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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

XX CONSELHO COORDENADOR

OBRAS PÚBLICAS: RESPONDENDO AOS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO


MONTEPUEZ, 26 A 28 DE JULHO DE 2012
XX Conselho Coordenador Julho 2012

ÍNDICE

Página

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................

2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................
2.1. EDIFICIOS PÚBLICOS......................................................................................................
2.2. MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO..........................................................................................
2.3. INSPECÇÃO DE OBRAS
PÚBLICAS.....................................................................................
2.4. LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE MOÇAMBIQUE.......................................................

3. AVALIAÇÃO E CONCLUSÕES......................................................................................
3.1. EDIFICIOS PÚBLICOS......................................................................................................
3.2. MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO..........................................................................................
3.3. INSPECÇÃO DE OBRAS
PÚBLICAS.....................................................................................
3.4. LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE MOÇAMBIQUE.......................................................

4. DESAFIOS...........................................................................................................................
4.1. EDIFICIOS PÚBLICOS......................................................................................................
4.2. MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO..........................................................................................
4.3. INSPECÇÃO DE OBRAS
PÚBLICAS.....................................................................................
4.4. LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE MOÇAMBIQUE.......................................................

5. QUESTOES PARA BEBATE............................................................................................


5.1. EDIFICIOS PÚBLICOS......................................................................................................
5.2. MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO..........................................................................................
5.3. INSPECÇÃO DE OBRAS
PÚBLICAS.....................................................................................
5.4. LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE MOÇAMBIQUE.......................................................

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XX Conselho Coordenador Julho 2012

1. INTRODUÇÃO

Neste relatório estão globalizadas em linhas gerais as realizações nos sectores de Edifícios
Públicos, Materiais de Construção, Laboratório de Engenharia de Moçambique e Inspecção de
Obras Públicas no quadro do Programa Quinquenal do Governo 2010 – 2014, desde o início do
mandato até ao primeiro semestre de 2012.

Durante o período em análise, é feita a abordagem das grandes realizações de cada sector, os
resultados alcançados, constrangimentos e perspectivas de acções para a etapa final do
quinquénio.

Objectivos Estrategicos:
 Estimular a implantação de indústrias de materiais de construção e definir parâmetros
de qualidade de construção que contribuam para a redução dos custos;
 Promover o uso de materiais locais para a construção a custos acessíveis e estimular
iniciativas visando a promoção do empreendedorismo, através de associações e outros
moldes de cooperativos, para estimular o auto-emprego e geração de rendimentos;
 Fomentar e estimular a auto-produção de materiais de construção de qualidade através
de capacitação e uso de equipamentos adequados de produção local;
 Assegurar o controlo de qualidade dos materiais e optimização dos sistemas
construtivos.

2. DESENVOLVIMENTO

No âmbito do Programa quinquenal do Governo foram realizadas diversas actividades na área


de edifícios, até ao 1o Semestre de 2012, cujos resultados alcançados são os seguintes:

2.1. Edifícios Públicos

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 Contínua supervisão de obras, divulgação dos dispositivos legais, formação e


capacitação dos técnicos a nível Provincial e distrital no processo de procurement;
gestão de empreitada de obras públicas e manutenção dos edifícios públicos;
 Realizadas missões técnicas as províncias e encontros temáticos na área de gestão de
obras e intercâmbios de troca de experiencia e formação de técnicos distritais na
supervisão e fiscalização de obras;
 Foi conceptualizado e elaborado o Módulo de Gestão de Empreitada de Obras
Publicas do manual de formação dos técnicos dos Serviços Distritais de Planeamento e
Infra-estruturas, desde a preparação do projecto executivo, planificação de obra,
contratação de empreitada e de fiscal da obra, execução, fiscalização e supervisão até a
entrega da definitiva do empreendimento;
 Realizada a formação de formadores provinciais sobre o Módulo de gestão de
empreitada de obras públicas, envolvendo chefes dos Departamentos das Edificações e
os respectivos Assessores de obras nas Direcções Provinciais das Obras Publicas e
Habitação, bem como dois técnicos dos Centros de Formação das Obras Publicas de
Chimoio e Tete, para posteriores réplicas nas províncias,;
 Divulgado o Regulamento de Construção e Manutenção dos Dispositivos Técnicos de
Acessibilidade, Circulação e Utilização dos Sistemas de Serviços e Lugares Públicos à
Pessoa Portadora de Deficiência Física ou de Mobilidade Condicionada;
 Realizadas missões de supervisão com vista a incentivar os técnicos Provinciais e
Distritais na implementação do Despacho Ministerial de 07 de Outubro de 2005, que
orienta o uso de caleiras e cisternas para de captação e armazenamento de águas
pluviais em edifícios públicos;
 Divulgada a Politica e Estratégia de Manutenção dos Edifícios Públicos nas instituições
do Estado a todos níveis.

Comissão de Licenciamento de Empreiteiros de Construção Civil


 Foi criado o Sistema Informático de Registo e Gestão de Empreiteiros (SRGE), como
forma de dinamizar e flexibilizar o atendimento público, nos aspectos de licenciamento
e emissão de alvarás para empreiteiros de construção civil.

A tabela1 abaixo elucida a distribuição pelo país, dos empreiteiros inscritos por classe, desde
2010 até ao primeiro semestre de 2012.
EMPREITEIROS LICENCIADOS DESDE 2010 ATÉ Io TRIMESTRE DE 2012 POR CLASSE

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TABELA 1
ANOS  
CLASSE 2010 2011 2012* TOTAL
1ª. 37 28 7 72
2ª. 52 68 14 134
3ª. 288 245 77 629
4ª 24 33 15 72
5ª. 10 17 8 35
6ª. 3 5 1 9
7ª. 7 10 1 18
LICENÇA 19 17 6 42
TOTAL 459 423 129 1011
( * ) Até ao Io semestre de 2012.

A tabela1 faz a distribuição de empreiteiros por Sede ou Província.


DISTRIBUIÇÃO DE EMPREITEIROS POR SEDE OU PROVÍNCIA
TABELA 2
ANOS  
SEDE 2010 2011 2012* TOTAL
CIDADE DE MAPUTO 161 203 68 432
PROV. DE MAPUTO 32 24 0 56
GAZA 28 16 0 44
INHAMBANE 23 20 7 50
SOFALA 52 38 7 97
MANICA 17 13 2 32
ZAMBÉZIA 36 24 10 70
TETE 20 29 11 60
NAMPULA 37 30 14 81
C.DELGADO 28 17 1 46
NIASSA 25 9 9 43
TOTAL 459 423 129 1011
( * ) Até ao I semestre de 2012.
o

Durante o período em análise, foram igualmente construídos e reabilitados vários


empreendimentos públicos nas províncias, nomeadamente administração pública, hospitalares
e escolares de acordo com a matriz abaixo indicada.

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2010
Província Administração Pública Hospitalares Escolares
Total
Construção Reabilit. Construç. Reabilit. Construç. Reabilit.
Maputo 2 1 0 2 0 0 5
Gaza 6 3 2 1 18 1 31
Inhambane 20 18 2 2 17 1 60
Sofala 2 3 2 0 3 4 14
Manica 2 4 0 0 3 0 9
Tete 0 0 0 0 0 0 0
Zambézia 0 0 0 0 0 0 0
Nampula 4 5 4 4 1 0 18
Niassa 0 0 0 0 0 0 0
Cabo Delgado 0 0 0 0 0 0 0
Total Global 36 34 10 9 42 6 137

2011
Província Administração Pública Hospitalares Escolares
Total
Construção Reabilit. Construç. Reabilit. Construç. Reabilit.
Maputo 0 1 0 0 0 0 1
Gaza 11 9 7 8 28 2 65
Inhambane 21 16 5 1 4 0 47
Sofala 1 0 0 0 0 0 1
Manica 10 6 0 0 0 0 16
Tete 0 0 0 0 0 0 0
Zambézia 0 0 0 0 0 0 0
Nampula 22 14 2 5 6 2 51
Niassa 13 21 11 0 15 3 63
Cabo Delgado 4 3 2 0 3 1 13
Total Global 82 70 27 14 56 8 257

1o Semestre de 2012
Província Administração Pública Hospitalares Escolares
Total
Construção Reabilit. Construç. Reabilit. Construç. Reabilit.
Maputo 20 0 4 0 4 0 28
Gaza 0 0 0 0 0 0 0
Inhambane 0 6 0 0 0 0 6
Sofala 0 0 0 0 0 0 0
Manica 4 0 0 0 0 0 4

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Tete 0 0 0 0 0 0 0
Zambézia 0 0 0 0 0 0 0
Nampula 0 0 0 0 0 0 0
Niassa 1 9 5 0 9 1 25
Cabo Delgado 0 0 2 0 1 0 3
Total Global 25 15 11 0 14 1 66

2.2. Materiais de Construção

O desenvolvimento da componenete das realizacoes no ambito do programaQuinenal do


Governo 2010 ate Iº semetre de 2012, estao descritas na matriz em anexo.

2.3. Inspecção de Obras publicas

2.4. Laboratóro de Engenharia de Moçambique

 Controlo de qualidade de Materiais


No período em referência, como apresenta a figura 1, o LEM , nos últimos 3 anos produziu
3.613 relatórios técnicos respeitantes às três fases destintas da contrução, atrás descritas.
Assim, contribuindo de forma significativa para garantir a segurança e durabilidade das infra-
estruturas económicas e sociais do País.

Figura 1 – Quantidade de relatórios elaborados de 2009 a 2011


Para o efeito, o LEM tem contratos de prestação de serviços de ensaios sistemáticos com:
 Grupo Cimpor (Matola, Dondo e Nacala);
 Cimento Nacional (Matola/Beluluane); e
 Sunera Cimento (Boane).

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No mesmo Programa, tem realizado trabalhos de ensaios de controlo de qualidade de varões de


aço importados e produzidos nas fábricas sediadas em Maputo.

 Estudos de Investigação Científica


 Iniciou, trabalho de investigação aplicada de calcários de Muanza com vista a sua
aplicação em obras de construção de habitações e estradas terciárias;
 Trabalhos de experimentação de aplicação de materiais locais na pavimentação das
estradas nas Provincias de Maputo, Gaza, Inhambane e Zambeze;
 Inspecção de 1.676 bombas instaladas em todo o País.

3. AVALIAÇÃO E CONCLUSÕES

3.1 Edifícios Públicos


 De um modo geral, pode-se afirmar que para a realização destas actividades no período
acima referido, contou com o envolvimento dos vários intervenientes de nível Central,
Provincial e Distrital ligados ao sector das obras públicas na construção e gestão das
infra-estruturas públicas em especial os edifícios;
 Como factores de sucesso que influenciaram a realização das acções, disponibilidade de
recursos humanos e financeiros, coordenação interinstitucional, foram os factores
chaves de desempenho com vista ao alcance dos objectivos do sector;

3.2 Materiais de Construção

3.2.1-Factores bons ou maus que influenciaram a realizacao das acções.


a) Factores bons

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 A institucionalização do sector de materiais de construção na estrutura orgânica do


MOPH;
 Existência da estratégia e Plano de Acção para Aplicação e Disseminação dos Materiais
e Sistemas Construtivos Alternativos;
 Existência da Politica de Habitação.

b) Factores maus
 Aparente falta de seguimento da Estratégia e Plano de Acção para Disseminação e
Aplicação dos Materiais e Sistemas Construtivos Alternativos;
 A falta de uma Politica de Desenvolvimento do Sector de Materiais de Construção;
 Reduzidos recursos financeiros disponível para o sector;
 Falta generalizada de recursos humanos qualificada do ramo da indústria de
materiais de construção.

c) Constatações
Em geral consta-se o seguinte:

 Exploração desordenada e sem critério técnico das matérias-primas minerais não


metálicos pelos produtores locais;
 Proliferação dos produtores locais de tijolos sem o control;
 Ausência do papel do Estado na liderança, supervisão e controlo, principalmente do
sector informal;
 Falta generalizada da informação organizada e sistematizada das actividades de
produção de materiais de construção;
 A actividade do sector de materiais de construção desenvolve-se sem o necessário
apoio, monitoria, supervisão e assistência técnica de muitas das DPOPH e dos SDPI;
 O pais tem um grande potencial para abraçar e desenvolver a indústria local de
matriciais de construção, pois possui enormes recursos minero-geologicos e florestais,
que constituem importantes matérias-primas para a produção de materiais de
construção, carecendo de investimentos;
 A sensibilidade institucional de algumas das DPOPH e a dos SDPI ainda não é das
melhores;

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 A todos os níveis a informação sobre o sector de materiais de construção no pais é


escassa e carece de uma boa organização ( recolha, tratamento, globalização e
sistematização);
 A Estratégia e o Plano de Acção para a Aplicação dos Materiais e Sistemas
Construtivos Alternativos não estão sendo implementados em algumas províncias;
 O sector informal de materiais de construção constitui, actualmente, uma das principais
fonte de emprego e renda para muitas famílias, depois da agricultura e o comercio,
principalmente para a juventude.

4. DESAFIOS
4.1 Edifícios Públicos
 Estabelecer mecanismos de obrigatoriedade de aprovação dos projectos de construção
de edifícios públicos pelo MOPH e DPOPHs;
 Melhorar os mecanismos de gestão de empreitada de obras públicas em particular a
supervisão e fiscalização independente;
 Aperfeiçoar os mecanismos de monitoria ás actividades dos empreiteiros de construção
civil;
 Participar nas consignações, vistoria e recepção de obras nas instituições do Estado que
promovem a construção de edifícios;
 Assessorar outras instituições do Estado no processo de contratação de empreitadas de
obras públicas e na planificação de projectos de construção de infra-estruturas públicas;
 Melhorar a coordenação com outras instituições do Estado para a actualização do banco
de dados nacional de projectos e de edifícios públicos em execução;
 Apetrechar e elevar a capacidade técnica dos recursos humanos no processo de gestão
de obras públicas, através de acções de formação e capacitação;

4.2 Materiais de Construção


Os principais desafios que se impõem são os seguintes:
 Capacitação e desenvolvimento institucional da direcção Nacional de Materiais de
Construção;
 A elaboração e aprovação da Politica de Materiais de Construção;
 Revisão, adequação e actualização da legislação da actividade industrial de produção
de materiais e elementos de construção, importação e exportação dos mesmos;
 Inventariação das indústrias de materiais de construção;

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 Mapeamento e cadastramento das matérias-primas para a indústria de materiais de


construção;
 A melhoria e o controle da qualidade de produção dos materiais de construção.

4.3 LEM
 O Estatuto Orgânico da Instituição, no seu artigo 6, dita a obrigatoriedade de todas
obras públicas e particulares estarem sujeitas ao controlo de qualidade dos materiais e,
aplicação do mesmo artigo carece de uma regulamentação de penalização para
disciplinar os intervenientes na indústria de construção a terem consciência de
segurança e durabilidade das infra-estruturas.
 O LEM precisa de expandir a sua presença em todas as províncias do País
principalmente nas zonas de franco desenvolvimento de infra-estruturas tais como
Tete, Nacala e Nampula.
 O cumprimento dos objectivos estratégicos do MOPH estabelecidos para área da
construção, em particular o LEM, passa pela sua presença em todas as províncias e
conseguente regulamentação da obrigatoriedade de controlo de qualidade dos materiais
aplicados em obras públicas e particulares.

5. QUESTÕES PARA DEBATE


5.1 Edifícios Públicos
 Constituição das comissões de aprovação do projecto executivo;
 Criação de brigadas e pontos focais de manutenção dos edifícios públicos.

5.2 Materiais de Construção
 Abordagem integrada de materiais de construção, como solução para melhoria da
qualidade das infra-estruturas convencionais e alternativos (produção, comercialização,
aplicação, inspecção controlo de qualidade).

5.3 LEM
Como regulamentar a obrigatoriedade de controlo de qualidade das obras públicas e
particulares de acordo com o artigo 6 do Estatuto do LEM?

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