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Análise do Microrrelevo e
da Coloração da Pele
Maísa Oliveira de Melo, Patrícia MBG Maia Campos
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto SP, Brasil

ca da pele viva sob iluminação especial


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½±´±®¿9=± ½«¬>²»¿ «¬·´·¦¿¼¿­ ²±­ »­¬«¼±­ ¼» »½?½·¿ ½´3²·½¿ ¼» º±®³«´¿9+»­ ½±­³7¬·½¿­ eletrônico, avalia a imagem da pele. Essa
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avaliação é feita com base em quatro pa-
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das condições fisiológicas da superfície
da pele.7
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As imagens resultantes mostram a es-
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³±·­¬«®·¦·²¹ ¿²¼ ¿²¬·ó¿¹·²¹ ­µ·² °«®°±­»­ò trutura da pele, seu nível de ressecamento
e a distribuição do nível de escala de cinza
da imagem, que são utilizados para avaliar
os seguintes parâmetros:
A melhora das alterações cutâneas a fatores ambientais e fisiológicos. Entre a) Maciez da pele – é um parâmetro
consequentes do envelhecimento é um dos esses fatores, o uso de medicamentos tópi- medido com o cálculo da média da profun-
principais objetivos para o desenvolvimento cos e cosméticos tem grande importância didade e da largura das rugas da pele e que
de produtos cosméticos cada vez mais efeti- e seus efeitos devem ser cientificamente tende a aumentar com tratamentos hidra-
vos. Diversas alterações na pele são notadas estudados.3 Pelo fato de a superfície da pele tantes e de antienvelhecimento (SESM).
b) Aspereza da pele – parâmetro des-
no decorrer do tempo, entre elas a falta de não apresentar aspecto homogêneo, sendo
crito como o oposto do SESM, sendo que,
hidratação, a aspereza e as rugas, que se re- variável, dependendo do local a ser analisa-
de acordo com ele, quanto menor, menos
fletem no microrrelevo da pele, deixando-a do, as linhas primárias do microrrelevo e as
áspera é a pele (SER).
com aspecto e textura indesejáveis. Também rugas finas representam uma organização
c) Descamação da pele – mostra o
é comum a presença de manchas na pele, de- especial de feixes de colágeno na derme
quanto o estrato córneo em análise está
vido ao estímulo da produção e à distribuição superficial15 e há uma relação entre as pro-
seco, sendo que quanto menor esse valor,
irregular de melanina, que sofre influência priedades mecânicas da pele e seu aspecto
maior é a hidratação (SESC);
da excessiva exposição solar, causando al- no microrrelevo. Essa é a principal razão
d) Número e largura das rugas – são
terações no padrão de pigmentação da pele. de interesse na quantificação do relevo calculados determinando-se a proporção
Assim, este capítulo tem como objetivo a cutâneo e de suas propriedades.19 das rugas verticais e horizontais (SEW).12
abordagem dos métodos de análise dispo- A avaliação da topografia da superfície Esses parâmetros foram desenvolvidos
níveis para a avaliação do microrrelevo e da da pele em relação à sua aspereza e desca- em diversos estudos clínicos e modificados
coloração da pele, dois parâmetros que, entre mação pode ser realizada por diversas téc- ao longo do tempo até serem perfeitamente
outros, sofrem influência do envelhecimento nicas não invasivas. O uso de fotografia di- compatíveis, para a caracterização da su-
e são alvo da preocupação de grande parte da gital de alta resolução tem sido amplamente perfície da pele.
população. aplicado para o estudo das propriedades da A profilometria de réplicas da superfí-
superfície da pele. Para essas avaliações, cie da pele também é uma técnica utilizada
Análise do Microrrelevo os parâmetros de aspereza e escamação da para a avaliação da topografia da pele.
Cutâneo pele podem ser aplicados.8,18 É realizada com o uso de uma resina de
A superfície da pele é caracterizada por O equipamento VisioScan® VC98 (Cou- silicone para a construção de um molde da
um microrrelevo especial que representa rage & Khazaka electronic GmbH, Colô- pele que capta a topografia de sua superfí-
a organização da derme e do tecido sub- nia, Alemanha) foi desenvolvido especial- cie e fornece réplicas desta em negativo.
cutâneo tridimensional. A epiderme, que mente para estudar diretamente a superfície Com um sistema de processamento da
é composta de uma camada viável e pela da pele com o sistema SELS (de avaliação imagem digital, a imagem escolhida é
camada córnea (cuja espessura é variável), da superfície viva da pele), desenvolvido digitalizada. Nessa avaliação, utiliza-se
cobre e altera ligeiramente o relevo cutâ- por Tronnier et al.17 na década de 1990. O o instrumento Skin-Visiometer® SV 700
neo, que está sujeito a alterações devido sistema se baseia na representação gráfi- (Courage-Khazaka).

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Usa-se também um aparelho específico de iluminação em e de aminoácidos como fenilalanina, tirosina, triptofano e cisteína.
fibra óptica, em um ângulo fixo (Visioline® VL 950, da Courage- Outros cromóforos menos importantes são o ácido urocânico, as
-Khazaka), para extrair detalhes da superfície cutânea. A imagem porfirinas, as riboflavinas e os esteroides.5
é digitalizada em uma matriz de 256-512 pixels com diferentes A estrutura do estrato córneo externo também tem importante
níveis de iluminação.10 Nessa técnica, porém, percebe-se uma papel na difusão e na refletância das características da pele. A mani-
discrepância entre as profundidades das rugas medidas de modo festação normal de refletância resulta em uma pele com aparência
direto e a profundidade das medidas por réplicas.7 brilhante, macia e com estrato córneo bem hidratado. Em peles
xeróticas ou escamadas, a alteração no estrato córneo leva a uma
Avaliações Biofísicas da Coloração da Pele aparência quase branca, devido à difusão diferenciada dos fótons.20
A cor é a percepção pelo olho humano de radiações eletromag- Podem-se encontrar na literatura estudos comparativos de-
néticas de um espectro de comprimento de ondas entre 400-700 monstrando que o olho humano pode distinguir cores tão preci-
nm, seguida de uma interpretação subjetiva do cérebro. A visão samente como um instrumento específico, quando faz avaliações
em cores é definida, então, por uma combinação tricromática entre simultâneas de diversas áreas de pele. Entretanto, medidas quan-
o azul, o vermelho e o verde. Assim, a percepção de uma única titativas e/ou repetidas só podem ser confiáveis quando feitas por
cor deve ser atribuída ao efeito de três estímulos, separados, no métodos objetivos.11
córtex visual. Essas avaliações podem ser obtidas por métodos de espectro-
Apesar do fato de que seres humanos podem diferenciar cen- fotometria de refletância, por colorimetria de refletância ou por
tenas de cores diferentes, as pessoas têm o costume de se referen- análise de imagens da coloração da pele. Esses equipamentos têm
ciar às mesmas cores por meio de diferentes palavras. Por causa grande importância para estudos clínicos de produtos cosméticos e
dessas expressões diferentes, na cosmetologia e na dermatologia farmacêuticos, principalmente de produtos fotoprotetores ou com
descritiva, a expressão de cores distintas ou das mesmas cores é propriedades calmantes e clareadoras.
divergente, sendo por isso vaga e difícil.14 Os espectrofotômetros de refletância medem a quantidade
Por outro lado, a cor da pele ocorre pela combinação de seletos proporcional de luz refletida por uma superfície. Iluminando a
comprimentos de onda da luz que são absorvidos ou refletidos. As amostra com luz branca, calcula-se a quantidade de luz refletida
principais moléculas e partículas que absorvem a luz são chama- em uma série de intervalos de comprimentos de onda.
das cromóforos. Os três principais tipos de cromóforos mencio- A colorimetria, por sua vez, é a ciência que estuda a interação
nados a seguir estão localizados na epiderme. A eumelanina e a da luz com os materiais – é percebida pelo olho e interpretada pelo
feomelanina são cromóforos marrom-escuros e amarelo-marrom cérebro humano.
avermelhados, respectivamente. Os cromóforos possuem ampla Essa luz pode ser categorizada em três formas distintas, de
absorção no espectro visível e no UV. Os carotenoides, por sua acordo com a forma que é modificada ao incidir sobre um corpo.
vez, são cromóforos que não são tão frequentemente encontrados Entre elas está a refletância, que mede a fração da luz refletida
quanto a eumelanina e a feomelanina, mas se localizam no interior pelo sistema que não é absorvida ou transmitida como as demais.
da epiderme, apresentam coloração amarela, são exógenos e ad- A análise de imagens da pele é realizada pela fotografia de
quiridos pela ingestão de determinadas frutas e vegetais.14 alta resolução da pele em análise, podendo-se utilizar ainda um
Também existem outros três cromóforos importantes que po- software específico para esse fim. As técnicas mencionadas, es-
dem ser identificados na vasculatura da derme, chamados oxiemo- pectrofotometria de refletância e colorimetria de refletância, são
globinas, que têm forte coloração vermelha, podendo ser reduzidas igualmente aceitas para a quantificação de cores na pele. Já na
a hemoglobinas, de coloração vermelha um pouco mais escura, e análise de imagens não ocorre a caracterização da heterogeneidade
a bilirrubinas, que são amarelados. Outros cromóforos cutâneos da cor na região da pele, por isso essa técnica não é adequada para
incluem a pirina e a pirimidina, que são bases de ácidos nucleicos a avaliação do brilho da pele.1,10

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Existem basicamente duas abordagens para a medição da co- heterogêneas. Essas técnicas são altamente dependentes da re-
loração da pele pelo uso de espectrofotometria de refletância. Uma produtibilidade da iluminação do local de análise. A sensibilidade
delas é por meio da gravação de informações em uma ampla faixa para revelar as diferenças de cor pode ser aumentada por meio da
do espectro óptico da luz visível que vai desde a banda superior utilização de luz polarizada ou UVA.6
da luz ultravioleta (comprimento de onda de 400 nm) até o início
da radiação infravermelha (comprimento de onda de 800 nm). O Conclusão
segundo método tem foco na quantificação de um comprimento de O uso de técnicas de biofísica e de análise de imagens para a
onda selecionado que corresponde à cor de um cromóforo biológi- avaliação do microrrelevo e da coloração cutâneos é de grande im-
co específico, como a melanina, a hemoglobina, a bilirrubina etc. portância, uma vez que as referidas técnicas possibilitam avaliar a
A melanina absorve fortemente todos os comprimentos de onda, ação de produtos cosméticos em reais condições de uso, utilizando-se
mas é mais atenuada quando está próxima a radiações ultravioleta. métodos não invasivos. Assim, essas técnicas vêm sendo aplicadas
Tanto a hemoglobina oxigenada quanto a desoxigenada absorvem com sucesso em estudos de eficácia clínica para a comprovação dos
especificamente comprimentos de onda entre 540 nm e 575 nm.6 efeitos propostos pelas formulações cosméticas com finalidades
Nos últimos anos, dispositivos optoeletrônicos portáteis foram protetoras, hidratantes e de antienvelhecimento da pele.
projetados para realizar simples medições espectrofotométricas
de refletância em espectros de comprimento de onda específicos.
Referências
Essa tecnologia tem como objetivo explorar a presença dos
1. Clarys P et al. Skin color measurements: comparison between three
dois principais cromóforos cutâneos, a melanina e a hemoglobina.3 instruments: The Chromameter®, the DermaSpectrometer® and the
Para essa finalidade, equipamentos para a análise objetiva da Mexameter®. Skin Res Technol 4(6):230-238, 2008
pele que podem estar baseados nos princípios de refletância co- 2. Feather J, Ellis DJ, Leslie G. A portable reflectometer for the rapid
quantification of cutaneous hemoglobin and melanin. Phys Med Biol
lorimétrica de luz refletida a partir de estruturas da pele (Chroma 33:711-722, 1988
Meter® CR 400, da Konica Minolta, Japão), de espectrofotometria 3. Fluhr JW (ed.). Practical Aspects of Cosmetic Testing. Berlin,
de reflectância (DSM II Colormeter®, da Cortex Technology, Di- Springer-Verlag, 2011
4. Fullerton A et al. Guidelines for measurement of skin colour and
namarca, e Mexameter® MX 18, da Courage-Khazaka, Alemanha) erythema. Contact Dermatitis 31:1-10, 1996
e no mapeamento de cromóforos (SIAscopy®, da Astron Clinica, 5. Geyer A et al. Remittance spectroscopy of human skin in vivo. Skin
Reino Unido, e tecnologia RBX® da Canfield Imaging Systems, Res Technol 2:122-125, 1996
6. Holm E. Skin colour and pigmentation. In: Fluhr JW. Practical aspects
Estados Unidos), têm sido aplicados na quantificação da pigmen- of cosmetic testing. Berlin, Springer-Verlag 2011
tação do envelhecimento da pele.4 7. Kottner J et al. Comparison of two in vivo measurements for skin
Outro tipo de instrumento, o Erythemameter (Dia-Stron, Reino surface topography. Skin Res Technol 19(2):84-90, 2013
8. Lévêque JL. EEMCO guidance for the assessment of skin topogra-
Unido), produz e emite os índices de comprimentos de onda de luz phy. J Eur Acrid Dermatol Venereol 12(2):103-114, 1999
branca correspondentes aos comprimentos de onda da melanina 9. Lever LR et al. Effects of cetirizine, loratadine, and terfenadine on
e do eritema da luz na pele, e essa luz refletida é avaliada na faixa histamine weal and flare reaction. Skin Pharmacol 5:29-33, 1992
10. Manela-Azulay M et al. Métodos objetivos para análise de estudos
estreita de comprimento de onda, entre 546 nm e 672 nm.9 Outros em dermatologia cosmética. An Bras Dermatol 85(1):65-71, 2010
equipamentos disponíveis podem ter dois diodos emissores de luz 11. Masson PH, Merot F. Phototype and individual typologic angle (ITA)
(LED) para a luz verde (565-568 nm), como o DSM II Colormeter®, parameters for determination of the minimal erythema dose (MED)
ou três LEDs, dois para a luz verde e uma para a luz vermelha (635- and solar protection factor (SPF) in 1 tanned or untanned subjects.
17th IFSCC International Congress Yokohama, 1992
670 nm e 880 nm, respectivamente), como o Mexameter® MX 18. 12. Mercurio DG et al. Clinical scoring and instrumental analysis to
À medida que a quantidade emitida luz é definida, a quantidade evaluate skin types. Clin and Exp Derm 38:302-309, 2013
de luz absorvida pelos cromóforos da pele pode ser calculada. O 13. Noon JP et al. A comparison of techniques to assess skin blanching
following the topical application of glucocorticoids. Br J Dermatol
sinal de refletância é computadorizado, produzindo os índices de 134(5):837-842, 1996
melanina e de eritema.13 O índice de eritema representa a razão do 14. Piérard GE. EEMCO guidance for the assessment of skin colour. J
logaritmo decimal entre a intensidade das luzes vermelha e verde Eur Acad Dermarol Venereol 10:1-11, 1998
15. Piérard GE, HErmans JF, Lapiere CH. Stereologie de I’interface
refletidas. O índice de melanina corresponde ao logaritmo decimal dermoepidermique. Dermatologica 149:266-273, 1974
da razão entre o total de luz (verde e vermelha) e o de luz vermelha 16. Strange M, Cassady G. Neonatal transcutaneous bilirubinometry.
refletidos. Cada índice aumenta à medida que a pele se torna mais Clin Perinaol 12(1):51-54, 1985
17. Tronnier H et al. Surface evaluation of living skin. Adv Exp Med Biol
eritematosa ou mais pigmentada.16 455:507–516, 1999
Erros de interpretação desses resultados estão vinculados à 18. Uchita T et al. Quantification of skin aging by three dimensional
definição dos índices de melanina e eritema. O índice de eritema measurement of skin surface contour. Inst Elect Electron Eng 1:450-
455, 1996
é influenciado pelo índice de melanina e este depende do nível de 19. Viatour M, Henry F, Pierard GE. A computerized analysis of intrinsic
saturação de oxigênio presente na hemoglobina. Um eritema forte forces in the skin. Clin Exp Dermatol 20:308-312, 1995
pode diminuir significativamente o índice de melanina. Outros pro- 20. Weatherall IL, Coombs BD. Skin color measurements in terms
of CIELAB color space values. J Invest Dermatol 99:468-473,
blemas técnicos podem estar relacionados ao excesso de pressão 1992
durante a aplicação do dispositivo sobre a pele.2
A análise de imagem computadorizada de cores de pele captu- Ó¿3­¿ Ñ´·ª»·®¿ ¼» Ó»´± 7 º¿®³¿½6«¬·½¿ » ³»­¬®¿²¼¿ ¼± Ю±¹®¿³¿ ¼» °-­ó
radas por uma câmera de vídeo pode ser realizada utilizando-se a ¹®¿¼«¿9=± »³ Ý·6²½·¿­ Ú¿®³¿½6«¬·½¿­ ¼¿ Ú¿½«´¼¿¼» ¼» Ý·6²½·¿­ Ú¿®³¿½6«ó
técnica de média de pixels. A quantificação da cor obtida a partir de ¬·½¿­ ¼» η¾»·®=± Ю»¬±ô ˲·ª»®­·¼¿¼» ¼» Í=± п«´± øËÍÐ÷ô η¾»·®=± Ю»¬± ÍÐò
qualquer imagem colorida digitalizada provou ser mais eficiente אַ3½·¿ Ó¿®·¿ Þ»®¿®¼± Ù±²9¿´ª»­ Ó¿·¿ Ý¿³°±­ 7 º¿®³¿½6«¬·½¿ ½±³
³»­¬®¿¼± » ¼±«¬±®¿¼± »³ Ú?®³¿½±­ » Ó»¼·½¿³»²¬±­ °»´¿ Ú¿½«´¼¿¼» ¼»
que a avaliação visual convencional realizada por observadores.
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Técnicas por contato e sem contato estão disponíveis e provaram ͬ®¿¬¸½´§¼»ô Ù´¿­¹±©ô λ·²± ˲·¼±ò W °®±º»­­±®¿ ¿­­±½·¿¼¿ ¼¿ Ú¿½«´¼¿¼»
ser adequadas para a comparação de áreas da pele com cores ¼» Ý·6²½·¿­ Ú¿®³¿½6«¬·½¿­ ¼» η¾»·®=± Ю»¬± ¼¿ ËÍÐô η¾»·®=± Ю»¬± ÍÐò

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