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AYMERICH, Judit Freixa.

La variació terminològica: anàlisi de la variaciò


denominativa en textos de diferent grau d’especialització de l’àrea de medi
ambient. 2002. 397 f. Tese (Programa de doctorat: Variació en el Llenguatge
1991-93) – Departament de Filologia Catalana, Universitat de Barcelona, Barcelona,
2002. Disponível em: Capítol 1. Introducció. Terminologia i variació (tdx.cat)

1.3 Terminologia e variação 1


1.2.1 A linguística anterior ao estudo da variação 2
1.2.2 O surgimento do variacionismo 2
1.2.3 Variação em função das utilizações e dos utilizadores 3
1.3 Terminologia e variação 4
1.3.1 A variação e a padronização terminológica 5
1.3.1.1 Variação e Teoria Geral da Terminologia 6
1.3.1.2 Variações e escolas de terminologia soviéticas e tchecas 8
1.3.2 A variação e a normalização terminológica 11
1.3.3 A variação e a descrição terminológica 15
1.3.3.1 A variação e a Teoria Comunicativa da Terminologia 15
1.3.3.2 A variação e a Socioterminologia 18
1.3.3.2.1 Origens e definição da Socioterminologia 18
1.3.3.2.2 A Socioterminologia: crítica à terminologia tradicional 21
1.3.3.2.3 A crítica socio terminológica à univocidade 23
1.3.3.3 A variação e outros autores de orientação descritiva 24
1.3.3.4 Quantidades de bolas sobre variação na terminologia 30
1.4 Variação terminológica 32
1.3 Terminologia e variação1

Tenho observado que a linguística, com o objetivo fundamental de descrever a


linguagem, teve que lidar também com o estudo da variação que a caracteriza; a
terminologia, por outro lado, não nasceu com uma ótica descritiva, e o estudo da
variação não tem sido um aspecto relevante, em geral, mesmo quando a linguística
tem enfatizado mais nisso.
Assim, entendemos que é necessário relacionar o interesse pela observação
da variação com o quadro mais amplo a partir do qual abordamos a terminologia, e é
por isso que fazemos uma revisão de como a variação tem sido tratada a partir de
três grandes orientações: padronização, normalização e descrição.

1.2.1 A linguística anterior ao estudo da variação

Podemos estabelecer o ponto de partida do caminho da linguística em direção


ao estudo da variação no início do século, com a aparição póstuma do "Cours de
linguistique générale" (1916) de Ferdinand de Saussure, obra que geralmente é
considerada o início da linguística moderna.
Além de distinguir o estudo diacrônico da língua (estudo que havia
caracterizado a linguística até aquele momento) do estudo sincrônico, Saussure
introduz outra distinção determinante para o desenvolvimento da linguística: a
oposição entre língua, sistema homogêneo da coletividade de falantes de uma
língua, e fala, cada uma das realizações individuais da língua.
A partir dessa segunda oposição, poderia ter surgido o estudo da variação a
partir de uma linguística com base social, mas Saussure abandonou o estudo da fala
por considerá-la contaminada pelo fenômeno da variação e orientou-se para o
estudo da língua a partir de dados de poucos indivíduos e não da coletividade, o que
é comumente denominado paradoxo saussuriano.

Saussure se inclinou decididamente para o estudo da língua, em vez da


análise da fala, uma abordagem para a qual ele poderia ter adotado uma

1
Com base no que foi mencionado na seção 1.2.4, uma das formas fundamentais de variação
linguística é aquela que ocorre no nível lexical, mas não é a única. Avançamos que, neste trabalho, e
uma vez focados no campo terminológico, quando falamos de variação, nos referimos à variação
lexical terminológica, fenômeno denominado quase exclusivamente como sinonímia na bibliografia.
Na seção 1.4, apresentamos algumas precisões denominativas e conceituais em torno da variação
terminológica, variação denominativa, variação conceptual e sinonímia.
perspectiva social, entendendo, por exemplo, a variação linguística como
inerente aos sistemas linguísticos." (Boix i Vila, 1998:25)

Quase meio século depois, a aparição do generativismo afasta ainda mais a


linguística do estudo sistemático da variação linguística. A partir da premissa da
competência linguística, a capacidade inata dos falantes de aprender e usar a
língua, e visando explicar os processos psicolinguísticos de produção da linguagem,
Chomsky sente a necessidade de ignorar a variação para se concentrar na
descrição dos fatos regulares da língua.

1.2.2 O surgimento do variacionismo

Se considerarmos Labov como um dos pais do variacionismo, uma abordagem


linguística nascida nos anos sessenta que parte do pressuposto de que a variação é
um fenômeno essencial da linguagem, estruturado, sistematizável e não aleatório, e
que para descrevê-lo é necessário partir de um conjunto representativo de dados
empíricos. Uma das noções fundamentais do variacionismo é a de variável
linguística, uma unidade linguística que apresenta diferentes realizações no uso; as
variáveis que são objeto de estudo, sempre linguísticas, são chamadas de variáveis
dependentes, e a ocorrência de uma variante ou outra é determinada por variáveis
independentes, que podem ser de natureza linguística ou também, por isso, os
estudos variacionistas costumam ser considerados sociolinguísticos, de natureza
extralinguística, especificamente social. A análise da variação linguística, que visa
principal a explicação das causas desse fenômeno e o estabelecimento de critérios
que permitam a classificação, representa um passo muito importante na
compreensão e descrição do funcionamento da linguagem. Estudos nessa linha
permitiram encontrar distribuições socioculturais e situações regulares onde ocorria
uma aparente variação livre. Naturalmente, e de acordo com Turell (1997), entender
a língua como um sistema variável não implica negar a categoricidade que também
a caracteriza.

Estudar a variação não significa deixar de lado a estrutura linguística, o


sistema, mas, ao considerar a variação, questiona-se a identificação entre
estrutura e homogeneidade, propondo-se, em vez disso, uma
'heterogeneidade estruturada' na linha de Weinreich, Labov & Herzog
(1968)" (Turell, 1997:47)" (Turell, 1997:47).
1.2.3 Variação em função das utilizações e dos utilizadores

Uma das contribuições mais importantes do variacionismo é a distinção,


comumente aceita, entre variação dialetal, variação atribuível a diversas
características que afetam os falantes, e variação funcional, variação atribuível às
situações em que a língua é utilizada. Essa distinção é tradicional e geralmente se
considera que se originou com Halliday, McIntosh e Strevens (1964), embora esses
autores a tenham estabelecido com base em vários antecedentes e tenha sido
reformulada em várias ocasiões (Halliday e Hasan, 1976, e Gregory e Carroll, 1978).
Dentro da variação dialetal, distinguem-se as variedades diatópicas,
diastráticas e diacrônicas, dependendo se estão relacionadas às características
geográficas, sociais ou históricas dos falantes. No que se refere à variação funcional
(também chamada de variação situacional, estilística ou contextual), são
considerados diversos parâmetros relacionados ao uso da língua (no sentido de
contexto e situação de fala) que nos permitem diferenciar variedades funcionais
(também chamadas registros e, em um sentido mais ambíguo, estilos).
A partir de Halliday, McIntosh e Strevens e de Gregory e Carroll, distinguem-se
três fatores para a diferenciação de registros: o campo refere-se ao que está sendo
discutido, o tema, representando a essência e o objeto do ato; o modo diz respeito
ao canal de produção, levando em consideração o nível de preparação do ato; o
tenor pode ser funcional e interpessoal, propondo-se desmembrá-lo em dois fatores
distintos: tenor, relacionado à finalidade e ao propósito, e tom, referindo-se às
relações estabelecidas entre os interlocutores, especificamente no nível de
formalidade.
No entanto, é importante observar que os estudos de variação funcional ainda
não estabeleceram o número exato nem os tipos de fatores pertinentes, e esses
fatores mencionados não são facilmente quantificados ou categorizados.

O domínio admite uma divisão fundamental entre carácter genérico e


carácter técnico (específico), que está na base da distinção entre registos
coloquiais e vulgares (não especificados tematicamente) e registos
especializados, científicos ou técnicos (ou tecnoletos) a modalidade
apresenta uma grande riqueza de variedade por detrás da qual (só
aparentemente) parece existir uma clara dicotomia (oral/escrito), e,
consequentemente, a modalidade apresenta uma grande variedade por
detrás da qual existe uma clara dicotomia (oral/escrito) a modalidade tem
uma grande riqueza de variedade por trás do que (só aparentemente)
parece ser uma dicotomia clara (oral/escrito), e, portanto, a distinção deve
ser completada considerando-se o grau de preparação ou de
espontaneidade do processo de produção do texto.
Por sua vez, o tenor funcional (ou simplesmente tenor) tem tantos tipos
quantas as funções que são tantos tipos de funções podem ser
reconhecidos na linguagem (...) quanto o quarto fator, o teor interpessoal, a
gradação mais simples estabeleceria um polo formal e um polo informal.
Uma gradação mais A definição do continuum de formalidade é, no entanto,
uma questão muito complexa, e tem sido efetuada de diferentes formas,
consoante os autores" (Payrató, 1998b).

1.3 Terminologia e variação

Vimos que a linguística, com o objetivo fundamental de descrever a língua, teve


também que se ocupar do estudo da variação que a caracteriza. Em contrapartida, a
terminologia não surgiu com uma abordagem descritiva, e a análise da variação não
tem sido um objetivo geral para ela. O estudo dessa variação não se apresenta
como um aspecto relevante, de modo geral, mesmo quando a linguística tem dado
mais ênfase a esse aspecto.
Entendemos, assim, necessário relacionar o interesse pela observação da
variação com o quadro mais geral a partir do qual abordamos a terminologia. Por
essa razão, realizamos uma revisão de como a variação tem sido tratada a partir de
três orientações principais: normalização e descrição.

1.3.1 A variação e a padronização terminológica

Como já mencionamos e é amplamente conhecido, a terminologia nasce como


teoria a partir do trabalho lexicográfico especializado; nos anos trinta, uma série de
fatores demandam a intervenção especializada sobre os termos, conferindo à
terminologia uma origem prescritiva. Efetivamente, durante as primeiras décadas do
século XX, surge a necessidade de uniformizar os princípios e métodos da
terminologia, e engenheiros como Schlomann, Lotte e Wüster desempenham um
papel fundamental nas atividades terminológicas da ISA (International Federation of
National Standardizing Associations) e posteriormente da ISO (International
Organization for Standardization) com sede em Viena.
A atividade de padronização terminológica concentra-se na compilação de
conceitos e denominações para a normalização dos termos, para eliminar a
ambiguidade linguística e assegurar a eficácia da comunicação profissional em um
contexto de relações internacionais. Os termos, concebidos a partir dessa
perspectiva uniformizadora, devem apresentar características específicas, sendo a
univocidade entre denominação e noção uma das mais destacadas (Wüster,
1979/1998)2. É a partir dessa perspectiva que se desenvolve o que chamamos de
Teoria clássica da terminologia, constituída pelos trabalhos da Escola de Viena (dos
quais resulta a TGT, Teoria Geral da Terminologia) e das Escolas soviética e tcheca.

1.3.1.1 Variação e Teoria Geral da Terminologia

No contexto apresentado, a TGT considera que a função principal, se não a


única, da terminologia é a representação e a transferência do conhecimento entre
especialistas.
A padronização é considerada necessária para evitar os perigos comunicativos
da ambiguidade terminológica; Wüster explica essa necessidade e a maneira como
é conduzida a atividade de uniformização em um tópico dedicado à normalização
dos termos técnicos.

"Há algum tempo, estamos testemunhando o progresso constante de um


mal pernicioso que poderia ser chamado de 'desintegração linguística'. Em
todos os países industrializados, a linguagem técnica está mudando, e essa
evolução não é apenas uma função do curso do tempo, mas também
depende da região geográfica ou do contexto social ao qual o falante ou
escritor pertence (por exemplo, cientista, engenheiro, trabalhador), ou até
mesmo do conhecimento, ou gosto pessoal. É óbvio que esse fenômeno
impede que técnicos e comerciantes se entendam, mesmo quando apenas
um idioma está envolvido. É por isso que, há vários anos, associações
oficiais ou semioficiais em vários países têm trabalhado para conceitos
técnicos e suas designações. Sob os auspícios de cada uma dessas
associações, os profissionais de comércio estão trabalhando para
determinar qual definição e qual nome deve ser dado a qualquer conceito
pertencente ao campo técnico em questão. O resultado é uma definição
padronizada e um termo padronizado em cada idioma. Esses termos e
definições são então reunidos para formar listas simples de termos ou
vocabulários completos" (Wüster, 1968: 2.9-2.11).

No trabalho póstumo "Introdução à Teoria Geral da Terminologia e à


Lexicografia Terminológica" (Wüster, 1979), que Felber compilou reunindo as
palestras desse autor, Wüster refere-se aos tipos de adscrição linguística

2
O ideal da biunivocidade terminológica da TGT ainda é defendido em vários manuais e trabalhos de
terminologia; são trabalhos que, de pontos geograficamente muito dispersos, seguem e reproduzem a
doutrina wüsteriana, o que nos informa sobre a ressonância internacional dessa teoria. Assim, por
exemplo, Fedor de Diego afirma em seu manual de terminologia: 'A sinonímia, ou seja, a atribuição
de dois ou mais termos da mesma língua a um único conceito, é o fenômeno menos bem visto na
terminologia, pois é o que pode gerar mais problemas de ambiguidade no momento da comunicação,
já que o uso de dois termos pode sugerir a existência de dois conceitos diferentes.' (Fedor de Diego,
1995:58).
permanente e dedica a primeira parte à univocidade da adscrição. Mais adiante, no
mesmo capítulo, ele dedica um subtítulo à variação linguística:

Denomina-se variação linguística qualquer perturbação da unidade


linguística. A variação linguística é caracterizada pela aparição de sinônimos
ou homônimos de variação. Uma parte da comunidade linguística utiliza um
sinônimo, enquanto os demais empregam outro sinônimo (Wüster,
1979/1998:150).

Dentro do contexto da TGT, a sinonímia é considerada a mais perigosa das


ambiguidades linguísticas devido aos problemas que pode acarretar comunicação:
perda de clareza e transparência, sobrecarga da memória e, principalmente,
confusão ao insinuar diferentes conteúdos conceituais3. Esta última ideia aparece
sistematicamente nos trabalhos dos seguidores de Wüster, especialmente nos
manuais de Felber (1984), Felber e Picht (1984), Arntz e Picht (1995). Reproduzimos
apenas um exemplo em que é curioso observar que Arntz e Picht enfatizam os
problemas que a ambiguidade gera para os não especialistas, um grupo que a TGT
geralmente não considera como participante da comunicação especializada.

O problema especial dos sinônimos é que pessoas pouco familiarizadas


com a área especializada presumirão, inicialmente, que cada um dos termos
diferentes também possui um conteúdo conceitual distinto. Por isso, um dos
objetivos mais importantes da normalização terminológica consiste em
atribuir a um conceito, ou seja, a um conteúdo específico, uma única
denominação, eliminando assim a sinonímia (Arntz e Picht, 1995:21).

Perante tudo isso, uma das tarefas principais da padronização consiste em


atribuir uma designação única a um conceito estabelecido e delimitado (Felber,
1984; Galinski e Nedobity, 1988, etc.). Em numerosos textos da TGT,
estabelecem-se regras para a formação de termos e normas para a seleção de uma
unidade preferencial nos casos de existência de diversas denominações4; o objetivo
da nomonimia implica também a eliminação de variantes geográficas.

As discrepâncias entre termos utilizados em diferentes regiões de um


mesmo país ou em diferentes países que falam a mesma língua devem, se
possível, ser eliminadas, mesmo que tenham origem popular (Dahlberg,
1981: 271).

Um fato observado é que, em alguns casos, as soluções normalizadas não


mantêm continuidade no uso. Diante dessa situação, e a partir de uma perspectiva
3
Por outro lado, na linguagem especializada, os sinônimos dão frequentemente a falsa impressão de
que existe mais de um conceito, com a carga inútil que isso representa para a memória (Wüster,
1979/1998:137).
4
Veja, por exemplo, Dahlberg, 1981:261, a epígrafe sobre as regras que regem a formação de
termos.
prescritiva, como a da estandardização, as obras terminológicas lexicográficas
devem incluir informações sobre o grau de preferência dos diversos termos,
conforme mencionado por Wüster em seu vocabulário (Wüster, 1968:2.12). Arntz e
Picht atribuem a fatores psicológicos e sociológicos os problemas para regular os
usos linguísticos.

A normalização terminológica nem sempre prospera na prática. Isso ocorre


porque o uso da língua - mesmo no âmbito das especialidades - representa
um processo complicado e marcado por fatores psicológicos e sociológicos
que nem sempre podem ser regulados à vontade, embora existam razões
de peso a favor de uma regularização (Arntz e Picht, 1995:184).

Embora seja verdade que o tratamento dado à sinonímia pela TGT (Teoria
Geral da Terminologia) é coerente e defensável em um contexto de padronização,
onde não se pretende descrever, mas gerenciar as unidades sinônimas, é
importante destacar que esse contexto vai muito além em suas proposições.
Frequentemente, afirma-se que a sinonímia não existe na terminologia5 (e não
apenas que não deveria existir) e que a univocidade é uma característica
fundamental do termo.
Essas afirmações, que contradizem a realidade do uso, são possíveis apenas a
partir de uma visão idealista e reducionista da terminologia, como foi a TGT. Esse
reducionismo e idealismo são visíveis nos tipos de funções atribuídas à terminologia,
nos tipos de comunicações consideradas e, especialmente, na compreensão dos
conceitos.

Cada conceito é claramente delimitado dos conceitos vizinhos. O domínio


dos conceitos existe independentemente do domínio dos termos. No campo
da linguística, a forma da palavra e o significado da palavra são
normalmente vistos como uma unidade (Felber, 1981:71).

As afirmações sobre a negação teórica da existência da sinonímia em


terminologia, como a que acabamos de ver, são relevantes e frequentes, embora
coexistam com outras reflexões sobre o carácter pouco realista da biunivocidade em
terminologia: 'Em terminologia, no entanto, a exigência de biunivocidade absoluta
não passa de uma ilusão.' (Wüster, 1979/1998:137).
De qualquer forma, a falta de biunivocidade dos termos é atribuída mais à
existência da polissemia (pelo fato de o número de conceitos a serem denominados

5
Wüster aceita implicitamente a variação dos termos ao classificar os signos e apresenta as
distinções entre abreviação e termo não abreviado, sigla e termo desenvolvido, etc.
ser muito superior ao número de raízes disponíveis) do que à sinonímia6. A
polissemia, assim, torna-se um mal a ser assumido, enquanto a sinonímia, por outro
lado, é um problema a ser corrigido.

1.3.1.2 Variações e escolas de terminologia soviéticas e tchecas

A pesquisa terminológica nos países da antiga União Soviética começou com a


Escola de Normalização de Viena:

A pesquisa terminológica na URSS originou-se com a noção de


planejamento e formação da linguagem, central para os estudos linguísticos
na URSS nas décadas de 1920 e 1930, e que formou a base da tarefa
prática de desenvolver sistemas de escrita para várias línguas e o
aprimoramento das línguas existentes. (...) Portanto, além da elaboração de
alfabetos e do estabelecimento de regras gramaticais, a elaboração de
terminologias científicas e técnicas eficazes e bem fundamentadas foi
considerada conveniente (Grinev7, 1993a:3).

O fato de partir dessa perspectiva significa que os argumentos relacionados


aos vários fenômenos de ambiguidade em geral, e à sinonímia em particular, têm
uma semelhança com aqueles vistos na TGT; tanto que precisamos entender que a
sinonímia atrapalha a comunicação e que, portanto, precisamos administrá-la,
termo, como um sinal linguístico vinculado a um determinado conceito de um
sistema de conceitos, é uma unidade independente do contexto. O termo, como um
sinal linguístico vinculado a um determinado conceito de um sistema de conceitos, é
uma unidade independente do contexto. Sistema de conceitos, é uma unidade
independente do contexto.

A função comunicativa do léxico das terminologias (que constitui uma


grande parte da composição lexical da língua geral) é chamada a garantir a
compreensão mútua entre os especialistas da língua geral. A função
comunicativa do léxico das terminologias (que constitui uma grande parte da
composição lexical da língua geral) é assegurar a compreensão mútua entre
os especialistas no âmbito dos ramos de conhecimento correspondentes e
de suas disciplinas relacionadas. Entretanto, sabe-se que essa situação
ideal não é tão característica das terminologias que ocorrem naturalmente.
Na prática, elas apresentam muitas deficiências, entre as quais a

6
A terminologia exige que um conceito seja atribuído a um termo e vice-versa. Portanto, nem termos
homônimos (termos com mais de um significado) nem termos sinônimos (termos diferentes com o
mesmo significado) são desejáveis. Essa regra não pode ser estritamente aplicada, uma vez que o
número de conceitos excede em muito (cerca de 1000 vezes) o número de raízes (Felber, 1981:82).
7
Como não pretendemos aqui apresentar a escola soviética de terminologia, mas apenas o
tratamento da variação, remetemos ao volume Selected Readings in Russian Terminology Research
(TERMNET, 1993) e, particularmente, ao artigo de Grinev "Terminology Research in the USSR"
(1993a: 3-13), para uma visão geral bem estruturada dos diferentes estágios, escolas e especialistas
em pesquisa terminológica nos países soviéticos.
polissemia, a sinonímia e a imprecisão, em particular, dificultam a realização
da função comunicativa mencionada acima, impedindo a comunicação entre
os especialistas. Isso cria problemas para o progresso científico e técnico
(Kulebakin, V. S.; Klimovitskii, Ya. A., 2001:618).

É importante observar, entretanto, que Lotte e muitos dos autores dessa escola
têm uma atitude realista em relação à falta de univocidade que os termos podem
apresentar.
Kulebakin e Klimovitskii afirmam que uma abordagem realista da terminologia
regerá o trabalho de Lotte e de outros autores dessa escola:

Em uma das conclusões de sua obra, L. L. Kutina escreve: "As


características semasiológicas fundamentais dos termos (monossemia,
ausência de sinonímia, etc.) existem apenas como uma tendência
fundamental nesta classe funcional de palavras, mas nunca se realizam
plenamente, na prática". Este enfoque também foi característico das
pesquisas de D. S. Lotte. Cabe destacar que este renomado terminologista
soviético enfatizou que a polissemia dos termos, no contexto de cada ramo
do conhecimento e ramos afins, deve ser eliminada por completo. Lotte
considerava necessário eliminar a sinonímia dos termos, mas, ao mesmo
tempo afirmava que não existiam sinônimos. Contudo, ele reconhecia
muitas exceções e até casos nos quais alguns sinônimos poderiam ser
aceitos (Kulebakin, V. S.; Klimovitskii, Ya. A., 2001:83).

Esse realismo deriva da necessidade de levar em conta não apenas a teoria,


mas também a distinção entre os diferentes usos terminológicos e a compreensão
da eliminação da sinonímia, que é essencial durante a fase de padronização
necessária para alguns dos usos terminológicos (Danilenko e Skvortsov, 1981;
Natanson, 1981a; entre outros). (Danilenko e Skvortsov, 1981; Natanson, 1981a;
entre outros).
Ao analisar como as variantes da escola soviética foram tratadas, a obra de
Kurysko, "Problems of terminological synonymy" (1993), contém uma revisão da
posição assumida sobre sinonímia pelos autores mais importantes. Kurysko destaca
a existência de dois pontos de vista diferentes: alguns autores, entre eles Favorin e
Sapiro, negam a existência dessa relação semântica na terminologia. terminologia.
Outros, entre os quais Kurysko menciona, por exemplo, Lotte, Danilenko Lagutina e
Sokolova, não reconhecem a existência e entendem a sinonímia como um fenômeno
no qual a conexão com o léxico geral da língua é claramente visível:

8
No presente artigo, analisamos os trabalhos para a elaboração da terminologia científico-técnica da
antiga União Soviética, com uma ênfase especial nos trabalhos de Lotte. Além disso, realizamos uma
análise específica sobre as bolas de futebol produzidas por Lotte durante esse período.
A. M. Sokolova enfatiza que 'a sinonímia na terminologia é um fenômeno
bastante natural que prova a existência da assimetria do termo como um
signo linguístico em sua função específica. A presença desse fenômeno na
esfera da terminologia reafirma a conexão entre o vocabulário terminológico
e o vocabulário da LGP (Kurysko9, 1993: 104).

O enfoque da variação que encontramos nos textos da Escola Tcheca de


Terminologia é mais próximo ao da Escola Soviética do que ao da TGT; entre os
autores tchecos, próximos à linguística funcional da Escola de Praga, destaca-se a
figura de L. Drozd, para quem a sinonímia é um aspecto relevante da teoria
terminológica: "Os sinônimos terminológicos existem como uma forma importante de
termos; eles são um assunto principal da teoria da terminologia" (Drozd, 1983:87).
Drozd defende a existência da sinonímia com base na polifuncionalidade da
comunicação: "As línguas naturais não são formadas para as necessidades do
pensamento científico ou lógico, nem para qualquer comunicação monofuncional"
(Drozd, 1983:95), e na mobilidade e falta de delimitação dos conceitos. Este autor
vai muito além na aceitação desse fenômeno e refere-se às atitudes intolerantes da
teoria em relação à realidade terminológica e, especialmente, à existência da
sinonímia.

Na minha opinião, não devemos dramatizar e exagerar que há muitos


homônimos ou sinônimos terminológicos no TT. Os mesmos problemas ou
problemas semelhantes de terminologia surgem em outras áreas da ciência.
(...) Nossos termos não podem ser mais precisos do que nossos conceitos.
Portanto, a precisão e a exatidão dos termos da TT são determinadas pela
precisão e exatidão de nossos conceitos. Os maiores problemas surgem na
definição dos chamados termos básicos, em nosso caso, termos como
"termo", "terminologia", "conceito" (Drozd, 1981: 116-11710).

Esse planejamento tolerante e descritivo, no entanto, não está relacionado à


necessidade de redução da sinonímia na atividade de padronização, comenta
Duchacek:

Estamos convencidos de que seria útil padronizar a terminologia, entre


outras coisas, reservando o uso de termos que atualmente são sinônimos
para os conceitos intimamente relacionados que ainda não foram
distinguidos lexicalmente, e eliminando e eliminando sinônimos
desnecessários. Esse esforço de esclarecimento permitiria evitar vários
mal-entendidos e ajudaria a tornar as disciplinas científicas mais fáceis de

9
O colega Kurysko reconhece a existência da sinonímia a partir de um ponto de vista contextual. Ele
afirma: "Assim, consideramos que, na esfera do vocabulário terminológico, há palavras que podem
ser substituídas umas pelas outras no contexto" (Kurysko, 1993:105).
10
I Drozd continua: "Os terminólogos alemães têm uma piada contra a intolerância em questões
terminológicas. Eles dizem que 'um professor alemão prefere usar a escova de dentes de seu colega
do que seus termos'. No entanto, os terminólogos têm que ser tolerantes". (Drozd, 1981: 116-117)
entender, mais precisas e, portanto, mais precisas e, portanto, mais
proveitosas (Duchacek, 1979: 118).

1.3.2 A variação e a normalização terminológica

Desejamos distinguir o contexto da normalização terminológica, inserido em um


contexto mais amplo de planejamento linguístico, no qual se pretende trazer uma
língua à normalidade quanto ao código e ao uso, do contexto de padronização
terminológica, no qual se trabalha na fixação de conceitos e denominações. Essa
diferença nos objetivos faz com que o fenômeno da variação linguística seja
abordado de maneira bastante diferente.
Para analisar a variação no contexto da normalização terminológica, nos
referiremos exclusivamente ao chamado Corrente de normalização centrado no
processo de recuperação da língua francesa no Quebec. Nesse contexto,
especialmente durante os anos oitenta, destaca-se um conjunto de autores que
abordam, de um ponto de vista teórico, diferentes aspectos terminológicos
associados ao processo de normalização terminológica. Um desses aspectos é a
sinonímia, e a publicação, nesse contexto, da única tese de doutorado que
conhecemos sobre a sinonímia terminológica11 e dos anais do único colóquio que
teve lugar sobre especificamente o mesmo tema12 são bons exemplos.
Um aspecto em que podemos observar uma diferença importante entre o
contexto de normalização e o de padronização é que os autores quebequenses
entendem a sinonímia como um fenômeno de variação linguística. Essa mudança de
perspectiva se explica pelo fato de que no Corrente de normalização são os
linguistas que se interessam pela terminologia, enquanto na atividade de
padronização, o interesse pela terminologia surge dos próprios especialistas. Os
linguistas que trabalham na normalização terminológica, além disso, adotam
necessariamente uma perspectiva sociolinguística, na base da qual encontramos a
análise da variação linguística.

11
O livro "La synonymie en langues de spécialité: étude du problème en terminologie" de
DUQUET-PICARD, D. (1986) aborda o tema da sinonímia em línguas de especialidade, com um foco
particular no estudo do problema na área de terminologia. Publicado em Quebec pela GIRSTERM, a
obra examina questões relacionadas ao uso de termos técnicos e especializados, explorando as
nuances da sinonímia nesse contexto específico. Se precisar de mais informações ou
esclarecimentos sobre algum ponto específico, estou à disposição.
12
DUQUET-PICARD, D. (ed.) (1983) Problèmes de la définition et de la synonymie en terminologie.
Anais do simpósio internacional de terminologia. Université Laval (Québec), 23-27 de maio de 1982.
Quebec: GIRSTERM
Nesse contexto, a gestão da sinonímia busca um difícil ponto de equilíbrio
entre o respeito pelos diferentes usos terminológicos e a redução sinonímica. Assim,
por exemplo, Auger (1994b)13 situa a terminologia em um contexto de variação
linguística e centra sua análise nos usos terminológicos das empresas. Ele parte do
pressuposto de que não é realista pretender impor um modelo terminológico único
nesse contexto e que é necessário um modelo terminológico variacionista a partir da
identificação dos diferentes estratos discursivos e das necessidades geradas
conforme os tipos de comunicação que ocorrem. Em outros trabalhos, Auger
defende o respeito pela variação dos termos para favorecer sua implantação.

É na gestão da sinonímia e da polissemia, dois fenômenos tradicionalmente


considerados prejudiciais aos sistemas de terminologia, que veremos o
surgimento de uma nova abordagem à terminologia. É na gestão da
sinonímia e da polissemia, dois fenômenos tradicionalmente considerados
prejudiciais aos sistemas terminológicos, que veremos surgir uma nova
abordagem da terminologia. A aceitação da variação linguística. Rejeitando
a ideologia das terminologias como conjuntos de termos unívocos e
monorreferenciais, esses fenômenos interferentes A aceitação da variação
linguística, que é geralmente confirmada pelas geralmente confirmadas
pelas normas terminológicas dos órgãos normativos (...). A implementação
"inteligente" de termos para melhorar a linguagem do trabalho deve incluir
uma adaptação terminológica que respeite as habilidades linguísticas dos
usuários em toda a sua diversidade e variação (Auger, 1994a: 55).

Em relação à ótica de normalidade, a opção majoritariamente aceita pelo


argumento que defende a sinonímia não coincide com a que defende a TGT, pois
considera que a gestão da sinonímia não supõe a necessidade de erradicá-la,
sentido, ele se apresenta como uma alternativa crítica à teoria dominante.

A abordagem do planejamento deve tentar 'gerenciar' o fenômeno da


variação terminológica, sem buscar suprimi-la. O papel da normalização
terminológica consiste em estabelecer relações entre os diferentes usos e
fornecer aos falantes as instruções de uso (Rousseau, 1997:2).

O termo "Boulanger (1983)" refere-se precisamente à dificuldade que


representa romper com a dinâmica prescritiva terminológica e adotar a abordagem
descritiva linguística, como podemos observar na seguinte citação:

Em linguística, a sinonímia é observada de maneira externa, descritiva e


sem intenções de intervenção normativa ou reguladora (...) Em terminologia,
pelo contrário, a intenção inicial é subjetiva, prescritiva e prática. Trata-se de
reduzir a todo custo as pleonas sinônimas (...) A operação de
'desengorduramento' das múltiplas denominações para uma noção está tão

13
Em um artigo de base variacionista intitulado "Pour un modèle variationniste de l'implantation
terminologique dans les entreprises au Québec".
fortemente enraizada nos trabalhos de terminologia que se assemelha a
uma batalha sem fim, onde o único sobrevivente será a manifestação da lei
do mais forte e da razão de intervir (Boulanger, 1983:322).

Esta dinâmica prescritiva está presente em Duquet-Picard14, que dedica uma


seção de seu trabalho sobre sinonímia à relação com a normalização e a apresenta
de forma pouco distante das abordagens wüsterianas:

Quer a normalização terminológica seja espontânea ou planejada, nacional


ou internacional, uma constante emerge do trabalho de normalização
terminológica: a eliminação da sinonímia (Duquet-Picard, 1986:248).

Como se pode ver, essa autora distingue diferentes tipos de normalização


(espontânea em relação à planejada, e nacional em comparação a internacional),
mas sempre com base em uma ideia de normalização muito próxima à
padronização, e apenas tangencialmente se refere ao objetivo de recuperação
linguística em que a normalização terminológica pode ser realizada (Duquet-Picard,
1986:249).
Os trabalhos mais recentes do Corrente de normalização têm adquirido uma
perspectiva mais nitidamente variacionista e descritiva, como vimos em Auger
(1994a e b), e também como observamos em Rousseau (1997), que propõe que a
variação seja registrada com marcas que orientem o uso das diferentes
possibilidades denominativas, indicando que, nesse sentido, a tradição wüsteriana é
claramente insuficiente, pois abrange apenas marcas geográficas, cronológicas e
normativas.
Também nesta linha, e com uma abordagem quantitativa de análise de textos,
destaca-se o trabalho de Boulanger e Lavigne (1994)15. Esses autores, por um lado,
constatam a presença de sinônimos nos textos e as necessidades expressivas que
eles cobrem, e, por outro lado, defendem que as necessidades de normalização
terminológica são evidentes, que o controle terminológico deve seguir no sentido de
suprimir as propostas menos adequadas, mas não eliminar completamente a
sinonímia.
A proliferação de sinônimos caracteriza a maioria dos vocabulários
temáticos, especialmente aqueles que continuam sendo desenvolvidos.
Nenhum setor escapa completamente da sinonímia.

14
E a encontramos também, com mais ou menos contundência, em outros autores: "A operação de
normalização visa eliminar frequentemente os sinônimos para se aproximar do ideal: um termo, uma
noção (Dubuc, 1983:201).
15
Trata-se de um artigo elaborado a partir do trabalho de Lavigne, orientado por Boulanger:
LAVIGNE, G. (1992). Le vocabulaire de l’acupuncture: recherche terminographique et analyse
linguistique. Mémoire M.A. École des gradués, Université Laval.
Ela corresponde a uma necessidade real de expressão, pois permite variar
à escolha dos termos ou porque ilustra a hesitação dos autores que não têm
certeza se devem usar uma forma específica não têm certeza se devem
usar uma forma específica para transmitir sua mensagem (Boulanger e
Lavigne, 1994:32).

Os autores concluem que esse objetivo é inatingível e o ideal de univocidade é


perfeitamente desnecessário:

A organização pode ser realizada de maneira inteligente e harmoniosa, sem


que a erradicação dos sinônimos resulte em uma aridez lexical que
responderia demasiadamente friamente à famosa equação da univocidade:
um termo ≤≥ uma noção. Muitas considerações extralinguísticas entram em
jogo para que a prática obedeça cegamente às regras da teoria (Boulanger
e Lavigne, 1994:39).

1.3.3 A variação e a descrição terminológica

Nos parágrafos anteriores, ao nos referirmos à padronização e à normalização,


apresentamos uma abordagem prescritiva da terminologia, a partir da qual é legítimo
questionar se a sinonímia deve existir ou não, se deve ser erradicada ou reduzida, e
de que maneira. A partir de uma abordagem descritiva, como a que estamos
adotando, essa questão deixa de fazer sentido e, em vez disso, surgem outras em
torno da própria noção e existência de sinonímia em terminologia, bem como dos
tipos e causas desse fenômeno.
O número de trabalhos que defendem a existência da sinonímia tem
aumentado progressivamente, tornando pouco relevante questionar se a
univocidade é uma característica essencial dos termos, a menos que seja no sentido
de restringir a própria noção de sinonímia. É evidente, portanto, que os autores ou
correntes de autores que analisam a variação do ponto de vista da descrição
representam uma crítica e uma alternativa à doutrina wüsteriana, onde entendemos
que a descrição e a prescrição foram confundidas, defendendo, como vimos, um
comportamento real e unívoco dos termos, a partir de uma concepção da
terminologia, dos termos e dos conceitos que o permitia.
A seguir, faremos uma revisão de como a variação tem sido entendida a partir
de uma abordagem descritiva da terminologia, sempre com uma base linguística.
Analisaremos, em primeiro lugar, a proposta de Cabré, com uma perspectiva
comunicativa da terminologia, e depois a proposta da ocioterminologia, com uma
perspectiva sociolinguística.
Concluiremos esta revisão com um bloco onde recolhemos comentários de
outros autores de procedências diversas.

1.3.3.1 A variação e a Teoria Comunicativa da Terminologia

Cabré é a autora que mais escreveu sobre a variação em terminologia; ela


aborda a terminologia a partir da linguística, com interesses que combinam a análise
de modelos teóricos do léxico e uma visão aplicada e de análise do uso. Em 1999,
ela publica "A Terminologia: Representação e Comunicação. Uma teoria de base
comunicativa" e outros artigos, um volume que reúne seus trabalhos mais relevantes
dos últimos anos e que vai além de uma simples revisão do panorama da
terminologia teórica, oferecendo uma nova proposta teórica conhecida como Teoria
Comunicativa da Terminologia (TCT).
Cabré dedica uma parte significativa de seu trabalho à revisão da TGT16 e, na
crítica a essa teoria, leva em consideração e sistematiza as insuficiências que ela
mesma e outros teóricos da terminologia destacaram, tanto do ponto de vista social,
linguístico, quanto cognitivo17. Ela enfatiza em várias ocasiões que o objetivo é
superar essas insuficiências e não invalidar a teoria:

Devemos dizer, no entanto, (...) que as posições críticas em relação à TGT


não a invalidam como teoria, mas simplesmente destacam suas limitações
conceituais e funcionais, bem como sua falta de generalização, tornando-a
insuficiente para explicar as unidades terminológicas em toda a sua
amplitude. Essas limitações são uma consequência lógica do fato de que a
TGT foi formulada a partir de uma experiência aplicada muito restrita (...)
(Cabré, 1999d:114).

A autora destaca os seguintes aspectos e âmbitos como afetados pelo


reducionismo da teoria (Cabré, 1998b: 67): a consideração de que assegurar a
univocidade da comunicação profissional seja a única finalidade da terminologia; a
simplificação na abordagem da unidade terminológica; a redução das unidades
terminológicas à sua condição denominativa; o esquecimento dos aspectos
sintáticos das unidades terminológicas e a ignorância dos aspectos comunicativos e

16
Em 1996, ele direciona a tradução para o catalão de uma seleção de textos de Wüster
(Terminologia. Selecció de textos d’E. Wüster).
17
Vegeu Cabré 1998b
discursivos das unidades terminológicas. Para o nosso trabalho, o último dos
aspectos que Cabré considera afetado pelo reducionismo da TGT é especialmente
relevante.

O silêncio sobre a variação formal e conceitual das unidades


especializadas, variação inerente à linguagem e à comunicação, tanto geral
quanto especializada, gerou um método de trabalho de base prescritiva
apresentado como válido para todo tipo de pesquisa, independentemente do
tema de trabalho, de suas finalidades, dos contextos em que se realiza e da
tipologia linguística (Cabré, 1998b: 66).

Cabré afirma que o princípio da biunivocidade resulta altamente indefensável


porque a observação do uso real que os profissionais fazem dos termos revela que
uma noção pode ser expressa por diversas denominações que variam em função de
vários parâmetros. A biunivocidade só é defensável, segundo Cabré, em uma
terminologia fundamentalmente representacional que pode ser perfeitamente
artificial e arbitrária. A contribuição de Cabré, como mencionamos, vai além da
crítica da teoria mais clássica, pois estabelece as bases para uma nova proposta
teórica que supere as limitações da anterior. Uma teoria, portanto, que apresente
mais amplitude quanto às funções; o destaque de Cabré na função ou dimensão
comunicativa da terminologia é evidente:

Assim, se a organização do pensamento e a conceptualização representam


a dimensão cognitiva da terminologia, a transferência do conhecimento
constitui sua dimensão comunicativa: a terminologia é a base da
comunicação entre profissionais (Cabré: 1999d: 120).

A partir desse enfoque, entende-se que a terminologia participa dos mesmos


parâmetros de variação que a linguagem, pois a terminologia é linguagem e a
linguagem é variada:

Partimos do princípio de que a diversidade preside qualquer atividade dos


seres humanos (...)
Na terminologia, essa diversidade é facilmente observável: pode-se detectar
na diversidade entre línguas, entre maneiras de entender o mundo
especializado, entre concepções científicas de um mesmo fenômeno, entre
atividades, finalidades (...). Em segundo lugar, assumimos que é necessário
respeitar a diversidade que ocorre de maneira natural em qualquer tipo de
comunicação." (Cabré, 1999b: 48)

No trabalho que Cabré dedica à variação funcional e ao discurso especializado


(1998c), destaca, em primeiro lugar, a variação a que estão sujeitas as linguagens
de especialidade: a variação vertical, que permite a produção de discursos de
diferentes níveis de especialização, diversos graus de formalidade e propósitos
também diversos. Segundo Cabré, cada tipo discursivo resultará em tipos de textos
diferenciados quanto ao grau de redundância da informação, o nível de opacidade
das unidades formais e semânticas, a densidade terminológica, a diversificação
formal do conteúdo e a natureza sintética ou analítica das unidades de conteúdo"
(Cabré, 1998c: 184).
Em seguida, ela relaciona esse esquema de variação das linguagens de
especialidade com as unidades terminológicas e afirma que as unidades
terminológicas também apresentam variação, tanto interlinguística quanto
intralinguística. Essa variação responde aos parâmetros que descrevem a variação
discursiva e gramatical, principalmente ligados às características dos indivíduos
(espaço, tempo e grupo socioprofissional) e às próprias situações (tema, nível de
especialização e grau de formalidade). A terminologia, portanto, de acordo com
Cabré (1998c: 188), admite variantes topolectais, cronolectais, sociolectais,
tecnolectais, funcionais e, até mesmo, argóticas.
Cabré baseia sua proposta de Teoria Comunicativa da Terminologia em seis
princípios, sendo o terceiro deles o princípio da variação.

Qualquer processo de comunicação envolve intrinsecamente a variação,


que se manifesta em formas alternativas de nomear o mesmo significado
(sinonímia) ou na abertura significativa da mesma forma (polissemia). Esse
princípio é universal para as unidades terminológicas, embora admita
diferentes graus, dependendo das condições de cada tipo de situação de
comunicação (Cabré, 1998b: 72).

Considere-se que a contribuição de Cabré ao estudo da variação em


terminologia é particularmente relevante, pois vai além da crítica ao princípio
wüsteriano da terminologia unívoca e da defesa da existência de sinonímia na
terminologia. Ela analisa os parâmetros da variação, aproximando sua análise dos
estudos variacionistas da linguística e tenta situar a variação terminológica em um
modelo linguístico que possa explicá-la, levando em conta a inclusão da
competência pragmática ou comunicativa. Isso abrange a teoria da comunicação e,
em geral, inclui as regras que explicam o uso real da linguagem e, portanto, a
variação.

1.3.3.2 A variação e a Socioterminologia


1.3.3.2.1 Origens e definição da Socioterminologia

No ano de 1982, no colóquio internacional Problemas da definição e da


sinonímia em terminologia, Boulanger utilizou pela primeira vez a palavra
socioterminologia. Naquele contexto, socioterminologia significava uma abordagem
da terminologia ao estudo do uso linguístico:

Assim, na comunicação do lexicógrafo robertino, a terminologia na


totalidade deve ceder lugar à socioterminologia, à análise interna das teorias
e práticas da terminologia como um sistema linguístico integrado a todos os
sistemas de estudo da língua (Boulanger, 1983: 321).

Desde então, a presença da socioterminologia tem aumentado e, durante a


primeira metade dos anos noventa, viu seu apogeu em um grupo de especialistas da
Universidade de Rouen ligados à figura de Louis Guespin:

O ponto de vista do meu grupo de pesquisa é que podemos e devemos


contar com essa disciplina madura para superar as aporias de uma
terminologia clássica que está mostrando suas limitações. Em nossa
opinião, é hora de reconhecer a existência de uma nova corrente
terminológica, um complexo de atitudes práticas e desenvolvimento teórico
que chamamos de socioterminologia (Guespin, 1991:67).

O ano de 1991 marcou a publicação de um monográfico na revista Cahiers de


Linguistique Sociale, intitulado "Terminologie et Sociolinguistique18", no qual é
apresentada uma crítica à teoria terminológica de raiz wüsteriana e são
estabelecidos os fundamentos da Socioterminologia, apresentada como a alternativa
necessária. Poucos anos antes, Gambier havia publicado um artigo na revista Meta19
na mesma linha, e tanto Gaudin quanto Guespin20 haviam participado do Second
International Congress on Terminology and Knowledge Engineering Applications,
realizado em 1990 na Universidade de Trier, apresentando trabalhos sobre
Socioterminologia. No entanto, é a partir do monográfico de 1991 que esta nova
proposta terminológica ganha destaque.

18
GAUDIN, F.; ASSAL, A. (ed.) (1991) "Terminologie et Sociolinguistique." Cahiers de Linguistique
Sociale, 18.
19
GAMBIER, Y. (1987) "Problèmes terminologiques des pluies acides: pour une socio-terminologie".
Meta, 32, 3, 314-320.
20
GAUDIN, F. (1990) “Socioterminology and expert discourses”. In: CZAP, H.; NEDOBITY, W. (ed.)
(1990), 631-641; GUESPIN, L. (1990) “Socioterminology facing problems in standardization”. In:
CZAP, H.; NEDOBITY, W. (ed.) (1990), 642-647.
Em poucos anos (1993 e 1995), surgem mais dois monográficos em revistas de
diferentes pontos da francofonia dedicados exclusivamente a esta nova terminologia
social21. No mesmo ano de 1993, Gaudin publica sua tese de doutorado "Pour une
socioterminologie: des problèmes pratiques aux pratiques institutionnelles". Nesta
obra, que constitui a apresentação mais sistemática da Socioterminologia até o
momento, Gaudin traça as grandes linhas da evolução histórica da terminologia
moderna, realiza uma revisão crítica dos postulados fundamentais da terminologia
tradicional, oferece uma nova orientação e dedica uma extensa terceira parte do
livro à apresentação do que ele chama de "pistas para uma socioterminologia", ou
seja, as bases dos enfoques socioterminológicos com noções provenientes da
sociolinguística e de diversos campos disciplinares mais ou menos próximos,
principalmente da epistemologia comparada, da sociologia das ciências, da análise
da interação verbal, da praxemática e da glotopolítica.
No prefácio ao livro de Gaudin, Guespin refere-se ao termo "socioterminologia"
e afirma que essa nova terminologia social deveria ser chamada genericamente de
"terminologia", enquanto a terminologia (tradicional) deveria ser determinada por um
adjetivo ("terminologia normalizadora"), pois representa uma restrição da
terminologia genérica.
Faltam termos para falar de terminologia. Se reservarmos esse nome, o
mais simples, para a filha sexagenária de E. Wüster e da normalização
tecnológica, como designar o esforço dos Quebecois ao longo de 25 anos, a
reflexão histórica e social conduzida por Louis Guilbert sobre vocabulários
técnicos, e os trabalhos de política linguística empreendidos no mundo nas
últimas décadas? Essa terminologia diferente, preocupada com a
sociedade, François Gaudin escolheu, após outros, evocá-la sob o nome de
socioterminologia. É um tanto lamentável ter que atribuir à nossa prática
esse termo que a sobrecarrega, pois, afinal de contas, toda terminologia
deveria se preocupar com a sociedade, com o tecido mesmo onde nascem
e se trocam conceitos e termos. Na verdade, a prática pela qual o autor
milita mereceria ser chamada simplesmente de terminologia; é a vertente
wüsteriana que, constituindo uma prática restrita, deveria ser dotada de uma
determinação; trata-se, de fato, de uma terminologia normalizadora
(Guespin, 1993:9).

Em qualquer caso, o nome associado a essa proposta terminológica é


socioterminologia, uma proposta que vários autores tentaram definir (Boulanger,
1991; Guespin, 1991; entre outros) e que, de maneira sucinta, Gaudin (1993) define

21
GAUDIN, F. (dir.) (1995) "Usages sociaux des termes: théories et terrains." Meta, 40, 2.; "Le
langage et l’homme" (1993), 28 (4) (especial Socioterminologie).
como uma terminologia fundamentada na observação do funcionamento da
linguagem e no estudo das condições de circulação dos termos.
A relação que a Socioterminologia mantém com o Corrente de normalização é
bastante evidente22, e é um fato explicitamente aceito pelos autores franceses e
quebequenses. Gaudin, por exemplo, afirma que a terminologia negligenciou a
linguística, que se evoluiu como teoria devido à pressão da prática, e que o trabalho
realizado no Quebec é um bom exemplo de como as necessidades sociais
obrigaram a modelar a teoria e torná-la mais "socioterminológica". O ponto de
encontro de ambos os cursos é a abordagem entre terminologia e sociedade,
levando em consideração a sociolinguística, tanto no aspecto teórico quanto no
metodológico.

Neste ponto, tentaremos mostrar como, no mesmo movimento que conduziu


a linguística estrutural à sociolinguística, uma socioterminologia pode levar
em consideração o funcionamento real da linguagem e restituir toda a sua
dimensão social às práticas linguísticas relevantes. Além disso, proporemos
uma visão ampliada da terminologia com base em uma pesquisa
fundamental mais diversificada e, assim, interdisciplinar (Gaudin, 1993:16).

1.3.3.2.2 A Socioterminologia: crítica à terminologia tradicional

A Socioterminologia é apresentada como a resposta a uma necessidade


urgente de superar a terminologia tradicional, excessivamente idealista, para não se
tornar uma utopia fantástica desvinculada de seu objeto referencial e de seus
sujeitos sociais23.
Na terminologia wüsteriana, critica-se a visão positivista e logicista, a
orientação prescritiva e a atitude redutora:

As preocupações de Wüster foram eliminar as ambiguidades nas


comunicações científicas e técnicas. No entanto, suas posições sobre a
língua (sequência de palavras cujo significado é independente de seu uso) e
sobre o signo (simultaneamente distensão da relação significado/significante
e cristalização dessa relação) foram impregnadas por sua visão positivista,
e sua abordagem sistêmica foi, antes de tudo, logicista (preponderância do

22
Nesse sentido, é notável que Boulanger tenha se tornado o especialista a quem foi confiada a
introdução de diversas publicações sobre Socioterminologia (Boulanger, 1991 e 1995).
23
Os fragmentos a seguir são um apelo para uma socio-terminologia, urgente a ser definida diante da
formalização relacionada à informatização e diante do idealismo da teoria. A problemática é
complexa: a terminologia deve acompanhar uma demanda, senão pode cair em uma utopia
fantástica, de se juntar a cometa das línguas inventadas; construídas sobre uma impecável
racionalidade ou envolvidas nos delírios do imaginário. Ela não pode ser uma 'máquina de sonhar'
onde despejar fantasias e nostalgia por uma língua esotérica, polida, totalitária. Ela não pode ser
também uma 'máquina de brincar' sem objeto referencial nem sujeitos sociais (Gambier, 1991b: 8).
sistema de noções): portanto, seu objetivo tornou-se normalizador,
ignorando os funcionamentos sociodiscursivos dos termos. Essa atitude
redutora talvez sirva atualmente ao desenvolvimento da Biblioteconomia;
certamente, prejudica os esforços de planejamento terminológico
confrontados com as realidades sociolinguísticas (Gambier, 1991a: 4924).

No entanto, a crítica essencial da Socioterminologia é o fato de não ter


considerado o uso social real da terminologia e os parâmetros sociais do discurso
especializado. Essa crítica se baseia na teoria de que a terminologia é uma ciência
social, pois responde às necessidades sociais, argumento fundamentado por
Guespin em diversas ocasiões.

A Terminologia é uma ciência social. Ela responde às necessidades sociais


(normalização, terminografia). No entanto, se é social em suas funções, não
o é nem em sua teoria, nem em sua prática. (...) Do ponto de vista prático, o
defeito reside na postulação de um falante puramente científico ou técnico.
As pessoas nunca falam de maneira "puramente científica": as
interferências mencionadas acima estão sempre em jogo (Guespin,
1990:642).

A partir dessa ignorância sobre o funcionamento sociodiscursivo dos termos, as


lacunas da doutrina terminológica tradicional se apresentam em diversas direções,
do ponto de vista socioterminológico. Uma das mais criticadas é a visão
compartimentada do conhecimento que resulta na noção de domínios
especializados, sem levar em consideração a complexidade das interferências, as
redes de criadores e potenciais usuários, e sem dar conta dos conflitos,
contradições, tensões, consensos provisórios, coexistências momentâneas e
intercâmbios dinâmicos que caracterizam o conhecimento real. Gambier (1991a) não
apenas afirma que essa visão decorre de uma posição ideológica específica, mas
também que está orientada para a defesa do princípio de univocidade dos termos.
Na Socioterminologia, o conhecimento é compreendido de maneira circular, e
descreve-se o conhecimento a partir da interação entre ciência, técnica e produção.

24
Gambier leva essa crítica ainda mais longe e afirma que por trás da terminologia se observa uma
concepção totalitária da língua, uma obsessão normativa, etc.: "Por trás desses preconceitos surge o
sonho de uma língua límpida, expressa um voluntarismo idealista... que às vezes serve ao dirigismo,
à obsessão normativa de certas organizações terminológicas, integradas às engrenagens do Estado.
Empurrada ao extremo, essa visão leva a uma concepção totalitária da língua e de seu
funcionamento, norma fixa, sob controle único, cega para a evolução e a interpenetração dos
saberes, para a rivalidade das escolas, dos atores sociais, para a competição internacional, para o
lugar e a posição reais das ciências e técnicas em uma sociedade dada. Além disso, as afirmações
teóricas da terminologia, seu idealismo racional, sua mística objetivista, estão em contradição com
sua metodologia, sua prática que deve lidar com os termos em contexto, as ambiguidades
definicionais, com fontes documentais mais ou menos confiáveis, com o problema espinhoso da
classificação dos 'domínios', etc (Gambier, 1987:320).
Isso é, do nosso ponto de vista, uma das contribuições mais interessantes e bem
fundamentadas da Socioterminologia25.

"Acreditamos que a terminologia, com suas contradições, depende de uma


reflexão mais ampla sobre a comunicação entre especialistas presos entre a
hiper especialização e a interdisciplinaridade, sobre a dinâmica dos
'domínios' do conhecimento e da produção (dialeticamente integrando e
dividindo); acreditamos também que ela deve urgentemente se transformar
em socio-terminologia, para compreender a circulação de termos, as
reações aos neologismos, as resistências diante das listas terminológicas
oficiais, permitindo definir e avaliar políticas de planejamento terminológico...
Um termo não pode ser visto apenas em relação a um sistema (adequação
da designação, conexão a uma rede de noções...): também deve ser
observado em seu funcionamento, no terreno das contradições sociais.
(Quem usa o quê? Quem inova? Como e por quem os termos se difundem?
Como ocorrem os reajustes terminológicos, as reformulações? , etc.)."
(Gambier, 1987:320)

"É indispensável situar a problemática da terminologia no circuito real da


produção e transferência do conhecimento científico e técnico. E esse
circuito não tem nem a 'simplicidade', nem a 'pureza' que permaneceram
nos terminologistas tradicionais (...) A adequação à realidade não virá
apenas da solicitação das novas técnicas de informação: é necessário
primeiro buscar a compreensão correta, a análise correta e a consideração
correta das conexões entre ciência, tecnologia e produção hoje." (Guespin,
1991:72)

Muito em relação a essa crítica encontramos outra sobre os tipos de discurso


nos quais a terminologia se baseou. A Socioterminologia defende que o panorama
discursivo, que se diversificou enormemente nas últimas décadas, oferece
complexidades que a terminologia não leva em conta. Guespin (1991) fornece várias
razões para não priorizar um discurso tão específico quanto o escrito científico oficial
(comunicações em congressos, artigos de revistas especializadas, etc.), o único que
Wüster levava em consideração e também o único que efetivamente tende à
biunivocidade. Que esses textos não são precisamente os primeiros (já que todo
discurso começa na língua oral) nem os mais frequentes são duas das razões que
Guespin apresenta nesse sentido.

1.3.3.2.3 A crítica socio terminológica à univocidade

O princípio da univocidade dos termos é um dos mais contestados pela Socio


terminologia. Na seguinte citação, vemos como Gambier critica esse princípio,

25
Vê-se, especialmente, Gaudin, 1991; Guespin, 1991; Gambier, 1991a. Também Baudet, 1991, que
desenvolve a noção de editologia (''Poderíamos dizer ainda que a terminologia estuda as estruturas
presentes no discurso científico (no interior), enquanto a editologia estuda aquelas que conectam
entre si (no exterior do discurso) os emissores desse discurso.'' (Baudet, 1991:86)
analisa as causas ideológicas que levaram Wüster a defendê-lo, e destaca as
consequências:

Termo, noção, sistema conceitual, domínio são assim apresentados fora de


seu funcionamento real, fora dos atores sociais, fora dos circuitos de
comunicação: a terminologia se apresenta como ficção científica, mero
mecanismo abstrato. Sua lógica formal exige, além disso, a biunivocidade
(...). O postulado da biunivocidade é insustentável, exceto talvez para
alguns setores das ciências ditas exatas (matemática, química...). Ele
estabiliza, segundo uma obsessão fetichista, as relações
significado-significante de cada sinal; ele fixa as relações entre as noções
(negação mesmo do movimento do conhecimento). Esse formalismo tem
ares de fascismo linguístico: o controle dos sentidos e das denominações
poda toda tensão no mercado dos sentidos, das línguas (Gambier, 1991a:
42).

Em contrapartida, Boulanger restringe a interpretação desse reducionismo


léxico, que nega a variação, a uma vontade de simplificação:

Ao invés de reconhecer a polissemia natural e a relevância da sinonímia,


buscava-se retirar do termo o seu direito à variação, tanto no que diz
respeito aos aspectos semânticos (a polissemia) quanto à variação lexical (a
sinonímia). Claro que esse reducionismo lexical era procurado; é evidente
que o esforço de univocização tinha como objetivo reduzir a multiplicidade
de situações e variações de comunicação a uma situação singularizada e
simplificada tanto quanto possível." (Boulanger, 1995:195).

Em relação à atividade de normalização, a proposta socioterminológica para o


tratamento dos sinônimos coincide com a do Corrente de normalização de Quebec,
mais orientada para a gestão no sentido de redução do que de eliminação:

De fato, qualquer nova atividade passa por um período de turbulência que


se sedimenta e se torna mais preciso. Isso é importante levar em
consideração. Não necessariamente defendendo uma política de
laissez-faire, mas integrando a variedade como uma realidade funcional, em
vez de tratá-la como uma anomalia (Gaudin, 1990:637).

1.3.3.3 A variação e outros autores de orientação descritiva

A maioria dos especialistas que analisaram a variação em terminologia pode


ser agrupada em torno das escolas ou correntes que discutimos; nesta seção,
vamos analisar brevemente as contribuições de outros autores, principalmente
lexicólogos que, em diferentes contextos, mas sempre com uma orientação
linguística, nos parecem relevantes na reflexão sobre a variação em terminologia. Se
considerarmos o parâmetro cronológico, devemos nos referir a Louis Guilbert,
lexicólogo que dedicou parte de seus estudos à terminologia. Em sua obra
fundamental, "La creativité lexicale" (1975), considerada pelos socioterminólogos
como a primeira pedra para a construção de um estudo de terminologia com base
social, Guilbert coloca a sinonímia como um elemento central sobre o qual atuam
duas forças linguísticas de caráter antagônico: o princípio da economia, que a
rejeita, e o princípio da criatividade, que a necessita. No que diz respeito ao
vocabulário técnico-científico, e em um contexto de comunicações de alta
especialização, Guilbert aceita que a sinonímia pode ter efeitos negativos. Do ponto
de vista discursivo, no entanto, a variação em formas mais ou menos analíticas tem
efeitos positivos para a transmissão de novos conceitos.

Temos o hábito de definir a sinonímia pela equivalência absoluta ou


aproximada entre vários significados fonéticos para designar um mesmo
significado. No entanto, se tal recurso é indispensável para a expressão das
nuances psicológicas do indivíduo ou para a expressão literária, ele se
revela, ao contrário, prejudicial à comunicação técnica ou científica. (...) Por
outro lado, sob o aspecto discursivo da perífrase e da paráfrase, ela é parte
integrante do discurso técnico ou científico, que procede por descrição, por
aproximações sucessivas, antes de chegar à denominação, ou para
explicitar a denominação (Guilbert, 1981b:210-211).

Também no contexto francês, Rey tem se interessado pela terminologia. Em


relação à variação, Rey (1983) posiciona-se no ponto de equilíbrio da gestão da
sinonímia, propondo o termo 'ortonímia'. Ele sugere considerar as condições de
produção e funcionamento dos termos, juntamente com os fatores e finalidades
tradicionalmente considerados:

Dessa forma, a harmonização das designações, a redução das sinonímias e


das ambiguidades designativas, esse aspecto da normalização que
proponho chamar de ortonímia, deve não apenas levar em consideração os
fatores normalmente considerados e os objetivos clássicos (um termo para
uma noção, etc.) da terminologia, mas também a natureza dos sistemas em
questão, sua produção e funcionamento, muito diversos e por vezes
opostos (Rey, 1983:301).

Há vinte anos, Sager, no âmbito da corrente de tradução, defende a existência


e a necessidade da variação em terminologia. Na obra coletiva "English Special
Languages: Principles and Practice in Science and Technology" (Sager, Dungworth e
McDonald, 1980), os autores afirmam que, dada a grande diversidade de
documentos passíveis de serem produzidos em linguagens especializadas, a
sinonímia é ao mesmo tempo, inevitável e indispensável para garantir a transmissão
de uma mensagem. Eles consideram que não é possível dirigir-se ao público com o
mesmo conjunto de termos quando há diferentes níveis de conhecimento sobre um
assunto, esclarecendo que isso resulta em sinonímia com um caráter contextual e,
portanto, sem intercambiabilidade textual.
Dez anos depois, em 1990, Sager vai além da aceitação do fenômeno da
variação; ele propõe a univocidade como um princípio idealizado e apresenta
diferentes critérios para o tratamento da sinonímia no processamento terminológico:

A constatação de que os termos ocorrem em vários contextos linguísticos e


que têm variantes frequentemente condicionadas pelo contexto abala a
visão idealizada de que pode ou deve haver apenas uma designação para
um conceito e vice-versa (...). Assim que a correspondência um a um é
quebrada na outra direção, ou seja, assim que aceitamos que pode haver
vários sinônimos (contextuais ou outros) para um conceito, torna-se
necessário estabelecer critérios para identificar o nome regular e apropriado
para um conceito ao qual os outros são variantes, ou alternativamente,
definir o contexto no qual o paradigma regular do termo ocorre (Sager,
1990:58-59).

A contribuição mais importante de Sager para o tratamento da variação em


terminologia é, do nosso ponto de vista, a capacidade de distinguir diferentes usos
terminológicos e de saber atribuir um espaço diferente para a variação, dependendo
do uso26. Assim, por exemplo, Sager é um dos primeiros autores a defender a
observação dos usos terminológicos orais e a refletir sobre as causas da sinonímia,
apresentada como uma estratégia comunicativa:
A observação do uso permite a identificação e categorização de variantes
linguísticas de termos por tipos de texto. Sabe-se que os termos mais
longos e complexos ocorrem em listas e cronogramas, onde seu significado
não é suportado pelo contexto; é igualmente sabido que o maior grau de
concentração ou abreviação ocorre em textos fortemente condicionados
pela situação, onde o contexto torna a ambiguidade impossível.
Observou-se que a variação estilística dos termos é motivada e diretamente
proporcional à densidade de termos em um determinado segmento de texto
(Sager, 1990:213).

Em trabalhos muito recentes, observamos como Sager (1998) evolui sobre


esse mesmo plano de base e defende a dinamicidade da terminologia como uma
característica evidente e necessária para o desenvolvimento do conhecimento

26
No ano de 1982, durante o colóquio internacional Problemas da definição e sinonímia em
terminologia, Sager fez uma intervenção oral defendendo a posição de que "A liberdade de variação
sinonímica é desejável e até necessária em certos tipos de discurso, porque ajuda a esclarecer os
pensamentos, aproximando-se de encontrar a expressão certa para o fenômeno que se deseja
descrever, explicar ou até mesmo nomear. É quase como brincar com palavras". Ele recebeu uma
resposta automática de profundo desacordo de Felber, que afirmou: "Se eu entendi corretamente o
Sr. Sager, ele estava dizendo que os especialistas estão brincando com palavras. Eu nunca vi um
cientista brincar com palavras. Eles querem ter uma ferramenta adequada para a ciência e tecnologia.
O mesmo vale para a padronização". A totalidade da discussão está registrada nos anais do colóquio
(DUQUETPICARD, D. (ed.), 1983:354-355).
humano, em constante mudança e movimento, que acompanha e reflete. No estudo
terminológico das ciências sociais, Riggs27 também abordou a variação. Destacamos
aqui sua reflexão sobre a possibilidade e a hipotética necessidade de aplicar a
terminologia normativa às ciências sociais, uma área à qual Wüster e seus
seguidores não prestaram atenção. Riggs justifica a desnecessidade do controle
normativo devido à resistência dos cientistas sociais à "legislação" sobre o uso
linguístico:

A possibilidade de aplicar a terminologia normativa nas ciências sociais é bastante


limitada. Os cientistas sociais não apenas resistem a neologismos, mas também se
opõem firmemente aos esforços para "legislar" quando isso ameaça sua liberdade
de escolha no uso de termos. Felizmente, parece ser totalmente desnecessário
tentar "legislar". A abordagem normativa da terminologia, pelo menos para as
ciências sociais, me parece disfuncional e desnecessária. Ela prejudica o trabalho
essencial em conceitologia e mascara as paradigmas terminológicos mais viáveis
que são analíticos e sintéticos (Riggs, 1981:598).

Partindo desse contexto, é coerente que Riggs aceite a variação como um


fenômeno natural —"(...) e para cada conceito, frequentemente, há um conjunto de
termos possíveis (sinonímia)" (Riggs, 1993:195)— e que direcione sua reflexão para
a descrição desse fenômeno, a análise das causas e a elaboração de aplicações de
assistência aos usuários para os diferentes usos dos termos sinônimos.
Kocourek, um autor de origem tcheca que desenvolveu sua pesquisa no
Quebec, apresenta em seus trabalhos uma abordagem descritiva, analisando as
linguagens especializadas, afastando-se das abordagens do Corrente de
normalização terminológica28. Na análise da sinonímia em terminologia, um trecho
desse autor é especialmente citado, resumindo as consequências negativas da
sinonímia e, em seguida, descrevendo as positivas. Embora não faça uma avaliação
final, o peso atribuído às últimas parece superior às primeiras:

Constatamos, para concluir, que a existência dos (para)sinônimos


terminológicos representa, ao mesmo tempo, uma complicação
constrangedora e um testemunho valioso. Por um lado, é uma complicação
porque a sinonímia terminológica é incompatível com o ideal da
biunivocidade terminológica, e especialmente com o ideal da denominação
única. A sinonímia terminológica, especialmente se for involuntária, está em
conflito com o caráter intelectual dos textos, atrapalhando a comunicação e
a argumentação eficazes (...). Por outro lado, os (para)sinônimos
terminológicos constituem um testemunho valioso. O ideal da ausência de
sinonímia não é o único princípio da língua tecno-científica. Há também o
ideal da preservação da multiplicidade e flexibilidade das abordagens, o
ideal do respeito à pluralidade das funções e à liberdade da experimentação

27
Riggs foi um dos membros mais importantes do Comitê de Análise Conceitual e Terminológica
(COCTA), criado principalmente nos últimos anos.
28
Por essa razão, preferiram apresentá-lo fora desse mercado.
individual. Esses ideais contribuem para garantir um conhecimento
tecno-científico um pouco mais matizado, completo, objetivo e aplicável. A
delimitação de conceitos e a estruturação de terminologias devem respeitar
os objetivos de um conhecimento multifacetado e não suprimir nuances
relevantes (Kocourek, 1983:257-258).

A sua obra mais conhecida (La langue française de la science et de la


technique), Kocourek dedica muita atenção à variação e leva em consideração não
apenas os parâmetros geográficos, cronológicos e de nível de língua, mas também a
dimensão cognitiva29. Ele afirma que a terminologia está sujeita à variação
linguística, histórica e geográfica por ser um subconjunto da língua (Kocourek,
1991b:24) e que uma maior ou menor tendência à sinonímia dependerá do nível do
discurso:
Assim como a ambiguidade, a sinonímia é consideravelmente limitada se
considerarmos apenas termos de um domínio específico e em um nível de
intelectualização específico. Mais ainda do que a ambiguidade, a sinonímia
é um princípio universal das línguas: ela pode ser analisada, ajustada,
reduzida, mas não eliminada (...) (Kocourek, 1991b:192).

A sua obra mais conhecida (La langue française de la science et de la


technique), Kocourek dedica muita atenção à variação e leva em consideração não
apenas os parâmetros geográficos, cronológicos e de nível de língua, mas também a
dimensão cognitiva40. Ele afirma que a terminologia está sujeita à variação
linguística, histórica e geográfica por ser um subconjunto da língua (Kocourek,
1991b: 24) e que uma maior ou menor tendência à sinonímia dependerá do nível do
discurso:
Assim como a ambiguidade, a sinonímia é consideravelmente limitada se
considerarmos apenas termos de um domínio específico e em um nível de
intelectualização específico. Mais ainda do que a ambiguidade, a sinonímia
é um princípio universal das línguas: ela pode ser analisada, ajustada,
reduzida, mas não eliminada (...) (Kocourek, 1991b: 192).

Recentemente, Faulstich (1995, 1997, 1998 e 2000), autora brasileira muito


ligada ao contexto quebequense e, portanto, influenciada pelo Movimento de
Normalização, defende uma terminologia de base social, também chamada socio
terminologia, que ela define como uma disciplina que se interessa pelo movimento
do termo nas linguagens especializadas (Faulstich, 2000:95). Nesse sentido, e

29
Infelizmente, não tenho acesso direto ao conteúdo específico de referências bibliográficas como o
trabalho de Kocourek (1991b) e seus respectivos capítulos. No entanto, se você tiver perguntas
específicas sobre os conceitos discutidos nos capítulos 1.2 "Dichotomies et variations linguistiques" e
1,3 "La diversification cognitive de la spécialité et la langue" (páginas 25-39), ficarei feliz em tentar
ajudar com base no meu conhecimento geral em Biblioteconomia, Terminologia e Linguística.
partindo da existência da variação devido ao caráter polifuncional das unidades
léxicas — "A polifuncionalidade da unidade lexical, no discurso científico ou no
discurso técnico, pode produzir mais de um registro ou mais de um conceito para o
mesmo termo." (Faulstich, 1997:1) —, ela reivindica uma interpretação variacionista
da terminologia, levando em consideração as diferentes dimensões de uso do termo
e as diferentes relações entre especialistas e usuários, aspectos que podem ser
abordados, segundo a autora, com os recursos oferecidos pela etnografia da
comunicação.

As variantes terminológicas asseguram à socio terminologia uma das suas


principais tarefas, quando exige desta disciplina uma aplicação linguística
ao fenômeno da variação. Assim, a socio terminologia, que encontra seu
campo de análise nas dimensões do uso do termo, tem de considerar
também os níveis de língua. Por conseguinte, estando dentro do quadro da
terminologia social, as relações entre especialistas e usuários serão mais
bem resolvidas caso se utilizem os recursos oferecidos pela etnografia.”
(Faulstich, 1997:1)

Uma das tarefas da socioterminologia é, do seu ponto de vista, a


sistematização dessa variação a partir da análise da diversidade de termos que
ocorrem nos planos vertical, horizontal e temporal da língua. Em um de seus últimos
trabalhos, Faulstich (2000:101-104) estabelece as bases para a elaboração de uma
teoria da variação em terminologia, a partir dos cinco postulados seguintes:
a) dissociação entre estrutura terminológica e homogeneidade, univocidade ou
monorreferencialidade, e associação da noção de heterogeneidade ordenada à
estrutura terminológica;
b) abandono do isomorfismo categórico entre termo-conceito-significado;
c) aceitação do fato de que, dado que a terminologia é um fato de língua, contém
elementos que variam;
d) aceitação do fato de que a terminologia varia e que essa variação pode indicar
uma mudança em curso;
e) análise da terminologia em contextos linguísticos e em contextos discursivos da
língua escrita e da língua oral.

Figura 1: Representação do modelo teórico de variação (Faulstich, 2000).


Como pode ser observado, Faulstich estabelece três categorias de variantes:
concorrentes, coocorrentes e competitivas. As variantes concorrentes são aquelas
que podem concorrer entre si ou com uma mudança. São variantes formais e
encontram-se em distribuição complementar. As variantes coocorrentes, por outro
lado, são aquelas que possuem duas ou mais denominações para um mesmo
referente. São variantes que apresentam compatibilidade semântica e, segundo a
autora, formalizam a sinonímia terminológica. Por fim, as variantes competitivas são
aquelas que estabelecem relações de significado entre elementos lexicais de línguas
diferentes.
De uma perspectiva cognitiva, Temmerman (1997, 2000) propõe uma
terminologia de base sociocognitiva na qual a variação é considerada um fenômeno
inerente. Afirma que a sinonímia e a polissemia são funcionais no processo de
compreensão, necessário descrever esses recursos. O estudo dos textos, partindo
do pressuposto de que a ciência é um processo intertextual, deve permitir a
descrição do processo de lexicalização e compreender a flexibilidade e a diversidade
da categorização.
A informação textual contém a prova de que é possível se referir a
categorias prototipicamente estruturadas de maneiras diferentes, usando
(quase) sinonímia. Em muitos casos, a (quase) sinonímia pode ser
explicada ao reconhecer que pode haver diferentes perspectivas, como
demonstramos no caso de Southern blotting, Southern hybridisation e
Southern transfer (Temmerman, 1998, 200a) (Temmerman, 2000:83).

1.3.3.4 Quantidades de bolas sobre variação na terminologia

Ao longo deste trecho 1.3, vimos numerosas e diversas avaliações em torno da


variação terminológica. Para alguns autores, a variação de denominação é um
fenômeno natural na terminologia; para outros, é um fenômeno existente que deve
ser regulado ou eliminado; para outros ainda, é um fenômeno inexistente na
terminologia.
Essas avaliações geralmente derivam do conhecimento adquirido nas tarefas
de padronização, normalização ou descrição terminológica, conforme o caso.
No entanto, geralmente não provêm de análises empíricas baseadas nos usos
reais da terminologia, exclusivamente focadas na variação e com resultados
quantitativos confiáveis, pois praticamente não temos trabalhos desse tipo.
Mesmo assim, existem trabalhos que contêm algumas observações
quantitativas sobre a variação de denominação (geralmente chamada sinonímia) na
terminologia; na tabela a seguir, apresentamos um resumo de alguns trabalhos que
temos nesta linha.

Tabela 1. Trabalhos Quantitativos sobre Variação em Terminologia.

A tabela foi organizada cronologicamente e, após o autor, foram registradas as


quatro informações a seguir: especialidade, campo temático em que o trabalho se
situa; corpus, tipo de documento analisado: texto, dicionário, misto (texto e
dicionário) ou não especificado; análise, fenômeno em que o trabalho se concentra
(apenas sinonímia ou sinonímia entre vários aspectos); e resultados, indicação do
percentual de sinonímia (quando disponível; o sinal + aparece quando o resultado é
positivo, mas o percentual não é especificado).
A maioria dos trabalhos citados foi elaborada a partir de diferentes pontos da
francofonia e refere-se à língua francesa com uma orientação descritiva.
Observamos que o número de trabalhos nessa linha aumenta ao longo do tempo, e
é nos anos 90 que encontramos mais trabalhos centrados exclusivamente na
sinonímia.
É notável que as análises quantitativas se concentrem em áreas técnicas
(diversas indústrias e engenharias) e a grande diversificação nos resultados obtidos:
sempre positivos (no sentido de existência real de sinonímia), mas com uma
oscilação que varia de 10% a quase 100%, embora muitas vezes não seja fornecido
um percentual final.
Acreditamos que essa disparidade nos resultados tem pouco a ver com a área
temática e, em vez disso, está mais determinada pelo tipo de corpus analisado. De
qualquer forma, acreditamos que o parâmetro definitivo, no sentido de incidência
direta nos resultados, é a própria noção de sinonímia: com uma compreensão mais
aberta desse fenômeno, os resultados obtidos são mais elevados; com uma
compreensão muito restrita, o percentual final pode ser muito baixo. De Bessé, por
exemplo, analisa os casos obtidos em seu trabalho e conclui que não há sinonímia,
pois considera apenas a sinonímia absoluta.

Não há uma sinonímia verdadeira, ela é sempre relativa, existem sempre


uma série de nuances situacionais que fazem com que a sinonímia nunca
seja absoluta. A sinonímia é, portanto, aparente e, com um pouco mais de
análise, faz-se desaparecer tudo o que era sinonímia (De Bessé, 1974:47).

Esta breve apresentação de trabalhos quantitativos sobre variação em


terminologia nos serve não tanto para confirmar a existência da sinonímia em
terminologia, fenômeno evidente, mas para detectar uma lacuna muito importante
nesta disciplina, que é a descrição empírica dos termos e, especificamente, da
variação. De todos os trabalhos analisados, apenas o de Meisser (1987) tem uma
vontade descritiva abrangente sobre a sinonímia (e foi elaborado exclusivamente
sobre corpus lexicográficos). Os demais, ou tratam tangencialmente, ou são
trabalhos breves, introdutórios, com poucos exemplos e sem pretensão de
exaustividade.

1.4 Variação terminológica

Nos parágrafos anteriores, vimos como, a partir de um momento específico, a


linguística passou a incluir o fenômeno da variação em seus objetivos descritivos;
partimos da ideia de que a terminologia também iniciou um caminho semelhante,
especialmente desde que especialistas com orientação linguística também se
ocupam dela. Nesta seção, pretendemos abordar como os princípios básicos da
linguística variacionista poderiam ser levados em consideração na terminologia.
Além disso, propomos estabelecer alguns conceitos de trabalho sobre variação
terminológica.
1.4.1 Da variação linguística à variação terminológica

Como vimos, a TGT (Teoria Geral da Terminologia), a única teoria


terminológica que existiu por décadas, não tratou da variação e continua sem
abordá-la nas versões mais atualizadas. Em contraste, os demais enfoques
terminológicos, principalmente a partir dos anos 90, perceberam a falta de realismo
na defesa da univocidade dos termos e começaram a integrar o fenômeno da
variação nos trabalhos terminológicos. Para fazer isso, as bases da linguística
variacionista e algumas contribuições metodológicas específicas foram consideradas
de maneira mais implícita ou explícita. Acreditamos que a terminologia, como
disciplina teórica, pode enriquecer sua capacidade descritiva e explicativa com a
integração sistemática dos princípios variacionistas30, enfatizando especialmente a
distinção de usos e usuários e a diversidade de funções comunicativas. Além disso,
adotar conceitos fundamentais, como o de comunidade de fala, na qual, segundo
Turell (1995), os falantes refletem não apenas sua competência gramatical, mas
também sua participação em um conjunto de normas de uso linguístico compatíveis
e, portanto, sua competência comunicativa, que inclui, além da competência
linguística, a competência sociolinguística, discursiva e estratégica.

A premissa fundamental é que esta comunidade de fala é heterogênea, e


não homogênea, como se quis fazer crer, ou seja, com um amplo espectro
de variantes, estilos, dialetos e até mesmo línguas no caso de comunidades
plurilíngues (Turell, 1995:19).

No caso da Terminologia, a afirmação de Turell é especialmente pertinente,


pois o fato de partir da ideia de homogeneidade do discurso especializado
(resultante da ideia de homogeneidade da comunidade formada pelos especialistas)
teve consequências teóricas decisivas que precisam ser revistas a partir da
aceitação da heterogeneidade. Portanto, a Terminologia deveria partir de princípios
variacionistas apontados por alguns autores, defendidos explicitamente por outros,
mas ainda ignorados ou negados por muitos. Uma ideia central da Terminologia
deve ser que a linguagem é variação, que as unidades terminológicas são, antes de
tudo, unidades linguísticas e, portanto, estão igualmente sujeitas a variação. Essa
variação, analisável empiricamente e quantificável, responde a regularidades e a
30
Princípios ou postulados teóricos que, de acordo com Turell (1995:23), podem ser concentrados em
três pontos: a) existe uma variação inerente a todas as línguas, no uso linguístico e no
comportamento linguístico; b) há variação livre; c) a variação livre é estruturada, pois existem fatores
linguísticos, estilísticos e sociais que a restringem.
fatores claramente descritos pela linguística e válidos para a Terminologia, com
algumas adaptações. Assim, a distinção entre o que é variação dialetal, relacionada
aos usuários, e variação funcional, relacionada aos usos, é útil para a descrição da
variação léxica terminológica, embora, certamente, seja necessário levar em conta
algumas restrições.
Quanto à variação dialetal, é especialmente pertinente distinguir as diferentes
variedades geográficas e também as cronológicas, e seria interessante verificar se a
diferenciação de variedades sociais é tão importante nos discursos especializados
quanto seria nos não especializados. Quanto à variação funcional, estamos
convencidos de que os fatores variacionistas tradicionais de distinção de registros
podem se adaptar ao discurso especializado e permitir a caracterização e explicação
de uma parte importante da variação terminológica31.
Por um lado, com o fator campo, considera-se a existência de registros
coloquiais e correntes, no sentido de não especificados tematicamente, e outros
registros especializados, científicos ou técnicos32. No discurso especializado, seria
útil perfilar essa distinção enfatizando que um mesmo tema pode ser abordado de
maneira mais ou menos especializada e não tanto na hipotética existência de temas
mais especializados e temas menos especializados. Dentro desse fator, seria
relevante considerar a distinção de diferentes grandes áreas de especialização,
seguindo a tradicional linha de áreas técnicas, científicas, humanas e sociais.
Quanto ao modo, na análise do discurso especializado, seria interessante ir
além da distinção dicotômica entre discurso oral e escrito e considerar outros
aspectos, como, por exemplo, o nível de preparação do discurso.
Por outro lado, tanto o tenor, ou seja, a consideração da função do texto,
quanto o tom, relacionado a uma escala de formalidade33, são fatores que, sem
dúvida, têm a ver com a variação terminológica. Acreditamos que a Terminologia
pode incorporar, além desses parâmetros, princípios e métodos de correntes
desenvolvidas a partir da linguística variacionista e da sociolinguística. Assim, por
exemplo, vimos como Faulstich (1997) defende uma socioterminologia de orientação
etnográfica.

31
Vegeu Cabré (1998a).
32
Payrató (1998b:22).
33
Cabré (1998a) também relaciona o tom com o grau de abstração que se deseja transmitir na
informação e distingue um tom especializado e um tom divulgativo.
A etnografia da comunicação se situa na confluência da antropologia e da
linguística (especificamente a pragmática) e concentra-se no estudo do contexto
(Gumperz e Hymes, 1972), especialmente das normas culturais que regem a fala
(Saville-Troike, 1982). A etnografia da comunicação descreve o comportamento
comunicativo a partir de três noções: a situação comunicativa, o evento de fala e o
ato de fala (Hymes, 1972), e para analisar os eventos de fala, propõe a grade de oito
elementos SPEAKING34.
A aplicação terminológica da abordagem etnográfica é evidente em trabalhos
recentes de diversos autores; Auger (1994b), por exemplo, a adota para estudos da
implantação das terminologias nas empresas, e também Tway (1975), que analisa a
variação léxica em uma fábrica entendida como uma comunidade de fala e conclui:

Algumas facetas de uma análise comparativa podem ser realizadas, e uma


relação pode ser estabelecida entre a linguagem, características sociais e
ambientes de trabalho imediatos (Tway, 1975:180).

A Teoria do design do ouvinte de Bell (1984), na qual se explica a variação em


um mesmo falante como resultado do design feito pelo ouvinte, e também a Teoria
pragmática da adaptação de Verschueren (1987), na qual se considera a negociação
na escolha linguística dos falantes visando satisfazer suas necessidades
comunicativas, são exemplos de teorias de base linguística (sociolinguística e
pragmática) que podem contribuir para uma terminologia que leve em conta os
aspectos sociais e comunicativos.
Neste mesmo capítulo, já nos referimos ao trabalho de Gaudin (1993), na
maioria dedicado a delinear o contorno da Socioterminologia e, principalmente, a
encontrar seus fundamentos a partir das experiências da sociolinguística. Gaudin faz
uma revisão dos conceitos de correntes próximas à sociolinguística que possam ter
validade para a Socioterminologia. Assim, por exemplo, ele adota algumas noções
da epistemologia comparada e da praxêmica e tenta estabelecer a validade de
determinados conceitos para analisar a relação entre fatos linguísticos e fatos
sociais.

34
Consulte Boix i Vila (1998) para uma apresentação das noções básicas da etnografia da
comunicação. Os autores adotam para o catalão a tradução francesa PARLANTT do acrônimo inglês
SPEAKING (participantes, atos, razões ou resultados, local, agentes, normas de interação e
interpretação, tom e tipo de discurso).
A utilização dos conceitos de dialogismo, polifonia e pluriacentuação do
signo nos levará a reencontrar as análises conduzidas no campo da
epistemologia comparada, mas também da sociologia das ciências. (...)
Nosso objetivo nos levará a retomar essas preocupações constantes que
constituem, para uma linguística atenta em estabelecer a covariância dos
fatos linguísticos e sociais, os problemas da norma, da neologia, da
individuação e da negociação. Buscaremos estabelecer a validade de
conceitos como 'camadas culturalmente hegemônicas', 'locutor coletivo',
'estrutura de sociabilidade', 'doador de sentido', para citar alguns (Gaudin,
1993:18).

1.4.2 Alguns conceitos de trabalho

Pareceu-nos necessário fazer algumas breves precisões denominativas e


conceituais antes de concluir este capítulo. Apresentamos a seguir o nosso conceito
de variação terminológica, variação denominativa e variação conceptual.

1.4.2.1 Variação terminológica

Num artigo de 1988, Corbeil descreve as grandes direções em que o panorama


terminológico francês havia mudado nos últimos anos; os diversos fatores que ele
analisa o levam a falar de variação terminológica:

Estes três fatores influenciam a dinâmica interna das terminologias em


língua francesa. Sua consequência comum é a variação terminológica
dentro da mesma especialidade. O resultado mais evidente e constrangedor
dessa variação é a incerteza terminológica, seja por várias denominações
que parecem corresponder mais ou menos à mesma noção (concorrência
terminológica), seja pela mesma denominação que parece corresponder a
noções diferentes, em todo ou em parte (polissemia terminológica) (Corbeil,
1988:57).

Este é um dos primeiros usos que encontramos do termo variação


terminológica; na seção 1.3, pudemos ver como outros autores têm utilizado essa
forma que ainda não é de uso generalizado.
Compartilhamos a ideia de variação terminológica de Corbeil porque, pelo
contexto, podemos deduzir que ele a entende como um fenômeno amplo, e que a
variação nas denominações e nas noções é apenas o resultado mais visível.
Entendemos que os textos especializados podem apresentar variação terminológica
em outros níveis: variação quanto à densidade, quanto às características das
denominações, quanto a diferentes aspectos dos conceitos, etc.
Neste sentido amplo, podemos definir, portanto, a variação terminológica como
"a variação que afeta os termos". Em sentido restrito, e enfatizando apenas nesses
dois aspectos mais visíveis, podemos definir a variação terminológica como "a
variação que afeta as denominações (variação denominativa) e os conceitos
(variação conceptual)". Queremos esclarecer que, embora esse sentido mais restrito
seja o utilizado de maneira mais explícita, não podemos negar nem perder de vista
que os termos estão sujeitos a outros fenômenos de variação que também devem
ser considerados dentro da variação terminológica.

1.4.2.2 Variação denominativa

Definimos a variação denominada (VD) como "o fenômeno pelo qual uma
mistura de nomes corresponde a diversas denominações35". Como vimos nos
capítulos anteriores, a terminologia denominou sinonímia esse fenômeno, pois se
trata de uma falha na relação semântica que mantém as unidades em variação,
denominações diretamente sinônimas ou termos sinônimos36.
Nesse caso, prefiro utilizar a nossa proposta de variabilidade denominada37,
mas em outros artigos de revisão bibliográfica tendemos, como já vimos, a falar de
sinonímia, pois é a forma exclusivamente utilizada pelos autores dos diferentes
correntes terminológicas.

1.4.2.3 Variação conceitual

A análise da variação que afeta os conceitos não podem ser abordada pela
terminologia clássica, pois parte de uma compreensão do conceito que impede a
própria existência desse fenômeno: se os conceitos preexistem, são universais,
isolados e estáveis, não estão sujeitos a variação. Se, ao contrário, partirmos do
pressuposto de que os conceitos têm (ou podem ter, dependendo dos tipos de
conceitos) limites difusos e que podem ocupar espaços semânticos diferentes
segundo os contextos de aparecimento, então a variação conceptual é um fenômeno
possível e provável.
O estudo dessa variação pode ser abordado a partir de diversas análises, e
neste trabalho nos aproximamos dela a partir do reflexo denominativo que possui.

35
A noção de denominação é, por enquanto, muito complicada e difícil de definir para cada teste
concreto. Para esse trabalho, eu o coloquei no capítulo de metodologia
36
A teoria terminológica normalmente distingue sinônimos e variantes (veja o apartado 2.4).
37
Freixa (1998a)
Assim, variação conceptual significa para nós variação em um mesmo conceito:
acreditamos que no processo de denominação, um mesmo conceito pode ser
abordado de maneiras diferentes e que, por essa razão, podem surgir
denominações diferentes. E, como mencionamos, essas denominações para um
mesmo conceito têm a virtude de permitir observar a parte (ou as partes) do
conteúdo conceptual que adquiriu mais relevância em um contexto específico.
Também se fala, no entanto, de variação conceptual em outros sentidos. Na
seguinte citação, Cabré (1998c) refere-se à variação conceptual que advém de
diferentes conceptualizações e que resulta em conceitos distintos para um mesmo
referente da realidade.

Nesta abordagem, nossa ideia inicial é que a ontologia não precisa coincidir
com a conceptologia, ou seja, que a 'mesma' realidade pode ser percebida
de maneiras muito diferentes e, portanto, conceptualizada de maneira
diversa. É nessa possibilidade de diferenciação entre várias
conceptualizações que nossa hipótese se concentra. O conhecimento
especializado é uma das possíveis vias de conceptualização da realidade.
Além disso, a partir da perspectiva precisa das disciplinas especializadas,
uma mesma realidade pode ser conceptualizada de maneira diferente, e
essa diferenciação pode apresentar diferentes graus de realização,
admitindo, assim, que entre dois conceitos referentes à mesma realidade ou
objeto pode haver uma percepção diferente (Cabré, 1998c:186).

Fixem-nos que Cabré não está tratando do fenômeno pelo qual é possível
abordar de maneiras diferentes um único conceito em uma mesma especialização,
mas sim refere-se a percepções diferentes de uma mesma realidade que levam a
processos de conceituação distintos e, portanto, levaram a diferentes conceitos.
Esse fenômeno pode ocorrer entre diferentes especialidades ou entre uma
conceituação especializada e uma não especializada.
Normalmente, no entanto, os autores que abordam a variação conceitual
analisam, a partir de perspectivas bastante diferentes, a variação de um mesmo
conceito, denominado com a mesma forma, frequentemente com o estudo
semântico das diferentes ocorrências do conceito em contextos diversos, ou das
diferentes definições que ele recebe. Assim, Condamines e Rebeyrolle (1997)
enfatizam a noção de ponto de vista, Bowker e Meyer (1993) na
multidimensionalidade, explicando que os conceitos podem ser explicados a partir
das diferentes dimensões que possuem. Ciapuscio (1999), de uma perspectiva
textualista, relaciona a VC com o grau de especialização38 dos textos, e também

38
Ciapuscio utiliza a forma de grau de especialidade no mesmo sentido que nós utilizamos o grau de
especialização neste trabalho.
Kostina (em preparação) realiza uma análise minuciosa dos contextos imediatos de
um mesmo conceito para determinar a variação de conteúdo.

1.5 Resumo e conclusões

Neste capítulo, nos situamos em uma abordagem linguística à terminologia e


destacamos que a terminologia deve aprofundar o estudo da variação a partir das
ferramentas oferecidas pela linguística variacionista. A revisão que realizamos do
tratamento que a variação recebeu de diferentes orientações terminológicas nos
permite afirmar que esse é justamente um dos aspectos que permite diferenciar de
maneira mais clara as diversas escolas de pensamento, levando-nos a várias
conclusões.
Em primeiro lugar, acreditamos que na terminologia houve uma tendência a
confundir a ótica prescritiva e descritiva, no sentido de que muitas vezes se
confundiu a reflexão sobre se a sinonímia existe ou não na terminologia com a
reflexão sobre se deve existir ou não.
Em segundo lugar, acreditamos que, situados em uma ótica prescritiva, é
imprescindível levar em consideração as diferentes condições do fenômeno,
especialmente em relação à tipologia da sinonímia, diversidade de situações
comunicativas e tipos textuais; portanto, uma tarefa prescritiva deve ser precedida
por uma tarefa descritiva.
Em terceiro lugar, consideramos que uma ótica descritiva exige uma análise do
uso real no discurso, com dados suficientemente diversificados e representativos,,
que é necessário superar as generalizações baseadas na intuição por meio de
trabalhos empíricos e objetivos.
Finalmente, queremos concluir que o trabalho empírico de descrição da
sinonímia em terminologia depende de decisões teórico-metodológicas essenciais,
entre as quais destacamos a igualdade de significado e a extensão da denominação,
aspectos centrais do próximo capítulo de revisão bibliográfica sobre a noção de
sinonímia.
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