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A ARTE DE TOMAR DECISÕES

Publicado em 23 23UTC março 23UTC 2011 por forumibab

Por Ed René René Kivitz

Meu dia começou muito bem. Fui tomar o café da manhã com dois amigos muito bem
sucedidos em suas carreiras profissionais. Essa é uma das minhas rotinas e uma das
atividades do Fórum Cristão de Profissionais que me traz grande satisfação.
Conversamos a respeito da responsabilidade de tomar decisões que repousa sobre os
ombros dos líderes. Enquanto trocávamos ideias, concluímos que dificilmente nos
arrependemos quando nossas decisões respeitam pelo menos quatro critérios.

O primeiro é o que chamamos de convicção espiritual, mas você pode chamar também
de feeling ou intuição. Você sabe do que estamos falando, aquela voz profunda e
duradoura que indica o caminho a seguir. Nem sempre é possível articular em palavras
ou explicar objetivamente o que estamos sentindo ou pensando, mas a coisa está clara
como o sol do meio dia lá dentro da gente. Pessoalmente posso dizer que essas
impressões lá no fundo da alma ocorrem mais frequentemente quando peço a Deus que
me dê sabedoria para os próximos passos.

O segundo critério para as deciões é a ética. Na minha experiência pastoral de mais de


20 anos aconselhando pessoas em momentos de decisão foram raras as vezes em que
encontrei pessoas cujo dilema era de fato não saber o que fazer. A maioria das pessoas
sabia o que deveria fazer, mas ou não tinha coragem, ou não tinha condições (pelo
menos é o que acreditavam) para fazer o que sabiam que deveriam fazer. O fato é que
quando somos íntegros, a consciência fala, e aponta a direção certa.

Outro critério para decisões das quais raramente nos arrependemos é o que em nossa
conversa identificamos como independência. Quando nossas decisões são tomadas sob
pressão de terceiros, inclusive e principalmente aqueles que mais apreciamos e até
mesmo amamos, as consequências acabam sendo pesadas. Fazer o que não queremos
fazer, ou deixar de fazer o que queremos fazer, para seguir a opinião, a consciência e ou
as imposições dos outros nunca foi e nunca será um caminho de sabedoria. Lembramos
de John Kennedy: “Aprendi o segredo do fracasso: desejar agradar todo mundo”.

Finalmente, consideramos que a liberdade é um critério importante para as decisões.


Chamamos de liberdade aquela condição em que a decisão não gera a relação credor-
devedor. Isto é, a decisão tomada não deixa ninguém constrangido ou comprometido a
perder sua liberdade de dizer sim ou não no próximo momento de decisão. Quando
nossas decisões criam um senso de obrigação de retribuição ou compensação de uma
ou outra parte, provavelmente a decisão seguinte será equivocada, e facilmente a
relação ou a situação se complicará.

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