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SOCIOLINGUÍSTICO
Introdução
2. Quantificar a variação
A. variante 1
ariante 2
B. nós fomos. - variante 1
nós foi. - variante 2
2
Cf. PATRICK, P. L. The Spech Community. In: CHAMBERS, J. K.;
TRUGDILL, P.; SCHILLING-ESTES, N. (eds). The Handbook of Language
Variation and Change. Oxford: Blackwell Publishing, 2002.
ou transcrição utilizar e outros aspectos relacionados à coleta de
dados, é relevante observar o que fala Labov (2008, p. 83):
3
Grifo nosso.
considerações sobre o mesmo. Além disso, ao serem escolhidos
o assunto, as hipóteses norteadoras do trabalho e a comunidade
de fala, é essencial que o pesquisador reúna o maior número
possível de dados sobre a mesma, enfocando aspectos
relacionados à história da comunidade, à economia, às
lideranças, às instituições religiosas ou outros dados relevantes,
como uma forma de conhecimento prévio sobre o local e as
pessoas que participarão da pesquisa.
Ainda nesta fase, é fundamental que o pesquisador leia e
se familiarize com questões relacionadas ao assunto a ser
pesquisado, especialmente em teses e dissertações que trataram
do assunto direta ou indiretamente e reflita sobre as soluções
metodológicas apresentadas pelos respectivos autores dos
trabalhos (Cf. VITÓRIO, 2008; SÓSTENES, 2008; SOUZA
NETO, 2008). A leitura de outros trabalhos pode iluminar
algumas questões teóricas fundamentais para a área da
sociolinguística e que podem repercutir nos rumos do trabalho
de campo. Destacamos os trabalhos de Weinrich, Labov &
Herzog (2006), Labov (1972, 2008), Milroy (1980), Trudgill
(2000), Campoy & Almeida (2005). Outros autores, certamente,
podem ser incluídos nesta lista de acordo com o assunto do
projeto de pesquisa.
As tarefas apresentadas devem ser consideradas
preliminares e suplementares à elaboração do projeto de
pesquisa, sendo seguidas por outras que exigem um ajustamento
preciso e terão consequências para o bom desenvolvimento do
mesmo. Algumas perguntas, tais como: quem e quantos serão os
colaboradores da pesquisa, quais as variáveis linguísticas e não
linguísticas deverão ser consideradas relevantes, quais as
hipóteses norteadoras do trabalho e qual o procedimento a ser
seguido na coleta dos dados, deverão de alguma forma absorver
o pesquisador nesta fase que antecede a consecução da pesquisa.
Ainda assim, mesmo com um bom projeto de pesquisa, que
guiará a coleta de dados, por vezes, novas questões de natureza
conceitual ou metodológica podem ocorrer durante qualquer
etapa da pesquisa, às vezes, de forma cíclica, fazendo o
pesquisador refletir sobre o seu percurso de pesquisa e de
aspectos anteriormente insuspeitos nesta tarefa sempre
complexa de mapear a relação entre língua e sociedade.
A coleta de dados envolve questões relacionadas aos
colaboradores da pesquisa, buscando garantir a
representatividade e a confiabilidade dos dados levantados. Para
Guy (2007, p. 22),
Conclusão
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Uma rodada no GOLDVARB X.
Este artigo objetivou sistematizar, ainda que de forma
inicial, os passos metodológicos da Sociolinguística
Variacionista. Desta forma, sem querer ser exaustivo,
apresentamos as etapas a serem seguidas na coleta, transcrição e
codificação de dados e na consequente interpretação dos
mesmos. É conveniente lembrar que, embora tenham sido
utilizados procedimentos metodológicos adequados, cada
pesquisa impõe determinados limites, obrigando o pesquisador a
contorná-los como uma forma de obter dados pertinentes,
confiáveis e representativos do universo pesquisado. A
discussão sobre a metodologia de pesquisa sociolinguística não
se encerra aqui e muitos outros pontos não debatidos podem se
revelar pertinentes, cabendo ao pesquisador usar de bom senso
em sua delimitação e utilização.
Referências