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SP 1.5 – O QUE FAZER COM UMA DOR DE CABEÇA?

MORFOFUNCIONAL:
PLEURAS, PULMÕES E ÁRVORE TRAQUEOBRONQUIAL
Cada cavidade pulmonar (direita e esquerda) é revestida por uma me mbrana pleural (pleura)
que também se reflete e cobre a face externa dos pulmões que ocupam as cavidades. A parte interna é a PLEURA
VISCERAL; a parede externa é a PLEURA PARIET AL . O espaço entre as paredes é à cavidade
pleural, ela contém apenas uma fina película de líquido. As pleuras visceral e parietal, juntas, formam
o saco pleural. Observe que o pulmão está situado fora da cavidade do saco pleural, mas é circundado por ele.

A cavidade pleural – o espaço virtual entre as camadas de pleura – contém u ma camada capilar
de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura
deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração . A tensão superficial do líquido pleural também
propicia a coesão que mantém a superfície pulmonar em contato com a parede torácica; assim, o pulmão se
expande e se enche de ar quando o tórax expande , ainda permitindo o deslizamento. A pleura visceral é
contínua com a pleura parietal no HILO DO PULMÃO, onde estruturas que formam a raiz do pulmão,
onde os brônquio e os vasos pulmonares entram e saem.

A pleura parietal tem três partes – costal, mediastinal e diafragmática – e a cúpula da pleura
(parte da pleura no pescoço).

 A PARTE COSTAL DA PLEURA PARIETAL (pleura costovertebral ou costal) cobre as faces internas
da parede torácica. Está separada da face interna da parede torácica (esterno, costelas e cartilagens
costais, músculos e membranas intercostais e faces laterais das vértebras torácicas) pela fáscia
endotorácica. Essa camada extrapleural fina de tecido conjuntivo frouxo forma um plano de clivagem
natural para a separação cirúrgica da pleura costal da parede torácica.

 A PARTE MEDIASTINAL DA PLEURA PARIETAL (pleura mediastinal) cobre as faces laterais do


mediastino, a divisória de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmonares e seus sacos
pleurais. Continua superiormente até a raiz do pescoço na forma de cúpula da pleura. É contínua com
a pleura costal anterior e posteriormente e com a pleura diafragmática na parte inferior.

 A PARTE DIAFRAGMÁTICA DA PLEURA PARIETAL (pleura diafragmática) cobre a face superior


(torácica) do diafragma de cada lado do mediastino, exceto ao longo de suas inserções (origens)
costais e no local onde o diafragma está fundido ao pericárdio, a membrana fibrosserosa que envolve
o coração.
Uma camada fina, mais elástica de fáscia endotorácica, a fáscia frenicopleural, une a parte diafragmática da
pleura às fibras musculares do diafragma. A cúpula da pleura cobre o ápice do pulmão (a parte do pulmão que se
estende superiormente através da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço). É uma continuação superior das
partes costal e mediastinal da pleura parietal. A cúpula da pleura é reforçada por uma extensão fibrosa da fáscia
endotorácica, a membrana suprapleural (fáscia de Sibson). A membrana fixa-se à margem interna da costela I e ao
processo transverso da vértebra C VII.

As linhas relativamente abruptas ao longo das quais a pleura parietal muda de direção quando passa (é
refletida) de uma parede da cavidade pleural para a outra são as linhas de reflexão pleurais. Três linhas de reflexão
pleurais delimitam a extensão das cavidades pulmonares de cada lado: esternal, costal e diafragmática. Os contornos
das cavidades pulmonares direita e esquerda são assimétricos (i. e., não são imagens especulares) porque o coração
está voltado para o lado esquerdo, pressionando mais a cavidade esquerda do que a direita.

Os pulmões não ocupam por completo as cavidades pulmonares durante a expiração; assim, a
pleura diafragmática periférica está em contato com as partes mais inferiores da parte costal . Os
espaços pleurais virtuais aqui são os RECESSOS COSTODIAFRAGMÁT ICOS, “fossas” revestidas por pleura,
que circundam a convexidade superior do diafragma dentro da parede torácica. RECESSOS PLEURAIS
semelhantes, porém menores, estão localizados posteriormente ao esterno, onde a parte costal está em contato com
a parte mediastinal. Esses espaços pleurais virtuais são os recessos costomediastinais. O recesso esquerdo é
maior (menos ocupado) porque a incisura cardíaca do pulmão esquerdo é mais acentuada do que a
impressão correspondente no saco pleural. As margens inferiores dos pulmões aproxima m -se dos
recessos pleurais durante a inspiração profunda e afastam -se deles durante a expiração.

PULMÕES

Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar
inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Os pulmões saudáveis em pessoas vivas são
normalmente leves, macios e esponjosos, e ocupam totalmente as cavidades pulmonares. Também são elásticos e
retraem-se a aproximadamente um terço do tamanho original quando a cavidade torácica é aberta. Os pulmões são
separados um do outro pelo mediastino. Cada pulmão tem:

 UM ÁPICE, a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da costela I até a raiz
do pescoço; o ápice é recoberto pela cúpula da pleura

 UMA BASE, a face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma
e se apoia nela

 Dois ou três LOBOS, criados por uma ou duas FISSURAS

 Três FACES (costal, mediastinal e diafragmática)

 Três MARGENS (anterior, inferior e posterior).

O pulmão direito apresenta FISSURAS OBLÍQUA e HORIZONT AL DIREIT AS, que o dividem e m
três LOBOS DIREIT OS: SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o
esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio
estão mais voltados para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta.

O pulmão esquerdo tem u ma única FISSURA OBLÍQUA ESQUERDA, que o divide em DOIS LOBOS
ESQUERDOS, SUPERIOR E INFERIOR. A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca
profunda, uma IMPRESSÃO deixada pelo desvio DO ÁPICE DO CORAÇÃO para o lado esquerdo. Essa impressão
situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior. Essa endentação molda, com frequência, a parte mais
inferior e anterior do lobo superior, transformando-a em um prolongamento estreito e linguiforme, a LÍNGULA, que se
estende abaixo da incisura cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração
e a expiração.

Os pulmões têm impressões que são deixadas pelas estruturas adjacentes a eles, como as costelas, o coração
e os grandes vasos. Essas impressões fornecem indicações sobre as relações dos pulmões; entretanto, apenas as
impressões cardíacas são visíveis durante a cirurgia ou em peças frescas de cadáver ou post mortem.
 A FACE COSTAL DO PULMÃO é grande, lisa e convexa. Está relacionada à parte costal da pleura, que a
separa das costelas, cartilagens costais e dos músculos intercostais íntimos.

 A parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e às vezes é denominada
parte vertebral da face costal.

 A FACE MEDIASTINAL DO PULMÃO é côncava porque está relacionada com o mediastino médio, que
contém o pericárdio e o coração.

A face mediastinal compreende o hilo, que recebe a raiz do pulmão. No cadáver fixado, há um sulco do esôfago
e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. Como dois terços do coração estão à esquerda da
linha mediana, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito maior. Essa face do pulmão
esquerdo também tem um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a parte descendente da aorta, além de
uma área menor para o esôfago.

 A FACE DIAFRAGMÁTICA DO PULMÃO, que também é côncava, forma a base do pulmão, apoiada sobre a
cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito em vista da posição mais alta da cúpula
direita do diafragma, que fica sobre o fígado. Nas partes lateral e posterior, a face diafragmática é limitada por
uma margem fina e aguda (margem inferior) que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura.

A margem anterior do pulmão é o ponto de encontro anterior entre as faces costal e mediastinal, que recobrem
o coração. A incisura cardíaca deixa uma impressão nessa margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do
pulmão circunscreve a face diafragmática do pulmão, separando-a das faces costal e mediastinal. A margem
posterior do pulmão é o ponto de encontro posterior das faces costal e mediastinal; é larga e arredondada e situa-
se no espaço ao lado da parte torácica da coluna vertebral.

Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas RAÍZES DOS PULMÕES, isto é, os brônquios (e vasos
bronquiais associados), artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras
aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos. Se a raiz for seccionada antes da (medial à)
ramificação do brônquio principal (“primário”) e da artéria pulmonar, sua configuração geral é:
 ARTÉRIA PULMONAR: no extremo superior à esquerda (o brônquio lobar superior ou “epiarterial” pode estar
localizado no extremo superior à direita)

 VEIAS PULMONARES SUPERIOR E INFERIOR: nas extremidades anterior e inferior, respectivamente

 BRÔNQUIO PRINCIPAL: aproximadamente no meio do limite posterior, e os vasos brônquicos seguem em


sua face externa (geralmente na face posterior nesse ponto).

O HILO DO PULMÃO é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem
do pulmão as estruturas que formam sua raiz. O hilo pode ser comparado à área da terra na qual as raízes de uma
planta penetram o solo. Medialmente ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal
e visceral de pleura – a bainha pleural (mesopneumônio). Inferiormente à raiz do pulmão, essa continuidade entre
pleuras parietal e visceral forma o ligamento pulmonar, que se estende entre o pulmão e o mediastino, imediatamente
anterior ao esôfago.

PAREI AQUI

ÁRVORE TRAQUEOBRONQUIAL

o Brônquio lobar superior


o Brônquio lobar médio
o Brônquio lobar inferior
o Brônquio lobar superior
o Brônquio lobar inferior

 Definir segmentos broncopulmonares, lóbulo pulmonar e acino pulmonar


A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de cartilagem hialina em formato
de ferradura ou em C. As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia situada no
mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax (ou ângulo do esterno)
em brônquios principais, um para cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões:

O BRÔNQUIO PRINCIPAL DIREITO é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio principal
esquerdo porque entra diretamente no hilo do pulmão O BRÔNQUIO PRINCIPAL ESQUERDO segue
inferolateralmente, inferiormente ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar
ao hilo do pulmão. Nos pulmões, os brônquios ramificam-se de modo constante e dão origem à ÁRVORE
TRAQUEOBRONQUIAL.

Observe que os ramos da árvore traqueobronquial são componentes da raiz de cada pulmão
(formada pelos ramos da artéria e das veias pulmonares, além dos brônquios). Cada BRÔNQUIO PRINCIPAL
(“primário”) divide-se em brônquios lobares secundários, dois à esquerda e três à direita, e cada um deles
supre um lobo do pulmão. Cada BRÔNQUIO LOBAR divide-se em vários BRÔNQUIOS
SEGMENT ARES terciários, que suprem os segmentos broncopulmonares .

Além dos brônquios segmentares terciários, há 20 a 25 gerações de bronquíolos condutores


ramificados que terminam como bronquíolos terminais, os menores bronquíolos condutores . A parede
dos bronquíolos não tem cartilagem. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não têm glândulas
nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios,
caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes fin as e dispersos, que se originam dos seus lumens.
O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. Graças à presença dos alvéolos, os
bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte de ar quanto da troca gasosa. Cada bronquíolo respiratório
dá origem a 2 a 11 ductos alveolares, e cada um desses dá origem a 5 a 6 sacos alveolares. Os ductos
alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente revestidas por alvéolos, que levam a espaços
comuns, os sacos alveolares, nos q uais se abrem grupos de alvéolos. Novos alvéolos continuam a se
desenvolver até cerca de 8 anos de idade, período em que há aproximadamente 300 milhões de alvéolos.
VASCULARIZAÇÃO DOS PULMÕES E DAS PLEURAS
Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias pulmonares que drenam seu
sangue. As artérias pulmonares direita e esquerda originam -se do tronco pulmonar no nível do ângulo
do esterno e conduzem sangue pouco oxigenado (“venoso”) aos pulmões para oxigenação . Cada artéria
pulmonar torna-se parte da raiz do pulmão correspondente e divide-se em artérias lobares secundárias. As artérias
lobares superiores direita e esquerda, que irrigam os lobos superiores, surgem primeiro, antes da
entrada no hilo. Entrando no pulmão, a artéria d esce posterolateralmente ao brônquio principal, como
a artéria lobar inferior do pulmão esquerdo e como uma artéria intermediária, que se divide em artérias
lobares média e inferior do pulmão direito. As artérias lobares dividem -se em artérias segmentares
terciárias. As artérias e os brônquios formam pares no pulmão, com ramificações simultâneas e
trajetos paralelos. Consequentemente, cada lobo é servido por uma artéria lobar secundária pareada e um brônquio.
Da mesma forma, cada segmento broncopulmonar é suprido por uma artéria segmentar terciária pareada e um
brônquio. Geralmente as artérias estão posicionadas na face anterior do brônquio correspondente.

Duas veias pulmonares de cada lado, uma veia pulmonar superior e uma veia pulmonar inferior,
conduzem sangue rico em oxigênio (“arterial”) dos lobos correspondentes de cada pulmão para o átrio
esquerdo do coração .

A veia do lobo médio é uma tributária da veia pulmonar direita superior . O trajeto das veias
pulmonares é independente do trajeto das artérias e brônquios no pulmão; elas seguem entre segmentos
broncopulmonares adjacentes e recebem sangue no trajeto em direção ao hilo. Exceto na região central, peri-hilar do
pulmão, as veias da pleura visceral e da circulação venosa bronquial drenam para as veias pulmonares e o volume
relativamente pequeno de sangue pobre em oxigênio se junta ao grande volume de sangue rico em oxigênio que
retorna ao coração.
As veias da pleura parietal unem-se às veias sistêmicas em partes adjacentes da parede torácica. As artérias
bronquiais levam sangue para a nutrição das estruturas que formam a raiz dos pulmões, os tecidos de sustentação dos
pulmões e a pleura visceral. As duas artérias bronquiais esquerdas geralmente originam -se diretamente
da parte torácica da aorta. A artéria bronquial direita, única, pode originar -se diretamente da aorta;
contudo, geralmente a origem é indireta, seja através da parte proximal de uma das artérias
intercostais posteriores superiores (geralmente a 3a artéria intercostal posterior direita) ou de um tronco comum
com a artéria bronquial superior esquerda. As pequenas artérias bronquiais emitem ramos para a parte superior do
esôfago. Depois, costumam seguir ao longo das faces posteriores dos brônquios principais, suprindo estes e seus
ramos distalmente até os bronquíolos respiratórios.

Os ramos mais distais das artérias bronquiais anastomosam -se com ramos das artérias
pulmonares nas paredes dos bronquíolos e na pleura visceral . A pleura parietal é irrigada por artérias que
suprem a parede torácica. As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue levado aos pulmões pelas artérias
bronquiais, principalmente o sangue distribuído para a parte mais proximal das raízes dos pulmões ou para a região
próxima. O restante do sangue é drenado pelas veias pulmonares, especificamente aquele que retorna da pleura
visceral, das regiões mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão. A veia bronquial
direita drena para a veia ázigo, e a veia bronquial esquerda drena para a veia hemiázigo acessória ou
a veia intercostal superior esquerda. As veias bronquiais também recebem sangue das veias esofágicas.

OS PLEXOS LINFÁTICOS PULMONARES COMUNICAM-SE LIVREMENTE


O plexo linfático superficial/subpleural situase profundamente à pleura visceral e drena o parênquima (tecido)
pulmonar e a pleura visceral. Os vasos linfáticos desse plexo superficial drenam para os linf onodos
broncopulmonares no hilo do pulmão. O plexo linfático profundo está localizado na tela submucosa dos brônquios
e no tecido conjuntivo peribrônquico. Sua principal função é a drenagem das estruturas que forma m a raiz
do pulmão. Os vasos linfáticos desse plexo profundo drenam inicialmente para os linfonodos pulmonares intrínsecos,
localizados ao longo dos brônquios lobares. Os vasos linfáticos que saem desses linfonodos continuam a seguir os
brônquios e vasos pulmonares até o hilo do pulmão, onde também drenam para os linfonodos broncopulmonares. A
partir daí, a linfa dos plexos linfáticos superficial e profundo drena para os linfonodos traqueobronquiais superiores e
inferiores, superiores e inferiores à bifurcação da traqueia e brônquios principais, respectivamente. O pulmão direito
drena principalmente através dos grupos consecutivos de linfonodos no lado direito, e o lobo superior do pulmão
esquerdo drena principalmente através dos respectivos linfonodos do lado esquerdo. Entretanto, muitos, mas não todos
os vasos linfáticos do lobo inferior do pulmão esquerdo drenam para os linfonodos traqueobronquiais superiores
direitos; a linfa, então, continua a seguir a via do lado direito.

A linfa dos linfonodos tranqueobronquiais segue para os troncos linfáticos broncomediastinais


direito e esquerdo, os principais condutos l infáticos de drenagem das vísceras torácicas . Esses troncos
geralmente terminam de cada lado nos ângulos venosos (junções das veias subclávia e jugular interna); entretanto, o
tronco broncomediastinal direito pode primeiro unir-se a outros troncos linfáticos, convergindo para formar o curto
ducto linfático direito . O tronco broncomediastinal esquerdo pode terminar no ducto torácico.
A linfa proveniente da pleura parietal drena para os linfonodos da parede torácica (intercostais, paraesternais,
mediastinais e frênicos). Alguns vasos linfáticos da cúpula da pleura parietal drenam para os linfonodos axilares.

FONTE: MOORE. Anatomia Orientada para a clínica. 8 ° Ed.

MEDICINA LABORATORIAL
PRINCIPAIS MARCADORES TUMORAIS
PSA (ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO)

É uma proteína secretada pelo lúmen dos ductos prostáticos, e aparece em alta quantidade no
líquido seminal, porém com valor baixo na circulação de homens considerados saudáveis. Seu nível
aparece elevado em casos de câncer de próstata, mas situações como hiperplasia prostática benigna, infecções na
próstata ou até idade avançada também alteram seu valor. É considerado muito sensível porém pouco específico e,
por isso, a indicação é sempre realizar o exame de toque retal juntamente com a avaliação do valor da PSA do paciente.
(ALMEIDA et al, 2007).

O valor do PSA é muito importante para se determinar o estadiamento do carcinoma de próstata. Esse marcador
também é utilizado para a avaliação do tratramento e chance de recidiva (FONSECA et al). Pacientes que realizam
tratamento com radioterapia tem a queda gradual do PSA, enquanto pacientes que realizam prostatectomia tem a
queda significativa logo após o procedimento para valores não mais detectáveis.

Estudos indicam que o aumento de PSA em pacientes que passaram por esse procedimento é indicativo de
recidiva, e podem aparecer de meses a anos antes dos sinais clínicos. (ALMEIDA et al, 2007) A utilização do PSA para
auxiliar no diagnóstico de câncer de próstata trouxe um aumento significativo no número de casos diagnosticados,
garantindo tratamento adequado aos pacientes. (BUSATO e ALMEIDA, 2016). Pode se afirmar que O PSA É O
MARCADOR TUMORAL COM MAIOR ATIVIDADE CLÍN ICA (FONSECA et al, 2007), mas mesmo assim,
extensas pesquisas estão sendo feitas para aumentar sua específicidade baseando-se em modificações moleculares
de isoformas. Com essas pesquisas, se busca a diferenciação entre doenças prostáticas benignas e malignas,
facilitando assim muito o diagnóstico correto (RODDAM et al). CA 15.3 (ANTÍGENO DO CÂNCER 15.3)

CA 15.3
O CA 15.3 é uma glicoproteína produzida por células epiteliais glândulares . É consi derado o
marcador de excelencia para o câncer de mama (almeida, 2004), apresentando -se elevado de acordo
com o estadiamento da doença. Porém sua sensibilidade é muito baixa, não podendo ser usado como
método de diagnóstico precoce . (MOLINA et al, 2010)
Seu uso é destacado para a avaliação da efetividade do tratamento quimioterápico em pacientes com o câncer de
mama avançado. Os níveis devem ser medidos antes de cada ciclo quimioterápico e em intervalos de três meses para
aqueles que recebem a terapia hormonal. Se o marcador tiver uma queda maior que de 50% o tratamento está
funcionando e o câncer está sendo controlado. (DUFFY et al, 2010) Também é muito utilizado para o diagnóstico
precoce da recidiva do câncer de mama. É recomendada a realização da dosagem do CA 15.3 nos pacientes na fase
de pré-tratamento, de duas a 4 semanas após cirurgia ou início da quimioterapia e repetir a dosagem a cada três a seis
meses. O CA 15.3 também se apresenta elevado em outras patologias, como câncer de ovário, pulmão, colo uterino,
hepatocarcinoma e linfomas. (ALMEIDA et al, 2007).

CA 125 (ANTÍGENO DO CÂNCER 125)


A CA 125 é uma proteína produzid a pelas células do ovário, utilizada para diagnóstico e
acompanhamento de evolução ou recidiva de casos de câncer de deste (SEDREZ, 2007). A determinação
do valor desse marcador é fácil e se apresenta elevada em 90% dos casos (RIEDINGER et al, 2007), porém o valor
também pode se mostrar aumentado em inúmeras outras doenças, como endometriose, câncer do endométrio, cirrose,
cistos de ovário, hepatite, pancreatite e até em 20% das gestantes (SEDREZ, 2007). Quando utilizado como marcador
para recidiva, seu papel é fundamental.

A proteína apresentou uma sensibilidade de 94% para predizer a progressão da doença pós o tratamento com
quimioterapia, quando o seu valor aumentou duas vezes o valor do nadir (ALMEIDA et al, 2007). Além disso, a proteína
pode se elevar de dois meses a um ano antes dos sintomas de uma recorrencia (ALMEIDA 2004). Assim, o CA 125 se
torna importante no dia a dia clínico para diagnóstico e acompanhamento de patologia.

LACTATO DESIDROGENASE (LDH)

A LDH é uma enzima cardíaca e do músculo esquelético. Ela não apresenta um valor importante
para o diagnóstico de tumores, porém é muito utilizada para fornecer prognósticos por se relacionar
com o tamanho da neoplasia, principalmente em casos de linfoma não -hodgkin recente e na neoplasia
de próstata. (ALMEIDA et al, 2007).

A dificuldade no uso dessa enzima como marcador é o seu aumento em diferentes patologias, como infarto agudo
do miocárdio e doenças esqueléticas. Pacientes com o valor de LDH alto antes do tratamento apresentam um mau
prognóstico, considerando que a sua neoplasia apresenta taxa de crescimento e volume altos. Esses pacientes são
candidatos a quimioterapia mais agressiva (CECIL e AUSIELLO, 2005).

NOVOS MARCADORES

Como citado anteriormente, diversos estudos vêm buscando novos marcadores tumorais mais específicos. Com
eles, o diagnóstico seria mais preciso, considerando sua elevação em casos de patologia apenas, ou até mesmo
associados a outro marcador, garantindo mais certeza ao clínico. CA 242 (antígeno carboidrato) O CA 242 É uma nova
promessa na área. MARCADOR DE CÂNCER C OLORRETAL E PANCREÁTICO, se apresentou mais
específico e com menos interferentes. Mesmo aparecendo em quantidades baixas na circulação de pacientes sem
nenhum tipo de tumor, no momento da proliferação celular tumoral seu valor se eleva consideravelmente. Por ser mais
expresso em casos de patologias malignas, pode ser considerado mais específico para esse tipo de neoplasia,
diferenciando-o das benignas (GHERSEL et al, 2009).

FONTE: https://www.newslab.com.br/wp-
content/uploads/yumpu_files/PRINCIPAIS%20MARCADORES%20TUMORAIS%20UTILIZADOS%20NA%20CL%C3%8DNICA.pdf

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