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JOÃO PESSOA
2019
M488C Medeiros, Daniela Farias Guerra de.
Checklist para Montagem, Inspeção, Desmontagem de
Andaime simplesmente apoiado/
Daniela Farias Guerra de Medeiros- João Pessoa, 2019.
84f.
JOÃO PESSOA
2019
DANIELA FARIAS GUERRA DE MEDEIROS
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso de
Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Centro Universitário de João Pessoa –
UNIPÊ, pela comissão formada pelos professores:
_____________________________________________
Professor Ms. Edvaldo Nunes da Silva Filho.
Orientador
Banca:
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JOÃO PESSOA
2019
À Deus.
A meu marido, minha filha e aos meus pais, que sempre com
carinho, me deram a oportunidade e sempre me apoiam.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me conduzido com saúde e sabedoria até aqui.
Aos meus pais Antonio Geraldo de Souza Guerra e Ana Lylia Farias Guerra, pela
educação e pelo incentivo aos estudos.
A meu esposo Everaldo Medeiros, que me incentivou a entrar no Curso de Pós
Graduação, e que sempre me motivou a chegar até aqui.
A minha filha Isabela Guerra de Medeiros, que me e o amor da minha vida.
A Meu orientador Edvaldo Nunes, por ter aceitado meu convite de orientação.
A todos os meus amigos, meu muito obrigada.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Quando se pensa em Engenharia Civil, geralmente lembra-se de obras que fazem parte do
dia a dia, como casas, pontes, edifícios e viadutos. Em todas essas obras, um personagem muito
importante (e pouco lembrado) estava presente, sustentando os trabalhadores e todas as suas
ferramentas. Este tal personagem é o Andaime.
O andaime é uma estrutura montada, de caráter provisório, usada para sustentar os
trabalhadores para execução de serviços em locais de grande altura, com a utilização de
ferramentas e equipamentos, com a finalidade de facilitar a construção ou o reparo da obra.
Ao longo dos anos, tem se presenciado à introdução de melhorias nos métodos de trabalho
com andaimes, ou seja, as mudanças trazidas pelo desenvolvimento da tecnologia, do
acompanhamento por normalização e até por legislação, resultou em melhorias tanto nas
ferramentas, equipamentos, como até em seus materiais.
Porém, segundo Lordsleem et al. (2008), uma das principais causas de acidentes na
construção civil, inclusive de acidentes fatais, é a queda em altura de operários ou materiais de
construção. Dentro dos diversos segmentos industriais, a indústria da construção civil é
responsável por um dos maiores índices de acidentes no trabalho, segundo informações do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
No ano de 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho (CAT) feitas pelas
empresas de construção ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 37.057 se referiam a
quedas, o que corresponde a 10,6% dos registros. Os dados revelam que os locais onde mais
acontecem acidentes por queda são na construção civil, no transporte de carga, no comércio e nos
hospitais. Esses acidentes geralmente têm relação com escadas, andaimes, estruturas e veículos
motorizados. Em 2017, 56 trabalhadores morreram após caírem de andaimes e plataformas de
trabalho (AGÊNCIA BRASIL, 2018).
Em entrevista ao Laboratório de Segurança e Ergonomia da Universidade Federal de
Pelotas (2017), o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), Rinaldo
Marinho relata que: “Entre 1988 e 2011 ocorreram 82.171 mortes no trabalho em nosso país e
continuam a ocorrer, segundo estatísticas oficiais, 2.800 mortes por ano, o que considera
inaceitável, pois a grande maioria é resultado de acidentes e doenças plenamente evitáveis”.
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Segundo Martins (2005), nos procedimentos realizados dentro dos canteiros de obras que,
em geral, estão relacionados com quedas de altura estão diretamente relacionados à falta de:
processo de projeto, de treinamento, gerenciamento, supervisão e cultura de segurança.
Isto leva a pensar sobre a necessidade que as empresas precisam ter no processo de
identificação dos riscos de acidentes no ambiente de trabalho, proporcionando aos funcionários
segurança para exercer suas atividades de forma eficaz.
O uso do Checklist no ambiente organizacional serve como uma técnica de controle
auxiliar, como método de prevenção de acidentes, a fim de assegurar que todas as etapas ou itens
foram cumpridos de acordo com as normas de segurança e dos procedimentos adequados da
empresa.
É a partir da verificação que se pode descobrir, se o estabelecimento tem uma boa
qualidade de trabalho para a atuação de funcionários, assim como se é boa a qualidade de vida
dos trabalhadores.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como tema Checklist para montagem,
desmontagem e inspeção de andaime simplesmente apoiado. Para a elaboração deste TCC utilizei
como base as normas existentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as
Normas Regulamentadoras (NR 18) que especificam as condições da montagem, desmontagem e
inspeção.
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O andaime é uma das partes vitais do processo da construção, sem eles não seriamos
capazes de acessar determinados locais, nem mesmo deslocar materiais necessários para construir
de forma segura. Para melhor entender como esse ofício evoluiu até o nosso tempo, é importante
compreender brevemente como esse processo vem sendo utilizado pelo homem há milhares anos.
Segundo D'Alessio (2012), é de se imaginar que a primeira forma de andaime tenha sido
desenvolvida usando troncos de árvores amarrados com laços feitos a partir de raízes e galhos,
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com o objetivo de possibilitar a execução de abrigos mais altos, em uma época em que o homem
ainda só habitava abrigos simples ao nível do chão.
Os egípcios usavam andaimes de madeiras para execução das estatuas dos faraós,
conforme pode se observar na Figura 01, que retrata a utilização do andaime para execução das
obras no Egito.
Figura 01 - Andaime de trabalho no Egito (Imagem do mural de um túmulo em Tebas, por volta
de 1450 a.C)
Com a industrialização bem consolidada no início do século XX, a produção de aço vinha
sendo desenvolvida em larga escala, ao mesmo tempo em que os cálculos estáticos iam sendo
aperfeiçoados, o que permitia dimensionar mais precisamente as estruturas, deixando-as cada vez
mais esbeltas.
Entretanto, foi somente a partir do início dos anos 1920, que esse conceito de perfis leves
de aço com seção tubular, fixados entre si por braçadeiras metálicas, começou a ocupar o espaço
da madeira, na construção de andaimes na América do Norte e na Europa Ocidental. Esse avanço
tecnológico trouxe bastante economia para os andaimes, reduzindo o tempo de montagem, além
de possibilitar uma análise mais precisa das cargas e resistência geral da estrutura.
Segundo Collin Waters (2016), foi nesse período que houve a transição do uso comum do
andaime de madeira, sem nenhuma espécie de normatização, para o início do padrão
cuidadosamente regulamentado que temos hoje. Um dos grandes responsáveis por essa transição
foi sem dúvida um inventor inglês chamado Daniel Palmer-Jones, carinhosamente conhecido
como o "Avô dos Andaimes".
Daniel Palmer-Jones, juntamente com seu irmão David Henry-Jones, montou na
Inglaterra, no ano de 1906, uma empresa especializada em andaimes, chamada Patent Rapid
Scaffold Tie Company Ltd., onde se iniciou o processo de padronização das práticas e normas do
ramo, juntamente com pesquisas e o desenvolvimento de novas técnicas.
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Figura 03 - Scaffixer: sistema de encaixe metálico para peças de madeira, ano 1911.
Conforme Campolina (2017), Com o avanço da metalurgia, por volta do início dos anos
1920, a indústria passou a fabricar tubos de aço com diâmetros padronizados. Esses tubos de aço
começaram a ser utilizados também nas estruturas de andaimes. Esse sistema procurava unir os
tubos por meio de parafusos e porcas, de maneira muito mais robusta que a antiga junção por
meio de correntes ou cordas. Esse novo item, conhecido como braçadeira metálica, era
relativamente simples, entretanto, foram estrategicamente pensados para se encaixarem
perfeitamente no padrão existente da indústria de tubos e, por isso, começaram a ser utilizados
desde então.
De certa forma, esse invento revolucionou a construção civil, tornando-se um símbolo
para o desenvolvimento moderno, pois permitiu erguer edifícios altos, com maior velocidade e
segurança, marcando uma nova era de arranha-céus.
Assim, D. Alessio (2012), esse novo sistema metálico começou a substituir os tradicionais
postes de madeira, que passaram a ser vistos cada vez menos nas estruturas de andaimes na
América do Norte e na Europa Ocidental. A partir disso, seguindo o exemplo inglês, vários
outros países do mundo também adotaram os tubos metálicos para montagem dos andaimes,
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2.3 Andaimes
Segundo a Norma Brasileira (NBR) 6494/1990, “Segurança nos Andaimes”, aindaime pode ser
definido como: Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam
ser executados em condições de segurança a partir do piso. São utilizados por estruturas provisórias, que
permitem o acesso de pessoas e equipamentos aos locais de trabalho, usualmente superfícies verticais. São
utilizados em serviços de construção, reforma, demolição, pintura, limpeza e manutenção.
Conforme a norma Alemã DIN 4420, “Segurança Nos Andaime”, andaime é especificado
como estrutura que auxiliar a construção sendo um equipamento provisório.
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individuais e com elementos reutilizáveis cujas peças desgastadas podem ser repostas” (RAMOS
FILHO, 2012, p. 45), já que “o uso de alumínio de alta resistência ainda apresenta restrições
econômicas e a madeira esta restrita ao piso da plataforma e aos rodapés” (RAMOS FILHO,
2012, p. 45). Esta liga, composta basicamente de ferro com pequenas quantidades de carbono, se
destaca pela sua resistência mecânica e pela sua ductibilidade, sendo utilizada, pela maioria dos
construtores, em forma de tubo, o que se deve a razões técnicas, já que nesta forma, o aço
apresenta uniformidade no momento de inércia, proporcionando maior resistência. Com reação as
razões de ordem prática, podemos identificar a facilidade de armazenamento, transporte, limpeza,
manejabilidade, dentre outras características.
Para garantir a segurança dos andaimes de apoio, é importante seguir as normas técnicas
brasileiras, a NBR 8261/2010 responsável por fixar as condições exigíveis para encomenda,
fabricação e fornecimento de perfil tubular, de aço carbono, formado a frio, com e sem costura.
Com relação à segurança dos trabalhadores as Normas Regulamentadoras a serem
seguidas são a NR 18, NR 34, NR 35 com fundamento da Norma Brasileira a NBR 6494/1990,
que tem por objetivo fixar as condições exigíveis de segurança quanto a sua condição estrutural,
bem como a segurança das pessoas que nele trabalham e transitam, aplicando-se aos andaimes
que auxiliam o desenvolvimento vertical das construções e também aqueles que operam em
construções já elevadas para efeito de reparos.
Conforme vimos nas definições, o sistema ideal deve ser leve e flexível para ser erguido
de maneira rápida e inteligente. Porém, existem diversos tipos de andaimes de apoio com essas
características, o que pode tornar a escolha uma tarefa não muito simples. De maneira geral, não
existe uma regra pré-definida, tudo dependerá de condicionantes específicos em cada situação,
seja no âmbito executivo, quanto no econômico. Na prática, em quase todos os casos, as pessoas
tendem a escolher o método mais barato disponível para eles. Isto é, desde que o andaime cumpra
naturalmente todos os requisitos de segurança e, ao mesmo tempo, se encaixe no escopo de
trabalho.
Neste trabalho foram apresentados os tipos de andaimes disponíveis no mercado da
indústria da construção civil, para que se possa identificar suas principais características, a fim de
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extrair o que ele pode oferecer de melhor, além de ajudar nortear na escolha com segurança e
economia.
Classificação dos andaimes: suspensos mecânicos (pesados e leves); em balanço;
simplesmente apoiados.
Andaimes cuja estrutura e dimensões permitem suportar cargas de trabalho de 4 kPa (400
kgf/m2) no máximo, respeitando os fatores de segurança de cada um dos seus componentes
conforme figura 07.
Andaimes cuja estrutura e dimensões permitem suportar carga total máxima de trabalho
de 3 kN (300 kgf), respeitando os fatores de segurança de cada um dos seus componentes como
mostra figura 08.
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Andaimes que se projetam para fora da construção são suportados por vigamentos ou
estruturas em balanço, que tenham sua segurança garantida, seja por engastamento ou outro
sistema de contrabalanceamento no interior da construção, podendo ser fixos ou deslocáveis
figura 09.
Andaimes cuja estrutura trabalha simplesmente apoiada podem ser fixos ou deslocáveis
horizontalmente. A figura 10 mostra um andaime simplesmente apoiado – tipo Tubular de
encaixe.
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Como o trabalho está direcionado para andaime simplesmente apoiado, vale destacar os
tipos de equipamentos com relação a este tipo.
Por isso, é fundamental conhecer um pouco mais cada sistema, para saber extrair o que ele
pode oferecer de melhor e nortear a escolha. A seguir, veremos os principais tipos de andaimes
apoiados metálicos disponíveis no mercado global.
Segundo Campolina (2017), do original inglês, tube and clamp, esse é o pioneiro dos
andaimes metálicos, desenvolvido no início do século XX, sendo amplamente utilizado em várias
regiões do mundo. Já Viunov (2011), é o sistema mais versátil do mercado, constituído
basicamente por tubos e braçadeiras metálicas como mostra a figura 11. Pode ser montado com
inúmeras variações volumétricas, sendo extremamente flexível em qualquer plano espacial.
Conforme Campolina (2017) a grande vantagem desse sistema, além do baixo custo
inicial, é a liberdade modular que se pode obter ao posicionar as braçadeiras livremente em
qualquer ponto do tubo. Isso permite a criação de pisos em qualquer nível, e, ao mesmo tempo, a
criação de vãos com qualquer modulação desejada, ficando limitado apenas por questões de
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engenharia, conforme mostra a figura 12, em que podemos verificar a montagem de andaime
tubo e braçadeira em um cilindro.
Figura 11 – Tipos de conectores mais comuns. (a) braçadeira fixa, (b) braçadeira giratória, (c)
luva.
Segundo Marks (2016), certamente é o que possui menos restrições em geral e é o único
sistema onde um mesmo elemento (tubo) é utilizado em todos os eixos espaciais. E ainda,
podemos dizer que é muito mais fácil fazer ajustes de projeto em campo com o andaime de tubo e
braçadeira do que com qualquer outro sistema. Devido a essa liberdade é o preferido para
trabalhar com volumetrias curvas e irregulares, como cúpulas e abóbodas, entre outras.
Uma ressalva desse andaime se encontra justamente em suas conexões, que possuem a
capacidade de carga relativamente reduzida ao ser comparada aos outros sistemas, pois a
transmissão dos esforços entre os tubos é feita por meio de atrito. A qualidade do material e as
técnicas de fabricação das braçadeiras têm grande influência na capacidade estrutural, mas em
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média, a braçadeira fixa é fabricada para suportar até 8,0 kN de carga e a giratória até 6,0 kN
(RAMOS FILHO, 2012).
Este tipo de sistema, tubo e braçadeira, exige um projeto elaborado por um profissional
qualificado e uma experiência por parte do montador, por isso, não é o andaime mais indicado
para principiantes. Por outro lado, essa liberdade que o sistema oferece, expõe o profissional a
frequentes situações passíveis de erro, podendo tornar o processo de montagem mais demorado e
oneroso. A montagem requer um projeto o auxílio de ao menos um ajudante, além de ferramentas
auxiliares para aparafusar as braçadeiras e aprumar corretamente os componentes.
Figura 13- Detalhes da estrutura do quadro de andaime. (a) exemplos de seções típicas, (b) tipos
de solda, (c) exemplos de modelos de travas de encaixe das diagonais.
ser constituído por um tubo com diâmetro menor, outro fator que influencia diretamente na sua
resistência é o próprio formato. Em geral quanto menor for a sua largura, maior será a capacidade
de carga do quadro. De qualquer maneira, como é possível mesclar componentes de outros
andaimes, podemos enrijecer qualquer seção, por exemplo, com a inserção de um reforço extra,
através de um tubo e braçadeiras tradicionais.
Não é um sistema muito utilizado em ambientes industriais, pois o quadro não é a melhor
opção para montar estruturas complexas, expostas a muitas irregularidades, ou em espaços
confinados onde o local de acesso do material é limitado a pequenas aberturas, como em
caldeiras, por exemplo. Mais uma vez, algumas dessas desvantagens são mencionadas apenas
como considerações, ou como comparativo de outros sistemas disponíveis (MARKS, 2016).
2.5.3 Multidirecional
3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÕES
4 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta
centímetros) para o travessão intermediário; b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte
centímetros); c) ter vãos entre travessas, preenchidos com tela ou outro dispositivo que
garanta o fechamento seguro da abertura.
No que diz respeito aos Andaimes Simplesmente Apoiados, pode ser apresentado da
seguinte maneira:
Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas, sobre base sólida e nivelada
capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas;
É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a
2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros);
É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção
tecnicamente adequada, fixada a estrutura da mesma;
É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os
mesmos;
Os andaimes, cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura,
devem possuir escadas ou rampas;
O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser escolhido, de modo
a não comprometer a estabilidade e segurança do andaime;
Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou
altura equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado;
O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio
de amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito;
As torres de andaimes não podem exceder, em altura, 4 (quatro) vezes a menor dimensão
da base de apoio, quando não estaiadas.
Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua
própria estrutura ou por meio de torre de acesso;
A movimentação vertical dos componentes e acessórios para a montagem e/ou
desmontagem de andaime fachadeiro, deve ser feita por meio de cordas ou por sistema
próprio de içamento;
Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos,
contrapinos, braçadeiras ou similar;
Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como
travamento, após encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com
parafusos, braçadeiras ou similar;
As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes por meio de parafusos,
braçadeiras ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo
que assegurem a estabilidade e a rigidez necessárias ao andaime;
Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que
apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de
objetos;
A tela deve ser completa e deve ser instalada desde a primeira plataforma de trabalho até
dois metros acima da última
A figura 19 apresenta um exemplo de andaime simplesmente apoiado tipo tubular de
encaixe, com guarda-corpo, rodapé e acessos por escadas em suas laterais conforme
especificação da norma.
A plataforma do andaime deve ser protegida em todo o seu perímetro, exceto na face de
trabalho, com: a) guarda-corpo rígido, fixo e formado por dois tubos metálicos, colocados
horizontalmente a distâncias do tablado de setenta centímetros e um metro e vinte
centímetros; b) rodapés, junto à prancha, com altura mínima de vinte centímetros;
Os andaimes com pisos situados a mais de um metro de altura devem ser providos de
escadas ou rampas.
Devem ser usados tubos de aço galvanizado, com espessura de parede mínima de três
inteiros e cinco centésimos de milímetro, ou liga de alumínio, calculados de acordo com o
projeto.
Devem ser utilizados somente tubos de comprimento inferior a quatro metros e cinquenta
centímetros como montantes em torres e andaimes, exceto na montagem da base.
Caso seja necessário instalar aparelho de içar material, deve-se escolher o ponto de
aplicação em conformidade com o projeto, de modo a não comprometer a estabilidade e a
segurança do andaime.
Os andaimes somente devem ser utilizados após serem aprovados pelo profissional de
segurança e saúde no trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo
cumprimento desta Norma, conjuntamente com o encarregado do serviço;
A aprovação deve ser consignada na "Ficha de Liberação de Andaime" que será
preenchida, assinada e afixada no andaime.
4.2.7 Armazenagem
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
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ABNT NBR, também chamada apenas de NBR, é a sigla para Norma Brasileira aprovada
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. As NBR’s são uma espécie de norma técnica –
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Transversalmente, as pranchas ou tábuas devem ser colocadas lado a lado, sem deixar
vãos ou intervalos, de modo a cobrir toda a largura do piso, e fixadas para evitar qualquer
deslocamento;
Pisos em tábuas de 0,025m de espessura não podem ter vãos maiores que 2,00m, e devem
ser travados entre si. Para vãos até 1,50m, não é obrigatório o travamento;
As emendas das pranchas ou tábuas devem ser por justaposição, devendo haver sempre
uma travessa sob cada ponta. Em casos excepcionais, é permitida a emenda por
sobreposição, desde que sobre uma travessa e com pelo menos 0,20m para cada lado (ou
seja, uma sobreposição de, no mínimo, 0,40m). Nestes casos, é obrigatória a sinalização
adequada do local (indicando a existência de degrau e pintura de uma faixa de alerta no
piso), bem como a fixação cuidadosa das pontas, de modo a não permitir que fiquem
levantadas do piso;
As pranchas ou tábuas não devem ter mais de 0,20m de balanço;
Os pisos não devem ser lisos, e mesmo sendo metálicos, devem apresentar rugosidade
suficiente para não permitir o escorregamento de calçados, mesmo quando úmidos;
Todos os andaimes externos devem ter seu piso fixado, de modo a evitar quedas
provocadas pelo vento;
Os pisos para execução dos trabalhos devem estar na horizontal.
Nos andaimes suspensos, o vão entre o guarda-corpo e o rodapé deve ser fechado,
inclusive nas cabeceiras, com tela ou qualquer outro material equivalente;
Além do fechamento entre o guarda-corpo e o piso, deve ser colocada tela ao longo de
toda a periferia externa, para prevenir queda de objetos. A tela utilizada não deve ter
malha maior que 25 mm;
O local de trabalho e todos os acessos devem ser convenientemente iluminados;
Devem ser tomadas precauções especiais, durante a montagem, movimentação e
utilização de andaimes próximos às redes elétricas. Toda a fiação elétrica para iluminação
e força utilizada em andaimes deve ser em cabo isolado;
Quando necessário, os andaimes devem ser protegidos e sinalizados contra o impacto de
veículos e equipamentos;
Os andaimes suspensos devem ser convenientemente ancorados, de maneira que estejam
protegidos contra oscilações em qualquer sentido;
As plataformas dos andaimes suspensos, leves devem distanciar-se no máximo 0,30m da
superfície de trabalho;
Os cabos utilizados nos andaimes suspensos devem ser de comprimento tal que, para a
posição mais baixa do estrado, restem pelo menos duas voltas sobre cada tambor;
A roldana-guia do cabo de suspensão deve rodar livremente e o seu sulco deve ser
mantido em bom estado de limpeza e conservação; bem como deve ser dimensionado
adequadamente para o diâmetro do cabo;
Os dispositivos de suspensão devem ser inspecionados antes do início dos serviços, por
pessoa qualificada.
Toda precaução deve ser tomada para evitar queda de objetos dos andaimes. Não deve
haver empilhamento de material sobre os andaimes;
Toda a sobra de material deve ser retirada, acondicionada adequadamente ou através da
utilização de dutos de descarga;
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Podem ser metálicos ou de madeira e devem ter os montantes apoiados sobre bases
capazes de resistir às cargas transmitidas, compatíveis com a resistência do solo;
A estrutura deve ser convenientemente contraventada e ancorada ou estaiada, obtendo-se
ausência total de oscilações. A frequência dessas amarrações para os andaimes de fachada
deve ser de no mínimo uma para cada 36,00m², distando entre si no máximo 6,00m em
ambas as direções. Os montantes devem estar perfeitamente aprumados;
É permitido o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes, desde que sua altura não
ultrapasse 2,00m do piso em que se apoia, e sua largura seja no mínimo igual a 0,60m.
Em andaimes de madeira recomenda-se que os montantes não tenham seção com lado
menor que 0,075m ou diâmetro inferior a 0,085m, contraventados, e que sua altura não
exceda a 12,00m, sem projeto específico;
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Os pregos utilizados em andaimes de madeira nunca devem ser menores que 18x27 (3
mm x 60mm);
Em andaimes metálicos os montantes devem ter espessura de parede mínima igual a 2,65
mm e diâmetro mínimo de 42,20mm1;
As plataformas de serviço nos andaimes devem ter uma largura mínima de 0,60m com
altura livre mínima de 1,75m;
Antes de se instalar qualquer aparelho de içar material, deve ser escolhido o ponto de
aplicação, de modo a não comprometer a estabilidade e segurança do andaime;
Todo o andaime deve prever acesso adequado para o pessoal em todos os níveis, sem
comprometer a livre circulação e a segurança das pessoas. Os acessos verticais devem ser
em escada, podendo ser do tipo marinheiro, incorporada ao sistema de andaime ou através
de torre de acesso própria;
Os andaimes móveis devem prever que o sistema utilizado na movimentação do conjunto
(rodízios ou similares) resista pelo menos uma vez e meia o peso médio do andaime com
sobrecargas. No caso de rodízios, estes não podem ser de diâmetro menor que 0,13m, e
devem ser providos de trava;
A estrutura do andaime móvel deve prever contraventamento conveniente para suportar os
esforços durante a sua movimentação, sem se deformar, e ser fixada e amarrada antes de
sua utilização;
O andaime móvel deve ser formado por um conjunto rígido, sem elementos soltos que
podem representar riscos de queda ou desmonte durante a sua movimentação. Durante a
movimentação deve ser observado que o conjunto esteja perfeitamente equilibrado, sem
risco de tombamento. Não deve ser permitida a movimentação de andaimes com pessoas,
ou materiais soltos, em qualquer ponto deste;
Nenhum andaime móvel pode ter a sua altura maior que quatro vezes a menor dimensão
da base;
Para andaimes móveis de madeira, a ligação entre montantes, travessas, contraventos e
longarinas deve ser obrigatoriamente com parafusos passantes, tipo francês ou máquina;
Os andaimes móveis devem estar permanentemente travados, exceto no momento de seu
deslocamento.
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São várias as causas que ocasionam os acidentes de trabalho no país, entre elas, o
comportamento de risco do colaborador, ou seja, atos, atitudes e ações cotidianas que abrangem o
comportamento de cada indivíduo dentro de uma situação, especialmente no ambiente laboral.
São ações que podem gerar incidentes ou mesmo graves acidentes, colocando em risco a
saúde e integridade física dos trabalhadores, aumentando os alarmantes números de acidentes de
trabalho registrados no Brasil.
É importante destacar, que cada ramo de atividade possui seus comportamentos de riscos
mais comuns, que levam a acidentes em diversos níveis, do simples ao gravíssimo. Por isso,
permanecer atento aos comportamentos de riscos mais comuns a todos os tipos de atividades,
pode ajudar na prevenção.
As obras mais seguras atendem à Norma Regulamentadora NR-18, NR-34, NR-35 E
ABNT 6494 assim garantindo a integridade do trabalhador.
Conforme pode ser observado, atualmente, em canteiros de obras, as causas mais comuns
de acidentes com andaimes estão relacionados com as seguintes ocorrências:
Falta de apoio adequado na sustentação dos andaimes. Os itens da Norma
Regulamentadora NR-18.15.10 e da NR-34.11.7, exigem que o montante do andaime
deve ser apoiado em sapatas sobre base sólida, com capacidade de resistir ao esforço
solicitado e a carga transmitida.
Fonte: G1 (2015)
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Fonte: G1 (2015)
Fonte: G1 (2015)
Fonte: G1 (2015)
Deve ser tomada precaução com a montagem de andaime próximo à rede elétrica.
Conforme NR-18.15.47.6, o equipamento deve estar afastado das redes elétricas ou estas
estarem isoladas conforme as normas específicas da concessionária local.
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CAUSAS MOTIVOS
Sobrecargas excessivas;
Sobrecarga excessiva;
QUEDA DE MATERIAIS
Ruptura da plataforma;
Ausência de rodapés.
A análise preliminar de risco, de acordo com Cardella (1999), consiste em uma técnica de
identificação de perigos e de riscos, que visa identificar eventos com predisposição a situações de
incidentes ou acidentes, além de estabelecer medidas de controle. O objetivo da APR pode ser
área, sistema, procedimento, projeto ou atividade, e a sua metodologia consiste na verificação da
linha de produção, levantamento de causas, possíveis consequências, frequência de ocorrência e
classificação do grau de risco.
1) Identificar os riscos;
2) Orientar os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho;
3) Organizar a execução da atividade;
4) Estabelecer procedimentos seguros;
5) Trabalhar de maneira planejada e segura;
6) Prevenção dos acidentes de trabalho;
7) Sensibilizar e instruir os trabalhadores sobre os riscos evolvidos na execução do trabalho.
Não existe um modelo específico que seja obrigatório para a estruturação de todas as
análises preliminares de risco, mas o documento pode ser feito em forma de checklist, apontando
todos os possíveis riscos e sua classificação em uma tabela.
Também é possível organizar o documento em forma de planilha, listando as atividades
executadas em uma coluna ao lado dos riscos encontrados, seus níveis de gravidade e medidas
preventivas e recomendações de segurança adotadas para lidar com cada um deles.
A APR deve ser sempre desenvolvida e implantada antes da execução de determinadas
atividades, seja para trabalhos realizados pela própria empresa ou através de empresas
contratadas.
A APR deve ser elaborada por um engenheiro ou técnico de segurança do
trabalho, mas nada impede a participação de outros profissionais da empresa (como gestores e
trabalhadores) na composição da equipe de análise preliminar de risco.
63
Essa inclusão de pessoas torna-se importante porque, quanto mais multidisciplinar for
à visão da análise preliminar de riscos, mais abrangente e eficaz será o resultado.
Empresa:
Obra:
'
Observações:
A Permissão de Trabalho deve ser feita com foco no ambiente de trabalho, respeitando
detalhadamente as particularidades do ambiente de trabalho. Ela pode ser usada tanto para
restringir o acesso às áreas de risco, como restringir o acesso aos equipamentos ou qualquer
situação de trabalho que gere risco acentuado. Quem for executar o trabalho, será o responsável
por portar a PT.
Sempre que o trabalhador deixar o posto de trabalho, a Permissão de Trabalho precisará
ser encerrada. Nas trocas de turno de trabalho, ou interrupção de trabalho, a permissão de
trabalho deve ser revalidada.
O formulário da Permissão de Trabalho precisa ficar arquivado na empresa. Afinal, ele é
uma prova de que as áreas de risco têm acesso controlado e que a empresa se preocupa também
com o controle de riscos.
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Empresa:
Obra:
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Observações:
Existe muita dúvida envolvendo a diferença entre Análise Preliminar de Risco (APR) e
Permissão de Trabalho (PT).
Ambos os documentos/formulários são relativos à segurança do trabalho, a grande
diferença é que enquanto a Análise Preliminar de Risco visa levantar os riscos da atividade, a
Permissão de Trabalho visa permitir o trabalho em área de risco para pessoas autorizadas por
tempo determinado. Podemos dizer que uma das fases da PT é a APR.
Outra diferença, é que a APR pode ter vigência definida pela empresa, e essa pode ser de
1 dia a 5 meses, ou seja, a empresa define em parceria com o setor de Segurança do Trabalho o
prazo que desejar. Já a PT só tem vigência durante o período que o trabalhador estiver no
ambiente de trabalho.
O trabalhador assina a Permissão de Trabalho pela manhã e quando ele sai para almoçar
aquela permissão de trabalho perde a sua vigência, sendo assim, ao retornar para o ambiente de
trabalho depois do almoço, o trabalhador precisa revalidar a PT ou aprovar uma nova.
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saúde. Nesse caso, a credibilidade é efetivada quando forem tomadas as medidas necessárias para
o controle dos riscos detectados, através da participação e envolvimento de todos.
Tipos de inspeções que podem ser realizadas na empresa:
1) Inspeções de rotina: É aquela realizada frequentemente pelos responsáveis da segurança
do trabalho e visa a encontrar erros comuns no ambiente de trabalho, tais como:
arrumações perigosas, defeitos em equipamento, atitudes perigosas dos operários, etc.
2) Inspeções periódicas: São inspeções realizadas por determinados períodos de tempo
visando a averiguar condições inseguras, naturalmente estabelecidas pelos desgastes de
peças, esforços e agressões em máquinas, móveis, objetos, etc. A legislação determina a
necessidade de inspeções periódicas em determinados equipamentos, como caldeiras,
elevadores e extintores de incêndio.
3) Inspeções especiais: Inspeção que busca identificar riscos presumíveis, necessitando de
realização de medições, amostragens, etc. Nesse caso, poderão ser detectadas situações
anormais de trabalho. Nas inspeções especiais, como a inspeção de uma caldeira ou a
determinação da presença de riscos ambientais em determinado processo, há necessidade
de contratação de técnicos especializados que podem detectar os risco e sugerir soluções.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
do conhecimento das orientações necessárias para o exercício de uma função que possa ser
segura, e, assim, ser cada vez mais produtiva, prevenindo e remediando os riscos acidentais.
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REFERÊNCIAS
LIMA, J. Segurança em trabalhos com andaimes. Revista Proteção, Novo Hamburgo (RS),
n.191, p.135, 2007.
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MARKS, M. Scaffolding: The handbook for estimating and product knowledge. 1. ed. [S.l.]:
Page Publishing, 2016.
SAMPAIO, J. C. de A. Manual de aplicação da NR18. 1. ed. São Paulo: Pini Ltda., 1998.