Você está na página 1de 2

Com base na pesquisa “Hábitos Culturais II” do Itaú Cultural e Datafolha,

elabore um pequeno texto que apresente, a partir dos dados, os principais


desafios para o cinema nacional. Depois, trace, em linhas gerais, caminhos
estratégicos para melhorar a audiência e a percepção do brasileiro em
geral sobre o cinema nacional levando em consideração os dados
apresentados na pesquisa sobre suas preferências por gênero, linguagem e
canal de exibição.

a primeira desconstrução em relação a ideia de que o cinema nacional não


é de qualidade que tem palavrões e tantos outros atributos pejorativos beira
em verdade à construção de um mito criado pela indústria cinematográfica
e audiovisual mundiais, justamente para desvalorizar a nossa tão
desprestigiada cultura nacional, embasada infelizmente na síndrome do
vira-lata; nada mais do que isso, porque pela aplicação de tantos índices e
considerando que é a classe média e média baixa, bem como a classe
baixa ativa masculina é a que em tese menos vê filmes nacionais no cinema,
porque, outrora, consideram não tão atrativos e que o é mais importante,
numa ida ao cinema que vale a pena é justamente ver apenas as grandes
produções, porque estes são bons, é algo que de fato tem que ser
relativizado, visto que a nossa cultura precisa de grande incentivo, e parcela
dessa responsabilidade e desta contribuição tem que vir de fato do governo,
daqueles altos escalões que possam impulsionar e fazer com que a própria
sociedade acredite na nossa cultura do entretenimento que de fato contribui
para o mercado maior, criando incentivos fiscais a exemplo e possibilite
crescer em expansão, justamente porque neste ponto já superamos a fase
pandêmica e a crise global da saúde; ainda há pequenos focos, mas isso já
não resvala num problema estruturante, num problema que possa fazer os
mercados pararem, não agora. O momento é de aquecimento, crescimento
e aprendemos muito nesta fase, de forma que podemos inclusive trabalhar
em conjunto, e tantas ideias podem surgir deste contexto, desde
lançamentos nas mesmas plataformas até a criação inclusive de novas
plataformas para o impulsionamento do nosso mercado nacional – e
exemplos internacionais temos aos montes – principalmente do já tão citado
exemplo da Coreia do Sul, como ao modelo francês e ao do mercado
europeu cinematográfico. Isto, claro, só para citar alguns exemplos de como
os podemos impulsionar. Evidente que depende de um marketing forte, de
um mercado competitivo que comece a trabalhar e ver que a produção
nacional a produção cinematográfica e a produção do áudio visual podem
crescer mais do que as próprias métricas prometem, das próprias
estimativas. Podemos sim, com um trabalho forte, superar estes números e
não ficar à mercê de acreditar que alguns valores possam definir a nossa
própria capacidade de produção, porque no fundo pode até induzir a erro
e a um infeliz desestímulo da capacidade nacional que possuímos para
produzir e como já produzimos grandes obras. Temos, a seu revés, um
arsenal tecnológico atual que pode também contribuir sobremaneira na
qualidade das nossas produções; temos, por outro lado, profissionais e
escolas de alto nível para oferecer o que há de melhor à nossa sociedade.
Então é a hora de rompermos essas crenças fixadoras desestimulantes e
retrógradas, que fazem com que vejamos apenas o que vem de fora e o que
é externo como bom e útil a nós, à nossa cultura ao nosso conhecimento e
também ao nosso crescimento pessoal. Portanto, a estratégia é de fato mais
marketing, acreditar mais no nosso mercado, a busca de mais apoio,
somado ao maior incentivo à popularização do nosso gênero nacional.
Sabemos que depende dos mais diversos incentivos governamentais sim,
mas parte também da iniciativa privada acreditar que o mercado não
acabou, que precisa, nesta fase, na busca intensa de incentivos, parcerias
e colaborações, além da ampla divulgação, como mencionei, como a
reinvenção dos espaços nas bombonieres, no convênio com
estacionamento, na divulgação por acúmulo de pontos a cada sessão em
que se participa, na soma no aplicativo mesmo, de forma a facilitar para o
usuário, além de lançamentos simultâneos nos cinemas e nas plataformas,
a criar a curiosidade do espectador. O cinema também deveria pensar os
títulos antigos, todos eles ou a maioria deles nas sessões de cinema, um
espaço reservado para isso. Porque não? Escolher os títulos mais famosos e
das grandes obras, colocar a maioria disponível também no sistema de
streaming, é uma forma inclusive dos jovens conhecer tudo o que foi
produzido em nosso cinema nacional. Como a Globoplay com as novelas.
E nesse sentido novamente o streaming é grande peça de apoio,
principalmente, conforme pesquisa, aumentaria o índice de audiência para
as mulheres que vão para o cinema, quando para aquele percentual dos
homens que ainda não frequentam as salas.
 

Você também pode gostar