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BEPA
Boletim Epidemiológico Paulista
ISSN 1806-423-X
Volume 17 Nº 195 março de 2020
Editorial.................................................................................................................................................................................................... 1
Ocorrência de dengue e sua relação com medidas de controle e níveis de infestação de Aedes aegypti em uma
cidade do sudeste brasileiro
Dengue occurrence and its relationship to vector control measures and infestation levels of Aedes aegypti in a Brazilian city........... 3
Raiva em animais silvestres
Rabies in wild animals............................................................................................................................................................................ 21
Novo Coronavírus (COVID-19) – Situação Epidemiológica em 4 de março
New Coronavirus (COVID-19) - Epidemiological Situation on March 4.............................................................................................. 23
Novo Coronavírus (COVID-19) – Situação Epidemiológica em 31 de março
New Coronavirus (COVID-19) - Epidemiological Situation on March 31............................................................................................ 25
Febre Amarela no Estado de São Paulo - Novembro 2019
Yellow Fever in the State of São Paulo - November 2019...................................................................................................................... 27
Situação Epidemiológica do Sarampo no estado de São Paulo em 31 de março de 2020
Epidemiological Situation of Measles in the State of São Paulo on March 31, 2020............................................................................ 31
Central/Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
Central/Health Surveillance Strategic Information Center.................................................................................................................... 33
Declaração de Óbito - COVID 19
Death certificate - COVID 19................................................................................................................................................................. 35
Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz – LEIAL
Strategic Laboratory of the Adolfo Lutz Institute - LEIAL..................................................................................................................... 37
Instruções aos Autores
Author’s Instructions............................................................................................................................................................................... 41
Editor Geral: Paulo Rossi Menezes Consultores Científicos:
Expediente
Alexandre Silva – FDA/USA
Editor Executivo: Clelia Aranda
Carlos M. C. Branco Fortaleza – FM/Unesp/Botucatu-SP
Editores Associados: Cristiano Corrêa de Azevedo Marques – Sucen/SES-SP
Marcos Boulos – Sucen/SES-SP Eliseu Alves Waldman – FSP/USP-SP
Laura Nogueira da Cruz – IAL/CCD/SES-SP Expedito José de Albuquerque Luna – IMT/USP-SP
Lilian Nunes Schiavon – CTD/CCD/SES-SP
Gerusa Figueiredo – IMT/USP-SP
Luciana Hardt – IP/CCD/SES-SP
Alexandre Gonçalves – CRT/DST/Aids/CCD/SES-SP Gonzalo Vecina Neto – FSP-USP
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Comitê Editorial:
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Av. Dr Arnaldo, 351 Adriana Bugno – IAL/CCD/SES-SP
Angela Tayra – CRT/Aids/CCD/SES-SP José da Silva Guedes – IB/SES-SP
1º andar – sala 124 Catia Martinez Minto – CIVS/CCD/SES-SP Marcos da Cunha Lopes Virmond – ILSL/CCD/SES-SP
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Coordenação Editorial: Vilma Pinheiro Gawyszewsk – Opas
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Os artigos publicados são de Maria de Fátima Costa Pires
Mirthes Ueda Lilian Nunes Schiavon
responsabilidade dos autores. Sylia Rehder Eliete Candida de Lima Cortez
É permitida a reprodução parcial Centro de Documentação – CCD/SES-SP
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RESUMO
Introdução: Vários autores têm apontado limitações nas medidas adotadas para
o controle de Aedes aegypti e da dengue. Além disso, há falta de evidência sobre
a relação entre níveis de infestação por Ae. aegypti e ocorrência de dengue. Este
trabalho objetivou avaliar a relação entre ocorrência de dengue e medidas de
controle e infestação por Ae. aegypti em uma cidade do sudoeste brasileiro no
período de 2001 a 2006. Métodos: A razão de incidência de dengue (variável
dependente) e a cobertura das atividades de controle e índices de infestação
(covariáveis) foram calculadas usando unidades espaciais e os anos. Foi ajustado
um modelo de Poisson espaço-temporal Inflado de Zeros, considerando os
seguintes períodos: Setembro de 2001 a Agosto de 2006 e Setembro de 2003
a Agosto de 2006. Resultados: Atividades de rotina para o controle do vetor
(com visita regular a todos os imóveis) foram consideradas fator protetor para
ocorrência de dengue. Porém, para controlar efetivamente a ocorrência de casos,
estas atividades necessitariam ser realizadas com cobertura quinzenal. O Índice
de Breteau mostrou uma fraca correlação direta com ocorrência de dengue.
Conclusões: Atividades de rotina estão entre as mais importantes medidas de
controle aplicadas para evitar a dengue no Brasil. Apesar disto, estas medidas vêm
sendo desenvolvidas sem interrupção e com elevado custo aplicado para o controle
da dengue, e se mostram ineficientes por causa da alta cobertura necessária para
o seu efetivo controle da dengue. Assim, a reavaliação do programa de controle
da dengue no Brasil requer urgência para se tornar mais eficiente. O resultado
do Índice de Breteau foi atribuído à falta de ajuste do modelo em relação aos
diferentes níveis de imunidade para os sorotipos circulantes na área de estudo,
tanto no espaço como no tempo.
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ABSTRACT
Introduction: Several authors have pointed out limitations of measures adopted to
control Aedes aegypti and dengue. Also, there is a lack of evidence about the relationship
between Ae. aegypti infestation level indicators and dengue occurrence. Our objective
was to evaluate the relationship between dengue occurrence and control and infestation
measures for Ae. aegypti in a Brazilian southeastern city from 2001 to 2006. Methods:
Dengue incidence rate (dependent variable) and the coverage of control activities
and infestation index (covariates) were calculated using spatial units and years. We
fitted spatiotemporal Zero-Inflated Poisson models, considering the following periods:
September 2001 to August 2006 and September 2003 to August 2006. Results: Routine
mosquito breeding control activity (with regular visits to all premises) was considered
a protective factor for dengue occurrence. However, to effectively control occurrence,
this activity needed to reach coverage corresponding to one visit every fortnight.
The Breteau Index presented a direct but weak relationship with dengue occurrence.
Conclusions: Routine activity is one of the most important control measures applied
against dengue in Brazil. Despite this measure being developed without interruption
and being the most expensive measure applied for dengue control, it proved inefficient
because of the very high coverage necessary for effective control. Thus, a re-evaluation
of the dengue control program in Brazil is urgently required to improve efficiencies.
The Breteau Index results were attributed to a lack of fitting the model regarding the
varying levels of immunity for the circulating serotypes in the study area, both in space
and in time.
INTRODUÇÃO
A dengue é uma importante doença que Podem ser apontados como macro-
afeta a maioria das regiões tropicais em determinantes da ocorrência de dengue,
desenvolvimento, incluindo a América bem como das demais arboviroses
do Sul, e Aedes aegypti é o principal relacionadas a Ae. aegypti, a urbanização,
vetor responsável por sua transmissão. o aumento populacional e as decorrentes
Adicionalmente, destaca-se a ocorrência das de mudanças no uso e ocupação do solo;
recentes epidemias de chikungunya 1 e Zika 2 condições socioeconômicas inadequadas,
que atingiram o continente, especialmente como baixa renda e escolaridade e grande
o Brasil, onde o vírus Zika foi associado número de moradores por domicílio;
com ocorrência de problemas congênitos em condições inadequadas dos domicílios, como
crianças cujas mães foram infectadas durante abastecimento de água e coleta e tratamento
sua gestação. 3 do lixo inexistentes ou inadequados; os
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hábitos comportamentais das pessoas; a para produzir resultados que possam responder
grande e crescente movimentação de pessoas questões relacionadas ao controle de dengue,
e produtos entre as regiões, tanto em escala bem como chikungunya e Zika. Além disso,
local como global; o aquecimento global, há falta de evidência que confirme a relação
entre outros fatores. 4,5 entre os indicadores comumente utilizados
para medir os níveis de infestação de Ae.
A presença de Ae. aegypti em São José do
aegypti e a ocorrência de dengue.21
Rio Preto (SJRP), cidade localizada no oeste
do estado de São Paulo e foco desse estudo, Desta forma, o objetivo deste estudo foi
foi detectada, após o processo de erradicação, analisar a relação entre medidas de infestação
em 1985.6 Os primeiros casos autóctones de e controle para Ae. aegypti e ocorrência de
dengue ocorreram em 1990, pelo sorotipo dengue para SJRP.
DENV-1. A circulação do sorotipo DENV-2
foi detectada em 1998, do DENV-3, em 2005, 7 MÉTODOS
e do DENV-4, somente em 2011.8 Desenvolvemos um estudo ecológico em
No período em que este estudo foi SJRP, estado de São Paulo, Brasil (20º49’S,
desenvolvido (setembro de 2001 a agosto de 49º22’W), com uma população de 415.509
2006), o ano com maior incidência em São habitantes, em 2006. SJRP é uma cidade
José do Rio Preto foi de setembro de 2005 a altamente urbanizada, com cerca de 94% de
agosto de 2006, com taxa de 2667 casos por sua população vivendo na área urbana, e a
100.000 habitantes-ano. Entre 2001 a 2005, as economia local é basicamente o comércio,
taxas anuais (sempre de setembro de um ano agricultura e serviço. O clima é tropical, com
a agosto do seguinte) foram, respectivamente, temperatura média de 25oC e precipitação
de 258,4; 114,1; 11,0 e 62,9 casos por 100.000 anual de 1.410 mm.
habitantes-ano.9 Foram incluídos casos de dengue notificados
Além da complexa rede de determinantes, e confirmados ao Sistema de Informação de
vários autores apontam limitações nas medidas Agravos de Notificação (Sinan), tendo como
adotadas ao controle do vetor Ae. aegypti local provável de infecção a área urbana
e doenças transmissíveis relacionadas.10-20 de SJRP e data de início de sintomas entre
Achee et al.18 concluíram que não há setembro de 2001 e agosto de 2006. Entre
evidência de uma relação direta entre medidas setembro de 2001 e agosto de 2005 os casos
de controle e a redução da ocorrência de de dengue ocorreram majoritamente pelo
dengue, e que há poucos estudos controlados sorotipo DENV-2 e, entre setembro de 2005 e
avaliando esta relação. Adicionalmente, agosto de 2007, pelo sorotipo DENV-3.9
Horstick et al.16 encontraram que há poucos Os casos de dengue ocorridos entre
estudos avaliando os serviços responsáveis setembro de 2001 e agosto de 2005 foram
pelo desenvolvimento de medidas de controle confirmados por testes sorológicos. Os casos
da dengue. De acordo com Achee et al.18, não de janeiro a agosto de 2006 foram confirmados
é apenas importante desenvolver tais estudos, por teste sorológico e ou critério clínico-
mas também usar ferramentas epidemiológicas epidemiológico. Nesse período, 93% dos
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casos de janeiro e fevereiro, 73% dos casos imóveis visitados e recipientes com larva,
de março e 10% dos casos de abril a agosto por quadra, foi fornecido pela secretaria
de 2006 foram confirmados sorologicamente de saúde do município. Entre os índices
e os casos restantes confirmados por critério medidos, escolheu-se o índice de Breteau (IB)
clínico-epidemiológico. como covariável de estudo por ele, além de
O município de SJRP desenvolve as informar sobre a positividade dos imóveis de
seguintes atividades de controle de dengue: uma área para Ae. aegypti, também dá ideia da
rotina (visita a todos os imóveis para eliminação quantidade média de recipientes com formas
de criadouros do mosquito, redução e controle, larvárias do vetor nesses imóveis.
e orientação ao morador); complementar O processo de geocodificar os casos de
(similar à rotina, porém intensificado em dengue foi feito combinando o endereço
períodos de epidemia); químico (aplicação de residencial dos pacientes de dengue em um
inseticida com máquina portátil a ultra baixo mapa com segmento de ruas. Este mapa foi
volume para eliminar mosquitos adultos, disponibilizado pela prefeitura de SJRP.
particularmente para quadras com casos Depois da padronização dos endereços, a
confirmados de dengue e seus arredores); geocodificação foi obtida por interpolação
emergência (direcionado à eliminação de linear dos endereços a um ponto no
criadouros de Aedes aegypti nas mesmas áreas correspondente segmento de rua. Dados dos
do controle químico, em período que antecede levantamentos entomológicos e das atividades
ao tratamento químico). O parâmetro para o de controle do mosquito foram mapeados
desenvolvimento das atividades de rotina é de pela combinação do número da quadra com o
seis visitas ao ano, e as atividades de controle número da quadra em mapa georreferenciado.
químico e emergência durante período de
ocorrência de dengue.22 Todas estas atividades A área urbana da cidade foi dividida em
foram avaliadas, sendo desenvolvidas pela 108 unidades espaciais, com áreas entre 0,083
equipe de controle do município entre 2001 e 4,37 km2. Cada unidade foi criada agrupando
e 2006. O número de imóveis visitados foi quatro setores censitários que, segundo
fornecido pela secretaria de saúde municipal. definição do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), são áreas homogêneas
O município de SJRP realiza medidas
que compreendem em média 300 casas.
de densidade larvária para avaliar o nível
As unidades espaciais foram construídas
de infestação por Ae. aegypti e medir os
respeitando os limites geográficos (rios,
índices estegômicos sendo que, neste estudo,
avenidas e rodovias), mantendo a similaridade
foram consideradas as medidas realizadas no
da forma geométrica dos setores censitários
período de janeiro e fevereiro, os meses com
e tentando agregar setores de mesmo nível
os níveis mais altos nos anos de 2004, 2005
socioeconômico ou muito próximo.
e 2006. Foram considerados somente estes
anos, porque em 2002 e 2003 esta medida foi As populações das unidades espaciais
calculada com amostra limitada, o que não foram estimadas de acordo com os dados do
está em conformidade com a metodologia IBGE. A área de estudo foi dividida em cinco
utilizada para este estudo. O número de unidades temporais, cada uma começando
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foi adotado o modelo ICAR,19 que pode ser das razões de incidência padronizada (SIR)
escrito como , onde obtidas para as covariáveis é direta e não
é o número de vizinhos no nó ,,ee indica viesada, representando o quanto aumentou
que os dois nós e são vizinhos. Para o ou diminuiu a incidência para a variação de
compoente temporal , foi adotado o modelo um desvio padrão de uma dada covariável.
autoregressivo de ordem 1-AR(1), que pode ser As análises espaciais foram feitas usando o
escrito como: software R.26 O processo de geocodificação e
e . geração de mapas foi feito no software ArcGIS
9.3. A pesquisa foi concluída de acordo
O parâmetro de precisão é representado com os padrões exigidos pela Declaração de
por . A priori adotada em foi uma Helsinki e aprovada pelo comitê de ética em
distribuição loggama não informativa, descrita pesquisa da Faculdade de Medicina de São
por . Para mapear as José do Rio Preto, reconhecido pela Comissão
médias a posteriori dos riscos relativos por de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao
setor, foi calculado o efeito exponencial Conselho Nacional de Saúde (CNS) (parecer
espacial, denotado por ξ. Outro interesse nº 317/2006).
comum na análise espacial recai sobre
o excesso de risco, isto é a probabilidade
RESULTADOS
Após estes procedimentos, foram
obtidas a razão de incidência padronizada Na área urbana do município de SJRP foram
(SIR-em inglês) representando o risco relativo registrados e confirmados no Sinan 14.226
de dengue nas unidades espaciais e nos anos casos de dengue com início de sintomas entre
e as probabilidades destes valores excederem setembro de 2001 e agosto de 2006, com
a unidade. Também foram obtidos os SIR endereço residencial na área urbana de SJRP.
relativos às covariáveis. Os valores esperados Destes, 11.989 casos foram geocodificados
para ocorrência de casos de dengue foram (84,3%). A não geocodificação de 2.237
calculados pela padronização indireta. Foram casos (15,7%) se deu pelo fato da ausência
assumidas priores não informativas. ou insuficiência de dados de endereço na
base do Sinan.
Questões importantes nas modelagens de
desfechos variando no tempo e no espaço são As estatísticas descritivas das taxas de
os vieses relativos às autocorrelações espacial incidência de dengue, cobertura das atividades
e temporal do fenômeno estudado, caso não de controle e IB, calculadas para cada uma
sejam levadas em conta. O tipo de modelagem das 108 unidades espaciais e para cada ano do
utilizado neste estudo, ao considerar estes período de estudo, são apresentadas na Tabela
dois tipos de autocorrelação, permitiu inferir 1. Para taxa de incidência, pode-se ver que o
associações não viesadas entre a incidência de período de 2005-2006 apresentou os maiores
dengue e as covariáveis analisadas, uma vez valores e 2003-2004 os menores. A Figura 1
que foram ajustadas para a dependência no apresenta as taxas de incidência de dengue
espaço e no tempo. Dada esta característica para as unidades espaciais e os períodos
da modelagem, a interpretação de cada uma anuais do estudo.
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Tabela 1. Taxa de incidência de dengue (casos por 100.000 habitantes); cobertura (apresentada como
proporções)* das atividades de controle de rotina, de controle químico, de controle de emergencial e
complementares; e Índice de Breteau por quartis e médias, nas 108 unidades espaciais urbanas de São José
do Rio Preto, estado de São Paulo, Brasil de setembro 2001 a agosto de 2006
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Figura 1. Município de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, Brasil (A); Taxa de incidência de dengue
(casos por 100.000 habitantes) em quartis para os períodos anuais de setembro de 2001 a agosto de 2002 (B),
setembro de 2002 a agosto de 2003 (C), setembro de 2003 a agosto de 2004 (D), setembro de 2004 a agosto
de 2005 (E) e setembro de 2005 a agosto de 2006 (F), nas 108 unidades espaciais urbanas de São José do Rio
Preto, estado de São Paulo, Brasil
A cobertura das atividades de controle de 2003 a agosto de 2006 (modelo 2, com medidas
rotina variou, considerando-se todo o municí- de controle e IB) com os SIR ajustados e esta-
pio, de 1,67 a 3,67, informando que cada imóvel tisticamente significantes (intervalos de 95%
do município foi visitado, aproximadamente, de credibilidade – IC 95% – não contendo a
entre duas e quatro vezes ao ano. As coberturas unidade). Nos dois modelos, as atividades de
do controle químico e emergencial variaram, rotina apresentresetaram, após ajuste para as
respectivamente, de 0,21 a 0,86 e 0,26 a 0,44. demais covariáveis e também para o tempo e o
Os IB apresentaram grande variação nos seus espaço, como de proteção para a ocorrência de
valores, tanto no município com um todo (de dengue. O aumento de um desvio padrão nestas
3,7 a 7,3) como nas unidades de análise (de 0,0 atividades corresponderia, respectivamente
a 20,5). para os modelos 1 e 2, à diminuição de 13% e
de 9% na incidência de dengue.
A Tabela 2 apresenta os modelos ajustados
para o período de setembro de 2001 a agosto de Nota-se também, na Tabela 2, que o
2006 (modelo 1, somente considerando medi- controle químico e atividade complementar
das de controle do vetor) e para setembro de apresentaram uma relação direta com a taxa de
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Tabela 2. Médias a posteriori para os efeitos fixos (razão de incidência padronizada-SIR) estimada pelo
modelo espaço-temporal usando distribuição de Poisson Inflado de Zeros e seus respectivos intervalos de
credibilidade de 95% (IC) ajustados pelas atividades realizadas de setembro de 2001 a agosto de 2006* e de
setembro de 2004 a agosto de 2006**
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Figura 2. Probabilidades das razões de incidência padronizadas (SIR) serem maiores que a unidade,
considerando-se o Modelo 1 (setembro de 2001 a agosto de 2006), São José do Rio Preto, estado de São
Paulo, Brasil
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Os dados secundários
coletados retrospectivamen-
te neste estudo podem ser
considerados uma limitação,
como sugerem Achee et al.18
(2015). No entanto, alguns
argumentos podem ser cita-
dos a favor da qualidade da
informação produzida por
SJRP. A cidade tem sido
atingida por epidemias de
dengue continuamente desde
o início dos anos 1990, tem
uma equipe permanente
para o desenvolvimento do
controle e medidas entomo-
lógicas, e cujas atividades
já estão inseridas na rotina
técnico-administrativa
municipal. Assim, o registro
e o desenvolvimento dessas
atividades são realizados
por trabalhadores treinados e
supervisionados, podendo-se
afirmar que as informações
aqui utilizadas refletem
adequadamente o que foi
Figura 3. Probabilidades das razões de incidência padronizadas (SIR)
realizado no SJRP. serem maiores que a unidade, considerando-se o Modelo 2 (setembro
Em relação ao levanta- de 2003 a agosto de 2006), São José do Rio Preto, estado de São Paulo,
Brasil
mento de casos de dengue,
pode-se dizer que o município tem uma É preciso considerar também o alto custo de
estrutura de vigilância epidemiológica que se obter informação mais acurada incluindo
se empenha na coleta e registro de infor- incidência e prevalência de acordo com os
mações de casos suspeitos e confirmados, sorotipos de DENV. Dadas as dificuldades em
principalmente porque dengue é uma doença conduzir estudos sobre dengue, em especial
importante e comum em SJRP. Por outro os experimentais, investigar a parte visível do
lado, este sistema de levantamento é passi- fenômeno da transmissão do vírus da dengue
vo porque os casos de dengue representam pode contribuir para melhorar o conhecimento
somente os indivíduos com a suspeita da sobre a doença e sobre a aplicação de medidas
doença e que procuram pelo serviço de saúde. de controle e uso de medidas entomológicas.
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Outra limitação relacionada aos casos desde 2015 no Brasil,1,2 que também têm sido
de dengue a ser apontada é o fato de relacionadas a falhas no controle vetorial.
nem todos os casos considerados como
Porém, o principal argumento que torna esse
positivos entre setembro de 2005 e agosto
estudo relevante é o fato de que levantamentos
de 2006 neste estudo foram confirmados entomológicos e atividades de controle
laboratorialmente, mas apenas por critério vetorial que são atualmente realizadas no
clínico-epidemiológico, gerando erros Brasil não têm sofrido alterações importantes
em considerar casos falso‑positivos como desde a reintrodução de Ae. aegypti no país
positivos e em desconsiderar casos positivos (década de 1970) e a ocorrência das primeiras
com falso‑negativos. Dado que este problema epidemias de dengue (década de 1980).
ocorreu apenas no último ano de estudo e em Desta forma, os achados deste estudo são
pequena monta, pode-se afirmar que o viés válidos para representar a atual relação entre
produzido não seria suficiente para alterar as ocorrência de dengue e os métodos utilizados
conclusões do estudo. para avaliar e controlar o vetor, uma vez que
Há outros desafios metodológicos para o que era feito nas décadas passadas não é
estudar este fenômeno, como a heterogeneidade diferente do que é desenvolvido atualmente.
espacial da ocorrência de casos de dengue, a Quanto aos resultados obtidos neste
mudança da incidência no tempo e o excesso estudo, um primeiro ponto a ser discutido
de unidades com zero casos.21 Modelos que é o quanto as coberturas das atividades de
consideram esta questão foram desenvolvidos controle foram ou não adequadas. Segundo
recentemente em um contexto Baysiano usando o Programa Nacional de Controle de Dengue
INLA que têm gerado resultados precisos e (PNCD), 22 o município deveria realizar seis
rápidos em modelos espaço-temporais, desta visitas ao ano nas atividades de controle de
forma permitindo-nos superar estas limitações rotina e, deste ponto de vista, SJRP realizou,
metodológicas.24,25 no período de estudo, menos visitas do que
Finalmente, alguém poderia questionar por o preconizado. As atividades de controle
que estudar fatos ocorridos entre 2001 e 2006 químico e emergencial também ficaram
ainda seria relevante, considerando isto como abaixo do preconizado pelo PNCD, 22 que
a principal limitação do estudo. O primeiro seria a realização destas atividades em todas
argumento que justifica este estudo é a urgente as áreas com ocorrência de dengue.
necessidade de desenvolver estudos que avaliem A relação inversa entre cobertura de
o impacto de medidas de controle vetorial na atividades de rotina e taxa de incidência de
ocorrência de dengue.18 Além disso, há o fato dengue, ajustada pelas outras atividades e
de que as medidas de controle utilizadas no IB (no segundo modelo), bem como para o
Brasil não têm sido suficientes para interromper espaço e o tempo, mostra que atividades de
os ciclos de transmissão de dengue, fazendo rotina são efetivas para controlar dengue e
com que o país alcance anualmente um grande potencialmente outras doenças relacionadas a
número de casos da doença.19 Adicionalmente Ae. aegypti (ex. chikungunya, Zika). Porém,
têm ocorrido epidemias de Zika e Chikungunya pelos resultados do estudo, é importante
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discutir se isso seria uma medida de controle o controle da dengue. Isto está de acordo
eficiente. com a literatura, porque muitos autores têm
As atividades de rotina estão entre os apontado que as estratégias de controle do
componentes mais importantes na estratégia vetor são inefetivas ou somente surtem efeito
de controle de dengue no Brasil, que é leve. Alguns destes autores têm notado que
baseada na inspeção sistemática de imóveis.22 medidas eficazes de controle de vetor já
São desenvolvidas em quase todos os estão disponíveis, mas sua efetividade é
municípios brasileiros, estão entre os mais comprometida por questões relacionadas
caras estratégias do PNCD. Mesmo assim, o com planejamento, gerenciamento e
Brasil tem enfrentado subsequentes epidemias sustentabilidade e defendem a avaliação
de dengue, com incidência, mortalidade e de novas estratégias e medidas de controle.
letalidade cada vez mais altas a cada onda Outros autores são mais pessimistas em
epidêmica, além das recentes epidemias de relação à eficácia das medidas de controle
chikungunya1 e Zika.2 existentes e sugerem que o fracasso de
programas caros de controle de dengue seriam
Os resultados obtidos neste estudo mostram
incentivo e oportunidade para o surgimento
que a cobertura necessária das atividades
de novas e mais eficazes estratégias. 10,12-20,28-30
de rotina, importante na diminuição da
incidência de dengue, deveria ser muito Uma alternativa seria a combinação
mais alta do que o parâmetro considerado no das medidas de controle tradicionais com
PNCD (seis visitas ao ano). 22 O que está de novas metodologias de controle, dentro do
acordo com Barreto et al. 12 (2008), que afirma escopo de uma intervenção integrada para
que a recomendação para visitar um imóvel o controle de doenças transmitidas por Ae.
a cada dois meses não garante a redução dos aegypti. 18 Entre essas novas estratégias,
níveis de infestação abaixo de limiares de pode-se destacar o uso de mosquitos machos
transmissão. geneticamente modificados 31,32 e o uso da
Considerando-se a cobertura de atividades bactéria Wolbachia. 33,34 Outra possibilidade
de rotina de 24 visitas por ano, um valor é a combinação das tradicionais medidas
intermediário entre aqueles preditos pelo de controle com uma vacina antidengue,
modelo, isto corresponderia uma visita a cada com o potencial de que uma estratégia
imóvel do município quinzenalmente. Este complementaria a outra. 18
valor coincide com o intervalo médio para A associação direta, mas fraca, entre
completar o ciclo de Ae. aegypti (entre os incidência de dengue e IB está de acordo
estados ovo, larva e mosquito adulto) como com os resultados de Bowman et al. 21 (2014)
descrito no PNCD 22 e também corresponde que publicaram uma revisão sistemática que
um custo operacional não suportado para a avaliou a relação entre medidas de infestação
maioria dos municípios brasileiros. do vetor e ocorrência de dengue. Entre 13
Assim, pode-se observar que atividades de estudos que foram selecionados, quatro
rotina, apesar de efetivas, não são eficientes, mostraram uma associação positiva, quatro
dada a necessidade de altas coberturas para não mostraram a associação prevista e cinco
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estudos foram inconclusivos. Bowman et al. 21 ocorrência em uma população quase totalmente
(2014) concluíram que há pouca evidência susceptível para este sorotipo.7 Nesta linha, a
da existência de uma associação quantitativa avaliação pode ter sido confundida (excluindo
e positiva entre medidas de infestação e o período com predominância do DENV3)
ocorrência de dengue. Entre os fatores que pela variabilidade do nível de imunidade da
podem estar relacionados a estes achados está população para os sorotipos circulantes nas
o uso de dados secundários da ocorrência de unidades espaciais e anos considerados. Um
dengue 21 considerando o endereço de uma exemplo de um resultado que pode ser obtido
pessoa positiva por dengue como o local com condições similares ao mencionado
de infecção e sem considerar outros locais anteriormente é o estudo desenvolvido em
frequentados. 36,37 SJRP com dados da epidemia de dengue de
2005 a 2006, após a introdução do DENV3. Este
Além disso, é importante considerar
estudo mostrou que as medidas de infestação
que a relação entre medidas de infestação e
foram boas preditoras para ocorrência de
ocorrência de dengue é confundida pelos níveis
dengue.38
de imunização por cada sorotipo de DENV
na população,13,37 questão que pode ser outra A atividade de controle químico em
explicação para os resultados inconclusivos.21 ambos os modelos apresentou uma relação
Uma avaliação oportuna para estudo se positiva com a incidência, o que revela sua
apresentaria caso ocorresse uma epidemia característica reativa, uma vez que ela é
de dengue em que apenas um sorotipo esteja realizada em áreas com transmissão ativa de
presente (ou, com um sorotipo como maioria) dengue.22 A metodologia usada no presente
e em população completamente ou quase estudo não é a mais apropriada para avaliar
completamente susceptível. o real efeito desta medida na ocorrência de
dengue por causa desta característica reativa.
A fraca embora positiva relação entre IB Por outro lado, a sua consideração nos modelos
e ocorrência de dengue no nosso trabalho eliminou possível efeito de confundimento
pode ser analisada sobre este ponto de vista. na avaliação da relação entre ocorrência de
O histórico da circulação de DENV em SJRP dengue e atividades de rotina.
anterior ou durante o período de estudo deu-se
O principal resultado do presente estudo
com a introdução do DENV1 em 1990, DENV2
foi o encontro de uma relação inversa entre
em 199823 e DENV3 em 2005.7 Durante o
cobertura de atividades de rotina e taxa de
período de setembro de 2001 e agosto de
incidência de dengue, ajustado pela cobertura
2005, DENV1 e DENV2 circularam juntos
de outras atividades de controle e pelo IB.
em SJRP. A introdução do DENV3 gerou uma
Isto demonstra que essas atividades são fator
epidemia que começou próximo do fim de 2005
de proteção para ocorrência de dengue e por
e continuou em 2006.
analogia para outras doenças transmitidas
Assim, durante o período de estudo, somente por Ae. aegypti, especialmente chikungunya
esta epidemia pode ser caracterizada como e Zika. Por outro lado, os modelos obtidos
tendo condições mencionadas anteriormente, mostraram que as atividades de rotina, embora
isto é, prevalência acima de 90% para DENV3 e efetivas, não seriam eficientes, por conta das
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altas coberturas necessárias para controlar estudo, relacionados aos níveis variados de
dengue, o que não seria suportado pelos imunidade para os sorotipos circulantes na
serviços de controle de dengue no Brasil ou na área de estudo.
América do Sul em geral. O IB mostrou uma
relação direta embora fraca com ocorrência Conflitos de Interesse
de dengue, resultado que pode ser atribuído Os autores declaram que não há nenhum
a fatores de confundimento, não incluídos no conflito de interesses.
Financiamento: FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Processo Nº 2006/00214-7
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Correspondente/correspondence to:
Liciana Vaz de Arruda Silveira
Professora Assistente Doutora, Departamento de Bioestatística, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista.
Rua Prof. Dr. Antônio Celso Wagner Zanin S/N, Bairro: Distrito de Rubião Junior, Botucatu, SP, cep: 18618-689
E-mail: liciana.vaz.silveira@gmail.com
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volum Volume 13 Número
A raiva é uma zoonose viral transmitida aos Estadual homônimo (Figura 1). No final de
humanos principalmente por meio da mordida dezembro/2019 e início de janeiro/2020,
de animais infectados. Devido à implantação profissionais da Fundação Florestal, que
de programas de controle e adequadas medidas realizam monitoramento contínuo no parque,
de vigilância epidemiológica, o Estado de atentos a sinais e sintomas de adoecimento
São Paulo não registra casos de raiva canina dos animais que nele habitam, verificaram o
associada à variante 2, característica de cães aparecimento dos animais doentes/mortos e,
domésticos, desde 1998. Porém, no estado de com apoio do centro de zoonoses de Ubatu-
São Paulo, há relato de circulação da variante ba/SP e do Instituto Argonauta, coletaram
3, característica de morcegos. O último caso material dos animais encontrados mortos e
de transmissão da raiva por cães para humanos para diagnóstico de raiva no Instituto Pasteur,
no estado de São Paulo ocorreu em 1996 e, referência nacional para ações de vigilância
em cães, em 1997. Desde então ocorrem casos e controle da raiva. Das amostras enviadas,
esporádicos de raiva transmitida por morcegos. foram confirmados resultados positivos para
A Ilha Anchieta está localizada em Ubatu- a raiva silvestre em três capivaras infectadas
ba, litoral Norte de SP e abriga o Parque por morcegos.
Ilha Anchieta
página 21
BEPA 2020;17(195):21-22
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página 22
BEPA 2020;17(195):23-24
Dados epidemiológicos
Casos confirmados do novo coronavírus (COVID-19), por região. OMS, 04 de março de 2020.
Casos notificados para investigação do novo coronavírus (COVID-19). São Paulo, 21 de janeiro a 04 de março de 2020
Casos confirmados* 3
0 60 120 180
* Localidade Caso Confirmado São Paulo (03)
FONTE: Central/CIEVS 04/03/2020
A T E N ÇÃ O : 02 caso s suspeito s residentes em o utro s municÍpio s fo ram no tificado s pelo estado de São P aulo (M T: 01e DF:01). 21 Caso s suspeito s residem em Outro s P aíses (21caso s) e
fo ram no tificado s pelo estado de São P aulo . 8 caso co m residência igno rada)
Definições de Caso
Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade
para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza,
saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de
viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias; OU
Novo Coronavírus (COVID-19) – Situação Epidemiológica em 4 de março
Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse,
dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal 23
página ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 <95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de
contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias .
São Caetano do Sul 4 3% São José dos Campos 2 1% Guarulhos 1 1% São Carlos 1 1%
Lençóis Paulista 3 2% Vinhedo 2 1% Itatiba 1 1% São Roque 1 1%
Atibaia 2 1% Araraquara 1 1% Itu 1 1% Suzano 1 1%
Garça 2 1% Barueri 1 1% Jundiai 1 1% Tietê 1 1%
M ogi M irim 2 1% Bauru 1 1% M ogi das Cruzes 1 1% Valinhos 1 1%
A T E N ÇÃ O : 02 caso s suspeito s residentes em o utro s municÍpio s fo ram no tificado s pelo estado de São P aulo (M T: 01e DF:01). 21 Caso s suspeito s residem em Outro s P aíses (21caso s) e
fo ram no tificado s pelo estado de São P aulo . 8 caso co m residência igno rada)
BEPA 2020;17(195):23-24
TOTAL 135 CASOS SUSPEITOS
FONTE: REDCAP: Central/CIEVS 04/03/2020
Definições de Caso
Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade
para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza,
saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de
viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias; OU
Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse,
dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 <95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de
contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias .
Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos
14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de
cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação é importante observar a presença de
outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios
linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência.
LABORATORIAL: Caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT-PCR em tempo real, pelo protocolo Charité.
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado
laboratorialmente por COVID-19, que apresente febre OU pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos
14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.
Ou acesse o link:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/04/
2020-03-02-Boletim-Epidemiol--gico-04-corrigido.pdf
Links úteis:
http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/homepage/destaques/alerta-infeccao-pelo-novo-coronavirus
http://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
página 24
BEPA 2020;17(195):25-26
Dados epidemiológicos
Casos acumulados e óbitos de COVID-19 segundo início de sintomas, São Paulo, 21 de janeiro a 31 de março de
2020
Casos confirmados e acumulados de COVID-19 segundo início de sintomas, São Paulo, 21 de janeiro a 31 de
março de 2020
Casos de COVID-19 por município de residência, São Paulo, 21 de janeiro a 31 de março de 2020
Casos de COVID-19 por município de residência, São Paulo, 21 de janeiro a 31 de março de 2020
Casos de COVID-19 por faixa etária, São Paulo, 21 de janeiro a 31 de março de 2020
Links úteis:
http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/homepage/destaques/alerta-infeccao-pelo-novo-coronavirus
http://www.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
página 26
BEPA 2020;17(195):27-30
Dados epidemiológicos
Entre os casos confirmados (gráfico 2), 91% são do sexo masculino, com mediana de
idade de 39 anos (mínimo 8; máximo 87) e 56,7% exercem atividades ligadas à agricultura. Este
é o perfil tradicional dos casos de Febre Amarela Silvestre registrados no país.
Quanto à distribuição geográfica dos casos, 93,5% apresentam como local provável de
infecção (LPI) municípios do Vale do Ribeira, do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de
Registro. Um caso apresenta como LPI o município de Serra Negra, do GVE de Campinas, um
caso apresenta como LPI o município de Cachoeira Paulista, no GVE de Taubaté e três casos
Gráfico 2. Distribuição dos Casos Autóctones e Óbitos por Febre Amarela segundo Semana
tem LPI Epidemiológica.
no GVE de Itapeva, nos municípios de Ribeira, Apiaí e Ribeirão Branco.
Estado de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
Gráfico 2. Distribuição dos Casos Autóctones e Óbitos por Febre Amarela segundo Semana
Epidemiológica. Estado de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
Tabela 2. Distribuição
MUNICÍPIOSdos Casos CASOS
AutóctonesÓBITOS
e Óbitos deLETALIDADE
Febre Amarela
(%) segundo Município do
Local Provável de Infecção. Estado de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
IPORANGA 19 3 16
ELDORADO 15 5 33
MUNICÍPIOS
PARIQUERAACU 7CASOS -ÓBITOS LETALIDADE
- (%)
CAJATI
IPORANGA 5 19 - 3 - 16
BARRAELDORADO
DO TURVO 4 15 - 5 - 33
PARIQUERAACU
CANANEIA 4 7 1 - 25 -
CAJATI
JACUPIRANGA 4 5 - - - -
REGISTRO
BARRA DO TURVO 2 4 - - - -
APIAÍCANANEIA 1 4 - 1 - 25
JACUPIRANGA
CACHOEIRA PAULISTA 1 4 1 - 100 -
REGISTRO
JUQUIA 1 2 - - - -
RIBEIRA
APIAÍ 1 1 1 - 100 -
CACHOEIRA
RIBEIRÃO BRANCO PAULISTA 1 1 - 1 - 100
Fonte:
SERRA SINANNET;
NEGRA Divisão de Doenças
JUQUIA 1 Transmitidas
1 1 por- Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
100 -
Dados atualizados em 18/11/2019*.
SETERIBEIRA
BARRAS 1 1 1 1 100 100
Tabela 2.TOTAL RIBEIRÃO BRANCO
Distribuição 67 1
dos Casos Autóctones e 13 - de Febre19,4
Óbitos -
Amarela segundo Município do
Local Provável SERRA NEGRA Estado de São
de Infecção. 1 Paulo, janeiro
1 a novembro* 100de 2019.
Fonte: SINANNET; Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
SETE BARRAS
Dados atualizados em 18/11/2019*.
1 1 100
TOTAL
MUNICÍPIOS 67
CASOS 13
ÓBITOS 19,4 (%)
LETALIDADE
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO FEBRE AMARELA 3
IPORANGA
Fonte: SINANNET; 19
Divisão de Doenças Transmitidas 16
3 e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
por Vetores
Dados atualizados
ELDORADO em 18/11/2019*. 15 5 33
PARIQUERAACU 7 - -
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO FEBRE AMARELA 3
CAJATI 5 - -
BARRA DO TURVO 4 - -
Febre Amarela no Estado de São Paulo - Novembro 2019
CANANEIA 4 1 25
JACUPIRANGA 4 - -
REGISTRO 2 página- 28 -
APIAÍ 1 - -
CACHOEIRA PAULISTA 1 1 100
JUQUIA 1 - -
BEPA 2020;17(195):27-30
Tabela 3. Distribuição do número de PNH confirmados para Febre Amarela segundo Município
Tabela 3. Distribuição
de ocorrência.do número
Estado de PNH
de São Paulo, confirmados
janeiro a novembro depara
2019*.Febre Amarela segundo Município
de ocorrência. Estado de São Paulo, janeiro a novembro de 2019*.
MUNICÍPIOS N
BARRA DO CHAPÉU 5
MUNICÍPIOS
CAMPINAS 1 N
IPORANGA 1
BARRA DO CHAPÉU
ITAPETININGA 3
5
CAMPINAS
ITAPEVA 1 1
ITUPEVA
IPORANGA 1 1
PARIQUERA-AÇU 2
ITAPETININGA
SÃO PAULO 1
3
ITAPEVA
ATIBAIA 1 1
SERRA NEGRA
ITUPEVA 1 1
SETE BARRAS 1
PARIQUERA-AÇU
TAQUARIVAI 1
2
SÃO TOTAL
PAULO 19 1
ATIBAIA 1
Fonte: SINANNET; Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
SERRA NEGRA
Dados atualizados em 22/10/2019*. 1
SETE BARRAS 1
TAQUARIVAI 1
TOTAL 19
Figura 1. Municípios com circulação do vírus da Febre Amarela no Estado de São Paulo. Estado
de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
Febre Amarela no Estado de São Paulo - Novembro 2019
página 29
Fonte: SINANNET; Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
Dados atualizados em 22/10/2019*.
BEPA 2020;17(195):27-30
AFonte:
figura 1 mostra
SINANNET; osdeMunicípios
Divisão com comprovada
Doenças Transmitidas circulação do vírus da febre amarela,
por Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP.
Dados atualizados em 22/10/2019*.
por meio da confirmação de casos humanos e/ou epizootias de PNH.
A figura
Fonte: 1 mostra
SINANNET; osDoenças
Divisão de Municípios com
Transmitidas porcomprovada circulação do vírus
Vetores e Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP. da febre amarela,
Figura 1. Municípios comdecirculação do vírus
Dados atualizados em 22/10/2019*.
por meio da confirmação casos humanos e/oudaepizootias
Febre Amarela
de PNH.no Estado de São Paulo. Estado
de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
A figura 1 mostra os Municípios com comprovada circulação do vírus da febre amarela,
Figura 1. Municípios com circulação do vírus da Febre Amarela no Estado de São Paulo. Estado
por meio da confirmação de casos humanos e/ou epizootias de PNH.
de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
Figura 1. Municípios com circulação do vírus da Febre Amarela no Estado de São Paulo. Estado
de São Paulo, janeiro a novembro* de 2019.
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BEPA 2020;17(195):31-31
Dados epidemiológicos
Nº de casos e
Taxa de incidência acumulada % casos por gênero
42,5% 57,5%
Hospitalização
1 óbito - 1 ANO,
COM CONDIÇÃO DE RISCO;
Imunização Rotina
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Plantão
Central/CIEVS
Janeiro de 2020
Div. Respiratória
demandas
Divisão de Dengue/
Div. Imunização
Chikungunya e Zika
Div. Tuberculose
11 (01%) 117 (12%)
Div. Zoonoses
Div. Hídricas
12 (01%) 114 (11%)
Div. Crônicas
35 (04%)
Principais Assuntos
Agravos e assuntos mais procurados em janeiro de Notificações de Suspeitos de COVID-
2020. 19 recebidos pelo Plantão
Central/CIEVS. Janeiro de 2020.
Notificados 26
Investigados e
10
Descartados
Excluídos por não
16
definição de caso
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volum Volume 13 Número
O BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista, criado autores. Após receber os pareceres, os Editores, que detêm
em 2004, é uma publicação mensal da Coordenadoria a decisão final sobre a publicação ou não dos trabalhos,
de Controle de Doenças (CCD), órgão da Secretaria de avaliam a aceitação dos artigos sem modificações, a recusa
Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), responsável pelo ou a devolução aos autores com as sugestões apontadas
planejamento e execução das ações de promoção à saúde pelos revisores.
e prevenção de quaisquer riscos, agravos e doenças, nas
diversas áreas de abrangência do Sistema Único de Saúde
de São Paulo (SUS-SP). Tipos de artigo
1. Artigo original – Apresenta resultados originais
provenientes de estudos sobre quaisquer aspectos da
Missão prevenção e controle de riscos e agravos e de promoção
Editado nos formatos impresso e eletrônico, o BEPA tem da saúde, desde que no escopo da epidemiologia, incluindo
o objetivo de documentar e divulgar trabalhos relacionados relatos de casos, surtos e/ou vigilância. Esses artigos devem
à vigilância em saúde, de maneira ágil, estabelecendo um ser baseados em novos dados ou perspectivas relevantes
canal de comunicação entre as diversas áreas técnicas e para a saúde pública. Devem relatar os resultados a partir
instâncias do SUS-SP. Além de disseminar informações de uma perspectiva de saúde pública, podendo, ainda, ser
entre os profissionais de saúde, o Boletim propõe o incentivo replicados e/ou generalizados por todo o sistema (o que foi
à produção de trabalhos técnico-científicos desenvolvidos encontrado e o que a sua descoberta significa). Extensão
no âmbito da rede de saúde. Nesse sentido, proporciona máxima de 6.000 palavras; 10 ilustrações (tabelas, figuras,
a atualização e o aprimoramento dos profissionais e das gráficos e fotos); 40 referências bibliográficas. Resumo
instituições responsáveis pelos processos de prevenção e em português e em inglês (abstract), com no máximo 250
controle de doenças, das esferas pública e privada. palavras, e entre três e seis palavras-chave (keywords).
2. Revisão – Avaliação crítica sistematizada da
literatura sobre assunto relevante à saúde pública. Devem
Arbitragem ser descritos os procedimentos adotados, esclarecendo
Os manuscritos submetidos ao BEPA devem atender os limites do tema. Extensão máxima de 6.000 palavras;
às instruções aos autores, que seguem as diretrizes dos resumo (abstract) de até 250 palavras; entre três e seis
Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados palavras-chave (keywords); sem limite de referências
a Periódicos Biomédicos, editados pela Comissão bibliográficas; seis ilustrações (tabelas, figuras, gráficos
Internacional de Editores de Revistas Médicas (Committee e fotos).
of Medical Journals Editors – Grupo de Vancouver), 3. Artigos de opinião – São contribuições de autoria
disponíveis em: http://www.icmje.org/ exclusiva de especialistas convidados pelo Editor
Científico, destinadas a discutir ou tratar, em maior
profundidade, de temas relevantes ou especialmente
Processo de revisão oportunos, ligados às questões de saúde pública. Não há
Os trabalhos publicados no BEPA passam por processo exigência de resumo ou abstract.
de revisão por especialistas. A Coordenação Editorial faz 4. Artigos especiais – São textos não classificáveis nas
uma revisão inicial para avaliar se os autores atenderam categorias acima referidas, aprovados pelos Editores por
aos padrões do boletim, bem como às normas para o envio serem considerados de especial relevância. Sua revisão
dos originais. Em seguida, artigos originais e de revisão são admite critérios próprios, não havendo limite de tamanho
encaminhados a dois revisores da área pertinente, sempre ou exigências prévias quanto à bibliografia.
de instituições distintas daquela de origem dos artigos, 5. Comunicações rápidas – São relatos curtos,
e cegos quanto à identidade e vínculo institucional dos destinados à rápida divulgação de eventos significativos
página 41
BEPA 2020;17(195):41-45
no campo da vigilância à saúde. A sua publicação em internacionais, abordando temas importantes cuja
versão impressa pode ser antecedida de divulgação em veiculação seja considerada, pelos Editores, de grande
meio eletrônico. Extensão máxima de 2.000 palavras; interesse à saúde.
sendo opcional a inclusão de resumo (até 150 palavras), 12. Relatos de encontros – Devem enfocar o conteúdo
palavras-chave (entre três e seis), ilustrações ereferências. do evento e não sua estrutura. Extensão máxima de 2.000
É recomendável que os autores das comunicações rápidas palavras; 10 referências (incluindo eventuais links para a
apresentem, posteriormente, um artigo mais detalhado. íntegra do texto). Não incluem resumo nem palavras-chave.
6. Informe epidemiológico ou entomológico – Tem 13. Notícias – São informações oportunas de interesse
por objetivo apresentar ocorrências relevantes para a saúde para divulgação no âmbito da saúde pública. Até 600
coletiva, bem como divulgar dados dos sistemas públicos palavras, sem a necessidade de referências.
de informação sobre doenças, agravos, vetores e programas 14. Dados epidemiológicos – Atualizações de dados
de prevenção ou eliminação. Sua estrutura é semelhante à estatísticos sobre agravos e riscos relevantes para a saúde
do artigo original, porém sem resumo ou palavras-chave; pública, apresentadas por meio de tabelas e gráficos. Inclui
extensão máxima de 5.000 palavras; 15 referências; quatro contextualização dos dados em até 300 palavras.
ilustrações (tabelas, figuras, gráficos e fotos). 15. Recortes Históricos – Texto com informações
7. Informe técnico – Texto institucional que tem que registram determinado período, personagem ou
por objetivo definir procedimentos, condutas e normas fato da história da saúde pública e da ciência. Sua
técnicas das ações e atividades desenvolvidas no âmbito revisão admite critérios próprios da Coordenação Editorial.
da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). A inclusão de bibliografia é opcional.
Inclui, ainda, a divulgação de práticas, políticas e 16. Cartas – As cartas permitem comentários sobre
orientações sobre promoção à saúde e prevenção e artigos veiculados no BEPA, e podem ser apresentadas a
controle de riscos e agravos. Extensão máxima de 5.000 qualquer momento após a sua publicação. No máximo 600
palavras; seis ilustrações (tabelas, figuras, gráficos e fotos); palavras, sem ilustrações.
30 referências bibliográficas. Não inclui resumo nem Observação: Informes técnicos, Informes
palavras-chave. epidemiológicos, Pelo Brasil, Atualizações e Relatos de
8. Resumo – Serão aceitos resumos de teses e encontros devem ser acompanhados de carta de anuência
dissertações até dois anos após a defesa. Devem conter do diretor da instituição à qual o(s) autor(es) e o objeto do
os nomes do autor e do orientador, título do trabalho artigo estão vinculados.
(em português e inglês), nome da instituição em que foi
apresentado e ano de defesa. No máximo 250 palavras e
entre três e seis palavras-chave. Apresentação dos trabalhos
9. Pelo Brasil – Deve apresentar a análise de um A cada trabalho deverá ser anexada uma carta de
aspecto ou função específica da promoção à saúde, apresentação, assinada por todos os autores, dirigida
vigilância, prevenção e controle de agravos nos demais à Coordenação Editorial do Boletim Epidemiológico
Estados brasileiros. Extensão máxima de 3.500 palavras; Paulista. Nela deverão constar as seguintes informações:
resumo com até 250 palavras; entre três e seis palavras- o trabalho não foi publicado, parcial ou integralmente, em
chave; 20 referências; seis ilustrações (tabelas, figuras, outro periódico; nenhum autor tem vínculos comerciais que
gráficos e fotos). possam representar conflito de interesses com o trabalho
10. Atualizações – Textos que apresentam, desenvolvido; todos os autores participaram da elaboração
sistematicamente, atualizações de dados estatísticos do seu conteúdo (elaboração e execução, redação ou
gerados pelos órgãos e programas de prevenção e controle revisão crítica, aprovação da versão final).
de riscos, agravos e doenças do Estado de São Paulo. Até Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados.
3.000 palavras e oito ilustrações. Não inclui resumo nem Nesse sentido, os autores devem explicitar, em MÉTODOS,
palavras‑chave. que a pesquisa foi concluída de acordo com os padrões
11. Republicação de artigos – são artigos publicados exigidos pela Declaração de Helsinki e aprovada por
em outros periódicos de relevância, nacionais ou comissão de ética reconhecida pela Comissão Nacional
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BEPA 2020;17(195):41-45
de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Conselho abordada, termos ou expressões de uso corrente poderão
Nacional de Saúde (CNS). ser empregados.
O trabalho deverá ser redigido em Português (BR), Introdução – Iniciada em página nova, contextualiza o
com entrelinhamento duplo. O manuscrito deve ser estudo, a natureza das questões tratadas e sua significância.
encaminhando em formato eletrônico (e-mail, CD-Rom) e A introdução deve ser curta, definir o problema estudado,
impresso (folha A4), aos cuidados da Coordenação Editorial sintetizar sua importância e destacar as lacunas do
do BEPA, no seguinte endereço: conhecimento abordadas.
Boletim Epidemiológico Paulista Metodologia (Métodos) – Deve incluir apenas
Av. Dr. Arnaldo, 351, 1º andar, sala 124 informação disponível no momento em que foi escrito
Pacaembu – São Paulo/SP – Brasil o plano ou protocolo do estudo (toda a informação
CEP: 01246-000 obtida durante a conduta do estudo pertence à seção
E-mail: bepa@saude.sp.gov.br de resultados). Deve conter descrição, clara e sucinta,
acompanhada da respectiva citação bibliográfica, dos
procedimentos adotados, a população estudada (universo e
Estrutura dos textos amostra), instrumentos de medida e, se aplicável, método
O manuscrito deverá ser apresentado segundo a de validação e método estatístico.
estrutura das normas de Vancouver: título; autores e – Devem ser apresentados em sequência lógica no
instituições; resumo e abstract; introdução; metodologia; texto, tabelas e figuras, colocando primeiramente as
resultados; discussão e conclusão; agradecimentos; descobertas principais ou mais importantes. Os resultados
referências bibliográficas; e tabelas, figuras e fotografias. encontrados devem ser descritos sem incluir interpretações
Página de rosto – Contém o título do artigo, que e/ou comparações. Sempre que possível, devem ser
deve ser conciso, específico e descritivo, em português e apresentados em tabelas e figuras autoexplicativas e com
inglês. Em seguida, deve ser colocado o nome completo de análise estatística, evitando-se sua repetição no texto.
todos os autores e a instituição a que pertencem; indicação Discussão – Deve começar com a apreciação das
do autor responsável pela troca de correspondência; se limitações do estudo, seguida da comparação com a
subvencionado, indicar o nome da agência de fomento literatura e da interpretação dos autores, explorando
que concedeu o auxílio e o respectivo nome/número do adequada e objetivamente os resultados.
processo; se foi extraído de dissertação ou tese, indicar Conclusão – Traz as conclusões relevantes,
título, ano e instituição em que foi apresentada. considerando os objetivos, e indica formas de continuidade
Resumo – Colocado no início do texto, deve conter do trabalho.
a descrição, sucinta e clara, dos propósitos do estudo, Agradecimentos – Em havendo, deve-se limitar ao
metodologia, resultados, discussão e conclusão do artigo. mínimo possível, sempre ao final do texto.
Em muitos bancos de dados eletrônicos o resumo é a única Citações bibliográficas – A exatidão das referências
parte substantiva do artigo indexada e, também, o único bibliográficas é de responsabilidade dos autores. Ao longo
trecho que alguns leitores leem. Por isso, deve refletir, do artigo, o número de cada referência deve corresponder
cuidadosamente, o conteúdo do artigo. ao número sobrescrito, colocado sem parênteses e
Palavras-chave (descritores ou unitermos) – imediatamente após a respectiva citação. Devem ser
Seguindo‑se ao resumo, devem ser indicadas no mínimo numeradas, a partir daí, consecutivamente.
três e no máximo seis palavras-chave do conteúdo, que Exemplo:
têm por objetivo facilitar indexações cruzadas dos textos e “No Brasil, a hanseníase ainda é um problema a ser
publicações pela base de dados, juntamente com o resumo. equacionado e, no Estado de São Paulo, há várias regiões
Em português, as palavras-chave deverão ser extraídas do com altas taxas de detecção.1 Dentre as diversas medidas
vocabulário Descritores em Ciências em Saúde (DeCS), da tomadas pelo Ministério da Saúde (MS)2 para eliminação
Bireme (http://decs.bvs.br/); em inglês, do Medical Subject da hanseníase como um problema de saúde pública no
Headings (http://www.nlm.nih.gov/mesh/). Caso não País, atingindo a prevalência de um caso para cada 10 mil
sejam encontradas palavras-chave adequadas à temática habitantes, destacam-se as ações de educação e informação,
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3. Carvalho MLO, Pirotta KCM, Schor N. Participação algarismos arábicos, na ordem em que forem citadas no
masculina na contracepção pela ótica feminina. Rev texto. A cada uma deve ser atribuído um título breve,
Saúde Pública [periódico na internet]. 2001 [acesso em evitando-se linhas horizontais ou verticais. Notas
25 maio 2004];35:23-31. Disponível em: explicativas devem ser limitadas ao menor número possível
http://www.scielo.br/scielo.php?script= e colocadas no rodapé das tabelas, não no cabeçalho ou
sci_arttext&pid=S0034 -9102001000100004& título. Os arquivos não poderão ser apresentados em
lng=pt&nrm=iso&tlng=pt formato de imagem.
h) Legislação: Quadros – são identificados como tabelas, seguindo
1. Ministério da Agricultura, Pecuária e numeração única em todo o texto. A exemplo das tabelas,
Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. devem ser apresentados, da mesma forma, em folhas
Instrução Normativa n. 62, de 26 de agosto separadas ou arquivo a parte, numerados consecutivamente
de 2003. Oficializa os métodos analíticos oficiais com algarismos arábicos, na ordem em que forem citados
para análises microbiológicas para o controle de no texto. Também não poderão ser apresentados no formato
produtos de origem animal e água. Diário Oficial de imagem.
da União. 18 set. 2003; Seção 1:14. Figuras – fotografias, desenhos, gráficos etc., citados
2. São Paulo (Estado). Lei n. 10.241, como figuras, devem ser numerados consecutivamente, em
de 17 de março de 1999. Dispõe sobre algarismos arábicos, na ordem em que forem mencionados
os direitos dos usuários dos serviços e das ações no texto, por número e título abreviado no trabalho. As
de saúde no Estado e dá outras providências. legendas devem ser apresentadas conforme as tabelas. As
Diário Oficial do Estado de São Paulo. ilustrações devem ser suficientemente claras para permitir
18 mar. 1999; Seção 1:1. sua reprodução, em resolução de no mínimo 300 dpi.
3. Casos não contemplados nestas instruções devem Orientações Gerais – tabelas, ilustrações e outros
ser citados conforme indicação do Committee of elementos gráficos devem ser nítidos e legíveis, em alta
Medical Journals Editors (Grupo Vancouver), resolução. Se já tiverem sido publicados, mencionar a
disponível em fonte e anexar a permissão para reprodução. O número de
http://www.cmje.org. elementos gráficos está limitado ao definido em cada tipo
Tabelas – devem ser apresentadas em folhas separadas de artigo aceito pelo BEPA. Abreviaturas, quando citadas
ou arquivo a parte, numeradas consecutivamente com pela primeira vez, devem ser explicadas.
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