoplasias (tumores) 60.734 6,0 30,3 80.842 9,1 38,2 0,79
7 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 59.845 6,0 29,8 48.899 5,5 23,1 1,29
8 V. Transtornos mentais e comportamentais 48.631 4,8 24,2 27.229 3,1 12,9 1,88
9 XXI. Contatos com serviços de saúde 29.664 3,0 14,8 30.667 3,5 14,5 1,02
10 XV. Gravidez parto e puerpério** - 0,0 - 441.919 - 208,6 -
Todas as demais 187.108 18,6 93,2 176.044 19,9 83,1 1,12
Total 1.005.131 100,0 500,8 1.328.048 - 627,0 -
Total sem gravidez, parto e puerpério 886.129 100,0 418,4 1,20
Nota: Para o cálculo do % de internações feminino foram excluídas as internações por gravidez
*internação por local de residência; exclui internações com a informação de sexo ignorado
Fonte: SIH/Datasus/MS. Situação da base de dados nacional em 01/03/2011
77,0
XIX. Lesões (causas externas) 33,0
68,7
X. Doenças do aparelho respiratório 54,9
66,7
IX. Doenças do aparelho circulatório 61,6
61,8
XI. Doenças do aparelho digestivo 50,5
34,3
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 46,6
30,3
II. Neoplasias (tumores) 38,2
29,8 Masculino
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 23,1
24,2 Feminino
V. Transtornos mentais e comportamentais 12,9
14,8
XXI. Contatos com serviços de saúde 14,5
Figura 1. Coeficiente de internações (por 10 mil habitantes) no SUS segundo sexo e causa (capítulos da CID
10). Estado de São Paulo, 2010.
Por outro lado, quando se avalia o valor também está em primeiro lugar. Mas o valor
gasto em internações no SUS no Estado de médio das internações femininas é menor que
São Paulo em 2010 (Tabela 6), as doenças o valor das masculinas para este grupo de
do aparelho circulatório assumem a primei- doenças. Por este motivo, o gasto total com
ra posição no sexo masculino. estas doenças é bem maior para o sexo mas-
No sexo feminino, se forem excluídos os culino (Figura 2). Este dado pode sugerir
gastos com gravidez e partos, o valor das inter- gravidade maior dos casos de homens inter-
nações por doenças do aparelho circulatório nados por doenças do aparelho circulatório.
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Tabela 6. Valor total e valor médio das internações no SUS segundo sexo e capítulo da Classificação Internacional de Doenças
(CID 10) - Estado de São Paulo, 2010.
Masculino Feminino
Total Médio Total Médio Total M-F
Capítulo CID -10 (milhões R$) % (R$) (milhões R$) % ( R$) (milhões R$)
1 IX. Doenças do aparelho circulatório 325,7 23,8 2.431,7 245,18 23,3 1.879,0 80,49
2 XIX. Lesões (causas externas) 169,0 12,4 1.093,5 74,36 7,1 1.0 65,0 94,59
3 X. Doenças do aparelho respiratório 140,9 10,3 1.022,6 112,15 10,7 964,2 28,78
4 XI. Doenças do apare lho digestivo 117,4 8,6 945,9 91,65 8,7 856,0 25,77
5 V. Transtornos mentais e comportamentais 107,2 7,8 2.203 ,7 64,42 6,1 2.365,9 42,75
6 II. Neoplasias (tumores) 95,2 7,0 1.566,8 98,24 9,3 1.215,2 -3,08
7 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 80,1 5,9 1.337,9 62,56 5,9 1.279,4 17,51
8 XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 73,7 5,4 2.729,9 64,09 6,1 2.630,6 9,56
9 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 61,1 4,5 889,0 60,38 5,7 611,3 0,76
10 XV. Gravidez parto e puerpério - - - 247,16 - 559,28 -
Todas as demais 195,6 14,3 1.030,69 179,83 17,1 986,22 15,78
Total 1.365,8 100,0 1.358,79 1.300,02 - 978,90 65,74
Total com exclusão de gravidez e parto 1.052,86 100,0 1.188,16 177,60
Fonte: SIH/Datasus/MS. Situação da base de dados nacional em 01/03/2011
325,7
IX. Doenças do aparelho circulatório 245,18
169,0
XIX. Lesões (causas externas) 74,36
140,9
X. Doenças do aparelho respiratório 112,15
117,4
XI. Doenças do aparelho digestivo 91,65
107,2
V. Transtornos mentais e comportamentais 64,42
95,2
II. Neoplasias (tumores) 98,24
80,1
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 62,56
73,7
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 64,09
61,1
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 60,38
Figura 2. Valor total das internações (por 10 mil habitantes) no SUS segundo sexo e causa (capítulos da Classificação
Internacional de Doenças CID 10). Estado de São Paulo, 2010.
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600,0
(Coeficiente por 10 mil habitantes)
500,0
Masculino
Feminino
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +
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180,0
(Coeficiente por 10 mil habitantes)
160,0
140,0
Masculino
Feminino
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +
200,0
(Coeficiente por 10 mil habitantes)
180,0
160,0
Masculino
140,0 Feminino
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +
Fonte: SIH/Datasus/MS. Situação da base de dados nacional em 01/03/2011
Figura 5. Coeficiente de internação por lesões (causas externas) segundo sexo e faixa etária. Estado
de São Paulo, 2009.
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45,0
(Coeficiente por 10 mil habitantes)
40,0
35,0
Masculino
Feminino
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +
Figura 6. Coeficiente de internação por transtornos mentais segundo sexo e faixa etária. Estado
de São Paulo, 2009.
200,0
(Coeficiente por 10 mil habitantes)
180,0
160,0
Masculino
140,0 Feminino
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
<1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e +
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As informações de morbidade masculi- salientam, entre outros aspectos, a impor-
na no Estado de São Paulo apresentadas tância do alcoolismo como um dos proble-
neste boletim e o artigo sobre mortalidade mas de saúde masculina, cujas graves
masculina publicado Boletim Epidemioló- consequências precisam ser objeto de
gico Paulista. BEPA (Vol.7 N.82/outubro de atuação na área de saúde. 2
2010) apontam as grandes diferenças no Questões como a redução de lesões
adoecimento e morte entre os gêneros. provocadas pela violência, pelos acidentes
5
Como afirma Figueiredo, parece existir de trânsito, prevenção de doenças relacio-
uma dificuldade de interação entre as nadas ao alcoolismo e ao câncer de prósta-
necessidades de saúde da população ta, incorporação de comportamentos
masculina e a organização das práticas de saudáveis e estímulo para a busca dos
saúde das unidades de atenção primária. serviços de saúde, precisam ser incorpora-
Segundo este autor, vários estudos demons- das, sobretudo na rede básica de saúde.
tram que, em geral, os homens vivem Vincular os homens ao atendimento básico
menos, morrem em maior número mais em saúde, realizar tratamentos precoces,
cedo que a população feminina, e esta reduzir a gravidade das doenças e das
situação de saúde desfavorável para os complicações evitáveis são condições
homens precisa ser considerada e enfrenta- essenciais para evitar a perda de vidas e
da pelos serviços de saúde. Laurenti et al. prejuízos à qualidade da saúde masculina.
REFERÊNCIAS
1. Sala A, Mendes JDV. Perfil da mortalidade 4. Agência Nacional de Saúde Suplementar –
masculina no Estado de São Paulo. Boletim ANS/. Caderno de Informação
Epidemiológico Paulista - Bepa da Saúde Suplementar: Beneficiários,
2010;7(82):15-25. Operadoras e Planos. [periódico na
2. Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. internet].2010. v.1. Disponível em:
Perfil epidemiológico da morbi- http://www.ans.gov.br/images/stories/
mortalidade masculina. Cien. Saúde Colet., Materiais_para_pesquisa/Perfil_setor/
10(1): 35-46, 2005. Caderno_informacao_saude_suplementar/
2010_mes12_caderno_informacao.pdf.
3. Travassos C, Viacava F, Pinheiro R, Brito A.
Utilização dos serviços de saúde no Brasil: 5. Figueiredo W. Assistência à saúde dos
gênero, características familiares e homens: um desafio para os serviços de
condição social. Rev Panam Salud Publica . atenção primária. Cien. Saúde Colet. 2005
2002 11(5/6):365-73. 10(1):105-9.
Correspondência/correspondence to:
José Dínio Vaz Mendes
Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 188
CEP: 05403-000 – São Paulo/SP, Brasil
Te.: 55 11 3066-8456
E-mail: jdinio@saude.sp.gov.br
página 31
Bepa 2011;8(93):32-33
Resumo – Serão aceitos resumos de teses e Os critérios éticos da pesquisa devem ser
dissertações até um ano dois anos após a defesa. respeitados. Nesse sentido, os autores devem
Pelo Brasil – Deve apresentar a análise de explicitar em MÉTODOS que a pesquisa foi
concluída de acordo com os padrões exigidos
um aspecto ou função específica da promoção à
pela Declaração de Helsink e aprovada por
saúde, vigilância, prevenção e controle de
comissão de ética reconhecida pela Comissão
agravos nos demais Estados brasileiros.
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vincula-
Atualizações – Textos que apresentam, da ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), bem
sistematicamente, atualizações de dados como registro dos estudos de ensaios clínicos
estatísticos gerados pelos órgãos e programas em base de dados, conforme recomendação aos
de prevenção e controle de riscos, agravos e editores da Lilacs e Scielo, disponível em:
doenças do Estado de São Paulo. http://bvsmodelo.bvsalud.org/site/lilacs/
Editoriais – São escritos por especialistas homepage.htm. O nome da base de dados, sigla
convidados a comentar artigos e tópicos e/ou número do ensaio clínico deverão ser
colocados ao final do RESUMO.
especiais cobertos pelo Bepa.
O trabalho deverá ser redigido em Português
Relatos de encontros – Devem enfocar o
do Brasil, com entrelinhamento duplo. O
conteúdo do evento e não sua estrutura.
manuscrito deve ser encaminhando em formato
Cartas – As cartas permitem comentários eletrônico (e-mail, disquete ou CD-ROM) e
sobre artigos veiculados no Bepa, e podem ser impresso (folha A4), aos cuidados do Editor
apresentadas a qualquer momento após a sua Científico do Bepa no seguinte endereço:
publicação.
OBS – Os informes técnicos, epidemiológi- Boletim Epidemiológico Paulista
co, Pelo Brasil, atualizações e relatos de
Av. Dr. Arnaldo, 351, 1º andar, sala 131
encontros devem ser acompanhados de carta
Cerqueira César – São Paulo/SP, Brasil
do diretor da instituição à qual o autor e
CEP: 01246-000
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