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– Veja lá, hein? Não vá chegar à beira do ar, e cuidado com as gaivotas!
– Meu filho, não chegue perto do peixe-elétrico quando ele estiver ligado. É
muito perigoso!
– Adeus, adeus, boa viagem, aproveitem bem!
E eles aproveitaram mesmo.
Que beleza é o fundo do mar!
E como aprenderam!
– Veja, dona Ostra, que peixão tão grande, dando de mamar ao peixinho!
– Aquilo não é peixe, não, é uma baleia. As baleias são de outra família.
Aparentadas com o homem. Por isso dão de mamar aos filhotes.
– Cobra, não! Dobre a língua, ouviu? Meus patrões não têm tempo a perder
com senhores Peixotos…
E foi entrando, sem querer escutar o que Peixoto estava dizendo.
Mas Peixoto não desanimou.
Rodeou a casa até que encontrou uma janela meio aberta e foi entrando,
mesmo sem convite.
Lá estavam o Barão e o Tubaronete jantando.
Peixoto, com o coração batendo muito, adiantou-se:
– Desculpe, seu Barão, eu ir entrando assim, mas tenho umas contas a
ajustar aqui com o seu filho. Cadê a pérola de dona Ostra? Devolva já, já!
Tubaronete até engasgou de susto:
– Eu ia devolver, eu ia, sim! Tome a pérola, eu estava brincando…
O Barão Tubarão levantou-se, furioso:
– De que é que vocês estão falando? Pelo que vejo, o senhor meu filho já
aprontou mais uma das suas! É a vergonha da família Tubarão!
Vou-lhe aplicar um castigo tremendo!
Peixoto ficou com pena de Tubaronete:
– Olhe, seu Barão, eu acho que o Tubaronete é assim, por que ele não sabe
nada. Por que é que ele não vai á escola como os outros peixes?
O Barão não disse nada, mas, no ano seguinte, Tubaronete foi o primeiro
aluno que se matriculou na escola de dona Ostra.