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5 0 4
Segurança: U s o I n t e r n o
Versão 8.0
Maio.2021
MOD. 12.2
Classificação: 0 0 0 . 0 0 . 5 0 4
Segurança: U s o I n t e r n o
APROVADO
03/05/2021
VERSÃO
DATA AUTOR VERSÃO
2004 Direção de Serviços de Avaliações 1.0
2006 Direção de Serviços de Avaliações 2.0
2007 Direção de Serviços de Avaliações 3.0
2009 Direção de Serviços de Avaliações 4.0
2011 Direção de Serviços de Avaliações 5.0
2018 Direção de Serviços de Avaliações 6.0
2020 Direção de Serviços de Avaliações 7.0
2021 Direção de Serviços de Avaliações 8.0
MOD. 12.2
Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
INDÍCE
serviços ....................................................................................................................... 15
2.1.1 Determinação do valor patrimonial tributário (Vt) – artigo 38.º do CIMI .............. 15
2.1.2 Valor base dos prédios (Vc) – artigo 39.º do CIMI .............................................. 17
2.1.3 Tipos de áreas dos prédios edificados (A) – artigo 40.º do CIMI ........................ 18
CIMI ................................................................................................................. 24
de conservação ............................................................................................. 34
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
2.2.1 Determinação do valor patrimonial tributário dos terrenos para construção (artigo
45.º do CIMI)...................................................................................................... 40
2.3.1.1 Regra geral com as adaptações necessárias – n.º 1 do artigo 46.º do CIMI.. 45
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Preâmbulo
Um dos objetivos da reforma da tributação do património foi a criação do novo sistema de apuramento
do valor patrimonial tributário de prédios urbanos que permitiu assegurar uma metodologia de
avaliação objetiva, eficaz e coerente.
Nesse sentido, sublinha-se o facto de a determinação do valor patrimonial tributário ter por base,
nomeadamente, o valor médio de construção, as áreas, a localização, o tipo de construção, as
características intrínsecas e as infraestruturas das zonas onde se localizam os imóveis a serem
avaliados.
Desta forma, foram criadas regras objetivas, simples e coerentes que se traduzem, por um lado, na
redução efetiva da subjetividade e discricionariedade muitas vezes associadas à temática em apreço
e, por outro, na certeza de que o valor patrimonial dos prédios urbanos apurado para efeitos fiscais
se aproxima do denominado valor normal de mercado.
No entanto, o acervo normativo plasmado no Código do Imposto Municipal Sobre Imóveis (CIMI) não
pode, nem sequer nos parece que isso possa algum dia ser objetivamente possível, abarcar todas as
questões práticas de índole técnica decorrente da aplicação do citado sistema de avaliação. Assim,
mostrou-se necessário criar um instrumento de cariz operacional, nomeadamente um manual, que
pudesse auxiliar quer os peritos encarregues de efetuarem as avaliações dos prédios urbanos para
efeitos fiscais, quer os funcionários dos Serviços de Finanças e Direções de Finanças da Autoridade
Tributária e Aduaneira que tratam desta matéria.
A necessidade de atualização do mesmo surge quer por força das alterações legislativas que direta
ou indiretamente influenciam os procedimentos das avaliações, quer pela dinâmica de mercado
imobiliário, quer ainda pelo acumular da experiência na realização das avaliações de prédios urbanos
para efeitos tributários e pelo desenvolvimento de mecanismos de validação e controlo da qualidade
das mesmas.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Desde a data da última atualização, e até ao presente, algumas matérias têm sido objeto de análise
nesta Direção de Serviços, justificando-se a elaboração da presente versão do Manual de Avaliação
de Prédios Urbanos.
No que respeita à avaliação dos terrenos para construção, a Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro,
que aprovou o Orçamento de Estado para 2021, aditou uma nova redação ao artigo 45.º do CIMI,
introduzindo ao normativo legal a fórmula de cálculo específica para a determinação do valor
patrimonial tributário dos terrenos para construção. A presente versão do manual de avaliação dos
prédios urbanos é assim atualizada em consonância com a nova redação legal.
Estando em causa um manual de avaliação dos prédios urbanos direcionado para avaliação fiscal e
por se tratar de uma realidade dinâmica, não tem a Direção de Serviços de Avaliações a pretensão
de produzir um documento definitivo e abrangente, admitindo, naturalmente, futuros ajustamentos.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Determinação
do valor
patrimonial
tributário dos Alteração da fórmula de cálculo para a determinação do Lei n.º 75-B/2020, 31
40
terrenos para valor patrimonial tributário dos terrenos para construção de dezembro
construção
(artigo 45.º do
CIMI)
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1. Considerações Gerais
Na avaliação do património imobiliário para fins tributários, a definição de prédio e a sua tipificação
constituem conceitos fundamentais, primeiro, pela razão óbvia, de serem os prédios os objetos da
avaliação, segundo, por existirem outras definições/conceitos, designadamente no Código Civil e no
Regime Jurídico de Gestão Territorial, não coincidentes com a terminologia fiscal.
De acordo com o artigo 2.º do CIMI, prédio “...é toda a fração de território, abrangendo as águas,
plantações, edifícios e construções de qualquer natureza nela incorporados ou assentes, com
carácter de permanência, desde que faça parte do património de uma pessoa singular ou coletiva e,
em circunstâncias normais, tenha valor económico, bem como as águas, plantações, edifícios ou
construções, nas circunstâncias anteriores, dotados de autonomia económica em relação ao terreno
onde se encontrem implantados, embora situados numa fração de território que constitua parte
integrante de um património diverso ou não tenha natureza patrimonial...”
o “...Os edifícios ou construções, ainda que móveis por natureza, são havidos como
tendo carácter de permanência quando afetos a fins não transitórios...”;
o “...os edifícios ou construções estiverem assentes no mesmo local por um período
superior a um ano…”.
Para efeitos de aplicação do IMI, “...cada fração autónoma, no regime de propriedade horizontal, é
havida como constituindo um prédio…”.
Por fim, para que determinada realidade territorial seja considerada como prédio tem de reunir
os seguintes atributos:
a) O atributo físico, ”…ser uma fração do território…”;
b) O atributo jurídico, “…que faça parte do património de uma pessoa singular ou coletiva… “;
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Os prédios urbanos, de acordo com o disposto no artigo 6.º do CIMI, dividem-se em:
a) Habitacionais;
b) Comerciais, industriais ou para serviços;
c) Terrenos para construção;
d) Outros.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
E ainda,
A avaliação para fins fiscais tem por objetivo a determinação do valor patrimonial tributário dos prédios
urbanos. Neste sentido, a Tabela I relaciona, em concordância com o estabelecido no artigo 7.º do
CIMI, o modo de aplicação das regras de avaliação, com vista à obtenção daquele valor para os
prédios urbanos e mistos.
partes enquadráveis em moradia com garagem no r/c e existência das partes acessórias.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
A iniciativa da primeira avaliação fiscal de um prédio urbano cabe ao chefe de finanças, com base na
declaração modelo 1 do IMI apresentada pelos sujeitos passivos através do portal das finanças ou
num serviço de finanças, à qual devem juntar, caso a câmara municipal não os envie nos termos do
artigo 128.º do CIMI, os documentos/elementos necessários à avaliação, destacando-se:
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Para efeitos de avaliação sempre que os documentos apresentados conjuntamente com a declaração
modelo 1 do IMI ou disponibilizados através das aplicações relativas à Gestão de Plantas de
Arquitetura ou à Gestão de Operações Urbanísticas, sejam insuficientes, devem ser solicitados os
documentos em falta que permitam validar corretamente os dados da avaliação.
No que concerne aos pedidos de avaliação efetuados ao abrigo do disposto no artigo 130.º do CIMI,
estes configuram uma nova avaliação ao respetivo prédio urbano, não podendo, por isso, cingir-se
apenas aos motivos/parâmetros invocados pelo sujeito passivo.
Sempre que se verifique que a realidade encontrada não corresponde à reclamada/declarada pelo
sujeito passivo, a avaliação tem de ter em conta os elementos verificados no local, podendo a situação
ter que ser reportada ao Serviço de Finanças e, eventualmente, devolver-se a respetiva ficha de
avaliação pelo número da correspondente declaração Modelo 1 de IMI, para que o Chefe de Finanças
possa enquadrar a situação no n.º 1 do artigo 13.º do CIMI, se for o caso.
1.4 Vistoria
Na Aplicação de Gestão das Avaliações (AGA), a Ficha de Avaliação constitui um dos outputs mais
importantes, cuja responsabilidade de validação de dados é do perito.
Deste modo, no que respeita à questão da vistoria prévia referida no artigo 14.º do CIMI, salienta-se
que, apesar não ter carácter obrigatório, não desobriga o perito da responsabilidade de conhecer,
com rigor, o prédio em avaliação.
Para prédios cuja data de construção é anterior a 7 de agosto de 1951 a vistoria é obrigatória.
De igual forma, no que se refere ao coeficiente de qualidade e conforto (Cq), os peritos devem atender
e aplicar de forma coerente as diretrizes relativas à apreciação da qualidade construtiva, da
localização excecional, da localização e operacionalidade relativas e do estado deficiente de
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Concluída a primeira avaliação, caso o sujeito passivo, a câmara municipal ou o chefe do serviço
de finanças não concordem com o resultado obtido, podem, nos termos do n.º 1 do artigo 76.º
do CIMI, respetivamente requerer ou promover uma segunda avaliação.
1
Vide a propósito o ponto 2.1.7.1, página 34.
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o As razões que sustentam a avaliação dos prédios urbanos com recurso ao método do custo
consignado no n.º 2 do artigo 46.º do CIMI, as especificidades, natureza e características
intrínsecas do prédio que justificam esta metodologia, bem como a fundamentação do preço
do terreno e o custo de construção considerados na avaliação.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
A determinação do valor patrimonial tributário dos prédios urbanos edificados, para os vários tipos de
afetação (habitação, comércio, indústria e serviços), resulta da aplicação da seguinte expressão:
Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Sendo:
Ca Coeficiente de afetação
Cl Coeficiente de localização
Cv Coeficiente de vetustez
Nos termos dos n.ºs 3 e 4 do artigo 38.º do CIMI, os prédios comerciais, industriais ou para serviços,
para cuja avaliação se revele desadequada a expressão prevista no n.º 1, são avaliados de acordo
com o disposto no n.º 2 do artigo 46.º do CIMI.
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A lista de prédios urbanos a que se refere o n.º 4 do artigo 38.º do CIMI, para cuja avaliação é aplicável
o método previsto no n.º 2 do artigo 46.º do mesmo código, consta do Anexo I da Portaria n.º 11/2017,
de 9 de janeiro.
Centros electroprodutores;
Barragens;
Instalações de transformação de eletricidade;
Instalações de produção, armazenagem e transporte de gás;
Instalações de captação, armazenagem, tratamento e distribuição de água;
Instalações de recolha, drenagem e tratamento de águas residuais;
Instalações de recolha, tratamento, valorização e eliminação de resíduos;
Instalações destinadas ao transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial e lacustre,
não integradas no Domínio Público;
Postes e torres de telecomunicações;
Estádios e outros recintos desportivos;
Pavilhões multiusos;
Piscinas;
Recintos para a prática de desportos motorizados;
Parques temáticos;
Campos de golf;
Instalações afetas a indústrias extrativas com construções associadas;
Estruturas destinadas à indústria naval, cimenteira, petrolífera, química e metalúrgica;
Instalações de atividades pecuárias;
Instalações de atividades de aquicultura;
Moinhos e azenhas;
Postos de abastecimento de combustíveis;
Estruturas e pavilhões aligeirados, com áreas cobertas mas não fechadas;
Construções precárias, roulottes e contentores;
Parques de campismo;
Instalações de lavagem de automóveis;
Edifícios afetos à atividade aquícola.
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2.1.2 Valor base dos prédios edificados (Vc) – artigo 39.º do CIMI
O valor base dos prédios edificados (Vc) corresponde ao valor médio de construção, por metro
quadrado, adicionado do valor do metro quadrado do terreno de implantação, fixado em 25%
daquele valor.
O valor médio de construção por metro quadrado é proposto anualmente pela CNAPU, até 31 de
outubro, para vigorar no ano seguinte, sendo aprovado por Portaria do Ministro das Finanças.
Os valores atribuídos para os anos 2003 a 2020 são os que constam da tabela seguinte:
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2.1.3 Tipos de áreas dos prédios edificados (A) – artigo 40.º do CIMI
A determinação da área bruta de construção (do edifício ou da fração) e a área excedente à área de
implantação (A) resulta da seguinte expressão:
Em que:
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Por área de implantação entende-se a área situada dentro do perímetro de fixação do edifício ao
solo, medida pela parte exterior, incluindo as áreas ocupadas por anexos e por alpendres ou telheiros
com pilares fixos ao solo. Integra igualmente a área de implantação a área das caves que se prolonga
para além do corpo principal do edifício e a sua cobertura esteja acima do nível do solo.
As áreas dos telheiros e alpendres não integram a área bruta dependente (Ab), visto não serem áreas
fechadas.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Jardins, parques, campos de Considerar como terreno Considerar como terreno livre. No cálculo
jogos, piscinas, quintais e livre. No cálculo de Ac e de de Ac e de Ad, atender à distribuição
outros logradouros Ad, atender à permilagem proporcional em função da área bruta de
da fração autónoma se for construção pelos diferentes andares ou
o caso divisões suscetíveis de utilização
independente
a) Nos prédios em propriedade horizontal, entende-se por área de terreno integrante a área
descoberta de terreno que, não sendo comum aos outros proprietários das frações, integra
uma determinada fração autónoma. Em face deste entendimento, conclui-se
que apenas poderá existir área de terreno integrante nos prédios constituídos em
propriedade horizontal, quando tal área esteja especificada no título constitutivo da
propriedade horizontal.
Para além da área de terreno integrante poderá existir também área de terreno comum de
uso exclusivo de uma determinada fração. Nestes casos, a área de terreno comum de uso
exclusivo por ser comum a todas as frações, para efeitos de avaliação, não integra em
particular uma fração, contribuindo como área de terreno (terreno livre) para a determinação
do valor patrimonial tributário de todas as frações em função da permilagem de cada uma.
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Nestas situações poderá existir ainda área descoberta de terreno comum (terreno livre) a
todas as frações. Em termos de avaliação, a área de terreno integrante contribui para a
determinação do valor patrimonial tributário apenas da fração autónoma que o integra,
enquanto que, a área descoberta de terreno comum, contribuirá para a determinação do valor
patrimonial tributário de todas as frações, sendo distribuída em função das permilagens das
mesmas.
b) Nos prédios em propriedade total, para efeitos de avaliação deve ter-se em conta o
seguinte:
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Caso estas garagens coletivas constituam elas próprias frações autónomas, a sua área
é toda enquadrada como privativa, por ser toda de uso exclusivo da própria fração autónoma.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
ou,
j) Nos edifícios com cozinha e/ou instalações sanitárias exteriores ao edifício principal, são
de adotar os seguintes critérios (Despacho do Diretor Geral dos Impostos de 02/08/2005 –
Informação n.º 331/2005 da DSA – Processo n.º 15/2005):
k) Nos prédios vazados, edifícios cujo rés-do-chão apenas possui a caixa de escada e os
pilares/paredes, sendo livre o espaço sobrante, a área de implantação corresponde à projeção
na horizontal do seu perímetro exterior.
l) No caso dos hotéis, são áreas dependentes (Ab) as que têm utilização acessória relativamente
ao uso a que se destina o hotel (utilização principal), nomeadamente as áreas de
estacionamento, armazéns e arrecadações, zonas técnicas, lavandarias e ginásios.
l) No caso dos andares com escritórios e/ou consultórios, as áreas de salas de espera e
instalações sanitárias de utilização comum são tratadas como áreas brutas privativas (Aa) a
distribuir proporcionalmente pelos respetivos escritórios ou consultórios.
m) Nos edifícios destinados a unidades fabris, as áreas de apoio para armazenagem de produtos
ou matérias-primas devem ser enquadradas como áreas brutas dependentes (Ab).
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Deve-se ter em conta as diferentes tabelas e os respetivos escalões de áreas consoante as afetações.
Por exemplo:
Habitação
Se Aa+0,3Ab <=100 m2 (Aa+0,3Ab) x 1,0
Se 100<( Aa+0,3Ab)<=160 m2 100 x 1,0+0,90 x (Aa+0,3Ab-100)
Se 160<( Aa+0,3Ab)<=220 m2 100 x 1,0+0,90 x (160-100)+0,85 x (Aa+0,3Ab-160)
Se (Aa+0,3Ab)>220 m2 100 x 1,0+0,90 x (160-100)+0,85 x (220-160)+0,80 x (Aa+0,3Ab-220)
Nos terrenos para construção, o Caj é aplicado às edificações autorizadas ou previstas, de acordo
com as seguintes regras:
a) Quando existir apenas uma afetação, aplica-se a tabela correspondente a essa afetação;
b) Quando existir mais do que uma afetação, com discriminação das áreas, aplica-se a tabela
correspondente a cada uma das afetações;
c) Quando existir mais do que uma afetação e não seja possível estabelecer a discriminação
referida na alínea anterior, aplica-se a tabela da afetação economicamente dominante.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
2
Prédio urbano da espécie “Outros” – vide a propósito o ponto 2.3, página 45.
3
Prédio urbano da espécie “Outros” – vide a propósito o ponto 2.3, página 45.
4
Prédio urbano da espécie “Outros” – vide a propósito o ponto 2.3, página 45.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
b) Prédio com alvará de licença de utilização turística: deve ser considerada a afetação
serviços.
c) Prédio sem licença de utilização: quando o prédio não possui licença de utilização
considera-se a afetação correspondente ao destino normal e não ao destino concreto.
o Não licenciados, isto é, sem licença de construção (não confundir com edifícios
dispensados de licença de utilização por terem sido edificados anteriormente a
07/08/1951);
e) Estacionamento coberto e fechado: é aquele que, para além de ser coberto, é fechado por
paredes ou outro tipo de vedação que condicione o acesso ao mesmo, independentemente
de este ser um parqueamento coletivo ou uma garagem individual (box).
f) Habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados: para efeito de aplicação
deste coeficiente de afetação, de acordo com o Ofício Circulado da DSA
n.º 40 078/2005, de 25 de maio, aquando da entrega da declaração modelo 1 do IMI, deverá
o sujeito passivo entregar um comprovativo de que aquela declaração corresponde a
habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados.
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h) Unidades fabris com partes destinadas a escritório, posto médico, refeitório, etc.: A
regra da avaliação é sempre baseada no licenciamento. Assim:
i) Exemplos de afetações:
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
O coeficiente de localização varia entre 0,4 e 3,5, podendo, em situações de habitação dispersa em
meio rural, ser reduzido para 0,35.
De acordo com o n.º 3 do artigo 42.º do CIMI, na fixação do coeficiente de localização (Cl), o perito
deve ter por referência o valor de mercado, devendo, designadamente, considerar o seguinte
quadro de referência:
Compete aos peritos, nas operações de zonamento, a definição de zonas homogéneas (designadas
na terminologia anglo–saxónica, por areas price), onde se verifica, para determinada afetação, preços
unitários idênticos para imóveis semelhantes (por verificação dos valores correntes de mercado),
aplicando-se a estes o mesmo coeficiente de localização (Cl).
Para a sua efetivação, os peritos responsáveis pela execução do zonamento, dispõem da aplicação
informática SIG-Web que permite de modo célere e homogéneo, conhecer a evolução temporal do
coeficiente de localização (Cl) para cada ponto do território, alterar a geometria dos limites das zonas
anteriormente estabelecidos, assim como os valores dos Cl e percentagens de terrenos dessas
zonas, registar e editar os dados geográficos referentes à fundamentação dos valores propostos.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
O coeficiente de qualidade e conforto (Cq) é aplicado ao valor base do prédio edificado, podendo
ser majorado até 1,7 e minorado até 0,5, e obtém-se:
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
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Para os prédios urbanos destinados a comércio, indústria e serviços, apenas dois dos
elementos majorativos e dois dos elementos minorativos admitem variação.
No sentido de melhor objetivar o processo avaliativo, de seguida dá-se nota de alguns aspetos que
podem esclarecer ou aclarar o que se encontra definido na lei, contribuindo, assim, para uma maior
uniformidade de procedimentos:
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
e) Na avaliação de prédios dos quais façam parte garagens individuais e coletivas e/ou
piscinas individuais e coletivas deve considerar-se na avaliação apenas o coeficiente de
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g) Na avaliação de prédios com terraços, sempre que estes não se encontrem totalmente
fechados5, deve ter-se em consideração o coeficiente de qualidade e conforto de “localização
e operacionalidade relativas”.
Para estes coeficientes de qualidade e conforto (Cq), em conformidade com o n.º 3 do artigo 43.º do
CIMI, compete ao perito, tendo em conta as diretrizes proposta pela CNAPU e constantes da referida
Portaria, elaborar uma grelha de parametrização dos respetivos coeficientes, por forma a aplicá-
los de forma coerente e a refleti-los no anexo I da ficha de avaliação, com a adequada
fundamentação.
A alínea b) do n.º 1 do artigo 62.º do CIMI estabelece que compete à CNAPU, sob proposta dos
peritos, propor para vigorar trienalmente, os coeficientes majorativos aplicados às moradias
unifamiliares.
5
Vide a propósito a alínea d) do ponto 2.1.3, página 21.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Este coeficiente, previsto na tabela I do n.º 1 do artigo 43.º do CIMI, permite diferenciar, numa
determinada zona, os edifícios tipo moradia unifamiliar dos edifícios tipo multifamiliar, por forma a
ajustar o valor patrimonial à realidade do mercado imobiliário.
O coeficiente de vetustez (Cv) é determinado em função do número inteiro de anos decorridos desde
a data de emissão da licença de utilização, caso exista, ou desde a data da conclusão das obras de
edificação, de acordo com a tabela do artigo 44.º do CIMI. No caso de prédios ampliados estas regras
aplicam-se, respetivamente, de acordo com a idade de cada parte.
Constituem exceção, as situações em que as licenças de utilização são emitidas para efeitos de
legalização, pelo facto das edificações terem sido concluídas em data anterior e isso tenha reflexos
na contagem da idade do prédio. Nestas situações a contagem dos anos para determinar o coeficiente
de vetustez (Cv) é feita com base na data da conclusão das obras de edificação.
No caso de prédios constituídos pela reunião de outros prédios (artigo 106.º do CIMI), devem aplicar-
se as regras definidas no n.º 2 do Artigo 44.º do CIMI, sendo de considerar o coeficiente de vetustez
de acordo com a idade de cada prédio reunido, equiparando-se essa reunião a uma ampliação. No
caso de o novo prédio resultante da reunião ficar constituído por partes suscetíveis de utilização
independente, cada andar ou parte deve ser avaliado em separado (fichas de avaliação distintas),
mantendo-se em cada parte a correspondente idade e respetivo coeficiente de vetustez.
Quando não for possível determinar a data de conclusão das obras, em conformidade com o disposto
no n.º 2 do artigo 10.º do CIMI, esta será fixada pelo Chefe do Serviço de Finanças da área da
situação do prédio (Despacho do Diretor Geral dos Impostos de 02/08/2005 – Informação
n.º 331/2005 da DSA – Processo n.º 15/2005).
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
No que respeita à aplicação do coeficiente de vetustez (Cv), realçam-se, ainda, os seguintes aspetos:
Havendo ampliação de prédio edificado, e desde que a parte ampliada não seja suscetível de
utilização independente, a determinação do seu valor patrimonial tributário (Vt) será feita cumprindo
as seguintes etapas:
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Em suma, sempre que esteja em causa uma ampliação de um prédio, o valor patrimonial tributário
(Vt) deve ser determinado através da realização de três avaliações, duas avaliações com o coeficiente
de vetustez (Cv) à data da ampliação, determinando-se pela diferença o valor patrimonial tributário
(Vt) da ampliação. Na terceira avaliação, calcula-se o valor patrimonial tributário (Vt) do edifício antigo
com a respetiva idade, somando-lhe o valor patrimonial tributário (Vt) da ampliação.
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Manual de Avaliação de Prédios Urbanos
Nas avaliações de prédios urbanos que sofreram mudança de afetação com emissão de nova licença
de utilização, sem que tivessem ocorrido quaisquer obras nos mesmos, bem como, nos que se
encontram na mesma situação mas que, no entanto, sofreram apenas obras de
melhoramento/conservação/manutenção que não impliquem alterações da estrutura resistente e a
emissão de nova licença de utilização, não deve ser alterada a idade do prédio, devendo-se, assim,
contar o número de anos para aplicação do respetivo coeficiente de vetustez (Cv) desde a data da
emissão da primeira licença de utilização/conclusão da edificação. O efeito das eventuais obras deve
ser contemplado na atribuição do valor patrimonial tributário ao nível do coeficiente de qualidade e
conforto (Cq), previsto no artigo 43.º do CIMI.
Nas avaliações de prédios urbanos que sofreram obras de reconstrução, que implicaram demolição
total ou parcial da edificação, sujeitos por isso a nova licença de utilização ou comunicação prévia
por esse motivo, o número de anos para aplicação do respetivo coeficiente de vetustez (Cv) deve ser
contado desde a data de emissão da nova licença de utilização ou da comunicação prévia, quando
exista, ou da data da conclusão das obras de edificação efetuadas após a demolição total ou parcial.
No que respeita ao cálculo do valor patrimonial tributário dos prédios que integram a lista anexa à
Portaria n.º 11/2017, de 9 de janeiro, realçam-se as seguintes situações:
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c) Aviários e suiniculturas: a avaliação é efetuada pelo método do custo (artigo 46.º, n.º 2 do
CIMI).
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Os terrenos para construção (artigo 6.º, n.º 3 do CIMI) são terrenos para os quais tenha sido
concedida licença ou autorização, admitida comunicação prévia ou emitida informação prévia
favorável de operação de loteamento ou de construção, e ainda aqueles que assim tenham sido
declarados no título aquisitivo.
A comunicação prévia consiste num processo instruído, nos termos da Portaria n.º 113/2015, de 22
de abril, para comunicação à câmara municipal da realização de determinadas operações
urbanísticas. Quando tenha sido feita comunicação prévia, os contribuintes devem entregar
conjuntamente com a declaração modelo 1 de IMI, fotocópia da memória descritiva e das peças
desenhadas (plantas) que instruíram o processo de comunicação prévia.
A informação prévia é um documento emitido pela câmara municipal com indicação de que o
requerente está ou não autorizado a realizar determinadas operações urbanísticas, nomeadamente
obras de urbanização, obras de edificação, obras de demolição ou alterações de utilização, resultante
de processo instruído nos termos da Portaria n.º 113/2015, de 22 de abril.
Vt = Vc x A x Ca x Cl x % Veap
Em que:
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Área do terreno livre que resulta da diferença entre a área total do terreno
e a área de implantação das edificações autorizadas ou previstas, até ao
Ac limite de duas vezes a área de implantação, sendo a área de implantação
a situada dentro do perímetro de fixação das edificações ao solo, medida
pela parte exterior
Cl Coeficiente de localização
A percentagem do valor das edificações autorizadas ou previstas com terreno incluído (% Veap) e
respetivas áreas de aplicação são aprovadas por Portaria do Ministro das Finanças, sendo
disponibilizadas pelo Sistema de Informação Geográfica da Aplicação de Gestão das Avaliações
(AGA-SIG).
Nos casos em que na licença ou autorização, na comunicação prévia admitida e na informação prévia
favorável emitida, de operação de loteamento ou construção, não estejam discriminadas as áreas
brutas privativas e áreas brutas dependentes, devem os peritos avaliadores estimar
fundamentadamente, as referidas áreas, com base nos elementos recolhidos, tendo em
consideração, designadamente, essas áreas médias existentes na zona envolvente.
Quando o documento comprovativo de viabilidade construtiva a que se refere o artigo 37.º do CIMI,
apenas faça referência aos índices do Plano Diretor Municipal (PDM), devem os peritos avaliadores
estimar, fundamentadamente, a respetiva área de construção, tendo em consideração,
designadamente, as áreas médias de construção da zona envolvente (artigo 45.º, n.º 5 do CIMI).
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Na determinação do valor patrimonial tributário dos terrenos para construção e dos terrenos da
espécie “outros” quando seja invocada a distorção em sede de segunda avaliação, a que se refere o
n.º 3 do artigo 76.º do CIMI, é aplicado o Método Comparativo dos Valores de Mercado com base
na seguinte expressão:
Em que:
No que respeita à determinação do valor patrimonial tributário dos terrenos para construção, realçam-
se os seguintes aspetos:
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o Nos casos em que o terreno integre um alvará de loteamento que preveja mais
que uma afetação sem discriminação das áreas de cada afetação, deve
considerar-se na avaliação a afetação economicamente dominante nesse
loteamento e consequentemente o correspondente coeficiente de localização,
pois é essa dominância que terá maior relevância na definição do valor de
mercado e consequentemente do valor patrimonial tributário do terreno.
Assim, teremos:
o Se o terreno para construção possuir uma entrada principal, deve o perito adotar
como valor do coeficiente de localização (Cl) e como percentagem do valor das
edificações autorizadas ou previstas (%Veap), os da zona onde aquela entrada
se situa;
o Se não for possível identificar uma entrada principal, deve o perito adotar como
valores de coeficiente de localização (Cl) e como percentagem do valor das
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Enquadram-se nos prédios da espécie “outros” (artigo 6.º, n.º 4 do CIMI), os terrenos situados
dentro de um aglomerado urbano que:
E ainda,
o Os edifícios e construções licenciados ou, na falta de licença, que não tenham como
destino normal a habitação, o comércio, a indústria ou os serviços.
Para a determinação do valor patrimonial tributário (Vt) dos prédios de espécie “outros” é necessário
atender às suas especificidades, sendo aplicáveis as seguintes regras de avaliação:
O valor patrimonial tributário dos prédios urbanos edificados é determinado nos termos do artigo 38.º
do CIMI, com as adaptações necessárias6, designadamente:
6
Vide a propósito o ponto 2.1, página 15.
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O perito deve adotar o coeficiente de afetação (Ca) que melhor se ajusta à utilização efetiva do prédio.
São exemplo da aplicação das supra referidas regras as sedes das câmaras municipais, os museus,
as bibliotecas, as residências de estudantes, os tribunais, as esquadras e lares etc. (Afetação –
Serviços).
O perito deve adotar o coeficiente de localização (Cl) em função da afetação que antes considerou.
No que respeita aos estacionamentos cobertos, fechados e não fechados, e arrecadações, cujo
coeficiente de afetação (Ca) consta da tabela7 do artigo 41.º do CIMI, que se encontrem integrados
em edifícios com várias frações destinadas a diferentes utilizações/afetações, aplica-se o coeficiente
de localização (Cl) referente à afetação dominante no edifício. Quando os mesmos não estão
integrados em edifícios, aplica-se o coeficiente de localização (Cl) correspondente à
utilização/afetação dominante na zona.
Não sendo possível utilizar as regras do artigo 38.º do CIMI, o perito deve utilizar o Método do
Custo adicionado do valor do terreno, com base na seguinte expressão:
7
Vide a propósito a tabela II do ponto 2.1.5, página 25.
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Vt = T + Et + C + Ec + Ev + L – Dp + Ap
Em que:
L Lucro do promotor
No que respeita aos encargos com a compra do terreno (Et), devem considerar-se os encargos
efetivamente suportados, tendo-se em conta os seguintes indicadores:
Para a determinação do encargo relativo ao IMT/Selo, devem ter-se em consideração as taxas para
efeitos de liquidação do IMT/Selo, constantes do CIMT/CIS.
No que concerne aos encargos conexos com a construção (Ec), devem considerar-se os encargos
efetivamente suportados, tendo-se em conta os seguintes indicadores:
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Quanto aos encargos com a venda do prédio (Ev), deve ter-se em conta o seguinte:
A margem efetiva das empresas de mediação imobiliária pode consistir num valor fixo, decorrente do
contrato de mediação imobiliária, numa percentagem sobre o valor de venda ou numa percentagem
sobre o valor do custo de construção com terreno incluído.
Nas avaliações para efeitos fiscais, deve ser considerada uma percentagem sobre o valor do custo
de construção com terreno incluído
Alerta-se que no caso dos prédios que não são transacionáveis no mercado imobiliário,
nomeadamente os prédios urbanos “outros”, o lucro do promotor e os encargos com a venda não
devem ser considerados.
No que respeita à parcela relativa à depreciação (Dp), deve ter-se em conta o seguinte:
Sempre que o prédio reúna condições que o justifiquem, no cálculo do valor, o perito deve abater
uma parcela relativa à depreciação. Esta parcela deve contemplar a depreciação física, funcional e
económica, dependendo de cada situação em concreto (características, idade, estado de
conservação, degradação económica, elementos construtivos ou arquitetónicos que impeçam a
acessibilidade a um determinado espaço, etc…).
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Sempre que o prédio reúna condições que o justifiquem, no cálculo do valor, o perito deve acrescer
uma parcela relativa à apreciação, a qual deve contemplar a apreciação devida às singularidades do
prédio, nomeadamente a sumptuosidade, raridade, qualidade de construção e de acabamentos,
localização excecional por via de vistas ou acessos, ou status de luxo intrínsecos. Esta parcela
depende de cada situação em concreto, destinando-se a ajustar o valor patrimonial tributário, tendo
sempre como pressuposto que o valor patrimonial tributário de um prédio deve aproximar-se de cerca
de 85% a 90% do seu valor de mercado.
a) A avaliação dos estacionamentos não cobertos sem edificações ou com edifícios precários
deve ser realizada por aplicação do método de custo, devendo considerar-se na determinação
da área de construção, a área dos edifícios precários e a área das benfeitorias;
Nos terrenos, o valor unitário corresponde ao que resulta da aplicação do coeficiente de 0,005 ao
produto do valor base dos prédios edificados pelo coeficiente de localização.
Vt = Vc x A terr x Cl x 0,005
Em que:
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São exemplo da aplicação desta regra avaliativa as zonas verdes, os aterros sanitários, as pedreiras,
as saibreiras e as minas de sal-gema onde não existam construções. Se tiverem construções deve
aplicar-se o método de custo.
O valor patrimonial tributário dos prédios em ruínas é determinado como se de terreno para
construção se tratasse8.
Considera-se prédio em ruínas aquele que assim seja qualificado de acordo com a deliberação da
câmara municipal.
A avaliação destes prédios é efetuada tendo como referência a afetação e a área de construção das
edificações antes existentes.
8
Vide a propósito o ponto 2.2, página 40.
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