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POR QUE O TRABALHO FOI

REALIZADO?
O relacionamento entre a Universidade e sua
fundação de apoio tem acentuada relevância,
considerando que tem estreita relação com a
Ministério da Transparência e missão institucional da UFVJM.
Controladoria-Geral da União

QUAIS AS CONCLUSÕES
RELATÓRIO Nº 201601725 ALCANÇADAS? QUAIS
RECOMENDAÇÕES FORAM
Universidade Federal de Lavras EMITIDAS?
- UFLA

Ação/Programa: As análises sobre o relacionamento da Ufla


12364203220RK0031 - com suas fundações de apoio culminaram com
Educação Superior - aspectos positivamente avaliados, como:
Graduação, Pós-Graduação, suficiência de normativos internos;
Ensino, Pesquisa e formalização adequada de contratos e
Extensão / Funcionamento de convênios; vinculação a projetos; prestação de
Instituições de Ensino Superior contas dos recursos geridos; e execução dos
de Ensino Superior. recursos pela fundação de apoio mediante
sistema informatizado.
O presente trabalho foi
realizado de 03 a 06/10/2016 Por outro lado, restaram evidenciadas situações
na sede da UFLA, em Lavras que demandam medidas corretivas para melhor
- MG, tendo por objeto a ajustamento à legislação: incremento das
avaliação da gestão da informações a serem publicadas na internet,
unidade, com foco no relativas a pagamentos servidores da
macroprocesso referente ao Universidade; e ampliação do acesso ao
relacionamento entre a sistema informatizado de gestão das fundações
Universidade e sua fundação de apoio por setores administrativos da
de apoio. Universidade, para efeito de facilitar as práticas
de controle.

Por fim, proferiram-se recomendações visando


alterar a minuta do novo normativo interno a
ser submetido à aprovação do Conselho
Universitário.

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Unidade Auditada: UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Exercício: 2015

Processo:

Município: Lavras - MG

Relatório nº: 201601725


UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE
MINAS GERAIS

_______________________________________________
Análise Gerencial

Senhor Superintendente da CGU-Regional/MG,

Por meio deste Relatório, apresentam-se os resultados dos trabalhos de Avaliação dos
Resultados da Gestão na UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (Ufla), realizados
conforme os preceitos contidos na Ordem de Serviço nº 201601725 e em atendimento ao
inciso II do art. 74, da Constituição Federal de 1988, de acordo com o qual cabe ao
Sistema de Controle Interno: comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal.

1. Introdução

O presente trabalho foi realizado no campus sede da Universidade, em Lavras/MG, no


período de 03 a 06/10/2016. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

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A versão preliminar deste Relatório foi submetida à apreciação dos gestores, por meio do
Ofício nº 21631/2016/NAC/MG/Regional/MG-CGU, de 16/12/2016. Em resposta,
mediante mensagem eletrônica, de 11/01/2017, foi apresentada manifestação no sentido
de concordância com o teor do documento.

1.1 Objetivos e questões de auditoria

As verificações objetivaram avaliar o relacionamento entre a Universidade e a suas


respectivas fundações de apoio, conforme a Lei nº 8.958/1994 e o Decreto nº 7.423/2010,
sob os seguintes aspectos:

- existência de projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional,


científico e tecnológico ou estímulo à inovação, como condição à celebração de convênios
e contratos com a fundação para dar apoio a tais projetos, inclusive na gestão
administrativa e financeira necessária à execução deles;

- aprovação dos projetos pelas instâncias competentes da Universidade;

- formalização dos processos de celebração de convênios e contratos;

- existência de plano de aplicação dos recursos e sua compatibilidade com o objeto;

- contabilização dos recursos dos projetos geridos pela fundação de apoio;

- controles adotados pela Universidade relativos aos projetos executados com a


colaboração das fundações de apoio;

- prestação de contas dos recursos dos projetos geridos pelas fundações de apoio e a
respectiva aprovação posterior pela Universidade; e

- publicação das informações relativas aos projetos executados com a colaboração das
fundações de apoio na internet.

Para tanto, o órgão central da Controladoria-Geral da União definiu questões específicas


de auditoria, reproduzidas no item 2.3 deste Relatório, acompanhadas das respectivas
respostas.

Ressalta-se que não integraram o escopo dos trabalhos exames pormenorizados das
despesas executadas no âmbito de cada projeto.

1.2 Metodologia

A Ufla, para formalizar sua relação com as fundações de apoio, adota tanto o instrumento
jurídico na modalidade de contrato quanto o de vínculo mediante convênio. Foram
analisados, portanto, 25 processos de celebração de contratos e convênios com fundações
de apoio, que estiveram vigentes entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016.

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Para levantamento de informações necessárias à compreensão dos fatos, mantiveram-se
interlocuções com agentes dos setores diretamente envolvidos. Na Ufla, com a unidade
de Auditoria Interna, com a Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon), vinculada à Pró-
Reitoria de Planejamento e Gestão, como a Pró-Reitoria de Pesquisa, com a Pró-Reitoria
de Extensão e Cultura, com a Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas e
com o Núcleo de Inovação Tecnológica. Na Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e
Extensão (Faepe) e a na Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc),
com a Diretoria Executiva e com a equipe técnica.

O critério para aferir a adequação de práticas, procedimentos e normatizações adotadas


pela Universidade deu-se com base na legislação regente da matéria: Lei nº 8.958/1994 e
seu regulamento, Decreto nº 7.423/2010, Lei nº 10.973/2004, além da Lei nº 12.772/2012,
art. 21, XI.

As questões eventualmente entendidas como impropriedades ou oportunidades de


melhorias na gestão foram objeto de Solicitação de Auditoria para que houvesse
manifestação da área auditada.

2. Resultados dos trabalhos

Neste tópico serão apresentadas informações acerca das fundações de apoio vinculadas
à Ufla, da normatização interna e das respostas às questões de auditoria.

2.1 Fundações de apoio vinculadas à Ufla

A Ufla mantém vínculos com duas fundações de apoio, quais sejam:

- Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe): criada em 1976, estaria


voltada a administração de projetos de cursos de pós-graduação lato sensu, não fosse a
recomendação da CGU Regional Minas Gerais, expressa no Relatório de Auditoria nº
201108961, item 3.1.7.1, para que Universidade assumisse a gestão de tais cursos, com
base no entendimento, também firmado pelo Tribunal de Contas da União, no Acórdão nº
2.731/2088 – Plenário, item 9.2.36, de que a atividade se configura como continuada,
enquadrando-se na vedação do Decreto nº 7.423/2010, art. 6º, § 12. Desse modo, a Faepe
passou a se concentrar em ações sem vinculação direta com a Ufla. Gerenciava somente
dois projetos em comum com a instituição de ensino, conforme consulta no sítio mantido
pelas fundações de apoio na internet, no endereço
http://conveniar.fundecc.org.br/portaltransparencia/, acessado em 24/11/2016;

- Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc): criada em 2006,


concentra-se na gestão de projetos voltados à pesquisa e à inovação, atuando nos moldes
tradicionais como entidade de apoio à Universidade. Gerenciava em torno de 180
projetos com a Ufla, conforme consulta no sítio mantido pelas duas fundações de apoio

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na internet, no endereço http://conveniar.fundecc.org.br/portaltransparencia/, acessado
em 24/11/2016.

A partir de março de 2012, ambas as fundações de apoio unificaram suas estruturas


administrativas, passando ao pleno compartilhamento de recursos materiais e humanos.

ato
/F
#

2.2 Respostas às questões de auditoria

2.2.1 Em que medida os normativos sobre o relacionamento entre a Ifes e as


fundações, sobre a participação de servidores nas atividades desenvolvidas pelas
fundações, no âmbito dos projetos, e sobre as bolsas a serem pagas pelas fundações
aos servidores das Ifes, atendem aos dispositivos legais previstos na Lei nº 8.958/1994
e no Decreto nº 7.423/2010?

O relacionamento entre a Ufla e suas fundações de apoio vinculadas é regrado


internamente pelos seguintes normativos, dos quais se destacam os respectivos sumários
de conteúdo:

- Resolução do Conselho Superior (Cuni) nº 065/ 2011, que regula os aspectos gerais
do relacionamento entre a Ufla e fundações de apoio:

- definição dos critérios para participação de servidores em projetos, ressaltando-se:


identificação, em cada projeto, da equipe de participantes vinculados à Ufla; aprovação
no respectivo órgão colegiado do departamento ou do setor a que se vinculem; previsão
do mínimo de dois terços de pessoas vinculadas à Universidade na composição dos
projetos; e obrigação de que sejam resguardadas as atribuições funcionais quando da
participação em projetos (art. 8º, III e § 1º, e art. 50);

- definição de critérios para que servidores docentes e técnico-administrativos, além de


discentes, recebam bolsas de ensino, pesquisa, extensão e de estímulo à inovação, pela
participação em projetos, cujos valores são referenciados nos praticados pelo CNPq (arts.
29 a 46);

- definição de requisitos para projetos na categoria de desenvolvimento institucional,


limitados a obras laboratoriais e à aquisição de materiais, equipamentos e outros insumos
diretamente relacionados às atividades de inovação e pesquisa científica e tecnológica
(art. 3º);

- definição de condicionalidades para que as fundações possam executar projetos, tais


como: prévio registro e credenciamento; observar princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência; e prestar contas
dos recursos aplicados (arts. 5º e 6º);

- estabelecimento de obrigação de que as fundações de apoio divulguem as informações


sobre os projetos na internet (art. 7º);

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- os projetos devem ser baseados em plano de trabalho, no qual sejam definidos: objeto;
projeto básico; prazo de execução; resultados esperados; metas e respectivos indicadores;
recursos; ressarcimentos; equipe de participantes; e pagamentos previstos (art. 8º);

- estipulação de conteúdo mínimo dos instrumentos de vínculo, com tópicos tais como:
clara descrição do projeto; recursos envolvidos; obrigações das partes; e obrigatoriedade
de prestação de contas por parte das fundações de apoio (art.10);

- a movimentação dos recursos deve ser realizada em conta bancária específica e os


pagamentos processados mediante crédito na conta bancária de titularidade dos
fornecedores e prestadores de serviços (art.11, caput, e § 2);

- previsão de que Universidade seja retribuída pelo uso da imagem e bens da instituição
(art.16);

- atribuição à Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon) da responsabilidade de publicar,


no âmbito da Universidade, as informações atinentes aos projetos (arts. 20 e 21);

- definição do conteúdo da prestação de contas a ser apresentada pelas fundações de apoio,


abrangendo documentos tais como: relatório dos resultados obtidos; demonstrativos de
receitas e despesas; relação de pagamentos, cópia de notas fiscais; atas de licitação;
relação de bolsistas; guias de recolhimentos de saldos à Conta Única do Tesouro
Nacional; extratos da conta bancária; e relação dos bens incorporados ao patrimônio da
Ufla (art.22);

- atribuição à Diretoria de Contabilidade, Orçamento e Finanças (Dcof) da


responsabilidade de emitir parecer sobre as prestações de contas apresentadas pelas
fundações de apoio (art. 24); e

- definição das competências e responsabilidades do coordenador do projeto (art. 47);

- Resolução Cuni nº 011/2012, que dispõe a cobrança da Taxa de Ressarcimento da


Universidade (TR/UFLA):

- a TR/Ufla é devida em decorrência da utilização do nome, da imagem, dos


conhecimentos técnicos e científicos, das instalações, do pessoal, dos materiais e dos
serviços da Universidade (at. 1º);

- a taxa será devida em modalidades de contratações para objetos, tais como: prestação
de serviços técnico-científicos; consultorias e assessorias; pesquisas e desenvolvimento;
edição de obras literárias e técnico-científicas; licenciamento para outorga de direito de
uso e exploração; e parceria para fins de inovação tecnológica (art. 3º);

- a TR/Ufla será calculada sobre a soma das despesas de custeio, capital e serviços de
terceiros, constante do projeto, plano de trabalho ou proposta, nos seguintes percentuais
(art. 4º):
- até R$100.000,00, 5,0%;

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- de R$100.000,01 a R$200.000,00, 4,5%;
- de R$200.000,01 a R$300.000,00, 4,0%;
- de R$300.000,01 a R$400.000,00, 3,5%;
- de R$400.000,01 a R$500.000,00, 3,0%;
- acima de R$500.000,00, 2,5%.

O conjunto de aspectos regrados por ambos os normativos, em linhas gerais, atendem aos
preceitos da legislação.

Os gestores da Universidade pretendem promover a atualização das duas Resoluções,


consolidando-as em novo documento, o qual se encontrava em forma de minuta a ser
submetida à aprovação do Conselho Universitário, elaborada por comissão especialmente
designada, cujos trabalhos foram concluídos em 01/09/2016. O assunto está tratado na
Constatação 1.1.1.4, dentre os Achados de Auditoria.

2.2.2 A fundação de apoio contratada/convenente está registrada e credenciada no


Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações? Em caso positivo, está dentro da validade de dois anos?

Em relação às duas fundações de apoio analisadas, constatou-se o seguinte:

- a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) foi devidamente


credenciada para atuar como fundação de apoio junto à Ufla, nos termos do art. 3º do
Decreto nº 7.423/2010, conforme Portaria Conjunta do Secretário de Educação Superior
do Ministério da Educação e do Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações nº
26, de 12/05/2016, em vigor a partir de 16/05/2016 (data da publicação no Diário Oficial
da União, Seção 1, pág. 11), pelo período de dois anos.

- a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) obteve credenciamento


para atuar como fundação de apoio junto à Ufla, nos termos do art. 3º do Decreto nº
7.423/2010, conforme Portaria Conjunta do Secretário de Educação Superior do
Ministério da Educação e do Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações nº
09, de 04/02/2014, em vigor a partir de 05/02/2014 (data da publicação no Diário Oficial
da União, Seção 1, pág. 08), pelo período de dois anos. Ainda antes de expirar tal período,
a Fundecc protocolou, em 05/08/2015, requerimento junto ao Ministério da Educação –
MEC, com o objetivo de renovar o credenciamento e, embora tenha atendido a todas as
diligências procedentes do MEC, apresentando os respectivos documentos e informações,
não foi publicada a portaria conjunta autorizativa, até a conclusão dos trabalhos de campo
desta auditoria.

Nos termos do § 4º do art. 5º do Decreto nº 7.423/2010, o credenciamento de fundação


de apoio cujo pedido de renovação tenha sido protocolado com o mínimo de 120 dias do
termo final de sua validade terá esta prorrogada até a publicação da decisão final, caso
não tenha sido julgado até o seu vencimento.

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Foi comprovada, portanto, a regularidade do credenciamento de ambas as fundações de
apoio.

2.2.3. Em que medida os contratos/convênios são firmados a partir das diretrizes


estabelecidas pela Lei nº 8.958/1994, bem como nos seus regulamentos?

Esta questão está desdobrada nos itens 2.2.3.1 a 2.2.3.5, a seguir.

2.2.3.1. Os contratos e convênios são firmados a partir da existência prévia de


projeto?

Todos os processos de contratação ou de convênio analisados foram firmados a partir do


respectivo projeto, sendo este o elemento essencial para sua autuação, em obediência ao
art. 1º da Lei nº 8.958/1994.

2.2.3.2 Há aprovação do projeto pelos órgãos acadêmicos da Ifes relacionados?

As etapas iniciais para nascimento do projeto são deflagradas, em geral, pelo coordenador
responsável, a partir de contato como o agente financiador. Conforme o § 1º do art. 8º da
Resolução Cuni nº 065/2011, que dispôs sobre o relacionamento entre a Universidade e
fundações de apoio, os projetos devem ser obrigatoriamente aprovados pelos órgãos
colegiados competentes, no caso, as Assembleias Departamentais. Ainda, de acordo com
o inciso XII do art. 38 do Regimento Geral da Ufla, cabe ao Conselho de Ensino, Pesquisa
e Extensão (Cepe) opinar ou propor sobre a celebração de contratos e convênios,
referentes ao ensino, à pesquisa e à extensão.

A análise dos processos constantes da amostra selecionada permitiu concluir-se que o §


2º do art. 6º do Decreto nº 10.423/2010 tem sido atendido, bem como os normativos
internos.

2.2.3.3 Os contratos e convênios são por tempo determinado?

Todos os projetos e os contratos decorrentes, celebrados com as fundações de apoio e


examinados pela equipe de auditoria, restringem-se a um prazo determinado, sendo esta
uma das condições necessárias à aprovação pelas instâncias competentes da
Universidade, em consonância com o art. 1º da Lei nº 8.958/1994.

2.2.3.4 Os contratos e convênios contêm clara descrição do projeto, dos recursos


envolvidos, além de adequada definição quanto à repartição de receitas e despesas
deles oriundas, bem como das obrigações e responsabilidades de cada uma das
partes?

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Os instrumentos firmados com as fundações de apoio seguem modelo elaborado pela
Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon), conjuntamente com a Procuradoria Federal
na Universidade, a qual emite parecer para aprovação dos casos concretos. Os
instrumentos guardam vinculação ao projeto de origem e contemplam descrição do
objeto, do valor da contratação e das obrigações entre as partes. O detalhamento dos
recursos envolvidos consta de plano de trabalho anexo aos projetos, contendo
discriminação dos gastos a serem realizados, tais como: materiais de consumo e
permanente; serviços de pessoas físicas e jurídicas; taxas em favor da Universidade;
cronograma de repasse dos recursos; e valor cobrado pela fundação de apoio.

2.2.3.5 Os contratos e convênios possuem cláusula expressa sobre prestação de


contas?

Nos processos analisados, o modelo adotado de instrumento de vínculo com as fundações


de apoio prevê explicitamente, na Cláusula Nona, a obrigação da contratada ou
convenente de prestar contas dos recursos geridos, nos seguintes termos:

“A FUNDECC deverá apresentar à UFLA uma Prestação de Contas, até 30 dias (trinta)
dias após o prazo de vigência do presente Contrato, a ser encaminhada à DCOF/UFLA,
composta dos seguintes documentos:
a) extrato da conta bancária vinculada;
b) relação de pagamentos, identificando o nome do beneficiário e seu CNPJ/MF ou
CPF/MF; número dos documentos fiscais, com as datas de emissão dos bens adquiridos
e números de patrimônio da UFLA, quando for o caso;
c) atas de licitação, cópias de despachos adjudicatórios e de homologação das licitações
realizadas ou as justificativas de dispensa e inexigibilidade, com o respectivo
embasamento legal;
d) relatório de execução físico-financeira, constituído dos demonstrativos de receitas e
despesas relacionados ao cronograma de execução, constante no Plano de Trabalho;
e) guias de recolhimento de saldos à conta única do Tesouro de valores com essa
destinação legal ou normativa;
f) relação dos resultados vantajosos obtidos em favor da UFLA, registrada em
formulário padronizado, disponível no sítio eletrônico da Dicon;
g) relação dos termos de doação ao patrimônio da UFLA dos bens duráveis adquiridos,
conforme previsão no instrumento legal.”

2.2.4 Há anuência expressa da Ifes para que a fundação de apoio capte e receba
diretamente recursos financeiros sem ingresso na Conta Única do Tesouro, com base
nos artigos 1º-A e 1º-B da Lei nº 8.958/1994?

Os projetos custeados por agências financeiras oficiais de fomento, empresas públicas ou


sociedades de economia mista, bem como entidades ou empresas privadas, destinados à
pesquisa, desenvolvimento e inovação, obedecem ao rito de aprovação e registro definido
por instâncias competentes da Ufla. Desse modo, contam com anuência expressa da

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Universidade para que os correspondentes recursos sejam gerenciados pela fundação de
apoio sem ingresso na Conta Única do Tesouro Nacional, em linha com a permissão nesse
sentido conferida pelo § 1º do art. 3º da Lei nº 8.958/1994.

2.2.5 Em que grau os elementos determinados pela Lei nº 8.958/94, bem como pelos
seus regulamentos, no que tange à transparência, acompanhamento e controle dos
contratos/convênios, estão sendo seguidos tanto pela Ifes quanto pelas fundações de
apoio?

Esta questão está desdobrada nos itens 2.2.5.1 a 2.2.5.9, a seguir.

2.2.5.1 A Ifes possui registro centralizado referente a todos os dados relativos aos
projetos? Há ampla publicidade desses dados em boletins internos e na internet?

A centralização dos registros dos projetos executados em colaboração com fundações de


apoio é realizada, no âmbito da Ufla, pela Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon),
vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão, encarregada de instaurar os
processos, após verificação do atendimento aos requisitos formais, e de acompanhar sua
execução.

Com o objetivo de padronizar a instrução dos processos, a Dicon instituiu modelos de


documentos, tais como contatos, termos de convênio e planos de trabalho, disponíveis em
sua página na internet (http://www.dicon.ufla.br/, acessado em 23/11/2016).

2.2.5.2 A Ifes possui controle no sentido de monitorar se as fundações de apoio


divulgam em site próprio as informações constantes no art. 4º-A da Lei nº
8.958/1994?

A Ufla adotou providências e controles no sentido de que suas fundações de apoio


vinculadas publiquem em suas páginas na internet informações acerca dos contratos
firmados com a Universidade. Os dados disponíveis, contudo, resultaram passíveis de
aprimoramento, ante a falta de identificação dos pagamentos a servidores da instituição
de ensino, em desacordo com as condições de transparência propugnadas pela Lei nº
8.958/1994, art. 4º-A, III. O assunto está tratado na Constatação 1.1.1.1, dentre os
Achados de Auditoria.

2.2.5.3 O órgão colegiado superior da Ifes possui sistemática de gestão, controle e


fiscalização de convênios/contratos?

O Conselho Universitário (Cuni) é o órgão superior de deliberação coletiva da Ufla, em


matéria de administração financeira e política universitária, a quem compete formular a
política global da instituição, conforme previsto no Estatuto da Universidade, arts. 7º ao
9º. Desse modo, as ações promovidas pelas várias instâncias da organização para contratar
ou conveniar com as fundações de apoio, consubstanciadas no rito de aprovação e

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controle dos projetos, são decorrentes de delegação de competência conferida pelo Cuni,
bem como da estrutura de governança da Universidade, estando os principais normativos
que regram o relacionamento com tais entidades privadas sumarizados no item 2.2.1 deste
Relatório.

Em atuação direta sobre a matéria, o Conselho Universitário aprecia anualmente as contas


da fundação de apoio e, a cada dois anos, realiza avaliação de desempenho da entidade,
visando seu recredenciamento junto aos Ministérios da Educação e da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, em atendimento ao disposto nos incisos I, II e
IV do art. 4º do Decreto nº 7.423/2010.

2.3.5.4 A Ifes possui sistemática de acompanhamento, no sentido de verificar se os


recursos dos projetos são utilizados em finalidade diversa e se há subcontratação
total ou parcial que delegue a execução do objeto do contrato/convênio?

A execução dos projetos pela fundação de apoio é controlada por meio de sistemas de
gestão informatizados, acessados, no âmbito da Universidade, pelos coordenadores dos
projetos.

A fim de garantir a adequação dos gastos, cada projeto contratado ou conveniado junto à
fundação de apoio contempla discriminação dos gastos a serem realizados, tais como:
bolsas a servidores e estudantes; materiais de consumo e permanente; serviços de pessoas
físicas e jurídicas; taxas em favor da Ufla; cronograma de repasse dos recursos; e valor
cobrado pela fundação de apoio. Após a solicitação de contratação ou aquisições pelo
coordenador do projeto, via sistema, os setores técnicos das fundações de apoio verificam
se há incompatibilidade do pedido com as categorias de gastos aprovados para o projeto,
como condição para percorrer os trâmites de aplicação dos recursos.

Eventuais subcontratações indevidas, assim entendidas aquelas que transfiram a terceiros


a totalidade do objeto ou o seu núcleo, vedadas pelo § 4º do art. 1º da Lei nº 8.958/1994,
são, portanto, detectáveis quando da programação de aplicação dos recursos. As análises
sobre 25 processos, em amostragem, não indicaram a ocorrência de tal impropriedade.

Há que se ressalvar, porém, que ao sistema de gestão das fundações de apoio não estava
franqueado o acesso pelas várias instâncias da Universidade, como chefes de
departamento, pró-reitores, membros do Conselho Universitário e da unidade de
Auditoria Interna, para efeitos de facilitar as atividades de acompanhamento pela
instituição de ensino acerca da execução dos projetos, propugnadas no art. 12 do Decreto
nº 7.423/2010. O assunto está tratado na Constatação 1.1.1.2, dentre os Achados de
Auditoria.

2.3.5.5 A Ifes verifica se a fundação abriu e realiza a movimentação dos recursos dos
projetos em conta única e individual e se a movimentação de recursos ocorre
conforme art. 4º-D da Lei nº 8.958/1994?

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Para todos os projetos em que a Ufla seja parte, as fundações de apoio gestoras dos
recursos adotam a rotina de realizar as respectivas movimentações em conta bancária
específica, na instituição oficial Banco do Brasil. Ao final do contrato ou convênio, as
entidades de apoio emitem relatório de prestação de contas que contempla, dentre outros
documentos, extratos bancários consoantes às movimentações de recursos.

Os pagamentos decorrentes da execução dos projetos, seja a bolsistas, fornecedores de


bens ou prestadores de serviços, na condição de pessoa física ou jurídica, são realizados
por meio de crédito em contas bancárias da titularidade dos credores.

As análises sobre 25 processos, em amostragem, não indicaram impropriedades quanto à


vinculação dos recursos dos projetos a contas bancárias específicas ou à sistemática de
pagamentos.

2.3.5.6 A Ifes verifica se a fundação de apoio adota controle contábil específico dos
recursos aportados e utilizados em cada projeto para fins de ressarcimento à
Universidade?

Para gestão de contratos e convênios em que a Ufla seja parte, as fundações de apoio
realizam a gestão contábil e financeira individualizadas por projeto, por meio de sistema
informatizado. Com base nas categorias de despesas previstas nos projetos, as equipes
técnicas das fundações de apoio promovem seus registros nos sistemas, cadastrando as
correspondentes rubricas contábeis em que os gastos serão admitidos, inclusive com os
saldos. As solicitações de compra ou de contratações, realizadas eletronicamente pelos
coordenadores dos projetos, antes de efetivadas, são avaliadas pelas equipes técnicas da
fundação de apoio quanto à compatibilidade com as condições previstas nos projetos. As
notas fiscais são atestadas pelos coordenadores, cabendo às fundações de apoio
realizarem os pagamentos e arquivarem a documentação comprobatória. Ao final da
execução dos projetos, os saldos financeiros remanescentes são recolhidos à Conta Única
do Tesouro Nacional. Nas situações em que o projeto é custeado com recursos
provenientes de agências de fomento à pesquisa, as sobras são devolvidas ao financiador.

2.3.5.7 A Ifes recebe ressarcimento da fundação de apoio pelo uso de bens e serviços
próprios da Universidade?

Conforme detalhado no item 2.2.1 deste Relatório, por força da Resolução Cuni nº
011/2012, sobre os projetos executados por fundações de apoio, mediante instrumento de
contato, incide a Taxa de Ressarcimento da Universidade (TR/Ufla), decorrente da
utilização do nome, da imagem, dos conhecimentos técnicos e científicos, das instalações,
do pessoal, dos materiais e dos serviços da instituição. Segundo levantamento da Diretoria
de Contabilidade, Orçamento e Finanças (Dcof), os valores arrecadados foram: em 2014,
R$74.092,45; em 2015, R$40.074,14; e em 2016, até setembro, R$42.809,26.

2.3.5.8 Em que medida os controles ou rotinas utilizados pela Ifes para análise das
prestações de contas dos contratos/convênios são suficientes para certificar o

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cumprimento dos requisitos previstos nos §§ 1º e 2º do art. 11 do Decreto nº
7.423/2010 (prestação de contas pelas fundações)?

De acordo com a Resolução Cuni nº 065/2011, art. 22, § 2º, a prestação de contas a ser
apresentada pela fundação de apoio executora do projeto deve ser integrada pelos
seguintes documentos:

– relatório dos resultados obtidos decorrentes do projeto executado;


– demonstrativos de receitas e despesas;
– relação de pagamentos identificando o nome do beneficiário e seu CNPJ ou CPF;
- cópia do documento fiscal com a data da emissão e bem adquirido ou serviço prestado;
– atas de licitação, quando for o caso, bem como as justificativas de dispensa e
inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal;
– relação de bolsistas e de empregados pagos pelo projeto;
– guias de recolhimentos de saldos à Conta Única do Tesouro Nacional de valores com
essa destinação legal e normativa;
– extratos da conta bancária, com respectiva conciliação;
– cópia do termo de aceitação definitiva da obra, se for o caso; e
– relação dos bens incorporados ao patrimônio da UFLA.

Ainda conforme a referida Resolução, art. 25, a prestação de contas deverá ocorrer até
noventa dias após o término do prazo de vigência do contrato, do convênio ou do acordo.

A partir dos processos analisados em amostragem, verificou-se que os ritos atinentes à


prestação de contas pelas fundações de apoio estão sendo cumpridos conforme
regramento estabelecido e em consonância com a legislação.

2.3.5.9 A Ifes tem elaborado relatório final de avaliação dos projetos, conforme
estabelece o § 3º do art. 11 do Decreto nº 7.423/2010?

Em cumprimento de atribuição conferida pela Resolução Cuni nº 065/2011, art. 22, § 2º,
a Diretoria de Contabilidade, Orçamento e Finanças (Dcof), vinculada à Pró-Reitoria de
Planejamento e Gestão, emite laudo avaliativo sobre a regularidade da prestação de contas
apresentada pelas fundações de apoio, conforme documentação listada no item 2.3.5.8,
tomando como referencial as condições previstas em plano de trabalho integrante dos
projetos.
ato
/F
#

3. Conclusão

As análises sobre o relacionamento da Ufla com suas fundações de apoio culminaram


com aspectos positivamente avaliados, como: suficiência de normativos internos;
formalização adequada de contratos e convênios; vinculação a projetos; prestação de
contas dos recursos geridos; e execução dos recursos pela fundação de apoio mediante
sistema informatizado.

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Por outro lado, restaram evidenciadas situações que demandam medidas corretivas para
melhor ajustamento à legislação: incremento das informações a serem publicadas na
internet, relativas a pagamentos servidores da Universidade; e ampliação do acesso ao
sistema informatizado de gestão das fundações de apoio por setores administrativos da
Universidade, para efeito de facilitar as práticas de controle.

Por fim, proferiram-se recomendações visando alterar a minuta do novo normativo


interno a ser submetido à aprovação do Conselho Universitário.

Belo Horizonte/MG, 14 de fevereiro de 2017.

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________
Superintendente da Controladoria Regional da União no Estado de Minas Gerais

_______________________________________________
Ordem de Serviço nº 201601725

1 GESTÃO OPERACIONAL
1.1 Avaliação dos Resultados da Gestão
1.1.1 Avaliação dos Resultados da Gestão
1.1.1.1 CONSTATAÇÃO

Publicação, na internet, de informações sobre pagamentos a servidores da


Universidade, em projetos gerenciados por fundação de apoio, em desacordo com o
exigido pela legislação.

Fato

A publicidade, na internet, dos projetos geridos pela Fundação de Apoio ao Ensino,


Pesquisa e Extensão (Faepe) e a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural
(Fundecc), segundo pesquisas em suas páginas, realizadas em 19/10/2016, deu-se nas
seguintes condições:

Na página inicial da Faepe (http://www.faepe.org.br/2006/index.asp), encontra-se a guia


“Acessos à informação”, enquanto na página inicial da Fundecc consta a guia “Portal da
Transparência”. Ambas as guias derivam para a mesma página “Portal da Transparência”,
em que são apresentados, compartilhadamente, os projetos geridos pelas fundações de

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apoio (http://conveniar.fundecc.org.br/portaltransparencia/). O sistema de gestão de
informações utilizado denomina-se Conveniar, adquirido de terceiros, também
empregado por outras instituições congêneres.

No “Portal da Transparência”, consta a aba “Projetos”, que possibilita os seguintes


critérios de pesquisa: “Referência do projeto”, “Coordenador”, “Financiadora”, “Ano de
início” e “Situação do projeto” (“Vigentes”, Encerrados” ou “Todos”).

Clicando-se em “Consultar”, é retornada listagem de projetos, com as seguintes colunas


de identificação, por projeto: “Referência do projeto” (código de identificação), “Data
Inicio”, “Data Encerramento”, “Coordenador” e “Financiador”. Clicando-se no ícone de
visualização de determinado projeto, os dados são apresentados como na seguinte
exemplificação:

Referência do projeto: 617 - CART Malha


Coordenador: [nome suprimido]
Financiadora: Concessionária Auto Raposo Tavares S.A
Data de início: 01/08/2014
Data de encerramento: 01/10/2016
Instituição executora: Universidade Federal de Lavras
Departamento: Biologia
Processo e sub-processo: CART Malha
Valor aprovado: 129.998,00
Objetivo / Objeto / Título: Criação de um processo integrado de coleta,
armazenamento, análise e proposição de medidas de mitigação de impactos de
empreendimentos lineares relacionados a atropelamento de fauna selvagem.

Na mesma página, ainda constam:

- relação de pagamentos a pessoas jurídicas, identificados o CNPJ, nome do favorecido e


valor;

- relação de pagamentos a pessoas físicas, identificados o CPF, valor e tipo de pagamento,


tais como “INSS - Retenção Pessoa Física”, “Pagamento de Adiantamento”, “Pagamento
de Despesas”, “Pagamento de Diária” ou “Pagamento de Bolsa Pesquisa”.

- relação de documentos digitalizados do projeto, identificados o nome do arquivo e a


respectiva descrição, em que são apresentados: o instrumento de vínculo entre a
Universidade, a fundação de apoio e o financiador; o plano de trabalho, com a
explicitação de objetivos, metas etapas, cronograma, categorias de aplicação dos recursos,
inclusive com a identificação da equipe técnica e respectivos valores de bolsas, dentre
outras informações; os eventuais termos aditivos; e as prestações de contas parcial e final,
contemplando relação de pagamentos, execução físico-financeira, categorias de despesa,
dentre outras informações.

As obrigações para publicação dos dados relativos a projetos executados com a


colaboração de fundações de apoio na internet estão estampadas na Lei nº 8.958/1994,
art. 4º-A e no Decreto nº 7.423/2010, art. 12, § 1º, V, e § 2º. À luz da legislação, as

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situações analisadas apresentam inconformidades, vez que não constam, nas páginas
mantidas pela Faepe e pela Fundecc, informações discriminadas, relativas aos
pagamentos aos servidores da Universidade ou agentes públicos, contrariando o inciso III
do art. 4-A da Lei nº 8.958/1994, ainda que seja possível inferir sua ocorrência quando
identificado como “bolsa” para o conjunto das pessoas físicas.

Tais informações referentes a servidores poderiam ser dispostas em planilha específica, a


figurar dentre os documentos digitalizados, evitando-se custos de adaptação do sistema
de informatização ora empregado. A referida planilha contemplaria, para cada evento de
pagamento, quesitos, tais como: a) identificação do beneficiário pelo número do CPF; b)
cargo ou natureza do vínculo com a Universidade; c) função desempenhada no projeto;
d) descrição da finalidade do pagamento; e) data de ocorrência; e f) valor bruto.

ato
/F
#

Causa

Falhas nas rotinas administrativas relativas à publicação, na internet, dos conteúdos


acerca dos projetos desenvolvidos com a colaboração de fundações de apoio.

Pró-Reitora de Planejamento e Gestão - a quem está subordinada a Diretoria de Contratos


e Convênios (Dicon), incumbida do acompanhamento de contratos e convênios, não
adotou medidas administrativas necessárias à adequada publicação, na internet, das
informações sobre os projetos executados por fundações de apoio. O Regimento Geral da
Ufla, art. 49, estabelece aos pró-reitores atribuições de supervisionar e de coordenar as
respectivas áreas de atuação.

s
au
/C
#

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 484/2016/GAB/UFLA, de 26/10/2016, o Reitor apresentou a


seguinte manifestação, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601725/03, de
20/10/2016, na qual se questionou acerca das deficiências na publicação das informações
referentes a pagamentos a servidores da Universidade, em projetos com fundações de
apoio, e quanto à possibilidade de inclusão de planilha com tais dados dentre os
documentos a serem divulgados na internet:

De acordo com ofícios anexos (ANEXO 1) – Of. Diretoria/FAEPE/0404/2016 e Of.


Diretoria/FUNDECC/097/2016, a FAEPE (Fundação de Apoio ao Ensino,
Pesquisa e Extensão) e a FUNDECC (Fundação de Desenvolvimento Científico e
Cultural) informam que, a partir do mês de novembro de 2016, publicarão em seus
respectivos sites os quesitos apontados: a) identificação do beneficiário pelo
número de CPF; b) cargo ou natureza do vínculo com a Universidade; c) função
desempenhada no projeto; d) descrição da finalidade do pagamento; e) data de
ocorrência; f) valor bruto. [o Anexo 1 constou na forma citada]
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#

Análise do Controle Interno

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A divulgação, na internet, dos pagamentos a servidores ou agentes públicos, pela
participação em projetos com fundações de apoio, de modo que contemple com destaque
aos eventos dessa categoria, é obrigação legal que objetiva atender ao princípio da
publicidade.
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/A
#

Recomendações:
Recomendação 1: Instituir rotinas que assegurem a publicação, na internet, pela Fundação
de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) e pela Fundação de Desenvolvimento
Científico e Cultural (Fundecc), de forma destacada, os pagamentos a servidores da
Universidade ou a agentes públicos, decorrentes da execução de projetos, em
cumprimento da obrigação prevista no inciso III do art. 4-A da Lei nº 8.958/1994.

1.1.1.2 CONSTATAÇÃO

Falta de acesso ao sistema informatizado de gestão das fundações de apoio dificulta


o acompanhamento, pela Universidade, da execução dos projetos.

Fato

O sistema informatizado empregado pela Faepe e pela Fundecc para gestão dos recursos
vinculados a projetos com a Ufla, englobando funcionalidades como requisição de
aquisições e movimentação de recursos, além de comunicações com os setores técnicos
da fundação apoio, somente é accessível, da parte da Universidade, ao coordenador do
projeto.

Durante os trabalhos de campo realizados, verificou-se que o referido sistema de gestão


deveria ser acessado, também, por outras instâncias da Universidade, como chefes de
departamento, pró-reitores, membros do Conselho Universitário e da unidade de
Auditoria Interna.

Ressalta-se que a ampliação do acesso ao sistema implica maior facilidade no


acompanhamento, pela instituição de ensino, quanto à execução dos projetos,
propugnadas no art. 12 do Decreto nº 7.423/2010, além de melhor atender ao princípio da
publicidade, bem assim às boas práticas de controle.
ato
/F
#

Causa

Falha na política de concessão de acesso, e de seus respectivos perfis, ao sistema


informatizado de gestão de projetos da Faepe e da Fundecc, o qual não contempla outros
agentes da Ufla, além do coordenador responsável pela execução do projeto.

Pró-Reitora de Planejamento e Gestão - a quem está subordinada a Diretoria de Contratos


e Convênios (Dicon), incumbida do acompanhamento de contratos e convênios, não
adotou medidas administrativas necessárias ao estabelecimento de acesso para consulta
ao sistema informatizado de gestão das fundações de apoio pelos setores administrativos
da Universidade. O Regimento Geral da Ufla, art. 49, estabelece aos pró-reitores
atribuições de supervisionar e de coordenar as respectivas áreas de atuação.

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s
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#

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 484/2016/GAB/UFLA, de 26/10/2016, o Reitor apresentou a


seguinte manifestação, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601725/04, de
20/10/2016, na qual se questionou acerca da restrição de acesso ao sistema informatizado
de gestão da fundação de apoio, pelos diversos setores da Ufa:

De acordo com ofícios anexos (ANEXO 1) – Of. Diretoria/FAEPE/0404/2016 e Of.


Diretoria/FUNDECC/097/2016, as fundações supracitadas se comprometeram a
disponibilizar o acesso ao sistema informatizado aos servidores e conselheiros
indicados pela Universidade para este fim. Ressalta-se que as fundações já têm
disponibilizado o acesso sempre que solicitado por algum setor da instituição. [o
Anexo 1 constou na forma citada]
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#

Análise do Controle Interno

O Decreto nº 7.423/2010, art. 12, atribui ao Conselho Superior da Universidade o controle


finalístico e de gestão na execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, firmados
com fundação de apoio, tarefa que, considerando-se as proporções da instituição, poderá
ser desempenhada a contento por delegação de competência do órgão colegiado às
instâncias administrativas, dentro de parâmetros de governança adotados internamente.

O compartilhamento de senhas de consulta ao sistema informatizado de gestão das


fundações de apoio com os vários setores estratégicos da Universidade, portanto, seria
meio de se alcançar a incumbência imposta pela legislação, implicando também maior
transparência nas ações desenvolvidas.
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Recomendações:
Recomendação 1: Instituir rotinas que assegurem a concessão, pela Fundação de Apoio
ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) e pela Fundação de Desenvolvimento Científico
e Cultural (Fundecc), de senhas para consultas ao sistema informatizado para gestão de
projetos em que a Ufla seja parte, de modo a propiciar acesso de instâncias da
Universidade, como chefes de departamento, pró-reitores, membros do Conselho
Universitário e da unidade de Auditoria Interna, para efeito de controle finalístico e de
gestão na execução dos instrumentos pactuados, preceituado no art. 12 do Decreto nº
7.423/2010.

1.1.1.3 CONSTATAÇÃO

Inexistência de sistemática de controle interno para verificação do cumprimento


do limite constitucional de remuneração de servidores que recebem bolsas em
projetos com fundações de apoio.

Fato

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O Decreto nº 7.423/2010, art. 7º, § 4º, estabelece que o limite máximo da soma da
remuneração, retribuições e bolsas percebidas pelo docente, em qualquer hipótese, não
poderá exceder o maior valor recebido pelo funcionalismo público federal, nos termos do
artigo 37, XI, da Constituição Federal, condição corroborada pela Resolução do Conselho
Universitário n.º 065/2011, que regula os projetos da Ufla com fundações de apoio, art.
39, § 2º.

Os exames do relacionamento da Universidade com suas fundações de apoio indicaram,


entretanto, que ainda não foram instituídos mecanismos de controle pela Pró-Reitoria de
Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP), ou outra área da instituição de ensino,
que pudessem assegurar o cumprimento do referido dispositivo constitucional,
ressaltando-se que, da análise dos processos em amostragem, não se apuraram indícios
de sua violação.

Uma técnica que poderia ser adotada é o cruzamento de dados por meio de simples
planilha eletrônica, a partir de informações fornecidas pelas fundações de apoio acerca
do pagamento de bolsas a servidores da Universidade e de registros constantes do Sistema
Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape), em rotina mensal.

ato
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#

Causa

Falhas nas rotinas administrativas relativas ao cumprimento dos valores máximos de


remuneração permitidos a servidores, especificamente as acumulações com bolsas em
projetos desenvolvidos com a colaboração de fundações de apoio.

Pró-Reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas – não implantou controles para


verificação de possível extrapolação do limite constitucional de remuneração de
servidores, considerando-se o pagamento de bolsas decorrentes de projetos com
fundações de apoio. O Regimento Geral da Ufla, art. 49, estabelece aos pró-reitores
atribuições de supervisionar e de coordenar as respectivas áreas de atuação.
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Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 484/2016/GAB/UFLA, de 26/10/2016, o Reitor apresentou a


seguinte manifestação, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601725/05, de
20/10/2016, na qual se questionou acerca da inexistência de controles que previnam a
possibilidade de remunerações cumulativas com bolsas acima do limite constitucional:

De acordo com o Memorando Eletrônico nº 108/2016 – DGP/PRGDP e Ofícios nº


42/DGP/PRGDP/UFLA e 43/DGP/PRGDP/UFLA (ANEXO 2), a Pró-Reitoria de
Gestão e Desenvolvimento de Pessoas irá solicitar às fundações, a partir do mês
de novembro de 2016, o envio de relatório mensal para fins de controle interno, a
fim de prevenir a possibilidade de remunerações cumulativas acima do limite
constitucional. [o Anexo 2 constou na forma citada, com cópia dos referidos ofícios,
mediante os quais foi solicitado às fundações de apoio que enviassem planilha,
mensalmente, identificadas, por servidor, as seguintes informações: nome, CPF,
valor da bolsa e entidade pagadora]

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Análise do Controle Interno

A providência, em vias de ser adotada, de cruzar os registros da folha de pagamento dos


servidores, constantes do Siape, com as informações prestadas pelas fundações de apoio,
relativas a pagamentos de bolsas em projetos no âmbito da Lei nº 8.958/1994, reúne
condições, no contexto da Universidade, de se tornar ferramenta eficaz para verificação
do cumprimento do teto remuneratório constitucional.
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Recomendações:
Recomendação 1: Implantar rotinas de controle com objetivo de prevenir ocorrência de
remuneração mensal de servidores, cumulativamente com bolsas recebidas em projetos
gerenciados por fundações de apoio, em valor superior ao limite estabelecido para o
funcionalismo público federal, previsto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal,
bem como no § 4º do art. 7º do Decreto nº 7.423/2010.

1.1.1.4 CONSTATAÇÃO

Minuta de nova resolução do Conselho Universitário, para disciplinar o


relacionamento da Universidade com fundações de apoio, com possibilidades e
necessidades de ajustes.

Fato

As Resoluções do Conselho Universitário nº 065/2011, que trata do relacionamento entre


a Ufla e fundações de apoio, e nº 011/2012, que trata da cobrança de taxa de ressarcimento
à Universidade em projetos com fundações de apoio, serão substituídas por nova
resolução, encontrando-se essa ainda na forma de minuta, fruto do trabalho de comissão
especialmente designada para esse fim, concluído em 01/09/2016. Os objetivos são de
consolidar o regramento interno em documento único e de promover alterações no sentido
de melhor conformá-lo à legislação.

a) Possibilidades de ajustes

Neste tópico serão apresentadas situações que encerram possibilidades de ajustes na


minuta da resolução em questão, estando na órbita da discricionariedade dos gestores e
da autonomia da Universidade sua efetivação, em razão de não haver conflito com a
legislação.

a.1) Regulamentação da prestação de serviços como atividade de extensão

Na minuta, não há menção à prestação de serviços pela Universidade, enquadráveis como


atividades de extensão, diversamente da ainda vigente Resolução nº 011/2012, ao regular
a cobrança de taxa de ressarcimento à instituição, nos seguintes termos:

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Art. 3º Nas contratações em que a UFLA figurar como contratada ou interveniente
ser-lhe-á devida a TR/UFLA [Taxa de Ressarcimento/Ufla], nas seguintes
modalidades de contratação:
I - contrato de prestação de serviços técnico-científicos;
II - contrato de prestação de serviços de consultorias e assessorias;
III - contrato de prestação de serviços de pesquisas e desenvolvimento;
IV - contrato de edição de obras literárias e técnico-científicas especializadas;
V - contrato de licenciamento para outorga de direito de uso e exploração;
VI - contrato de parceria para fins de inovação tecnológica com órgãos de fomento
à pesquisa e ou instituições de ciência e tecnologia.

A referência explícita à prestação de serviços no novo normativo viria contribuir para a


adequada classificação dos projetos, tanto por parte de quem os propõe quanto daqueles
que os aprovam, deixando de induzir o professorado a buscar somente ações com o viés
de pesquisa, como são os atualmente registrados. Seria ainda um meio, inclusive, de
melhor delinear a atividade de pesquisa.

a.2) Requisitos para a prestação de serviços

A atividade de prestação de serviço deve receber atenção especial em termos de


regulação, vez que representa, a par de ser uma forma de extensão universitária,
oportunidade de ganhos complementares aos servidores envolvidos em projetos dessa
natureza. Seria razoável, portanto, que a Universidade adotasse medidas no sentido da
proteção institucional como, por exemplo, estabelecer como condição para a aprovação
de projetos de prestação de serviços que o os servidores integrantes da equipe técnica
estejam vinculados a programas regulares da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

a.3) Classificação dos projetos: ensino, pesquisa, extensão, inovação tecnologia ou


desenvolvimento institucional

Na minuta, assim como nos normativos vigentes, não há exigência de classificação dos
projetos, a qual poderia ser nas categorias de ensino, pesquisa, extensão, inovação
tecnológica ou desenvolvimento institucional, sendo que, em certos casos, poderia ser
admitida a classificação em mais de uma categoria.

A medida contribuiria para refinar os meios de gestão sobre a produção institucional.

a.4) Formulário para identificação e classificação dos projetos

Para dar início aos projetos, poderia ser instituído formulário de identificação, com
informações tais como: coordenador e local de lotação, financiador; valor; classificação
do projeto (pesquisa, ensino, extensão, inovação tecnológica ou desenvolvimento
institucional); ou valores das taxas a serem recolhidas em favor da Universidade.

Outra informação que poderia constar é a definição, pelo coordenador do projeto, se este
é suscetível de gerar propriedade intelectual para efeitos de acompanhamentos do Núcleo
de Inovação Tecnológica, o qual, em caso negativo, ficaria desonerado de dar parecer em
todos os processos, alterando-se, assim, a sistemática ora adotada.

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O documento poderia prever ainda assinaturas, além do coordenador do projeto, dos
representantes dos órgãos colegiados responsáveis pela sua aprovação e de demais
autoridades, como chefes dos respectivos departamentos ou titulares das pró-reitorias.

O referido formulário, não necessariamente, precisa estar previsto em resolução do


Conselho Universitário, posto que, segundo os termos da própria minuta em comento, no
art. 43, está prevista a expedição de normas regulamentadoras complementares pela
Diretoria Executiva. Desse modo, o formulário poderia figurar dentre os modelos de
documentos instituídos pela Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon).

a.5) Projetos com bolsa poderiam contar para a jornada de trabalho

De acordo com a minuta em questão, quando os projetos são contemplados com previsão
de pagamento de bolsas aos servidores, as respectivas horas dedicadas não serão
computadas para efeito de cumprimento da jornada de trabalho. Segundo a proposta, a
matéria ficaria regrada da seguinte forma:

Art. 22. A carga horária associada a cada projeto será considerada como atividade
de pesquisa, ensino, extensão ou administrativa, conforme sua natureza, e
registrada em conformidade com os normativos vigentes.
§ 1º A dedicação a projetos sem concessão de bolsa por fundação de apoio contará
para o cumprimento da jornada de trabalho, observado:
I. o tempo máximo de 8 (oito) horas semanais para servidores com carga horária
de 40 (quarenta) horas com ou sem dedicação exclusiva;
II. o tempo máximo de 4 (quatro) horas semanais para servidores com carga
horária de 20 (vinte) ou 30 (trinta) horas;
III. uma programação que não comprometa as atividades regulares de ensino ou
administrativas do servidor.
§ 2º A dedicação a projeto com percepção de bolsa concedida por fundação de
apoio não contará como cumprimento da jornada de trabalho e observará o
seguinte:
I. previsão de recursos financeiros para pagamento de bolsa;
II. se servidor docente com regime de 40 (quarenta) horas de trabalho e dedicação
exclusiva, limite de 8 (oito) horas semanais ou 416 (quatrocentas e dezesseis) horas
anuais, computadas isoladamente ou em conjunto, independentemente do número
de projetos;
III. se servidor com regime de 40 (quarenta) horas de trabalho ou inferior, poderá
perfazer o número de horas que, somado à sua carga horária de trabalho, não
ultrapasse o limite de 60 (sessenta) horas semanais;
IV. se discente, poderá perfazer jornada de 8 (oito) a 30 (trinta) horas semanais,
de acordo com o projeto, a disponibilidade do discente, o tipo e o valor da bolsa a
ser concedida.

Os termos da proposta teriam origem na Lei nº 8.958/1994, especificamente art. 4º, caput,
e § 2º, que preveem, textualmente:

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Art. 4º As IFES e demais ICTs contratantes poderão autorizar, de acordo com as
normas aprovadas pelo órgão de direção superior competente e limites e condições
previstos em regulamento, a participação de seus servidores nas atividades
realizadas pelas fundações referidas no art. 1º desta Lei, sem prejuízo de suas
atribuições funcionais.
(...)
§ 2º É vedada aos servidores públicos federais a participação nas atividades
referidas no caput durante a jornada de trabalho a que estão sujeitos, excetuada a
colaboração esporádica, remunerada ou não, em assuntos de sua especialidade,
de acordo com as normas referidas no caput.

Assim, pelo art. 4º da Lei nº 8.958/1994, os projetos não poderiam trazer prejuízo às
atribuições funcionais e, pelo sequente § 2º, deveriam ser executados fora da jornada de
trabalho. O mesmo parágrafo, porém, excepciona a colaboração esporádica como
condição para compatibilidade do projeto com o período regular de trabalho,
independentemente de ser remunerada ou não.

Em suma, os termos da minuta poderiam ser revistos, em relação à matéria, em duas


vertentes: permitir o cômputo das horas de projeto como jornada de trabalho,
independentemente do recebimento de bolsas pelos servidores, e condicionar que a
dedicação a tais projetos seja em colaboração esporádica ou em caráter eventual, segundo
o conceito empregado na Lei nº 12.772, art. 21, XI.

a.6) Revisão dos percentuais e valores da TR/Ufla para compatibilizá-las com


projetos de valores módicos

De acordo com o texto da minuta, art. 29, será devida à Universidade a Taxa de
Remuneração (TR/Ufla), pelo uso do nome e da imagem da Ufla, incidente sobre o custo
de execução do projeto, constante do plano de trabalho, excluídos os valores devidos à
fundação de apoio. A TR/Ufla será calculada aplicando-se os índices percentuais
constantes da seguinte tabela, observado o valor mínimo para cada faixa de valor:

Custo da Execução do Projeto (R$) Índice Valor Mínimo


até R$200.000,00 5,0% R$ 2.500,00
de R$200.000,01 a R$300.000,00 4,8% R$ 10.000,00
de R$300.000,01 a R$400.000,00 4,6% R$ 14.400,00
de R$400.000,01 a R$500.000,00 4,4% R$18.400,00
de R$500.000,01 a R$600.000,00 4,2% R$ 22.000,00
de R$600.000,01 a R$700.000,00 4,0% R$ 25.200,00
de R$700.000,01 a R$800.000,00 3,8% R$ 28.000,00
de R$800.000,01 a R$900.000,00 3,6% R$ 30.400,00
de R$900.000,01 a R$1.000.000,00 3,4% R$ 32.400,00
de R$1.000.000,01 a R$1.200.000,00 3,2% R$ 34.000,00
de R$1.200.000,01 a R$1.400.000,00 3,0% R$ 38.400,00
de R$1.400.000,01 a R$1.600.000,00 2,8% R$ 42.000,00
de R$1.600.000,01 a R$1.800.000,00 2,6% R$ 44.800,00
de R$1.800.000,01 a R$2.000.000,00 2,4% R$ 46.800,00
de R$2.000.000,01 a R$3.000.000,00 2,2% R$ 48.000,00
acima de R$3.000.000,00 2,0% R$ 66.000,00

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A valer a regra proposta, um projeto de R$5.000,00 pagaria R$2,500,00 de taxa de
remuneração ou equivalentes a 50%. Tal metodologia, portanto, não se ajusta a projetos
de valores mais baixos, como seriam os decorrentes de prestação de alguns serviços.

Uma solução possível seria excluir os valores mínimos, preservando-se os percentuais.

De todo modo, é aconselhável manter o critério de não distinguir as categorias de projetos


para efeito da cobrança da taxa, de modo a não induzir seus propositores a classificá-los
de maneira menos onerosa, como aconteceria, por exemplo, nos casos limítrofes, se os de
serviço estivessem gravados com percentuais maiores do que os de pesquisa ou de
inovação.

a.7) Atribuições do coordenador

Na minuta em comento, não há menção às atribuições do coordenador do projeto,


diversamente do ocorrido na vigente Resolução Cuni nº 065/2011, a qual prevê as
seguintes incumbências (art. 47):

– supervisionar as atividades do projeto;


– selecionar o grupo de participantes, os quais atuarão no projeto;
– distribuir as competências entre os participantes, bem como autorizar viagens e/ou
representações que se fizerem necessárias nos exatos limites de atuação do projeto e
obedecendo às normas internas da Ufla;
– decidir sobre a conveniência e mérito da produção científica advinda do projeto,
respeitando as normas e/ou os direitos da Ufla;
– decidir sobre métodos e técnicas a serem utilizados, respeitando a definição inicial do
projeto;
– evitar favorecimento nas composições de equipes, para cônjuges e parentes de
servidores da Instituição, não integrantes do quadro permanente da Ufla, bem como a
contratação de empresas, pelas fundações de apoio, nas quais participem de alguma
forma, ou ainda, o direcionamento de bolsas em benefícios dessas pessoas;
– propor a aplicação dos recursos em estrita obediência ao plano de trabalho, cumpridos
as exigências legais aplicáveis e, suplementarmente, as regulamentações internas das
fundações;
– responder patrimonialmente pelos bens adquiridos nos projetos;
– elaborar e encaminhar à fundação, dentro dos prazos conveniados/contratados, os
relatórios técnicos do projeto; e
– executar outras atribuições estabelecidas no contrato, convênio, acordo ou ajuste.

São ainda definidas as seguintes responsabilidades (art. 47, parágrafo único):

– o ressarcimento de valores glosados pelos órgãos fiscalizadores e/ou financiadores;


– a reposição de eventual saldo negativo ao final do projeto;
– propor eventuais sanções à fundação em decorrência de documentação não
encaminhada em tempo hábil para processamento na função; e
– a reposição dos bens adquiridos para a realização do projeto que faltarem a seu término,
salvo ocorrência de caso fortuito ou de força maior.

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A delimitação do papel de tal agente seria relevante para que o normativo tenha suficiente
grau de completeza quanto aos aspectos passíveis de regramento. Seria ainda
recomendável rever algumas funções a constar do novo normativo, como a inclusão da
responsabilidade de classificar os projetos quando de sua propositura, se sistemática nesse
sentido viesse a ser implantada, como sugerido no tópico a.3.

a.8) Alteração dos critérios de constituição das assembleias departamentais

A questão abordada neste tópico não está diretamente regrada pela minuta de resolução
em comento, sendo-lhe, contudo, correlata. As interlocuções da equipe de auditoria para
levantamento de informações indicaram a necessidade de alterar a sistemática de
aprovação dos projetos pelos órgãos colegiados dos departamentos, as Assembleias
Departamentais, no sentido de promover maior agilidade. A Ufla é integrada por 21
departamentos, constituídos por quantitativos que variam de mínimos ao redor de 10 a
máximos de quase 90 professores. Pela forma tradicional de funcionamento, todos os
professores têm assento no órgão colegiado, sendo que nos maiores torna-se problemática
a formação de quórum para as votações.

Uma alternativa seria estabelecer, em departamentos acima de 15 professores, por


exemplo, que a respectiva assembleia departamental fosse constituída por somente uma
parte do contingente, de forma representativa.

O Regimento Geral da Universidade, art. 10, prevê que cada órgão colegiado deverá ter
seu regimento interno de funcionamento aprovado pelo Conselho Universitário. Desse
modo, poder-se-iam estabelecer condições particularizadas, definidas pelos próprios
interessados, desde que aprovadas pela instância maior da instituição.

b) Necessidades de ajustes

Neste tópico serão apresentadas situações que encerram necessidade de ajustes na minuta
da resolução em questão para atendimento da legislação.

b.1) Apreciação da prestação de contas

Na parte que trata do acompanhamento e fiscalização, a minuta assim dispõe:

Art. 36. Na execução dos instrumentos jurídicos de que trata esta Resolução, as
fundações de apoio deverão:
I. prestar contas dos recursos aplicados aos entes financiadores;
II. submeter-se ao controle de gestão pelo Conselho Universitário da UFLA;
III. submeter-se ao controle finalístico pelo órgão de controle governamental
competente.
Art. 37. Para cada contrato a Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão (PROPLAG)
designará um fiscal ou uma comissão de fiscalização.
Art. 38. As fundações de apoio deverão encaminhar à UFLA, mensalmente, a
relação de bolsas ou outras formas de remuneração efetivamente concedidas a
servidores, com a devida identificação dos beneficiários.

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Nota-se que, embora haja previsão de as fundações de apoio prestarem contas dos
recursos geridos, não consta o setor da Universidade que seria responsável pela sua
análise e aprovação, deixando em aberto o atendimento ao Decreto nº 7.423/2010, art. 11,
§ 3º, que impõe à instituição apoiada a obrigação de elaborar relatório final de avaliação
do projeto, atestando a regularidade das despesas realizadas pela fundação de apoio, o
atendimento dos resultados esperados no plano de trabalho e os bens adquiridos.

O normativo vigente e que será substituído, a Resolução Cuni nº 065/2011, entretanto,


além de listar os documentos que integrarão a prestação de contas (art. 22, § 2º), atribui à
Diretoria de Contabilidade, Orçamento e Finanças (Dcof) a incumbência de emitir parecer
sobre o relatório final.

O novo normativo, portanto, deve prever o rito de apresentação e de aprovação da


prestação de contas dos recursos geridos por fundação de apoio, em conformidade com
preceitos da legislação.

b.2) Fundos de fomento

A minuta de resolução, no capítulo que trata de bens remanescentes, prevê a possibilidade


de criação de fundos de fomento, com recursos oriundos da Taxa de Remuneração da
Universidade (TR/Ufla), a serem geridos pelas fundações de apoio e administrados por
comitês designados pelos diretores da Ufla, nos seguintes termos:

Art. 41. A Direção Executiva da UFLA poderá, observada a possibilidade e a


disponibilidade, determinar a criação de fundos destinados a fomentarem o
desenvolvimento do ensino, pesquisa, extensão, inovação e extensão tecnológica
na UFLA, a serem mantidos com valores oriundos de TR/UFLA e de sobras
advindas de convênios e contratos que lhe são devidos.
§ 1º Nos termos de contrato disposto no inciso III ou no inciso IV do art. 13 ou de
convênio constante do art. 15, poderá ser definida a reserva de recursos destinados
à criação de fundo de que trata o caput.
§ 2º Cada fundo criado será administrado por um comitê gestor, designado pela
Direção Executiva, que deliberará sobre a aplicação dos recursos em bens e
serviços diretamente relacionados ao desenvolvimento do ensino, pesquisa,
extensão, inovação e extensão tecnológica da UFLA.
§ 3º A gestão financeira de cada fundo será exercida por fundação de apoio, que
manterá os recursos em conta específica e prestará contas ao comitê gestor.

A proposta, todavia, esbarra na vedação pelo Tribunal de Contas da União, em seu


Acórdão nº 2.731/2008 – Plenário, item 9.2.39, por se configurarem os tradicionais casos
de Fundos de Apoio Institucional, integrados por recursos públicos, geridos fora da Conta
Única do Tesouro, em violação do princípio da unidade de tesouraria, estabelecido em
diversos dispositivos da legislação: Lei nº 4.320/1964, a estatuir normas gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal, art. 56; Decreto-Lei nº 1.755/1979, a dispor sobre
a arrecadação e restituição das receitas federais, art 1º; e Decreto nº 93.872/1986, a dispor
sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, art. 2º.

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Seria outra a situação se fosse conferida às fundações de apoio a possibilidade de
constituição de fundo para suporte à Universidade, com recursos advindos de parcela do
resultado operacional líquido anual, desde que, mediante adequado regramento, a gestão
de tais fundos ficasse inteiramente sob a responsabilidade das fundações de apoio, de
modo que se caracterizassem como plenamente privados, fora da alçada direta dos
administradores da instituição pública.

ato
/F
#

Causa

Os gestores tomaram a iniciativa de submeter à aprovação do Conselho Universitário


nova resolução que disciplina o relacionamento da instituição com fundações de apoio,
com objetivo de consolidar o regramento interno em documento único e de promover
alterações no sentido de melhor conformá-lo à legislação.

Reitor e Vice-Reitora – designaram comissão para elaborar proposta de alteração dos


normativos internos que regem o relacionamento com fundações de apoio, a ser
devidamente aprovada pelo Conselho Universitário, no exercício da competência para
tanto, conferida pelo Regimento Geral da Ufla, art. 46.
s
au
/C
#

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 515/2016/GAB/UFLA, de 29/11/2016, a Vice-Reitora apresentou


a seguinte manifestação, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601725/06, de
22/11/2016, na qual se questionou acerca das questões tratadas nos itens “a” (de “a.1” a
“a.8”), referente a possibilidades de alteração da minuta de novo normativo a regrar o
relacionamento com fundações de apoio, e “b” (de “b.1” a “b.2”), referente a necessidades
de alteração do documento frente à legislação:

(...) Informamos que constituímos uma nova comissão, por meio da Portaria nº
1.731, de 25 de novembro de 2016, anexa que trabalhará na incorporação das
sugestões advindas da Controladoria Regional da União no Estado de Minas
Gerais à regulamentação referente ao relacionamento entre a Ufla e suas
Fundações de Apoio.
Informamos ainda que, após a conclusão do trâmite interno, encaminharemos a
resolução a essa Controladoria. [o anexo ao Ofício nº 515/2016/GAB/UFLA constou na
forma citada, com cópia da Portaria do Reitor nº 1.731/2016]
m
x
E
d
U
ifestco
an
/M
#

Análise do Controle Interno

As alterações cogitadas para a minuta de resolução em questão resultariam em maior


alinhamento da Ufla às demais instituições federais de ensino superior, no trato de
projetos com fundações de apoio. Os prontos atinentes ao item “a” do campo “Fato”, por
não se configurarem em conflito com a legislação, darão origem a recomendações para
que a Universidade avalie a conveniência e oportunidade de sua adoção, preservando-se
a discricionariedade dos gestores e a autonomia da organização. Os quesitos tratados no
item “b”, por outro lado, acarretarão em recomendações que visam tornar a proposta de
normativo harmônica com os ditames legais.

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27
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o
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n
/A
#

Recomendações:
Recomendação 1: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na
minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de definir a prestação de serviços dentre
as atividades de extensão.

Recomendação 2: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de estabelecer requisitos para a
prestação de serviços pela Universidade, a exemplo de obrigatoriedade de que os
servidores participantes de projetos dessa natureza estejam vinculados a programas
regulares da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

Recomendação 3: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de prever a classificação dos projetos,
a princípio, nas categorias de ensino, pesquisa, extensão, inovação tecnologia ou
desenvolvimento institucional.

Recomendação 4: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de estabelecer formulários para
identificação e classificação dos projetos, a ser utilizado nas fases iniciais de sua
aprovação e de autuação dos respectivos processos.

Recomendação 5: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de permitir que as horas dedicadas a
projetos por servidores sejam computadas para efeitos de cumprimento da jornada de
trabalho, desde que configurada a colaboração esporádica, nos termos do § 2º do art. 4º
da Lei nº 8.958/1994.

Recomendação 6: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de alterar os critérios de cobrança da
Taxa de Remuneração (TR/Ufla), pelo uso do nome e da imagem da Universidade, de
modo a evitar incidência de percentuais elevados em projetos com valores relativamente
módicos.

Recomendação 7: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações na


minuta de nova resolução do Conselho Universitário, a disciplinar o relacionamento da
Universidade com fundações de apoio, no sentido de definir as atribuições e
responsabilidades dos coordenadores dos projetos.

Recomendação 8: Avaliar a conveniência e oportunidade de promover alterações nos


critérios de composição das Assembleias Departamentais, a serem devidamente
aprovadas pelo Conselho Universitário, conforme Regimento Geral da Ufla, art. 10,

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passando da forma universal para a de representação, nos departamentos de grande
contingente de professores, com o fito de facilitar a obtenção de quórum para aprovação
de projetos, especialmente os gerenciados por fundações de apoio.

Recomendação 9: Promover alterações na minuta de nova resolução do Conselho


Universitário, a disciplinar o relacionamento da Universidade com fundações de apoio,
no sentido de prever a instância da Universidade responsável pala apreciação da prestação
de contas dos recursos geridos, bem como o seu rito, em atendimento dos §§ 1º a 3º do
art. 11 do Decreto nº 7.423/2010.

Recomendação 10: Promover alterações na minuta de nova resolução do Conselho


Universitário, a disciplinar o relacionamento da Universidade com fundações de apoio,
no sentido de remover a autorização para criação de fundos de fomento, a serem geridos
pelas fundações de apoio e administrados por comitês designados pelos diretores da Ufla,
vez que a prática contrariaria o Acórdão do Tribunal de Contas da União nº 2.731/2008 -
Plenário, item 9.2.39, e violaria o princípio da unidade de tesouraria.

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