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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

COORDENADORIA GERAL DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO


CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

DANIELA FARIAS GUERRA DE MEDEIROS

CHECKLIST PARA MONTAGEM, INSPEÇÃO E DESMONTAGEM DE ANDAIME


SIMPLESMENTE APOIADO.

JOÃO PESSOA
2019
M488C Medeiros, Daniela Farias Guerra de.
Checklist para Montagem, Inspeção, Desmontagem de
Andaime simplesmente apoiado/
Daniela Farias Guerra de Medeiros- João Pessoa, 2019.
84f.

Orientador (a): Prof. Edvaldo Nunes.


Monografia (Curso Engenharia da segurança do Trabalho) –
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

1 Checklist. 2 Andaime. 3 Montagem. 4 Inspeção. 5


Desmontagem I.Título.

UNIPÊ / BC CDU – 624-1:331.45


DANIELA FARIAS GUERRA DE MEDEIROS

CHEKLIST PARA MONTAGEM, INSPEÇÃO E DESMONTAGEM DE ANDAIME


SIMPLESMENTE APOIADO.

Projeto da monografia apresentada para obtenção


do título de Especialização no curso de
Engenharia de Segurança do Trabalho,
Coordenação Geral dos Cursos de Pós-Graduação
- Departamento Acadêmico de Engenharia Civil,
Centro Universitário de João Pessoa,UNIPÊ.
Orientador: Professor Ms. Edvaldo Nunes da
Silva Filho.

JOÃO PESSOA
2019
DANIELA FARIAS GUERRA DE MEDEIROS

CHEKLIST PARA MONTAGEM, INSPEÇÃO E DESMONTAGEM DE ANDAIME


SIMPLESMENTE APOIADO.

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso de
Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Centro Universitário de João Pessoa –
UNIPÊ, pela comissão formada pelos professores:

_____________________________________________
Professor Ms. Edvaldo Nunes da Silva Filho.
Orientador

Banca:

_____________________________________________

_____________________________________________

_____________________________________________

JOÃO PESSOA
2019
À Deus.
A meu marido, minha filha e aos meus pais, que sempre com
carinho, me deram a oportunidade e sempre me apoiam.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me conduzido com saúde e sabedoria até aqui.
Aos meus pais Antonio Geraldo de Souza Guerra e Ana Lylia Farias Guerra, pela
educação e pelo incentivo aos estudos.
A meu esposo Everaldo Medeiros, que me incentivou a entrar no Curso de Pós
Graduação, e que sempre me motivou a chegar até aqui.
A minha filha Isabela Guerra de Medeiros, que me e o amor da minha vida.
A Meu orientador Edvaldo Nunes, por ter aceitado meu convite de orientação.
A todos os meus amigos, meu muito obrigada.
RESUMO

Os andaimes são estruturas auxiliares de fundamental importância perante as atividades


realizadas nas obras da construção civil, sendo utilizadas em diversas etapas da obra. Se faz
necessário que essas atividades executadas sob as referidas estruturas, devam seguir as normas
estabelecidas pelos órgãos responsáveis, de modo a garantir a segurança do trabalhador no
exercício de sua profissão.O objetivo deste trabalho é levantar, através de dados concretos, com
base na Norma Regulamentadora ( NR18, NR 34, NR 35) e na Norma Brasileira ( NBR 6494), as
condições de uso do equipamento com segurança. Diante disso, será elaborado um checklist para
montagem, inspeção e desmontagem de andaime simplesmente apoiado. Conclui-se que, com
ações preventivas rápidas e de fácil aplicação muitos riscos e possíveis acidentes poderiam ser
evitados, garantindo, assim, à segurança do trabalhador no exercício de sua atividade.

Palavras-chave: Checklist. Andaimes. Montagem. Inspeção. Desmontagem.


ABSTRACT
The scaffolds are auxiliary structures of fundamental importance in the developed activities by
civil construction in such a way that are used in several stages of work.It is crucial for that
activities, which are performed under that structures, must follow the responsible Authority rules
in order to ensure the workers´ safety in the exercise of their profession.The aim of this study is
to evaluate, through the specific data, on the base of Regulatory Norm – RN18, RN34, RN35 and
the Brazilian Regulatory Norm – BRN 6494, the safety conditions of the equipment uses. Thus,
will be elaborated a checklist for assembly, inspection and disassembly of simply scaffolding
simply supported.Therefore, by fast preventive actions and easy application a plenty of risks and
possible accidents could be avoided, thereby guaranteeing the worker safety in the course of its
profession.

Key-words: Checklist. Scaffolds. Assembly. Inspection. Disassembly.


LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Andaime de trabalho no Egito.
Figura 02 Andaime de trabalho feito em madeira.
Figura 03 Scaffixer: sistema de encaixe metálico para peças de madeira, ano 1911.
Figura 04 Propaganda da década de 1950, mostrando exemplares de andaimes de quadro
tubular de encaixe.
Figura 05 Execução do Congresso Nacional em Brasília, entre 1958 e 1960.
Figura 06 Principais componentes de uma estrutura típica de andaime simplesmente apoiado
– Tubular de Encaixe.
Figura 07 Andaime suspenso mecânico - Pesado.
Figura 08 Andaime suspenso mecânico - Leve.
Figura 09 Andaime em balanço.
Figura 10 Andaime simplesmente apoiado – Tipo Tubular de encaixe.
Figura 11 Tipos de conectores mais comuns. (a) braçadeira fixa, (b) braçadeira giratória, (c)
luva.
Figura 12 Andaime simplesmente apoiado – Tubo e braçadeira.
Figura 13 Detalhes da estrutura do quadro de andaime. (a) exemplos de seções típicas, (b)
tipos de solda, (c) exemplos de modelos de travas de encaixe das diagonais.
Figura 14 Andaime tubular de encaixe – Torre simples de acesso.
Figura 15 Andaime tubular de encaixe – Torre para serviço de fachada.
Figura 16 Andaime multidirecional.
Figura 17 Andaime multidirecional.
Figura 18 Equipamentos de proteções individuais - EPI
Figura 19 Andaime simplesmente apoiado – tubular de encaixe.
Figura 20 Base do andaime irregular.
Figura 21 Torre de andaime sem fixação.
Figura 22 Andaime sem guarda-corpo, rodapé, sinalização e isolamento.
Figura 23 Andaime sem sinalização e delimitação da área de trabalho.
Figura 24 Trabalho sobre andaime sem cinto de segurança.
Figura 25 Andaime próximo a rede elétrica.
Figura 26 Irregularidade da norma regulamentadora.
LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Causas dos acidentes.


Quadro 02 Analise Preliminar de Risco.
Quadro 03 Permissão de trabalho.
Quadro 04 Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.
Quadro 05 Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado
(Tubular de Encaixe).
Quadro 06 Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional.
Quadro 07 Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.
Quadro 08 Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado
(Tubular de Encaixe).
Quadro 09 Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional.
Quadro 10 Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.
Quadro 11 Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado
(Tubular de Encaixe).
Quadro 12 Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS


APR ANALISE PRELIMINAR DE RISCO.
ART ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.
CAT COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO.
DIN DEUTSCHE INDUSTRIE NORMEN
EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
EPC EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVO.
KPA QUILOPASCAL
KGF KILOGRAMA-FORÇA.
MTE MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
NBR NORMA BRASILEIRA
NR NORMA REGULAMENTADORA
PT PERMISSÃO DE TRABALHO
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................14
1.1 Justificativa ...........................................................................................................................................15
1.2 Objetivos ...............................................................................................................................................16
1.2.1 Objetivo Geral .....................................................................................................................................16
1.2.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................................................16
2REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................16
2.1 Breve história sobre o surgimento dos andaimes ..............................................................................16
2.2 Breve história sobre a utilização do andaime no Brasil ....................................................................21
2.3 Andaimes...............................................................................................................................................22
2.4 Tipos de andaimes ................................................................................................................................25
2.4.1 Andaimes suspensos mecânicos ..........................................................................................................26
2.4.1.1 Andaimes suspensos mecânicos – pesados ......................................................................................26
2.4.1.2 Andaimes suspensos mecânicos – leves...........................................................................................26
2.4.2 Andaimes em balanço .........................................................................................................................27
2.4.3 Andaimes simplesmente apoiados ......................................................................................................27
2.5 Tipos de andaimes simplesmente apoiados ......................................................................................28
2.5.1 Tubos e Braçadeiras ............................................................................................................................28
2.5.2 Quando pré-fabricado (tubular de encaixe) .........................................................................................30
2.5.3 Multidirecional ....................................................................................................................................33
3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÕES .................................................................................................35
3.1 Equipamento de proteção coletivo (EPC) ........................................................................................35
3.2 Equipamento de Proteção Individual (EPI).......................................................................................35
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL .............................................................................................................37
4.1 Norma Rgulamentadora (Nr-18) – Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da
construção ...................................................................................................................................................37
4.2 Norma Regulamentadora (NR-34) – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção, reparação e desmonte naval..................................................................................................42
4.2.1 Elementos Constitutivos ......................................................................................................................43
4.2.2 Dos Andaimes Tubulares ....................................................................................................................44
4.2.3 Dos Andaimes Multidirecionais ..........................................................................................................44
4.2.4 Requisitos para Trabalhos em Andaimes ............................................................................................44
4.2.5 Montagem e Desmontagem de Andaimes ...........................................................................................45
4.2.6 Liberação para Utilização de Andaimes ..............................................................................................46
4.2.7 Armazenagem .....................................................................................................................................46
4.3 Norma Regulamentadora (Nr-35) – Trabalho em Altura ................................................................46
4.3.1 Capacitação e Treinamento .................................................................................................................47
4.3.2 Planejamento, Organização e Execução ..............................................................................................48
4.4 Norma Brasileira (Nbr-6494) – Segurança Nos Andaimes ...............................................................50
4.5 Segurança e Proteção nos Andaimes ..................................................................................................52
4.6 Segurança na Utilização dos Andaimes ..............................................................................................53
4.7 Andaimes Simplesmente Apoiados .....................................................................................................54
5. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM ANDAIMES ..............................56
6. PROGRAMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA EM TRABALHOS – ANDAIMES ...................61
6.1 Analise Preliminar de Risco (APR) ....................................................................................................62
6.2 PermissãO de Trabalho – PT ..............................................................................................................64
6.3 Diferença de APR E PT .......................................................................................................................66
7. LISTA DE VERIFICAÇÃO – CHECKLIST PARA ANDAIME .......................................................67
7.1 Importância do Checklist ....................................................................................................................67
7.2 Checklist – Montagem ..........................................................................................................................68
7.2.1 Ckecklist Montagem – Tubo e Braçadeira ..........................................................................................68
7.2.2 Ckecklist Montagem – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe) .................................................70
7.2.3 Ckecklist Montagem – Multidirecional ...............................................................................................71
7.3 Checklist – Inspeção .............................................................................................................................72
7.3.1 Ckecklist Inspeção – Tubo e Braçadeira .............................................................................................73
7.3.2 Ckecklist Inspeção – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe).....................................................74
7.3.3 Ckecklist Inspeção – Multidirecional ..................................................................................................75
7.4 Checklist – Desmontagem ....................................................................................................................76
7.4.1 Ckecklist Desmontagem – Tubo e Braçadeira .....................................................................................76
7.4.2 Ckecklist Desmontagem – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe) ............................................77
7.4.3 Ckecklist Desmontagem – Multidirecional .........................................................................................78
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................79
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................81
14

1. INTRODUÇÃO

Quando se pensa em Engenharia Civil, geralmente lembra-se de obras que fazem parte do
dia a dia, como casas, pontes, edifícios e viadutos. Em todas essas obras, um personagem muito
importante (e pouco lembrado) estava presente, sustentando os trabalhadores e todas as suas
ferramentas. Este tal personagem é o Andaime.
O andaime é uma estrutura montada, de caráter provisório, usada para sustentar os
trabalhadores para execução de serviços em locais de grande altura, com a utilização de
ferramentas e equipamentos, com a finalidade de facilitar a construção ou o reparo da obra.
Ao longo dos anos, tem se presenciado à introdução de melhorias nos métodos de trabalho
com andaimes, ou seja, as mudanças trazidas pelo desenvolvimento da tecnologia, do
acompanhamento por normalização e até por legislação, resultou em melhorias tanto nas
ferramentas, equipamentos, como até em seus materiais.
Porém, segundo Lordsleem et al. (2008), uma das principais causas de acidentes na
construção civil, inclusive de acidentes fatais, é a queda em altura de operários ou materiais de
construção. Dentro dos diversos segmentos industriais, a indústria da construção civil é
responsável por um dos maiores índices de acidentes no trabalho, segundo informações do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
No ano de 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho (CAT) feitas pelas
empresas de construção ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 37.057 se referiam a
quedas, o que corresponde a 10,6% dos registros. Os dados revelam que os locais onde mais
acontecem acidentes por queda são na construção civil, no transporte de carga, no comércio e nos
hospitais. Esses acidentes geralmente têm relação com escadas, andaimes, estruturas e veículos
motorizados. Em 2017, 56 trabalhadores morreram após caírem de andaimes e plataformas de
trabalho (AGÊNCIA BRASIL, 2018).
Em entrevista ao Laboratório de Segurança e Ergonomia da Universidade Federal de
Pelotas (2017), o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), Rinaldo
Marinho relata que: “Entre 1988 e 2011 ocorreram 82.171 mortes no trabalho em nosso país e
continuam a ocorrer, segundo estatísticas oficiais, 2.800 mortes por ano, o que considera
inaceitável, pois a grande maioria é resultado de acidentes e doenças plenamente evitáveis”.
15

Segundo Martins (2005), nos procedimentos realizados dentro dos canteiros de obras que,
em geral, estão relacionados com quedas de altura estão diretamente relacionados à falta de:
processo de projeto, de treinamento, gerenciamento, supervisão e cultura de segurança.
Isto leva a pensar sobre a necessidade que as empresas precisam ter no processo de
identificação dos riscos de acidentes no ambiente de trabalho, proporcionando aos funcionários
segurança para exercer suas atividades de forma eficaz.
O uso do Checklist no ambiente organizacional serve como uma técnica de controle
auxiliar, como método de prevenção de acidentes, a fim de assegurar que todas as etapas ou itens
foram cumpridos de acordo com as normas de segurança e dos procedimentos adequados da
empresa.
É a partir da verificação que se pode descobrir, se o estabelecimento tem uma boa
qualidade de trabalho para a atuação de funcionários, assim como se é boa a qualidade de vida
dos trabalhadores.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como tema Checklist para montagem,
desmontagem e inspeção de andaime simplesmente apoiado. Para a elaboração deste TCC utilizei
como base as normas existentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as
Normas Regulamentadoras (NR 18) que especificam as condições da montagem, desmontagem e
inspeção.

1.1 Justificativa

O principal foco das normas regulamentadoras NR e da ABNT é a prevenção dos riscos


no local de trabalho, cabendo a todos os envolvidos no setor da construção, a garantia de
segurança aos seus trabalhadores no exercício de suas funções, de forma a garantir o bem estar e
a integridade física dos mesmos.

Na norma regulamentadora NR18, o item 18.15 traz as regras para utilização de


andaimes e plataformas de trabalho. A norma estabelece diretrizes de ordem
administrativa, planejamento e organização, objetivando a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho da indústria da construção (ZONTA
et al, 2012, p.70).
16

Portanto, será possível contextualizar o tema proposto na realidade atual a partir


das normas regulamentadoras NR18, NR 34, NR 35 e NBR 6494, que são as que conduzem aos
procedimentos de inspeções, ou seja, ao “checklist” de montagem, desmontagem e inspeção.
Neste processo, o checklist compreende a quantificação dos itens que poderão
expor à situações perigosas os trabalhadores que utilizam andaimes simplesmente apoiado.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Elaborar um checklist para montagem, inspeção e desmontagem dos andaimes


simplesmente apoiado.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Analisar as normas técnicas delimitadas pela NR-18.13(Medidas de proteção


contra quedas de altura), NR-18.15 (Andaimes e Plataformas de Trabalho), NR-
34.11 (Montagem e Desmontagem de Andaimes), NR-35 (Trabalho em altura) e
NBR-6494 (Segurança nos andaimes).
 Desenvolver um checklist para montagem, inspeção e desmontagem de andaimes
simplesmente apoiado, dividindo em 03 tipos – Andaime de tubo e braçadeiras;
Andaimes pré-fabricados (tubular de encaixe); Andaime Multidirecional.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Breve história sobre o surgimento dos andaimes

O andaime é uma das partes vitais do processo da construção, sem eles não seriamos
capazes de acessar determinados locais, nem mesmo deslocar materiais necessários para construir
de forma segura. Para melhor entender como esse ofício evoluiu até o nosso tempo, é importante
compreender brevemente como esse processo vem sendo utilizado pelo homem há milhares anos.
Segundo D'Alessio (2012), é de se imaginar que a primeira forma de andaime tenha sido
desenvolvida usando troncos de árvores amarrados com laços feitos a partir de raízes e galhos,
17

com o objetivo de possibilitar a execução de abrigos mais altos, em uma época em que o homem
ainda só habitava abrigos simples ao nível do chão.
Os egípcios usavam andaimes de madeiras para execução das estatuas dos faraós,
conforme pode se observar na Figura 01, que retrata a utilização do andaime para execução das
obras no Egito.

Figura 01 - Andaime de trabalho no Egito (Imagem do mural de um túmulo em Tebas, por volta
de 1450 a.C)

Fonte: Ramos Filho (2012).

Já os romanos desenvolveram estruturas extensas em seu Império, incluindo aquedutos,


pontes e barragens, tudo com a utilização de andaimes de madeiras. Na Grécia, temos o
Parthenon e muitas grandes obras importantes para a cultura local e mundial.
Entre os anos de 1877 e 1885, há registro de imagem que mostra a Estátua da Liberdade
envolvida por andaimes de madeira durante o período de sua construção na capital francesa.
Outra estrutura notável pela complexidade, que também se encontra nesse mesmo
registro, foi a Torre Eiffel durante seu primeiro estágio de obra, acompanhada de um andaime de
madeira. Todas essas obras têm um fator comum: o andaime de madeira conforme figura 02.
18

Figura 02 - Andaime de trabalho feito em madeira.

Fonte: Digital Collections (2013)

Com a industrialização bem consolidada no início do século XX, a produção de aço vinha
sendo desenvolvida em larga escala, ao mesmo tempo em que os cálculos estáticos iam sendo
aperfeiçoados, o que permitia dimensionar mais precisamente as estruturas, deixando-as cada vez
mais esbeltas.
Entretanto, foi somente a partir do início dos anos 1920, que esse conceito de perfis leves
de aço com seção tubular, fixados entre si por braçadeiras metálicas, começou a ocupar o espaço
da madeira, na construção de andaimes na América do Norte e na Europa Ocidental. Esse avanço
tecnológico trouxe bastante economia para os andaimes, reduzindo o tempo de montagem, além
de possibilitar uma análise mais precisa das cargas e resistência geral da estrutura.
Segundo Collin Waters (2016), foi nesse período que houve a transição do uso comum do
andaime de madeira, sem nenhuma espécie de normatização, para o início do padrão
cuidadosamente regulamentado que temos hoje. Um dos grandes responsáveis por essa transição
foi sem dúvida um inventor inglês chamado Daniel Palmer-Jones, carinhosamente conhecido
como o "Avô dos Andaimes".
Daniel Palmer-Jones, juntamente com seu irmão David Henry-Jones, montou na
Inglaterra, no ano de 1906, uma empresa especializada em andaimes, chamada Patent Rapid
Scaffold Tie Company Ltd., onde se iniciou o processo de padronização das práticas e normas do
ramo, juntamente com pesquisas e o desenvolvimento de novas técnicas.
19

Envolvidos nesse comércio há algum tempo, eles perceberam a necessidade de elaborar


um conjunto padronizado de fixações, que unisse de forma mais segura não só os populares
troncos de madeira, mas também os tubos de metal recentemente introduzidos no mercado, e que
tinham uma tendência a deslizar quando eram amarrados com os métodos tradicionais de laço.
Após um grande número de experimentos, os irmãos desenvolveram uma solução batizada rapid
scaffixers, que utilizava correntes de ferro amarradas a pequenas peças cravadas na madeira
conforme figura 03.

Figura 03 - Scaffixer: sistema de encaixe metálico para peças de madeira, ano 1911.

Fonte: Google Patents (2019)

Conforme Campolina (2017), Com o avanço da metalurgia, por volta do início dos anos
1920, a indústria passou a fabricar tubos de aço com diâmetros padronizados. Esses tubos de aço
começaram a ser utilizados também nas estruturas de andaimes. Esse sistema procurava unir os
tubos por meio de parafusos e porcas, de maneira muito mais robusta que a antiga junção por
meio de correntes ou cordas. Esse novo item, conhecido como braçadeira metálica, era
relativamente simples, entretanto, foram estrategicamente pensados para se encaixarem
perfeitamente no padrão existente da indústria de tubos e, por isso, começaram a ser utilizados
desde então.
De certa forma, esse invento revolucionou a construção civil, tornando-se um símbolo
para o desenvolvimento moderno, pois permitiu erguer edifícios altos, com maior velocidade e
segurança, marcando uma nova era de arranha-céus.
Assim, D. Alessio (2012), esse novo sistema metálico começou a substituir os tradicionais
postes de madeira, que passaram a ser vistos cada vez menos nas estruturas de andaimes na
América do Norte e na Europa Ocidental. A partir disso, seguindo o exemplo inglês, vários
outros países do mundo também adotaram os tubos metálicos para montagem dos andaimes,
20

impulsionando o desenvolvimento de inúmeras variações de braçadeiras e outros novos


componentes.
Nesse período, já era possível encontrar tubos e braçadeiras fabricados com alumínio,
cerca de duas vezes e meio mais leves que os de aço, assegurando uma montagem e
desmontagem muito mais rápida. Mas, ainda assim, na maioria dos casos, a relação inicial de
custo-benefício não se sustentava, deixando esse material restrito a casos especiais em que o peso
e a aparência eram muito importantes (D'ALESSIO, 2012).
Com os tubos já amplamente disseminados no mercado, em meados dos anos 1930,
iniciou-se a prática de soldá-los entre si, formando os quadros pré-fabricados. Esse modelo de
andaime surgiu na cidade de Milwaukee, nos Estados Unidos, criado por um trabalhador,
Reinhold Uecker, que havia sobrevivido a uma queda, devida ao colapso de um andaime de
madeira, em que ele trabalhava. Enquanto se recuperava dos ferimentos, Uecker concebeu um
quadro de aço que seria mais seguro e prático do que os cavaletes de madeira que ele costumava
usar (MARKS, 2016).
Com a ideia amadurecida, Uecker, juntamente com outros colegas, conseguiu fabricar os
primeiros quadros de andaimes de aço da história, fabricados inicialmente para uso próprio. Após
algum tempo de uso, amigos e parceiros de negócios viram o potencial do produto, e estabeleceu-
se uma demanda fixa que estimulou Uecker a fabricar e fornecer o invento no mercado de
andaimes por meio da empresa Safway®n (MARKS, 2016).
Bastante adotado até hoje, esses elementos foram pensados sob medida para montagem de
torres fixas e móveis, sendo frequentemente utilizados para serviços de fachada ou em reformas
de ambientes internos. Como são previamente soldados em fábrica, os quadros chegam prontos à
obra, simplificando o trabalho em campo. Cada peça é capaz de substituir ao menos três tubos e
até quatro braçadeiras, reduzindo bastante o tempo gasto para erguer a estrutura completa. Ao se
utilizar esse tipo de andaime, sua volumetria espacial torna-se menos versátil quando comparada
ao tubo e braçadeira, mas de qualquer forma é suficientemente boa para cumprir diversas funções
demandadas pela indústria da construção civil, e, por isso, foi sendo rapidamente incorporado por
ela (D'ALESSIO, 2012). Na figura 04 retrata propaganda de andaime na década de 50.
21

Figura 04 – Propaganda da década de 1950, mostrando exemplares de andaimes de quadro


tubular de encaixe.

Fonte: Revista Popular mechanics (1954)

2.2 Breve história sobre a utilização do andaime no Brasil

Nos anos de 1950, ainda se empregava predominantemente a madeira como material


principal da maioria dos andaimes utilizados em obras do país.
Impulsionadas pela corrente desenvolvimentista da época, foi somente a partir da década
de 1950 que se iniciou uma lenta transição para a utilização dos andaimes de metal, marcando o
início da evolução dessas estruturas no país. As primeiras empresas especializadas em andaimes
tubulares foram a Mills, em 1952, no Rio de Janeiro e a Rohr, na capital paulista, no ano de 1963,
estas foram as pioneiras no fornecimento desse tipo de estrutura para grandes obras da época
(Campolina de Paula, 2017).
Podemos destacas as obras notáveis deste período, foi à construção da capital do Brasil
“Brasilia”, entre os anos de 1956 e 1960. Com os registros fotográficos podemos analisar,
conforme figura 05, durante a construção dos prédios, a presença dos andaimes de pré-fabricados
metálicos.
22

Figura 05 – Execução do Congresso Nacional em Brasília, entre 1958 e 1960.

Fonte: Museu da Educação (2017)

O avanço permitido com a chegada do andaime de aço possibilitou um desenvolvimento


mais rápido e incisivo na construção civil. Isto pode ser observado, inclusive, quando
comparamos as diferenças existentes no Continente Europeu e no Norte-Americano, que
puderam desfrutar de sua chegada antes do Brasil.
Por outro lado, de lá para cá, muita coisa vem mudando e a utilização de andaimes no
Brasil evoluiu bastante nos últimos anos, acompanhando de perto as tendências europeias e norte-
americanas e hoje em dia podemos contar praticamente com as mesmas tecnologias disponíveis
em qualquer país de ponta.

2.3 Andaimes

Segundo a Norma Brasileira (NBR) 6494/1990, “Segurança nos Andaimes”, aindaime pode ser
definido como: Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam
ser executados em condições de segurança a partir do piso. São utilizados por estruturas provisórias, que
permitem o acesso de pessoas e equipamentos aos locais de trabalho, usualmente superfícies verticais. São
utilizados em serviços de construção, reforma, demolição, pintura, limpeza e manutenção.

Conforme a norma Alemã DIN 4420, “Segurança Nos Andaime”, andaime é especificado
como estrutura que auxiliar a construção sendo um equipamento provisório.
23

Segundo Nakatani Akemi (2013), utilizados há muitos anos como plataformas de


trabalho, estas estruturas provisórias têm como principais componentes: as plataformas, o guarda-
corpo, a estrutura, os cabos de aço, os guinchos ou catracas e motores, as vigas metálicas, as
sapatas, os contraventamentos, as rampas e as escadas, as talhas e os guinchos portáteis, que
formam um conjunto com a função de garantir a segurança do trabalhador na realização da sua
atividade. Na parte de sustentação, além de sustentar o trabalhador, também dar suporte as suas
ferramentas e materiais imediatamente necessários para a execução do serviço, de modo a evitar a
queda de pessoas e do próprio andaime, de objetos, à ruptura do piso por sobrecarga, dentre
outros possíveis acidentes durante sua utilização.
Com relação a estes elementos, podemos melhor visualizá-los a partir da seguinte
explanação:

1) Plataformas de trabalho são superfícies horizontais dimensionadas a suportar as cargas a


elas atribuídas, “considerando trabalhadores, ferramentas e materiais de trabalho”
(SAMPAIO, 1998, p. 211).
2) Guarda-corpo tem por função a proteção do trabalhador e sua estrutura é definida pela
NR-18.13.5, que assim como a norma europeia prevê uma proteção principal, uma
intermediária e o rodapé. Estas se diferenciam pelas alturas estipuladas para cada
elemento, que segundo a norma regulamentadora deve ser de 1,20m para o travessão
superior, 0,70m para o travessão inferior e 0,20cm para o rodapé. Deverá ser previsto
ainda o fechamento dos vãos entre as travessas, que deve ser preenchido com tela ou outro
dispositivo que garanta o fechamento seguro destas.
3) Estrutura constitui-se de todos os “elementos de apoio e de suporte necessários para a
construção do andaime” (SAMPAIO, 1998, p. 212).
4) Cabos de aço devem ter “carga de ruptura equivalente a, no mínimo, cinco vezes a carga
máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus fios de, no
mínimo, 160kgf/mm²” (SAMPAIO, 1998, p. 212).
5) Guinchos ou catracas e motores estão presentes nos andaimes suspensos mecânicos e são
“dispositivos que enrolam os fios do cabo de aço para subida ou descida do andaime”
(SAMPAIO, 1998, p. 212).
24

6) Vigas metálicas são “responsáveis pela sustentação do andaime” (SAMPAIO, 1998,p.


212).
7) Sapatas são “peças horizontais destinadas a distribuir as cargas dos montantes verticais
sobre o terreno” (SAMPAIO, 1998, p. 214).
8) Contraventamentos são “peças fixadas nos montantes por meio de parafusos, abraçadeiras
ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo a assegurar a
estabilidade e rigidez necessárias” (SAMPAIO, 1998, p. 214).
9) Rampas e escadas devem ser meios seguros e ergonômicos para que os operários possam
acessar os andaimes, além de ser dimensionadas de acordo com o fluxo de trabalhadores,
devem respeitar a largura mínima de 0,80m de largura e a existência de patamar
intermediário a cada 2,90m.
10) Talhas e guinchos portáteis são “utilizados para elevar materiais aos andaimes”
(SAMPAIO, 1998, p. 215).
A figura 06 retrata o andaime tipo tubular de encaixe com seus principais componentes.

Figura 06 – Principais componentes de uma estrutura típica de andaime simplesmente apoiado –


Tubular de Encaixe.

Fonte: Ramos Filho (2012).


Todos os componentes que formam os andaimes são estruturas que auxiliam em diversos
campos da construção civil e vem sofrendo grandes modificações técnicas.
Com relação ao uso de materiais para sua confecção, o aço é o mais qualificado, pois além
de ser econômico, é sustentável, já que “permite montar andaimes com o mínimo de peças
25

individuais e com elementos reutilizáveis cujas peças desgastadas podem ser repostas” (RAMOS
FILHO, 2012, p. 45), já que “o uso de alumínio de alta resistência ainda apresenta restrições
econômicas e a madeira esta restrita ao piso da plataforma e aos rodapés” (RAMOS FILHO,
2012, p. 45). Esta liga, composta basicamente de ferro com pequenas quantidades de carbono, se
destaca pela sua resistência mecânica e pela sua ductibilidade, sendo utilizada, pela maioria dos
construtores, em forma de tubo, o que se deve a razões técnicas, já que nesta forma, o aço
apresenta uniformidade no momento de inércia, proporcionando maior resistência. Com reação as
razões de ordem prática, podemos identificar a facilidade de armazenamento, transporte, limpeza,
manejabilidade, dentre outras características.
Para garantir a segurança dos andaimes de apoio, é importante seguir as normas técnicas
brasileiras, a NBR 8261/2010 responsável por fixar as condições exigíveis para encomenda,
fabricação e fornecimento de perfil tubular, de aço carbono, formado a frio, com e sem costura.
Com relação à segurança dos trabalhadores as Normas Regulamentadoras a serem
seguidas são a NR 18, NR 34, NR 35 com fundamento da Norma Brasileira a NBR 6494/1990,
que tem por objetivo fixar as condições exigíveis de segurança quanto a sua condição estrutural,
bem como a segurança das pessoas que nele trabalham e transitam, aplicando-se aos andaimes
que auxiliam o desenvolvimento vertical das construções e também aqueles que operam em
construções já elevadas para efeito de reparos.

2.4 Tipos de andaimes

Conforme vimos nas definições, o sistema ideal deve ser leve e flexível para ser erguido
de maneira rápida e inteligente. Porém, existem diversos tipos de andaimes de apoio com essas
características, o que pode tornar a escolha uma tarefa não muito simples. De maneira geral, não
existe uma regra pré-definida, tudo dependerá de condicionantes específicos em cada situação,
seja no âmbito executivo, quanto no econômico. Na prática, em quase todos os casos, as pessoas
tendem a escolher o método mais barato disponível para eles. Isto é, desde que o andaime cumpra
naturalmente todos os requisitos de segurança e, ao mesmo tempo, se encaixe no escopo de
trabalho.
Neste trabalho foram apresentados os tipos de andaimes disponíveis no mercado da
indústria da construção civil, para que se possa identificar suas principais características, a fim de
26

extrair o que ele pode oferecer de melhor, além de ajudar nortear na escolha com segurança e
economia.
Classificação dos andaimes: suspensos mecânicos (pesados e leves); em balanço;
simplesmente apoiados.

2.4.1 Andaimes suspensos mecânicos

Andaimes, pesados ou leves, em que o estrado é sustentado por travessas metálicas ou de


madeira, suportado por meio de cabos de aço, movimentando-se no sentido vertical com auxílio
de guinchos.

2.4.1.1 Andaimes suspensos mecânicos – pesados

Andaimes cuja estrutura e dimensões permitem suportar cargas de trabalho de 4 kPa (400
kgf/m2) no máximo, respeitando os fatores de segurança de cada um dos seus componentes
conforme figura 07.

Figura 07 – Andaime suspenso mecânico - Pesado.

Fonte: José Carlos de Arruda (1998).

2.4.1.2 Andaimes suspensos mecânicos – leves

Andaimes cuja estrutura e dimensões permitem suportar carga total máxima de trabalho
de 3 kN (300 kgf), respeitando os fatores de segurança de cada um dos seus componentes como
mostra figura 08.
27

Figura 08 – Andaime suspenso mecânico - Leve.

Fonte: BARAM (2019)

2.4.2 Andaimes em balanço

Andaimes que se projetam para fora da construção são suportados por vigamentos ou
estruturas em balanço, que tenham sua segurança garantida, seja por engastamento ou outro
sistema de contrabalanceamento no interior da construção, podendo ser fixos ou deslocáveis
figura 09.

Figura 09 – Andaime em balanço.

Fonte: Construmaq (2019)

2.4.3 Andaimes simplesmente apoiados

Andaimes cuja estrutura trabalha simplesmente apoiada podem ser fixos ou deslocáveis
horizontalmente. A figura 10 mostra um andaime simplesmente apoiado – tipo Tubular de
encaixe.
28

Figura 10 – Andaime simplesmente apoiado – Tipo Tubular de encaixe.

Fonte: Rental Equipamentos (2019)

2.5 Tipos de andaimes simplesmente apoiados

Como o trabalho está direcionado para andaime simplesmente apoiado, vale destacar os
tipos de equipamentos com relação a este tipo.
Por isso, é fundamental conhecer um pouco mais cada sistema, para saber extrair o que ele
pode oferecer de melhor e nortear a escolha. A seguir, veremos os principais tipos de andaimes
apoiados metálicos disponíveis no mercado global.

2.5.1 Tubos e Braçadeiras

Segundo Campolina (2017), do original inglês, tube and clamp, esse é o pioneiro dos
andaimes metálicos, desenvolvido no início do século XX, sendo amplamente utilizado em várias
regiões do mundo. Já Viunov (2011), é o sistema mais versátil do mercado, constituído
basicamente por tubos e braçadeiras metálicas como mostra a figura 11. Pode ser montado com
inúmeras variações volumétricas, sendo extremamente flexível em qualquer plano espacial.
Conforme Campolina (2017) a grande vantagem desse sistema, além do baixo custo
inicial, é a liberdade modular que se pode obter ao posicionar as braçadeiras livremente em
qualquer ponto do tubo. Isso permite a criação de pisos em qualquer nível, e, ao mesmo tempo, a
criação de vãos com qualquer modulação desejada, ficando limitado apenas por questões de
29

engenharia, conforme mostra a figura 12, em que podemos verificar a montagem de andaime
tubo e braçadeira em um cilindro.

Figura 11 – Tipos de conectores mais comuns. (a) braçadeira fixa, (b) braçadeira giratória, (c)
luva.

Fonte: Rohr, catálogo tubular (2008).

Segundo Marks (2016), certamente é o que possui menos restrições em geral e é o único
sistema onde um mesmo elemento (tubo) é utilizado em todos os eixos espaciais. E ainda,
podemos dizer que é muito mais fácil fazer ajustes de projeto em campo com o andaime de tubo e
braçadeira do que com qualquer outro sistema. Devido a essa liberdade é o preferido para
trabalhar com volumetrias curvas e irregulares, como cúpulas e abóbodas, entre outras.

Figura 12 – Andaime simplesmente apoiado – Tubo e braçadeira.

Fonte: ESTAF Equipamentos (2018)

Uma ressalva desse andaime se encontra justamente em suas conexões, que possuem a
capacidade de carga relativamente reduzida ao ser comparada aos outros sistemas, pois a
transmissão dos esforços entre os tubos é feita por meio de atrito. A qualidade do material e as
técnicas de fabricação das braçadeiras têm grande influência na capacidade estrutural, mas em
30

média, a braçadeira fixa é fabricada para suportar até 8,0 kN de carga e a giratória até 6,0 kN
(RAMOS FILHO, 2012).
Este tipo de sistema, tubo e braçadeira, exige um projeto elaborado por um profissional
qualificado e uma experiência por parte do montador, por isso, não é o andaime mais indicado
para principiantes. Por outro lado, essa liberdade que o sistema oferece, expõe o profissional a
frequentes situações passíveis de erro, podendo tornar o processo de montagem mais demorado e
oneroso. A montagem requer um projeto o auxílio de ao menos um ajudante, além de ferramentas
auxiliares para aparafusar as braçadeiras e aprumar corretamente os componentes.

2.5.2 Quando pré-fabricado (tubular de encaixe)

Com a introdução do tubo e da braçadeira no mercado da construção na Europa no


período de 1920, a evolução do pré-fabricado foi muito importante para o segmento de andaimes
de aço. Este material tem como características sua simplicidade de montagem e baixo custo de
material e mão de obra.
Na construção civil, ele ficou consagrado, e provavelmente é o sistema mais conhecido
pelos operários de obra, sendo bastante utilizado em serviços da construção civil. São vários
modelos com medidas e acessórios diferentes que oferecem alternativas de montagem para vários
tipos de serviços. Alguns modelos mais típicos podem ser visto conforme figura 13.
31

Figura 13- Detalhes da estrutura do quadro de andaime. (a) exemplos de seções típicas, (b) tipos
de solda, (c) exemplos de modelos de travas de encaixe das diagonais.

Fonte: D'ALESSIO (2012)

Segundo Campolina (2017), o princípio construtivo desse andaime metálico é uma


composição bem simples de pequenas estruturas padronizadas, formadas pelo encaixe de 02
(dois) quadros tubulares travados entre si, por meio de diagonais que garantem à rigidez
necessária para estabilizar a estrutura.

Figura 14- Andaime tubular de encaixe – Torre simples de acesso.

Fonte: Loca Andaimes (2019)

A desvantagem segundo Marks (2016), O uso do desse andaime possui algumas


desvantagens em relação aos outros sistemas. Em geral, uma estrutura erguida apenas com esse
tipo de andaime tende a ser menos rígida que uma estrutura similar construída com outros
sistemas, como por exemplo, o tubo e braçadeira e o multidirecional. Além do quadro geralmente
32

ser constituído por um tubo com diâmetro menor, outro fator que influencia diretamente na sua
resistência é o próprio formato. Em geral quanto menor for a sua largura, maior será a capacidade
de carga do quadro. De qualquer maneira, como é possível mesclar componentes de outros
andaimes, podemos enrijecer qualquer seção, por exemplo, com a inserção de um reforço extra,
através de um tubo e braçadeiras tradicionais.

Figura 15 - Andaime tubular de encaixe – Torre para serviço de fachada.

Fonte: Site SH (2015)

Outra desvantagem deste equipamento esta relacionado à falta de flexibilidade dos


quadros, que restringe bastante às configurações de montagem, tornando o sistema pouco
confiável para trabalhar formas estruturais atípicas, principalmente quando não há uma
continuidade linear. Vale dizer que, em espaços pouco conhecidos, sem informações precisas de
topografia ou onde há tendências de acontecer imprevistos durante a montagem, como
obstáculos, adaptações de altura, entre outros, esse sistema possivelmente não é o mais indicado.
Uma vez que a estrutura do andaime esteja montada no lugar, é mais complicado fazer
modificações.
33

Não é um sistema muito utilizado em ambientes industriais, pois o quadro não é a melhor
opção para montar estruturas complexas, expostas a muitas irregularidades, ou em espaços
confinados onde o local de acesso do material é limitado a pequenas aberturas, como em
caldeiras, por exemplo. Mais uma vez, algumas dessas desvantagens são mencionadas apenas
como considerações, ou como comparativo de outros sistemas disponíveis (MARKS, 2016).

2.5.3 Multidirecional

Introduzido no mercado da construção civil há cerca de 50 anos, esse tipo de andaime


vem sendo predominantemente utilizado nos países mais desenvolvidos.
Segundo o manual SH, o sistema de encaixe multidirecional proporciona ganhos de
velocidade e produtividade em relação aos outros modelos de andaimes além de, dispensar a
necessidade de mão de obra especializada para realizar a montagem e desmontagem das
estruturas.
Figura 16 - Andaime multidirecional.

Fonte: ESTAF Equipamentos (2019)

Este tipo de andaime uniu a rapidez da montagem do andaime de quadro pré-fabricado


(tubo de encaixe) com a flexibilidade do tubo e da braçadeira.
O sistema de andaime multidirecional é o mais inovador no mercado e vem ganhando
espaço frente aos outros modelos por sua simplicidade de montagem. Os andaimes que são
executados com esta tecnologia apresentam diversas vantagens: a dispensa o uso de mão de obra
qualificada; o total travamento da estrutura, garantindo o perfeito engastamento dos elementos da
torre, dando assim a ela maior estabilidade; as peças parametrizadas evitam erros de montagem e
34

viabilizam projetos de maior qualidade, ganhando agilidade na montagem e na desmontagem do


andaime; e um dos pontos mais importante deste sistema é a flexibilidade de vencer desafios
geométricos. Na figura 15 mostra um andaime multidirecional.
Segundo Ramos Filho (2012) o grande diferencial do sistema multidirecional é a
capacidade de garantir a chamada "montagem lógica" da estrutura, sem riscos de distorções
causadas por desalinhamentos eventuais. "Nesse termo, entende-se um tipo de construção que
possibilita somente um único procedimento de montagem, evitando erros de execução,
garantindo os ângulos certos e não necessita de ferramentas especiais".
Do ponto de vista econômico, certamente o investimento inicial para aquisição de um
andaime multidirecional é mais alto, e, consequentemente, seu aluguel também se torna mais
oneroso. No entanto, os custos adicionais atribuídos ao investimento inicial podem ser mais do
que compensados ao longo do tempo, por meio das economias de material e mão de obra
(MARKS, 2016) como mostra figura 17.

Figura 17- Andaime multidirecional.

Fonte: ESTAF Equipamentos (2015)


35

3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÕES

3.1 Equipamento de proteção coletivo (EPC)

São dispositivos utilizados no ambiente de trabalho, com o objetivo de proteger os


trabalhadores dos riscos inerentes aos processos. Equipamento de Proteção Coletivo
(EPC) é todo dispositivo, sistema ou meio físico ou móvel de abrangência coletiva, destinado a
preservar a integridade física e saúde dos trabalhadores e terceiros.
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, a
preferência pela utilização deste é maior em relação à utilização do Equipamento de Proteção
Individual (EPI), já que colabora no processo, aumentando a produtividade e minimizando os
efeitos e perdas em função da melhoria no ambiente de trabalho.
Exemplos de equipamentos de proteção coletiva:
 Fitas de demarcação reflexivas.
 Cones de sinalização.
 Bandeirolas.
 Placas de sinalização.
 Linha de vida.

3.2 Equipamento de Proteção Individual (EPI)

O Equipamento de Proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso


individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua
segurança e sua saúde.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja,
quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis e suficientes para a atenuação dos
riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidente de trabalho e/ou de
doença profissional e do trabalho.
36

Cabe ao empregador as seguintes obrigações:

 Distribuir gratuitamente o EPI adequado à função e ao risco em que o empregado esteja


exposto;
 Exigir seu uso;
 Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado;
 Substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
 Comunicar o MTE qualquer irregularidade observada.

Cabe ao empregado as seguintes obrigações:


 Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso;
 Cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal.

Figura 18 – Equipamentos de proteções individuais - EPI

Fonte: Guia trabalhista (2019)


37

4 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

4.1 Norma Rgulamentadora (Nr-18) – Condições e meio ambiente do trabalho na indústria


da construção

Em 1978, através da Portaria nº 3.214, foram aprovadas 28 (vinte e oito) NR’s. No


entanto, atualmente, temos 36 (trinta e seis) NR’s aprovadas pelo extinto Ministério do Trabalho
e Emprego.
As normas regulamentadoras são de observância obrigatória para as empresas
privadas, públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta,
bem como pelos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados redigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, 1978, n.p).

Esta norma regulamentadora estabelece algumas diretrizes de ordem administrativa, de


planejamento, de organização e de segurança, que objetivam medidas de controle e sistema
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
indústria da Construção civil.
Faz referências a muitos itens de extrema importância para o ambiente e áreas de vivência
na construção civil, somado as recomendações sobre estruturas temporárias, além de determinar e
especificar parâmetros para proteção individual e coletiva, tratando de proteções em ambientes
em altura, beirais e plataformas de trabalho.
Estabelece diretriz para montagem e desmontagem de equipamentos de andaimes,
tratando todos os aspectos existentes, desde os simples apoios até a sua desmontagem.
O capítulo 18.13 apresenta procedimentos e obrigações com relação a medidas de
proteção contra quedas de alturas. Os itens descritos a seguir referem-se a alguns dos requisitos
observados nesta parte da norma:

 As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente;


 As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e
equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de
material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar;
 A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-
corpo e rodapé deve atender aos seguintes requisitos: a) ser construída com altura de
38

1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta
centímetros) para o travessão intermediário; b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte
centímetros); c) ter vãos entre travessas, preenchidos com tela ou outro dispositivo que
garanta o fechamento seguro da abertura.

O capítulo 18.15 apresenta procedimentos e obrigações com relação à utilização de


andaimes e plataformas de trabalho. Os itens descritos a seguir referem-se a requisitos
relacionados ao uso de andaimes simplesmente apoiados e fachadeiros, sendo eles:

 O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação, deve ser


realizado por profissional legalmente habilitado;
 Os projetos de andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser
acompanhados pela respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica;
 Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança,
as cargas de trabalho a que estarão sujeitos;
 Somente empresas regularmente inscrita no CREA, com profissional legalmente
habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar
andaimes completos ou quaisquer componentes estruturais;
 As montagens de andaimes dos tipos fachadeiros, suspensos e em balanço devem ser
precedidas de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado;
 Os fabricantes dos andaimes devem ser identificados e fornecer instruções técnicas por
meio de manuais que contenham, dentre outras informações: a) especificação de
materiais, dimensões e posições de ancoragens e estroncamentos; e
b) detalhes dos procedimentos sequenciais para as operações de montagem e
desmontagem;
 As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento que não permita seu
deslocamento ou desencaixa;
 Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, deve-se observar que: a) todos
os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento específico para o tipo de
andaime em operação; b) é obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e
com duplo talabarte que possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e
39

dupla trava; c) as ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com


amarração que impeça sua queda acidental; d) os trabalhadores devem portar crachá de
identificação e qualificação, do qual conste a data de seu último exame médico
ocupacional e treinamento;
 Os montantes dos andaimes metálicos devem possuir travamento contra o desencaixe
acidental;
 O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser antiderrapante, nivelado
e fixado ou travado de modo seguro e resistente;
 O piso de trabalho dos andaimes pode ser totalmente metálico ou misto, com estrutura
metálica e forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de
madeira;
 Os pisos dos andaimes devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado;
 No PCMAT devem ser inseridas as precauções que devem ser tomadas na montagem,
desmontagem e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas;
 A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar
nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que
encubra imperfeições;
 É proibida a utilização de aparas de madeira na confecção de andaimes;
 Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras,
em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho;
 É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular sua ação;
 É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escada e outro meio
param se atingirem lugares mais altos;
 O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura;
 O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito de maneira segura por escada incorporada
à sua estrutura, que pode ser: a) escada metálica, incorporada ou acoplada aos painéis com
dimensões de quarenta centímetros de largura mínima e a distância entre os degraus
uniforme e compreendida entre vinte e cinco e trinta e cinco centímetros; b) escada do
tipo marinheiro, montada externamente à estrutura do andaime; c) escada para uso
40

coletivo, montada interna ou externamente ao andaime, com largura mínima de oitenta


centímetros, corrimãos e degraus antiderrapantes;
 O acesso pode ser ainda por meio de portão ou outro sistema de proteção com abertura
para o interior do andaime e com dispositivo contra abertura acidental.

No que diz respeito aos Andaimes Simplesmente Apoiados, pode ser apresentado da
seguinte maneira:

 Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas, sobre base sólida e nivelada
capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas;
 É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a
2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros);
 É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção
tecnicamente adequada, fixada a estrutura da mesma;
 É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os
mesmos;
 Os andaimes, cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura,
devem possuir escadas ou rampas;
 O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser escolhido, de modo
a não comprometer a estabilidade e segurança do andaime;
 Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou
altura equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado;
 O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio
de amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito;
 As torres de andaimes não podem exceder, em altura, 4 (quatro) vezes a menor dimensão
da base de apoio, quando não estaiadas.

Em relação aos andaimes fachadeiros temos que:

 Os andaimes fachadeiros não devem receber cargas superiores às especificadas pelo


fabricante. Sua carga deve ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de
pessoas e ser limitada pela resistência da forração da plataforma de trabalho;
41

 Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua
própria estrutura ou por meio de torre de acesso;
 A movimentação vertical dos componentes e acessórios para a montagem e/ou
desmontagem de andaime fachadeiro, deve ser feita por meio de cordas ou por sistema
próprio de içamento;
 Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos,
contrapinos, braçadeiras ou similar;
 Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como
travamento, após encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com
parafusos, braçadeiras ou similar;
 As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes por meio de parafusos,
braçadeiras ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo
que assegurem a estabilidade e a rigidez necessárias ao andaime;
 Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que
apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de
objetos;
 A tela deve ser completa e deve ser instalada desde a primeira plataforma de trabalho até
dois metros acima da última
A figura 19 apresenta um exemplo de andaime simplesmente apoiado tipo tubular de
encaixe, com guarda-corpo, rodapé e acessos por escadas em suas laterais conforme
especificação da norma.

Figura 19 – Andaime simplesmente apoiado – tubular de encaixe.

Fonte: Royal Máquinas e Ferramentas (2019).


42

4.2 Norma Regulamentadora (NR-34) – Condições e meio ambiente de trabalho na


indústria da construção, reparação e desmonte naval

A Norma Regulamentadora (NR 34) trata sobre as “Condições e Meios Ambientes de


Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval”, que traz no item 34.11 a
montagem, desmontagem de andaimes. Os itens descritos a seguir referem-se a requisitos
relacionados ao uso de andaimes:

 O projeto, dimensionamento, montagem e desmontagem de andaimes devem atender,


além do disposto nesta NR, às disposições contidas em normas técnicas oficiais vigentes
ou na ausência dessas normas nas normas técnicas internacionais;
 O dimensionamento dos andaimes e de sua estrutura de sustentação e fixação deve ser
realizado por profissional legalmente habilitado;
 Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança,
as cargas de trabalho a que estarão sujeitos;
 A memória de cálculo do projeto dos andaimes deve ser mantida no estabelecimento;
 Os andaimes devem ser fixados a estruturas firmes, estaiadas ou ancoradas em pontos que
apresentem resistência suficiente à ação dos ventos e às cargas a serem suportadas;
 Poderá ser dispensada a fixação quando a torre do andaime não ultrapassar, em altura, três
vezes a menor dimensão da base de apoio;
 A estrutura do andaime em balanço deve ser contraventada e ancorada para eliminar
oscilações;
 Os montantes devem ser firmemente apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada
capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas;
 Somente devem ser utilizados andaimes móveis até seis metros de altura, com rodízios
providos de travas e apoiados em superfícies planas;
 As áreas ao redor dos andaimes devem ser sinalizadas e protegidas contra o impacto de
veículos ou equipamentos móveis;
 Quando houver possibilidade de queda em direção à face interna, deve ser prevista
proteção adequada de guarda-corpo e rodapé;
 As aberturas nos pisos devem ser protegidas com guarda-corpo fixo e rodapé;
43

 A plataforma do andaime deve ser protegida em todo o seu perímetro, exceto na face de
trabalho, com: a) guarda-corpo rígido, fixo e formado por dois tubos metálicos, colocados
horizontalmente a distâncias do tablado de setenta centímetros e um metro e vinte
centímetros; b) rodapés, junto à prancha, com altura mínima de vinte centímetros;
 Os andaimes com pisos situados a mais de um metro de altura devem ser providos de
escadas ou rampas.

4.2.1 Elementos Constitutivos

 Para a montagem de andaimes, devem ser utilizadas somente peças de qualidade


comprovada para suportar cargas, em bom estado de conservação e limpeza;
 As peças devem ser inspecionadas e avaliadas periodicamente, consignando os resultados
em lista de verificação sob a supervisão de profissional legalmente habilitado;
 As peças de contraventamento devem ser fixadas, travadas e ajustadas nos montantes por
meio de parafusos, abraçadeiras ou por encaixe em pinos;
 O piso de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de
modo seguro e resistente, permanecendo desimpedido;
 As pranchas de madeira, caso sejam utilizadas, devem ser secas, com trinta e oito
milímetros de espessura mínima, de qualidade comprovada, isentas de nós, rachaduras e
outros defeitos que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que
encubra imperfeições;
 A fixação das pranchas sobre as travessas deve ser estabelecida no projeto e feita por
meio de abraçadeira e/ou fio de arame recozido, com diâmetro mínimo de dois inteiros e
setenta e sete centésimos de milímetro e/ou dispositivo mecânico equivalente que
assegure a fixação e não sobressaia do piso do andaime mais do que 5 (cinco) milímetros
(0,005m), sem cantos vivos;
 As emendas das pranchas ou tábuas devem ser por justaposição, apoiadas sobre travessas,
uma em cada extremidade, com balanço mínimo de quinze centímetros e máximo de vinte
centímetros;
44

 É permitida a emenda por sobreposição, desde que: a) prevista no projeto do andaime;


b) em segmentos não lineares de andaimes e/ou limitados por espaço físico, validada a
sobreposição por profissional de segurança no trabalho ou, na inexistência desse, pelo
responsável pelo cumprimento desta Norma; c) apoiada sobre uma travessa e com pelo
menos vinte centímetros para cada lado, criando uma sobreposição de, no mínimo,
quarenta centímetros, caso em que é obrigatória a sinalização adequada do local
(indicando a existência do ressalto e pintura de uma faixa de alerta no piso), bem como a
fixação cuidadosa das pontas, de modo a não permitir que fiquem levantadas do piso.

4.2.2 Dos Andaimes Tubulares

 Devem ser usados tubos de aço galvanizado, com espessura de parede mínima de três
inteiros e cinco centésimos de milímetro, ou liga de alumínio, calculados de acordo com o
projeto.
 Devem ser utilizados somente tubos de comprimento inferior a quatro metros e cinquenta
centímetros como montantes em torres e andaimes, exceto na montagem da base.

4.2.3 Dos Andaimes Multidirecionais

 A plataforma do andaime multidirecional deve ser protegida em todo o seu perímetro,


exceto na face de trabalho, com: a) guarda-corpo rígido, fixo e formado por dois tubos
metálicos, colocados horizontalmente a distância mínima do tablado de cinquenta
centímetros e um metro; b)rodapés, junto ao piso, com altura mínima de quinze
centímetros.

4.2.4 Requisitos para Trabalhos em Andaimes

 É proibido: a) a retirada ou bloqueio de dispositivos de segurança do andaime; b) o


deslocamento de andaimes com trabalhadores e/ou ferramentas sobre os mesmos; c) o uso
de escadas ou outras estruturas para se atingir lugares mais altos, a partir do piso de
trabalho de andaimes, quando não previsto em projeto.
45

 Caso seja necessário instalar aparelho de içar material, deve-se escolher o ponto de
aplicação em conformidade com o projeto, de modo a não comprometer a estabilidade e a
segurança do andaime.

4.2.5 Montagem e Desmontagem de Andaimes

 Deve ser emitida PT para montagem, desmontagem e manutenção de andaimes;


 A montagem, desmontagem e manutenção devem ser executadas por trabalhador
capacitado, sob a supervisão e responsabilidade da chefia imediata;
 O trabalho de montagem, desmontagem e manutenção deve ser interrompido
imediatamente em caso de iluminação insuficiente e condições climáticas adversas, como
chuva, ventos superiores a quarenta quilômetros por hora, dentre outras;
 Pode ser autorizado o trabalho de montagem, desmontagem e manutenção em condições
com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis
quilômetros por hora, desde que atendidos os seguintes requisitos: a) justificada a
impossibilidade do adiamento dos serviços mediante documento apensado à APR,
assinado por profissional de segurança no trabalho e pelo responsável pela execução dos
serviços, consignando as medidas de proteção adicionais aplicáveis;
b) realizada mediante operação assistida por profissional de segurança no trabalho e pelo
responsável pela execução das atividades;
 É obrigatório o uso de cinto de segurança do tipo paraquedista, dotado de talabarte duplo
pelos montadores de andaimes.
 O montador de andaimes deve dispor de ferramentas apropriadas, acondicionadas e atadas
ao cinto;
 A área deve ser isolada durante os serviços de montagem, desmontagem ou manutenção,
permitindo-se o acesso somente à equipe envolvida nas atividades;
 Os andaimes em processo de montagem, desmontagem ou manutenção devem ser
sinalizados com placas nas cores vermelha, indicando a proibição do uso, ou verde, após
sua liberação.
46

4.2.6 Liberação para Utilização de Andaimes

 Os andaimes somente devem ser utilizados após serem aprovados pelo profissional de
segurança e saúde no trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo
cumprimento desta Norma, conjuntamente com o encarregado do serviço;
 A aprovação deve ser consignada na "Ficha de Liberação de Andaime" que será
preenchida, assinada e afixada no andaime.

4.2.7 Armazenagem

 O material a ser usado na montagem de andaimes deve ser armazenado em local


iluminado, nivelado, não escorregadio e protegido de intempéries;
 Quando do armazenamento, as pranchas e os tubos devem ser estocados por tamanhos,
perfeitamente escorados e apoiados sobre estantes resistentes, montadas em locais
preestabelecidos;
 O material restante deve ser recolhido, transportado e armazenado ao término da
montagem ou desmontagem do andaime.

4.3 Norma Regulamentadora (Nr-35) – Trabalho em Altura

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em


altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Os itens
descritos a seguir referem-se a requisitos relacionados ao uso de andaimes. Cabe ao Empregador:

 Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;


 Assegurar a realização da Análise de Risco (AR) e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho (PT);
 Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
 Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura,
pelo estudo;
 Planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;
47

 Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de


proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
 Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
 Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
proteção definidas nesta Norma;
 Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de
risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
 Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura.
 Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será
definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
 Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

Cabe aos Trabalhadores ainda:

 Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os


procedimentos expedidos pelo empregador;
 Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma.
Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;
 Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas
ações ou omissões no trabalho.

4.3.1 Capacitação e Treinamento

 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização


de trabalho em altura;
 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo
48

conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e regulamentos aplicáveis ao


trabalho em altura; b) análise de Risco e condições impeditivas; c) riscos potenciais
inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) sistemas,
equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) equipamentos de Proteção
Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f)
acidentes típicos em trabalhos em altura; g) rondutas em situações de emergência,
incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros;
 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer
das seguintes situações: a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de
trabalho; b) evento que indique a necessidade de novo treinamento; c) retorno de
afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias; d) mudança de empresa.
 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme
conteúdo programático definido pelo empregador;
 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser
ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa;
 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no
assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e
qualificação dos instrutores e assinatura do responsável;
 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.
 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

4.3.2 Planejamento, Organização e Execução

 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
49

 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo


estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e
que possua anuência formal da empresa.
 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que: a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes
integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), devendo
estar nele consignados; b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os
riscos envolvidos em cada situação; c) seja realizado exame médico voltado às patologias
que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores
psicossociais.
 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador;
 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da
autorização de cada trabalhador para trabalho em altura;
 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia: a)
medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de
execução do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem as consequências da
queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado;
 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade;
 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco;
 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco;
 A Análise de Risco deve ir além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar: a)
o local em que os serviços serão executados e seu entorno; b) o isolamento e a sinalização
no entorno da área de trabalho; c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas; e) a seleção, inspeção, forma de utilização e
limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas
técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e
dos fatores de queda; f) o risco de queda de materiais e ferramentas; g) os trabalhos
50

simultâneos que apresentem riscos específicos; h) o atendimento aos requisitos de


segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras; i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas; k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e
primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; l) a
necessidade de sistema de comunicação; m) a forma de supervisão;
 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada
no respectivo procedimento operacional;
 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem
conter, no mínimo: a) as diretrizes e requisitos da tarefa; b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa; d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas; f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades;
 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas
mediante Permissão de Trabalho;
 Para as atividades não rotineiras, as medidas de controle devem ser evidenciadas na
Análise de Risco e na Permissão de Trabalho;
 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e
arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade;
 A Permissão de Trabalho deve conter: a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a
execução dos trabalhos; b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; c)
a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;
 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao
turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações
em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

4.4 Norma Brasileira (Nbr-6494) – Segurança Nos Andaimes

ABNT NBR, também chamada apenas de NBR, é a sigla para Norma Brasileira aprovada
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. As NBR’s são uma espécie de norma técnica –
51

norma estabelecida de acordo com um consenso entre pesquisadores e profissionais da área e


aprovada por um organismo nacional ou internacional, no caso, a ABNT.
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que estabelece normas visando à
padronização dos processos produtivos, extremamente importante para o desenvolvimento
tecnológico do país. É a representante oficial da ISO (International Organization for
Standardization) no Brasil.
As NBR’s estabelecem regras, diretrizes, características ou orientações sobre determinado
material, produto, processo ou serviço. Seus objetivos são: aumentar a produtividade da empresa,
a qualidade do produto final e a competitividade do produto no mercado.
A NBR – 6494 fixa as condições exigíveis de segurança dos andaimes quanto à sua
condição estrutural, bem como de segurança das pessoas que neles trabalham e transitam.
Abaixo, pontuamos as condições que devem ser observadas para o projeto e construção
dos andaimes.
 Todos os andaimes devem ser projetados para resistir às solicitações a que estarão
submetidos;
 Todos os andaimes devem ter dispositivos de segurança apropriados ao tipo de trabalho a
ser executado.
 Todo o equipamento utilizado deve ser de boa qualidade e encontrar-se em bom estado de
uso, atendendo às normas brasileiras;
 Os projetos de andaimes devem indicar as cargas admissíveis de trabalho;
 Os andaimes não devem receber cargas superiores às especificadas em projeto e a sua
carga deve ser repartida de modo uniforme e sem obstruir a circulação de pessoas;
 O acesso ao andaime, em fase de montagem e desmontagem, deve ser interditado a todos,
com exceção da equipe responsável pelo serviço;
 O vão livre do piso deve estar de acordo com a sua resistência, e com as cargas que vai
suportar, não sendo permitidas flechas superiores a 1/200 do vão;
 Os pisos em pranchas ou tábuas devem apoiar-se preferencialmente sobre três travessas
com dispositivos em suas extremidades para evitar o escorregamento. No caso de apoio
sobre duas travessas, a fixação das extremidades é obrigatória. A madeira empregada na
execução dos pisos deve ser de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras;
52

 Transversalmente, as pranchas ou tábuas devem ser colocadas lado a lado, sem deixar
vãos ou intervalos, de modo a cobrir toda a largura do piso, e fixadas para evitar qualquer
deslocamento;
 Pisos em tábuas de 0,025m de espessura não podem ter vãos maiores que 2,00m, e devem
ser travados entre si. Para vãos até 1,50m, não é obrigatório o travamento;
 As emendas das pranchas ou tábuas devem ser por justaposição, devendo haver sempre
uma travessa sob cada ponta. Em casos excepcionais, é permitida a emenda por
sobreposição, desde que sobre uma travessa e com pelo menos 0,20m para cada lado (ou
seja, uma sobreposição de, no mínimo, 0,40m). Nestes casos, é obrigatória a sinalização
adequada do local (indicando a existência de degrau e pintura de uma faixa de alerta no
piso), bem como a fixação cuidadosa das pontas, de modo a não permitir que fiquem
levantadas do piso;
 As pranchas ou tábuas não devem ter mais de 0,20m de balanço;
 Os pisos não devem ser lisos, e mesmo sendo metálicos, devem apresentar rugosidade
suficiente para não permitir o escorregamento de calçados, mesmo quando úmidos;
 Todos os andaimes externos devem ter seu piso fixado, de modo a evitar quedas
provocadas pelo vento;
 Os pisos para execução dos trabalhos devem estar na horizontal.

4.5 Segurança e Proteção nos Andaimes

 Os andaimes devem ser munidos, sobre todas as faces externas, de guarda-corpos,


colocados a 0,50m e 1,00m acima do estrado e, de rodapés de no mínimo 0,15m de altura,
nos níveis de trabalho. O conjunto do guarda-corpo deve resistir a uma carga horizontal
pontual de 350N aplicada em sua parte superior mais desfavorável, sem deformação
permanente. O guarda-corpo deve ser sempre fixado de modo a não se deslocar em
qualquer direção, sob hipótese alguma;
 Quando houver possibilidade de queda de pessoa que estiver trabalhando no estrado do
andaime em direção à face interna, deve ser prevista proteção adequada de guarda-corpo.
 Quando os intervalos entre montantes forem inferiores a 1,00m, os guarda-corpos
referidos nos itens acima poderão ser em correntes ou cabos, respeitadas as alturas;
53

 Nos andaimes suspensos, o vão entre o guarda-corpo e o rodapé deve ser fechado,
inclusive nas cabeceiras, com tela ou qualquer outro material equivalente;
 Além do fechamento entre o guarda-corpo e o piso, deve ser colocada tela ao longo de
toda a periferia externa, para prevenir queda de objetos. A tela utilizada não deve ter
malha maior que 25 mm;
 O local de trabalho e todos os acessos devem ser convenientemente iluminados;
 Devem ser tomadas precauções especiais, durante a montagem, movimentação e
utilização de andaimes próximos às redes elétricas. Toda a fiação elétrica para iluminação
e força utilizada em andaimes deve ser em cabo isolado;
 Quando necessário, os andaimes devem ser protegidos e sinalizados contra o impacto de
veículos e equipamentos;
 Os andaimes suspensos devem ser convenientemente ancorados, de maneira que estejam
protegidos contra oscilações em qualquer sentido;
 As plataformas dos andaimes suspensos, leves devem distanciar-se no máximo 0,30m da
superfície de trabalho;
 Os cabos utilizados nos andaimes suspensos devem ser de comprimento tal que, para a
posição mais baixa do estrado, restem pelo menos duas voltas sobre cada tambor;
 A roldana-guia do cabo de suspensão deve rodar livremente e o seu sulco deve ser
mantido em bom estado de limpeza e conservação; bem como deve ser dimensionado
adequadamente para o diâmetro do cabo;
 Os dispositivos de suspensão devem ser inspecionados antes do início dos serviços, por
pessoa qualificada.

4.6 Segurança na Utilização dos Andaimes

 Toda precaução deve ser tomada para evitar queda de objetos dos andaimes. Não deve
haver empilhamento de material sobre os andaimes;
 Toda a sobra de material deve ser retirada, acondicionada adequadamente ou através da
utilização de dutos de descarga;
54

 Toda a movimentação vertical dos componentes e acessórios para a montagem e/ou


desmontagem de andaimes deve ser feita através de cordas ou sistemas próprios de
içamento. Não é permitido lançar peças em queda livre;
 Não se deve permitir que pessoas trabalhem em andaimes sob intempéries, tais como
chuva ou vento forte;
 Os serviços em andaimes nunca devem ser realizados por uma única pessoa. Deve haver
pelo menos outra pessoa no local de serviço para auxiliá-la em caso de emergência;
 Equipamentos de proteção individual, como capacetes, cinturões de segurança, outros,
devem ser utilizados sempre que necessários. Estes equipamentos devem estar em bom
estado e à disposição dos trabalhadores a qualquer tempo;
 As pessoas que trabalham em andaimes suspensos a mais de 2,00m do solo devem estar
com os cinturões de segurança, com sistemas trava-quedas, ligados a um cabo de
segurança, com sua extremidade superior fixada na construção, independente da estrutura
do andaime;
 Deve haver a proteção com tela dos andaimes, para aparar a queda eventual de materiais,
bem como com plataforma de proteção na altura do primeiro pé-direito.

4.7 Andaimes Simplesmente Apoiados

 Podem ser metálicos ou de madeira e devem ter os montantes apoiados sobre bases
capazes de resistir às cargas transmitidas, compatíveis com a resistência do solo;
 A estrutura deve ser convenientemente contraventada e ancorada ou estaiada, obtendo-se
ausência total de oscilações. A frequência dessas amarrações para os andaimes de fachada
deve ser de no mínimo uma para cada 36,00m², distando entre si no máximo 6,00m em
ambas as direções. Os montantes devem estar perfeitamente aprumados;
 É permitido o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes, desde que sua altura não
ultrapasse 2,00m do piso em que se apoia, e sua largura seja no mínimo igual a 0,60m.
 Em andaimes de madeira recomenda-se que os montantes não tenham seção com lado
menor que 0,075m ou diâmetro inferior a 0,085m, contraventados, e que sua altura não
exceda a 12,00m, sem projeto específico;
55

 Os pregos utilizados em andaimes de madeira nunca devem ser menores que 18x27 (3
mm x 60mm);
 Em andaimes metálicos os montantes devem ter espessura de parede mínima igual a 2,65
mm e diâmetro mínimo de 42,20mm1;
 As plataformas de serviço nos andaimes devem ter uma largura mínima de 0,60m com
altura livre mínima de 1,75m;
 Antes de se instalar qualquer aparelho de içar material, deve ser escolhido o ponto de
aplicação, de modo a não comprometer a estabilidade e segurança do andaime;
 Todo o andaime deve prever acesso adequado para o pessoal em todos os níveis, sem
comprometer a livre circulação e a segurança das pessoas. Os acessos verticais devem ser
em escada, podendo ser do tipo marinheiro, incorporada ao sistema de andaime ou através
de torre de acesso própria;
 Os andaimes móveis devem prever que o sistema utilizado na movimentação do conjunto
(rodízios ou similares) resista pelo menos uma vez e meia o peso médio do andaime com
sobrecargas. No caso de rodízios, estes não podem ser de diâmetro menor que 0,13m, e
devem ser providos de trava;
 A estrutura do andaime móvel deve prever contraventamento conveniente para suportar os
esforços durante a sua movimentação, sem se deformar, e ser fixada e amarrada antes de
sua utilização;
 O andaime móvel deve ser formado por um conjunto rígido, sem elementos soltos que
podem representar riscos de queda ou desmonte durante a sua movimentação. Durante a
movimentação deve ser observado que o conjunto esteja perfeitamente equilibrado, sem
risco de tombamento. Não deve ser permitida a movimentação de andaimes com pessoas,
ou materiais soltos, em qualquer ponto deste;
 Nenhum andaime móvel pode ter a sua altura maior que quatro vezes a menor dimensão
da base;
 Para andaimes móveis de madeira, a ligação entre montantes, travessas, contraventos e
longarinas deve ser obrigatoriamente com parafusos passantes, tipo francês ou máquina;
 Os andaimes móveis devem estar permanentemente travados, exceto no momento de seu
deslocamento.
56

5. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM ANDAIMES

São várias as causas que ocasionam os acidentes de trabalho no país, entre elas, o
comportamento de risco do colaborador, ou seja, atos, atitudes e ações cotidianas que abrangem o
comportamento de cada indivíduo dentro de uma situação, especialmente no ambiente laboral.
São ações que podem gerar incidentes ou mesmo graves acidentes, colocando em risco a
saúde e integridade física dos trabalhadores, aumentando os alarmantes números de acidentes de
trabalho registrados no Brasil.
É importante destacar, que cada ramo de atividade possui seus comportamentos de riscos
mais comuns, que levam a acidentes em diversos níveis, do simples ao gravíssimo. Por isso,
permanecer atento aos comportamentos de riscos mais comuns a todos os tipos de atividades,
pode ajudar na prevenção.
As obras mais seguras atendem à Norma Regulamentadora NR-18, NR-34, NR-35 E
ABNT 6494 assim garantindo a integridade do trabalhador.
Conforme pode ser observado, atualmente, em canteiros de obras, as causas mais comuns
de acidentes com andaimes estão relacionados com as seguintes ocorrências:
 Falta de apoio adequado na sustentação dos andaimes. Os itens da Norma
Regulamentadora NR-18.15.10 e da NR-34.11.7, exigem que o montante do andaime
deve ser apoiado em sapatas sobre base sólida, com capacidade de resistir ao esforço
solicitado e a carga transmitida.

Figura 20 – Base do andaime irregular.

Fonte: G1 (2015)
57

 A estrutura do andaime deve ser fixada à construção por meio de amarração e


entroncamento, de modo a resistir aos esforços a que esta sujeita conforma NR - 18.15.17.

Figura 21 – Torre de andaime sem fixação.

Fonte: Patos Já (2015)

 A falta de guarda-corpo e rodapé em andaimes que utilizam plataformas tipo passarela


causam muitos acidentes na construção civil conforme a NR-18.15.6 e a NR-34.11.12.

Figura 22 – Andaime sem guarda-corpo, rodapé, sinalização e isolamento.

Fonte: G1 (2015)

 A NR-18.15.47.11 regulamenta que a área de trabalho deverá ser devidamente sinalizada


e delimitada. Sendo proibida à circulação de trabalhadores dentro daquele espaço.
58

Figura 23 – Andaime sem sinalização e delimitação da área de trabalho.

Fonte: G1 (2015)

 O Uso do cinto de segurança também é uma das determinações da NR-18.15.2.7 e da NR-


34.11.26. Esta norma diz que é obrigatório o uso de cinto de segurança do tipo
paraquedista, dotado de talabarte duplo pelos montadores de andaimes.

Figura 24 – Trabalho sobre andaime sem cinto de segurança.

Fonte: G1 (2015)

 Deve ser tomada precaução com a montagem de andaime próximo à rede elétrica.
Conforme NR-18.15.47.6, o equipamento deve estar afastado das redes elétricas ou estas
estarem isoladas conforme as normas específicas da concessionária local.
59

Figura 25 – Andaime próximo a rede elétrica.

Fonte: Luan Passots (2011)

 O descumprimento dos itens das Normas Regulamentadoras NR-18.15 “Andaimes e


Plataformas de Trabalho” e NR-34.11 “ Montagem e Desmontagem de Andaimes”.

Figura 26 – Irregularidade da norma regulamentadora.

Fonte: Sintraconstr-RJ (2017)


60

No quadro abaixo, segue algumas das principais causas de acidentes de trabalho em


andaime:

Quadro 01 – Causas dos acidentes.

CAUSAS MOTIVOS

Ausência do número de travessas e diagonais


de contraventamento;

Ausência, insuficiência ou ineficácia das


amarrações à construção;
DERRUBAMENTO OU
DESMORONAMENTO
Abatimento das bases de apoio;

Sobrecargas excessivas;

Choque provocado por veículos;

Sobrecarga excessiva;

Insuficiência da sua resistência ou dos seus


suportes;
RUPTURA DA PLATAFORMA

Ausência de travessas de apoio intermediário;

Materiais em mau estado;

Não utilização de equipamento individual de


proteção contra quedas, principalmente
durante a montagem e desmontagem;
NA PERDA DE EQUILIBRIO DE
TRABALHADORES
Plataforma de largura insuficiente ou espaço
61

livre excessivo entre a plataforma e a


construção.

Queda de um elemento estrutural do andaime


durante a montagem e a desmontagem;

QUEDA DE MATERIAIS
Ruptura da plataforma;

Ausência de rodapés.

Desrespeito pelas distancias de segurança;


CONTATO COM LINHAS AÉREAS (DOS
CORPOS OU POR INTERMÉDIO DE UM
OBJETO)
Ausência de proteção.

Fonte: Elaborado pela autora com base em Adriana Dresch (2009).

6. PROGRAMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA EM TRABALHOS – ANDAIMES

Dentro da segurança do trabalho, existem diversos processos extremamente importantes


que visam a proteção de todos os colaboradores e do ambiente corporativo em geral. Dois deles
merecem ganhar destaque, devido a sua importância à execução de algumas funções, tanto quanto
para o cotidiano dos trabalhadores, sendo estes: a Análise Preliminar de Risco (APR) e a
Permissão de Trabalho (PT).
A Analise Preliminar de Risco (APR) e a Permissão de Trabalho (PT) não tem norma
própria, porém, estão presentes em alguns itens da NRs (Normas Regulamentadoras) como a 35
(item 35.2.1 letra “b” e o item 35.4.7) e o 34 (item 34.2.1 letra “d” e item 34.4.2).
Daremos uma breve explicação sobre os procedimentos, pois entendemos que elas são
importantes para segurança dos funcionários, tendo em vista a periculosidade do serviço de
montagem e de desmontagem do andaime, além do risco que os funcionários se submentem a
trabalhar em alturas sobre andaime.
62

6.1 Analise Preliminar de Risco (APR)

A análise preliminar de risco, de acordo com Cardella (1999), consiste em uma técnica de
identificação de perigos e de riscos, que visa identificar eventos com predisposição a situações de
incidentes ou acidentes, além de estabelecer medidas de controle. O objetivo da APR pode ser
área, sistema, procedimento, projeto ou atividade, e a sua metodologia consiste na verificação da
linha de produção, levantamento de causas, possíveis consequências, frequência de ocorrência e
classificação do grau de risco.

Entre os principais objetivos da análise preliminar de risco, podemos destacar:

1) Identificar os riscos;
2) Orientar os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho;
3) Organizar a execução da atividade;
4) Estabelecer procedimentos seguros;
5) Trabalhar de maneira planejada e segura;
6) Prevenção dos acidentes de trabalho;
7) Sensibilizar e instruir os trabalhadores sobre os riscos evolvidos na execução do trabalho.

Não existe um modelo específico que seja obrigatório para a estruturação de todas as
análises preliminares de risco, mas o documento pode ser feito em forma de checklist, apontando
todos os possíveis riscos e sua classificação em uma tabela.
Também é possível organizar o documento em forma de planilha, listando as atividades
executadas em uma coluna ao lado dos riscos encontrados, seus níveis de gravidade e medidas
preventivas e recomendações de segurança adotadas para lidar com cada um deles.
A APR deve ser sempre desenvolvida e implantada antes da execução de determinadas
atividades, seja para trabalhos realizados pela própria empresa ou através de empresas
contratadas.
A APR deve ser elaborada por um engenheiro ou técnico de segurança do
trabalho, mas nada impede a participação de outros profissionais da empresa (como gestores e
trabalhadores) na composição da equipe de análise preliminar de risco.
63

Essa inclusão de pessoas torna-se importante porque, quanto mais multidisciplinar for
à visão da análise preliminar de riscos, mais abrangente e eficaz será o resultado.

Quadro 02 – Analise Preliminar de Risco.


ANALISE PRELIMINAR DE RISCO - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

APR - ITENS A SEREM OBSERVADOS : MONTAGEM DE ANDAIME

MEDIDAS PREVENTIVAS / RECOMENDAÇÕES


RISCOS POTENCIAIS
ITEM ATIVIDADES DE SEGURANÇA (Evitar o acidente ou
(O que poderá sair errado)
minimizar os danos)

'

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora. (2019)


64

6.2 PERMISSÃO DE TRABALHO – PT

A Permissão de Trabalho (PT) é um documento escrito, que contem um conjunto de


medidas de controle, que visam o desenvolvimento de trabalho seguro.
Esse documento permite o trabalho em áreas de risco por tempo determinado. Com isso, a
empresa se certifica que somente os trabalhadores fundamentais no desempenho da atividade,
adentrem na área de risco.
Com a finalidade de evitar o acesso de pessoas estranhas, a Permissão de Trabalho evita
que essas pessoas possam se acidentar ou ficar doente pela exposição aos agentes de risco do
ambiente controlado.
Normalmente os setores que usam Permissão de Trabalho são:
1) Áreas com trabalho a quente;
2) Áreas com trabalho em altura;
3) Áreas com trabalho em andaime;
4) Áreas de trabalho com produtos químicos;
5) Áreas com trabalho em espaço confinado;
6) Áreas com trabalho em escavações;
7) Áreas de trabalho com gases ou explosivos;
8) Outras que se julgar necessário.

A Permissão de Trabalho deve ser feita com foco no ambiente de trabalho, respeitando
detalhadamente as particularidades do ambiente de trabalho. Ela pode ser usada tanto para
restringir o acesso às áreas de risco, como restringir o acesso aos equipamentos ou qualquer
situação de trabalho que gere risco acentuado. Quem for executar o trabalho, será o responsável
por portar a PT.
Sempre que o trabalhador deixar o posto de trabalho, a Permissão de Trabalho precisará
ser encerrada. Nas trocas de turno de trabalho, ou interrupção de trabalho, a permissão de
trabalho deve ser revalidada.
O formulário da Permissão de Trabalho precisa ficar arquivado na empresa. Afinal, ele é
uma prova de que as áreas de risco têm acesso controlado e que a empresa se preocupa também
com o controle de riscos.
65

Trabalhos em áreas de risco controladas só podem ser iniciados após aprovação da


Permissão de Trabalho. Todos os setores envolvidos no trabalho devem aprovar a Permissão de
Trabalho, cada um com foco na parte que lhe compete.
A adoção das medidas de proteção recomendadas ao trabalho é um dos fatores para
aprovação da Permissão de Trabalho. O trabalhador que irá adentrar á área de risco precisa está
usando os equipamentos de proteção, com a capacitação em dia, e em condições de saúde
necessária para realizar a atividade.

Quadro 03 – Permissão de trabalho.


ANALISE PRELIMINAR DE RISCO - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

APR - ITENS A SEREM OBSERVADOS : MONTAGEM DE ANDAIME

ITEM ATIVIDADES RISCOS POTENCIAIS MEDIDAS PREVENTIVAS / RECOMENDAÇÕES

'

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora. (2019)


66

6.3 DIFERENÇA DE APR E PT

Existe muita dúvida envolvendo a diferença entre Análise Preliminar de Risco (APR) e
Permissão de Trabalho (PT).
Ambos os documentos/formulários são relativos à segurança do trabalho, a grande
diferença é que enquanto a Análise Preliminar de Risco visa levantar os riscos da atividade, a
Permissão de Trabalho visa permitir o trabalho em área de risco para pessoas autorizadas por
tempo determinado. Podemos dizer que uma das fases da PT é a APR.
Outra diferença, é que a APR pode ter vigência definida pela empresa, e essa pode ser de
1 dia a 5 meses, ou seja, a empresa define em parceria com o setor de Segurança do Trabalho o
prazo que desejar. Já a PT só tem vigência durante o período que o trabalhador estiver no
ambiente de trabalho.
O trabalhador assina a Permissão de Trabalho pela manhã e quando ele sai para almoçar
aquela permissão de trabalho perde a sua vigência, sendo assim, ao retornar para o ambiente de
trabalho depois do almoço, o trabalhador precisa revalidar a PT ou aprovar uma nova.
67

7. LISTA DE VERIFICAÇÃO – CHECKLIST PARA ANDAIME

A fim de alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho utiliza-se da pesquisa


bibliográfica, normas regulamentadoras NR-18 NR-34 E NR-35 e norma técnica NBR 6494 que
darão o embasamento teórico para a criação de um checklist de montagem, inspeção e
desmontagem de andaimes simplesmente apoiado.
O exemplo de aplicação será construído em cima do processo normativo, baseando-se nas
legislações vigentes de segurança no trabalho e de andaimes. Esta análise poderá vir a contribuir
com o desenvolvimento de obras com elevado grau de risco associado ao trabalhador.

7.1 Importância do Checklist

Checklist é uma palavra em inglês, considerada um americanismo que significa "lista de


verificações".
Esta palavra é a junção de check (verificar) e list (lista). Uma checklist é um instrumento
de controle, composto por um conjunto de condutas, nomes, itens ou tarefas que devem ser
lembradas e/ou seguidas.
Segundo Santos (2011), o termo checklist provém da década de 30, da força aérea norte-
americana, quando se percebeu que alguns dos fatores que ocasionavam acidentes estavam
relacionados com a complexidade crescente dos aviões, pois havia vários procedimentos que
deveriam ser seguidos. Com isso, o uso da lista de verificação poderia ajudar evitar os acidentes,
no qual seria necessário fazer checagem nos equipamentos aéreos.
Uma das aplicações profissionais mais importantes do conceito de checklist é no âmbito
da segurança do trabalho. Que tem como objetivo principal, com relação à inspeção de segurança,
identificar no ambiente de trabalho, as situações de risco. Nesse aspecto, quando verificadas
situações que não expõem os trabalhadores a riscos graves e iminentes à segurança e à saúde,
deverão ser propostas as devidas correções e posterior averiguação das mesmas. Caso contrário, a
detecção grave ou não de risco deverá ser comunicada imediatamente ao responsável para as
medidas cabíveis.
A inspeção é considerada uma das mais importantes atividades para a melhoria do nível
de segurança das entidades, não só por identificar riscos, como também pelo fato do trabalhador
perceber o interesse da empresa em controlar riscos e, consequentemente, evitar danos à sua
68

saúde. Nesse caso, a credibilidade é efetivada quando forem tomadas as medidas necessárias para
o controle dos riscos detectados, através da participação e envolvimento de todos.
Tipos de inspeções que podem ser realizadas na empresa:
1) Inspeções de rotina: É aquela realizada frequentemente pelos responsáveis da segurança
do trabalho e visa a encontrar erros comuns no ambiente de trabalho, tais como:
arrumações perigosas, defeitos em equipamento, atitudes perigosas dos operários, etc.
2) Inspeções periódicas: São inspeções realizadas por determinados períodos de tempo
visando a averiguar condições inseguras, naturalmente estabelecidas pelos desgastes de
peças, esforços e agressões em máquinas, móveis, objetos, etc. A legislação determina a
necessidade de inspeções periódicas em determinados equipamentos, como caldeiras,
elevadores e extintores de incêndio.
3) Inspeções especiais: Inspeção que busca identificar riscos presumíveis, necessitando de
realização de medições, amostragens, etc. Nesse caso, poderão ser detectadas situações
anormais de trabalho. Nas inspeções especiais, como a inspeção de uma caldeira ou a
determinação da presença de riscos ambientais em determinado processo, há necessidade
de contratação de técnicos especializados que podem detectar os risco e sugerir soluções.

7.2 Checklist – Montagem

A montagem deve ser realizada sob a supervisão e responsabilidade do supervisor de


andaimes, quem ira escolher o melhor local para instalação do equipamento e também realizará a
escolha do melhor equipamento para o serviço.
No momento da instalação, os funcionários, qualificados para o serviço, terão que montar
o equipamento obedecendo ao checklist de montagem especifica para cada tipo de andaime
simplesmente apoiado.
Só após esta verificação e aprovação do andaime montado, com registro técnico, se deverá
autorizar a utilização do mesmo.
Não poderão ser executadas quaisquer alterações no andaime sem a aprovação prévia do
responsável técnico pelo equipamento.

7.2.1 Ckecklist Montagem – Tubo e Braçadeira


69

Quadro 04 – Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.

ART
go CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : TUBO E BRAÇADEIRA FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0
Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : MONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da montagem do andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para montagem do andaime.
Projeto de montagem.
Memória de cálculo do projeto do andaime.
Anotação de reponsábilidade técnica (ART).
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Local para montagem limpo e nivelado.
Local delimitado para montagem do andaime com sinalização e isolamento.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Cuidado no transporte manual dos tubos e das braçadeiras.
Movimentação vertical dos tubos para montagem por meio de corda a qual deve ser de polipropileno.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança com 02 (dois) talabartes.
As ferramentas devem ser atadas ao cinto.
Altura do andaime está acima de 2,00 m do solo - Instalação da Linha de vida e trava-quedas.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Tubos de aço galvanizado, ou liga de alumínio, com espessura de parede mínima de três inteiros e cinco
centésimos de milímetro.
Tubo e braçadeira isento de ferrugens ou deformações estruturais.
Tubo apoiado em sapata sobre base sólida.
Estrutura de andaime com diagonal vertival.
Estrutura de andaime com diagonal horizontal.
Estrutura de andaime está no prumo e nivelada.
Estrutura de andaime está ancorada ou estaiada a cada 36,00 m2, distanciamento entre si no máximo
Largura mínima do andaime de 0,60 m com altura livre mínima de 1,75 m.
Existência de escada de acesso para andaime acima de 1,00 m.
Piso de trabalho está todo fechado.
Piso de trabalho antiderrapante.
Piso de trabalho está fixado.
Piso de madeira resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Piso de trabalho em madeira está sobre duas travessas de tubo.
Piso de trabalho em madeira com vão menor que 2,00 m.
Piso de trabalho em madeira as emendas estão justaposição, sempre uma travessa sob cada ponta.
Piso de trabalho com tábua de 25mm de espessura vão menor que 2,00 m.
Guarda-corpo com travessão superior a 1,20 m, travessão intermediário a 0,70 m e o rodapé no mínimo
de 0,20 m.
Instalação de tela de proteção, com malha menor que 25mm, em todo perímetro do andaime.
Placa de sinalização informando a carga admissível do andaime.
As sobras dos materiais estão em local apropriado.
Não permitir a utilização do andaime na fase de montagem antes da vistoria e aprovação.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


70

7.2.2 Ckecklist Montagem – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe)

Quadro 05 – Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado


(Tubular de Encaixe).
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : QUADROS PRÉ-FABRICADOS ART:
go (TUBULAR DE ENCAIXE) FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0
Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : MONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da montagem do andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para montagem do andaime.
Projeto de montagem.
Memória de cálculo do projeto do andaime.
Anotação de reponsábilidade técnica (ART).
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Local para montagem limpo e nivelado.
Local delimitado para montagem do andaime com sinalização e isolamento.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Cuidado no transporte manual dos componentes do andaime.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para montagem por meio de corda a qual deve ser
de polipropileno.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para montagem por meio de aparelho de
Inçamento, o local deve ser escolhido, de modo a não comprometer a estrutura do andaime.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança tipo paraquedista com 02 (dois) talabartes.
As ferramentas devem ser atadas ao cinto.
Altura do andaime está acima de 2,00 m do solo - Instalação da Linha de vida e trava-quedas.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Tubos de aço galvanizado, ou liga de alumínio, com espessura de parede mínima de três inteiros e cinco
centésimos de milímetro.
Andaime isento de ferrugens ou deformações estruturais.
Andaime apoiado em sapatas sobre base sólida.
Estrutura de andaime com diagonal vertival.
Estrutura de andaime com diagonal horizontal.
Estrutura de andaime está no prumo e nivelada.
Estrutura de andaime está ancorada ou estaiada a cada 36,00 m2, distanciamento entre si no máximo
6,00 m em ambas as direções.
Largura mínima do andaime de 0,60 m com altura livre mínima de 1,75 m.
Existência de escada de acesso para andaime acima de 1,00 m.
Piso de trabalho está todo fechado.
Piso de trabalho antiderrapante.
Piso de trabalho está fixado.
Piso de madeira resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Piso de trabalho em madeira está sobre duas travessas.
Piso de trabalho em madeira com vão menor que 2,00 m.
Piso de trabalho em madeira as emendas estão justaposição, sempre uma travessa sob cada ponta.
Piso de trabalho com tábua de 25mm de espessura vão menor que 2,00 m.
Guarda-corpo com travessão superior a 1,20 m, travessão intermediário a 0,70 m e o rodapé no mínimo
de 0,20 m.
Instalação de tela de proteção, com malha menor que 25mm, em todo perímetro do andaime.
Placa de sinalização informando a carga admissível do andaime.
As sobras dos materiais estão em local apropriado.
Não permitir a utilização do andaime na fase de montagem antes da vistoria e aprovação.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica


Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora


71

7.2.3 Ckecklist Montagem – Multidirecional

Quadro 06 – Checklist Montagem: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional.


ART:

go
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : MULTIDIRECIONAL FOLHA : 1/1 VERSÃ O: 0

Lo
Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : MONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da montagem do andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para montagem do andaime.
Projeto de montagem.
Memória de cálculo do projeto do andaime.
Anotação de reponsábilidade técnica (ART).
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Local para montagem limpo e nivelado.
Local delimitado para montagem do andaime com sinalização e isolamento.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Cuidado no transporte manual dos componentes do andaime.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para montagem por meio de corda a qual deve ser
de polipropileno.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para montagem por meio de aparelho de
Inçamento, o local deve ser escolhido, de modo a não comprometer a estrutura do andaime.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança com 02 (dois) talabartes.
As ferramentas devem ser atadas ao cinto.
Altura do andaime está acima de 2,00 m do solo - Instalação da Linha de vida e trava-quedas.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Tubos de aço galvanizado, ou liga de alumínio, com espessura de parede mínima de três inteiros e cinco
centésimos de milímetro.
Andaime isento de ferrugens ou deformações estruturais.
Andaime apoiado em sapatas sobre base sólida.
Estrutura de andaime com diagonal vertival.
Estrutura de andaime com diagonal horizontal.
Estrutura de andaime está no prumo e nivelada.
Estrutura de andaime está ancorada ou estaiada a cada 36,00 m2, distanciamento entre si no máximo
6,00 m em ambas as direções.
Largura mínima do andaime de 0,60 m com altura livre mínima de 1,75 m.
Existência de escada de acesso para andaime acima de 1,00 m.
Piso de trabalho está todo fechado.
Piso de trabalho antiderrapante.
Piso de trabalho está fixado.
Piso de madeira resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Piso de trabalho em madeira está sobre duas travessas.
Piso de trabalho em madeira com vão menor que 2,00 m.
Piso de trabalho em madeira as emendas estão justaposição, sempre uma travessa sob cada ponta.
Piso de trabalho com tábua de 25mm de espessura vão menor que 2,00 m.
Guarda-corpo com travessão superior a 1,20 m, travessão intermediário a 0,70 m e o rodapé no mínimo
de 0,20 m.
Instalação de tela de proteção, com malha menor que 25mm, em todo perímetro do andaime.
Placa de sinalização informando a carga admissível do andaime.
As sobras dos materiais estão em local apropriado.
Não permitir a utilização do andaime na fase de montagem antes da vistoria e aprovação.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


72

7.3 Checklist – Inspeção

A Inspeção de segurança é aquela destinada a garantir que o equipamento permaneça


conforme a montagem e que os componentes estejam em perfeito estado de uso. O profissional
que irá desempenhar a investigação deverá realizar visitas diárias ao setor de montagem,
procurando os riscos, ou seja, alguma irregularidade que envolva o patrimônio, o ser humano, a
produção e o meio ambiente.
A inspeção é considerada uma das mais importantes atividades para a melhoria do nível
de segurança, não só por identificar alguma modificação, como também pelo fato do trabalhador
perceber o interesse da empresa em controlar riscos e, consequentemente, evitar danos à sua
saúde. Nesse caso, a credibilidade é efetivada quando forem tomadas as medidas necessárias para
o controle dos riscos detectados, através da participação e envolvimento de todos.
Nesse aspecto, a empresa ganha com a redução de acidentes e, consequentemente, com a
redução de custos provenientes desses acidentes.
73

7.3.1 Ckecklist Inspeção – Tubo e Braçadeira

Quadro 07 – Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.


ART:
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : TUBO E BRAÇADEIRA
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : INSPEÇÃO DO ANDAIME C NC P NA

Verificar a Iluminação se está adequada.


Verificar o isolamento da área de trabalho.
Verificar a Instalação da Linha de vida e do trava-queda.
Verificar a existência de ferrugens nos tubos e braçadeiras.
Verificar a base de apoio.
Verificar o nivelamento e o prumo da estrutura.
Verificar se existe alguma deformação na estrutura.
Verificar a ancoragem.
Verificar a existencia dos postes.
Verificar a existencia das diagonais vertivais.
Verificar a existencia das diagonais horizontais.
Verificar se algum componente foi retirado da estrutura do andaime.
Verificar se o piso de trabalho está todo fechado e fixado.
Verificar a abrasão do piso de trabalho.
Verificar se o piso de madeira está resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Verificar se a tela de proteção está em todo perímetro do andaime de trabalho e fixada.
Verificar as placas de informações.
Verificar se tem material empilhado sobre andaime.
Verificar se a carga admissível está sendo obedecida.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


74

7.3.2 Ckecklist Inspeção – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe)

Quadro 08 – Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado


(Tubular de Encaixe).

CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : QUADROS PRÉ-FABRICADOS ART:


go

(TUBULAR DE ENCAIXE) FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : INSPEÇÃO DO ANDAIME C NC P NA

Verificar a Iluminação se está adequada.


Verificar o isolamento da área de trabalho.
Verificar a Instalação da Linha de vida e do trava-queda.
Verificar a existência de ferrugens na estrutura.
Verificar a base de apoio.
Verificar o nivelamento e o prumo da estrutura.
Verificar se existe alguma deformação na estrutura.
Verificar a ancoragem.
Verificar a existencia das diagonais vertivais.
Verificar a existencia das diagonais horizontais.
Verificar se algum componente foi retirado da estrutura do andaime.
Verificar se o piso de trabalho está todo fechado e fixado.
Verificar a abrasão do piso de trabalho.
Verificar se o piso de madeira está resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Verificar se a tela de proteção está em todo perímetro do andaime de trabalho e fixada.
Verificar as placas de informações.
Verificar se tem material empilhado sobre andaime.
Verificar se a carga admissível está sendo obedecida.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


75

7.3.3 Ckecklist Inspeção – Multidirecional

Quadro 09 – Checklist Inspeção: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional.

ART:
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : MULTIDIRECIONAL
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : INSPEÇÃO DO ANDAIME C NC P NA

Verificar a Iluminação se está adequada.


Verificar o isolamento da área de trabalho.
Verificar a Instalação da Linha de vida e do trava-queda.
Verificar a existência de ferrugens na estrutura.
Verificar a base de apoio.
Verificar o nivelamento e o prumo da estrutura.
Verificar se existe alguma deformação na estrutura.
Verificar a ancoragem.
Verificar a existencia das diagonais vertivais.
Verificar a existencia das diagonais horizontais.
Verificar se algum componente foi retirado da estrutura do andaime.
Verificar se o piso de trabalho está todo fechado e fixado.
Verificar a abrasão do piso de trabalho.
Verificar se o piso de madeira está resistente, de boa qualidade, seca e sem nós ou rachaduras.
Verificar se a tela de proteção está em todo perímetro do andaime de trabalho e fixada.
Verificar as placas de informações.
Verificar se tem material empilhado sobre andaime.
Verificar se a carga admissível está sendo obedecida.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


76

7.4 Checklist – Desmontagem

O procedimento relativo à desmontagem do andaime assenta na aplicação dos pressupostos da


montagem, escalonados no tempo pela ordem inversa.
Na desmontagem, os funcionários, qualificados para o serviço, terão que desmontar o
equipamento obedecendo ao checklist de desmontagem.

7.4.1 Ckecklist Desmontagem – Tubo e Braçadeira

Quadro 10 – Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Tubo e Braçadeira.

ART:
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : TUBO E BRAÇADEIRA
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : DESMONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da desmontagem do andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para desmontagem do andaime.
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Local delimitado para desmontagem do andaime com sinalização e isolamento.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança com 02 (dois) talabartes.
Cuidado no transporte manual dos tubos e das braçadeiras.
Movimentação vertical dos tubos para desmontagem por meio de corda a qual deve ser de
polipropileno.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Organização do trabalho de modo a garantir a ordem e arrumação dos tubos e das braçadeiras.
Não permitir a utilização do andaime na fase da desmontagem.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


77

7.4.2 Ckecklist Desmontagem – Quadro Pré-Fabricado (Tubular de Encaixe)

Quadro 11 – Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Quadro Pré-Fabricado


(Tubular de Encaixe).
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : QUADROS PRÉ-FABRICADOS ART:
go

(TUBULAR DE ENCAIXE) FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : DESMONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da desmontagem do andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para desmontagem do andaime.
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Local delimitado para desmontagem do andaime com sinalização e isolamento.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança com 02 (dois) talabartes.
Cuidado no transporte manual dos componentes do andaime.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para desmontagem por meio de corda a qual deve
ser de polipropileno.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para desmontagem por meio de aparelho de
inçamento, o local deve ser escolhido, de modo a não comprometer a estrutura do andaime.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Organização do trabalho de modo a garantir a ordem e arrumação dos componentes do andaime.
Não permitir a utilização do andaime na fase de desmontagem.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


78

7.4.3 Ckecklist Desmontagem – Multidirecional

Quadro 12 – Checklist Desmontagem: Andaime simplesmente apoiado – Multidirecional.


ART:
CHECKLIST - ANDAIME SIMPLESMENTE APOIADO : MULTIDIRECIONAL
go

FOLHA: 1/1 VERSÃO: 0


Lo

Empresa:
Obra:

ITENS A SEREM OBSERVADOS : DESMONTAGEM DO ANDAIME C NC P NA

Analise Preliminar de Risco (APR) da desmontagemdo andaime.


Permissão de Trabalho (PT) para desmontagem do andaime.
Funcionário apto com exame médico atualizado indentificado no crachá.
Funcionário legalmente habilitado para montagem com treinamento atualizado indentificado no crachá.
Área de trabalho distante ou protegida da rede elétrica.
Iluminação adequada.
Local delimitado para desmontagem do andaime com sinalização e isolamento.
Uso dos EPI's - Capacetes/ Botas/ Luvas/ Fardamento/Óculos.
Uso dos EPI's - Cinto de segurança com 02 (dois) talabartes.
Cuidado no transporte manual dos componentes do andaime.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para desmontagem por meio de corda a qual deve ser de
polipropileno.
Movimentação vertical dos componentes do andaime para montagem por meio de aparelho de inçamento, o local deve
ser escolhido, de modo a não comprometer a estrutura do andaime.
Ocorrência de intempéries, tais como chuva ou vento forte.
Organização do trabalho de modo a garantir a ordem e arrumação dos componentes do andaime.
Não permitir a utilização do andaime na fase de desmontagem.

Legenda: C = Conforme NC = Não Conforme P = Parcialmente NA = Não se Aplica

Nome: Cargo: Visto: Data:

Observações:

Fonte: Elaborado pela autora (2019)


79

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quase todo acidente de trabalho pode ser considerado, em princípio, um caso de


incompetência profissional de qualquer natureza, frequentemente, relacionado com a falta ou
deficiência de alguma instrução de trabalho. Daí a necessidade de um plano permanente de
análise do trabalho, visando à elaboração e revisão constantes dessas instruções, o que se faz
através das inspeções de segurança, o que aqui chamamos de Checklist.
Este trabalho teve como principal objetivo a analise dos itens de segurança, na Norma
Regulamentadora NR-18.13 (Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura), NR-18.15
(Andaimes e Plataformas de Trabalho), NR-34.11 (Montagem e Desmontagem de Andaimes),
NR-35 (Trabalho em Altura) e NBR-6494 (Segurança nos Andaimes), referente ao trabalho
realizado para montagem, inspeção e desmontagem de andaimes simplesmente apoiado.
Com o estudo das normas regulamentadoras foi possível elaborar um checklist para cada
etapa de serviço. Dividimos em 03 (três) planilhas, apresentadas a partir da seguinte estrutura: a
primeira planilha explora a montagem do andaime, com o transporte do equipamento, a escolha
do melhor local para montagem, os cuidados com instalações elétricas, a escolha do assoalho, o
tipo de estaiamento, a utilização dos EPC e EPI, tudo conforme a normas regulamentadoras; na
segunda planilha, abordamos a inspeção do equipamento, com foco na necessidade da conferir se
o andaime esta conforme a montagem; e, por ultimo, a planilha de checklist para desmontagem
do andaime, que considera todos os cuidados necessários que o trabalhador terá para a
desmontagem do andaime de forma segura.
Buscamos apresentar itens de fácil entendimento, para que no momento da verificação, o
inspetor consiga visualizar de forma rápida os itens, a fim de que ele consiga distinguir a
conformidade da não conformidade no momento da montagem, da inspeção e da desmontagem
do andaime simplesmente apoiado, assegurando a segurança do funcionário.
Não foram realizadas visitas em canteiros de obra para comprovação dos itens dos
checklist, porém todos os itens que compõem o checklist são exigidos pelas Normas
Regulamentadoras NR-18.15, NR-18.13, NR-34.11, NR 35 e pela Norma Brasileira NBR-6494.
Em suma, a proposta a qual nos propomos, acreditamos ter sido cumprida, tendo em vista
a analise das informações aqui apresentadas, que visam à prevenção dos colaboradores, para que
se venha a contribuir com a diminuição dos acidentes de trabalho em canteiros de obras, a partir
80

do conhecimento das orientações necessárias para o exercício de uma função que possa ser
segura, e, assim, ser cada vez mais produtiva, prevenindo e remediando os riscos acidentais.
81

REFERÊNCIAS

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84

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Jan 2019

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http://www.sintraconstrio.org.br/portal/material/gesec/palestras/Palestra-Andaimes.pdf Acesso
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