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Aparelhos de protecção
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Disjuntores de baixa tensão
Um disjuntor é constituído pelo relé, com um
órgão de disparo (disparador) e um órgão de
corte ( o interruptor) e dotado também de
convenientes meios de extinção do arco
eléctrico (câmaras de extinção do arco
eléctrico).
Como disjuntor mais vulgar fabrica-se o
disjuntor magnetotérmico que possui um
relé electromagnético que protege contra
curto – circuitos e um relé térmico, constituído
por uma lâmina bimetálica, que protege contra
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sobrecargas.
Características dos disjuntores
• Corrente estipulada (vulgarmente designada por calibre): valor para o qual o disjuntor
não actua.
Correntes estipuladas: 6 – 10 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A.
• Corrente convencional de não funcionamento: valor para o qual o disjuntor não deve
funcionar durante o tempo convencional.
• Corrente convencional de funcionamento: valor para o qual o disjuntor deve funcionar
antes de terminar o tempo convencional.
• Poder de corte : corrente máxima de curto-circuito que o disjuntor é capaz de
interromper sem se danificar.
Os poderes de corte estipulados normalizados são: 1,5 – 3 – 4,5 – 6 – 10 KA
EXEMPLO:
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Curva característica do disjuntor
Consoante os fabricantes, tendo em conta as zonas características de
funcionamento, podem definir-se vários tipos de disjuntores:
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Fio condutor
Tipos de fusíveis
Fusível do tipo Gardy Fusível do tipo rolo
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Características dos fusíveis
• Corrente estipulada (In) é a intensidade de corrente que o fusível pode
suportar permanentemente sem fundir.
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Protecção contra sobrecargas
Condições:
𝑺 √𝟑 × 𝑺
𝑰𝑩 = 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟏∅; 𝑰𝑩 = 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟑∅
𝑼𝑺 𝑼𝑪
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Exemplo de aplicação
Seleccione o calibre (In) do disjuntor de protecção contra sobrecargas de
uma canalização constituída por condutores H07V-U com secção de 2,5
mm2, em tubo, que vai alimentar uma máquina de lavar roupa cuja a
potencia = 3,3KVA
IB = 15 A
s = 2,5 mm2 → IZ = 19,5 A (Quadro 52-C1 - Parte 5 / Anexos das RTIEBT)
1ª condição:
IB ≤ In ≤ IZ
A intensidade nominal do disjuntor (In) terá que ser maior ou igual a 15 A
(IB). Sabendo que as correntes estipuladas dos disjuntores são de 6 – 10 –
16 – 20 – 25 – 32 – 40 …
15
15 < 16 < 19,5
Exemplo de aplicação
2ª condição:
I2 ≤ 1,45 x Iz
A corrente convencional de funcionamento (I2) do disjuntor de 16 A é de 23
A (1,45 x In). A 2ª condição está verificada já que:
23 ≤ 1,45 x 19,5
23 < 28,3
O calibre ou a intensidade nominal do disjuntor a utilizar seria de 16A.
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Protecção contra curto-circuitos
A protecção contra curto-circuitos das canalizações eléctricas é assegurada
se as características dos aparelhos de protecção respeitarem
simultaneamente as seguintes condições:
Regra do poder de corte: o poder de corte não deve ser inferior à corrente
de curto-circuito presumida no ponto de localização.
Icc ≤ Pdc
Regra do tempo de corte: o tempo de corte resultante de um curto-circuito
em qualquer ponto do circuito não deverá ser superior ao tempo
correspondente à elevação da temperatura do condutor ao seu máximo
admissível.
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Protecção contra curto-circuitos
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Exemplo de aplicação
Verificar se o disjuntor de 16A anteriormente
seleccionado para protecção contra sobrecargas pode
ser utilizado na protecção conta curto – circuitos
sabendo que:
QE
MLR
5m 10 m
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Exemplo de aplicação
Regra do poder de corte
R = (ρ x l) / s → R = (0.0225 x 10) / 2,5 → R = 0,09 Ω
R = (ρ x l) / s → R = (0.0225 x 5) / 4 → R = 0,028 Ω
• Resistência total do condutor: 0,09 + 0,028 = 0,118 Ω
• Cálculo da corrente de curto – circuito:
Icc = U / R → Icc = 230 / 0,118 → Icc = 1949 A
Se esse disjuntor tiver um poder de corte (Pdc) de
3KA pode ser utilizado, já que cumpre a condição: Icc
≤ Pdc
NOTA: Os poderes de corte estipulados normalizados são: 1,5 – 3 – 4,5 – 6 – 10 KA
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Exemplo de aplicação
Regra do tempo de corte
√t = K x (S / Icc)
√t = 115 x (2,5 / 1949)
√t = 0,15
t = 0,023 s
𝟐×𝝆×𝑳×𝑰 √𝟑×𝝆×𝑳×𝑰
∆𝑼 = × 𝟏𝟎𝟎% 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒄𝒊𝒓𝒄𝒖𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟏∅ ∆𝑼 = × 𝟏𝟎𝟎% 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒄𝒊𝒓𝒄𝒖𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟑∅
𝑺𝑼𝑺 𝑺×𝑼𝑪
u é a queda de tensão, expressa em volts;
Δu é a queda de tensão relativa, expressa em percentagem;
Uo é a tensão entre fase e neutro, expressa em volts;
b é um coeficiente igual a 1 para os circuitos 𝟑∅ e a 2 para os 1∅ (os circuitos 𝟑∅ com o neutro
completamente desequilibrado, isto é, com uma só fase carregada, são considerados como sendo 1∅);
ρ1 é a resistividade dos condutores à temperatura em serviço normal, isto é, 1,25 vezes a resistividade
a 20°C (0,0225 Ω.mm²/m para o cobre e 0,036 Ω.mm²/m para o alumínio);
L é o comprimento simples da canalização, expresso em metros;
S é a secção dos condutores, expressa em milímetros quadrados; 22
λ é a reactância linear dos condutores (na falta de outras indicações pode ser usado o valor 0,08 mΩ/m);
Escolha da seccao usando o criterio de queda de tensao
(Quando a seccao de neutro e igual a seccao de fase)
𝟏𝟎
𝒖 = 𝟐 × 0,0225 × ×. 𝟖 + 𝟎. 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟖 × 𝟏𝟎 ×. 𝟔 × 𝟏𝟓 = 𝟏. 𝟎𝟖𝟕𝟐𝐯 ;
𝟐. 𝟓
𝟏. 𝟎𝟖𝟕𝟐
∆𝑼 = × 𝟏𝟎𝟎% = 𝟏%
𝟐𝟐𝟎
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Sobretensão
As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa
(descarga atmosférica nas linhas) ou de origem interna (falsas manobras,
deficiências de isolamento com linhas de tensão mais elevada).
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Descarregador de SobreTensão
Para a protecção contra sobretensões usa-se um descarregador de
sobretensões (DST) a instalar à entrada da instalação (a montante ou a
jusante do dispositivo diferencial). Este tipo de protecção é recomendada
quando as instalações forem abastecidas por redes aéreas de distribuição
em BT (condutores nus ou torçadas) e quando a segurança de bens e/ou a
continuidade de serviço forem relevantes. N F
PE
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Subtensão
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EXERCICIOS DE APLICACAO
Problema 1
1. Considera o cabo VAV 3X10 0,8/1,2 KV, enterrado conjuntamente com mais dois cabos
idênticos num local onde a temperatura média é de 25 °C. Determine:
a) A intensidade nominal do aparelho de protecção contra sobre carga protegido com o
fusível gG.
b) Calcular a intensidade nominal do aparelho de protecção contra sobre carga com o
disjuntor de relé térmico.
c) Verificar-se o fusível escolhido anteriormente também protege a canalização contra o
curto-circuito supondo que a resistência do cabo a montante do quadro onde se vai instalar
o fusível é de 0,18Ω e que a canalização tem um comprimento de 30m.
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EXERCICIOS DE APLICACAO
Problema 2
• Idêntico ao problema nº 1, com os seguintes dados: cabo LVAV 3x25 0,8/1,2 KV
enterrado conjuntamente com mais 4 cabos idênticos num local em que θ=30 °C.
Rm=0,1Ω , l=15 m.
Problema 3
Dimensionar o dispositivo de protecção e os cabos de cobre com isolação PVC para
alimentar uma potencia de 90KVA condutores são instalados em electroduto de PVC
embutido em alvenaria. A temperatura ambiente é de 20o C e há somente um circuito no
electroduto. A queda de tensão admissível na operação e de 5%. O comprimento do
circuito é de 95 m.
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EXERCICIOS DE APLICACAO
Problema 4
Perante um circuito trifásico de quadros de tomadas com distâncias na ordem dos 70 m,
protegido por um disjuntor de 32 A, pretende-se verificar o seguinte:
a) Qual a secção mínima de um cabo multicondutor de cobre isolado a PVC.
b) A queda de tensão máxima no último quadro de tomadas.
Para tal tem-se as seguintes características:
• Temperatura ambiente de 40ºC
• Cabo instalado em caminhos perfurados horizontais sem afastamento
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Anexos
Anexos
Anexos