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318-00 - HP17116381168201
Introdução, 3-4
Informações Legais, 5
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Por isso estou muito feliz por você estar aqui. Tenha certeza que seu tempo valerá a pena,
e seus amados animais de estimação vão retribuir com muita saúde e uma vida muito mais
longa e feliz.
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O conteúdo desse livro é apresentado com as melhores das intenções, contudo, têm
caráter meramente informativo e em nenhuma circunstância substitui, em absoluto, a
orientação de um médico-veterinário, especialmente, mas não somente, no caso de
distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à
ingestão de alimentos ou contato com outros produtos.
Cada animal é um indivíduo com histórico e particularidades únicas, e são muitos os
fatores que podem influenciar sua saúde e bem-estar, além de não termos controle sobre
a qualidade dos ingredientes usados, como a dieta é preparada, armazenada, o ambiente
em que vive e o estado de saúde atual do seu animal, entre outros fatores.
Deste modo, não posso me responsabilizar por resultados diferentes dos desejados,
incluindo - mas se não se limitado a - quaisquer prejuízos ou danos resultantes da tentativa
de seguir as informações contidas aqui.
Assim, antes de colocar em prática as sugestões deste livro, consulte um médico-
veterinário de sua confiança para verificar se seu animal se encontra apto a receber
qualquer uma das dietas e/ou cuidados descritos aqui.
A nutrição é um pilar fundamental para a saúde e deve ser tratada de forma responsável
e séria. Mas não é o único. Tenha em mente que você sempre precisará contar com o
acompanhamento do médico-veterinário, aliás, como já deve ou deveria estar fazendo.
Não participe nem incentive a pirataria eletrônica de materiais protegidos por direitos
autorais. Seu apoio aos direitos é muito importante.
Os direitos autorais de todo conteúdo contido neste e-book, autorais ou adaptados, estão
protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998, assim como legislação internacional de direitos
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Qualquer intenção de utilização de conteúdo deste e-book deve, ser comunicado à Pet
Super Saudável, por escrito, através do e-mail contato@petsupersaudavel.com.br para
autorização específica.
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A maioria das pessoas não percebe que termos como "subprodutos da carne" ou “farinha
de aves” podem significar que sua composição inclui penas, tecidos conjuntivos
(cartilagens), couro, resíduos fecais remanescentes em aves e outros animais, crina de
cavalo e gado para citar alguns exemplos.
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Tal como acontece com a proteína, outros ingredientes básicos podem variar muito em
qualidade e digestibilidade:
Os hidratos de carbono, caso por exemplo dos cereais integrais, das leguminosas (grãos)
e dos legumes (vegetais), entre outros - um dos três macros nutrientes da nossa dieta,
sendo os outros dois as gorduras e as proteínas - pode ser uma excelente fonte de
nutrientes. Em muitos produtos, no entanto, como em um alimento húmido para cão ou
gato, eles geralmente provêm de fontes com zero calorias de açúcar como propilenoglicol
(um álcool diol) e xarope de milho (glicose).
Em alimentos para animais, têm sido usados como carboidratos grãos impróprios para o
consumo humano (quebrados, mofados e rançosos). Produtos de maior qualidade, por
outro lado, iriam conter carboidratos complexos de grãos inteiros que são muito mais
nutritivos.
Assim, exceto para os açúcares, é difícil dizer, lendo apenas o rótulo, o que você realmente
está levando para casa.
As gorduras, na maioria das vezes, vêm de animais impróprios para consumo humano.
Essas gorduras podem estar rançosas, um estado que faz com que fiquem tóxicas para o
organismo. O ranço também rouba das gorduras vitaminas essenciais. Outra fonte são
óleos usados repetidas vezes pela indústria de alimentos e restaurantes até ficarem
oxidados e não poderem ser mais aproveitados. Estes produzem radicais livres, transácidos
graxos e outras toxinas perigosas.
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Tenha especial cuidado com alimentos que listam seus ingredientes em termos
categóricos genéricos, como estes:
Farinha de ossos
Subprodutos de carne
Partes secas de animais
Farinha de Subproduto de aves
Subproduto de aves
Vísceras e glândulas
Subproduto de Frango
Farinha de peixe
Subprodutos de peixe
O Pet Food Institute (PFI), que representa a indústria deste segmento nos EUA, também
seguida pelo Brasil, tem a permissão do Food and Drug Administration (FDA) para usar
esses termos de “ingrediente coletivos” repetidamente. Os membros da indústria
argumentam que isto lhes permite escolher uma “variedade de menor custo” para cada
classe de ingredientes. Alguns dos termos incluem “produtos de fibra vegetal”,
“subproduto de proteína marinha”, “produtos hortícolas”...
Você pode perceber como um termo como "produtos hortícolas" realmente não nos diz
absolutamente nada sobre o que está presente no alimento? Afinal, um produto vegetal
pode significar qualquer parte ou resíduo de qualquer planta.
Eles querem esses rótulos para serem usados porque são tão vagos e mal definidos que
lhes dão muito mais amplitude em escolher o que colocar sob o mesmo termo no rótulo.
Você pode imaginar o que seriam “subprodutos de aves” ou “parte secas de animais”
utilizados pelos fabricantes menos respeitáveis? Poderiam ser ingredientes como penas
ou pêlos no jantar do seu animal de estimação. Acredite, a suposição não é improvável.
O segundo fator que complica as comparações entre os rótulos dos alimentos para animais
é a variável teor de umidade. Para compensar o seu efeito sobre a análise nutricional, você
teria que fazer um pouco de conta.
Por exemplo, o rótulo de uma lata de comida de cão pode dizer que o teor de proteínas é
de 6%. No entanto, o rótulo de um saco de ração barata pode dizer que o teor de proteínas
é de 10%. Soa como sendo muito melhor, não é? Bem, essa comparação pode facilmente
enganar você.
Para comparar percentagens de qualquer nutriente entre alimentos, primeiro você deve
nivelar o campo de jogo através da conversão de cada alimento a uma percentagem do
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Há muitas contradições, e objeções, que podemos fazer sobre a qualidade nutricional dos
alimentos industrializados para animais de estimação, além das que vimos até agora, que
se encaixam em duas categorias.
Elas contêm muitas outras coisas que gostaríamos que elas não tivessem:
Resíduos de matadouros
Produtos tóxicos de alimentos rançosos e impróprios para consumo humano
Enchimentos não nutritivos
Açúcares
Corantes, aromatizantes e conservantes
Resíduos de drogas, pesticidas e herbicidas
Contaminantes de metais pesados, bactérias e fungos
Quando você alimenta o seu animal de estimação com estes alimentos de conveniência,
sem saber, ajuda a criar um outro problema: A presença de várias toxinas e agentes
químicos aumentam a necessidade do corpo por nutrientes de alta qualidade necessários
para combater ou eliminar esses mesmos contaminantes. Ainda pior, quando esta
nutrição, em geral, já é menor do que deveria ser, estamos abrindo as portas do organismo
para mais problemas.
“Não tenho tempo” Ou “Este tipo de alimentação custa caro” Ou ainda “Ahhh, mas meu
animal não vai querer comer isso”...
Já ouvi muito tudo isso, mas é surpreendente como a aceitação da alimentação natural é
praticamente unânime, fácil e rápida de preparar, e com um custo financeiro menor – além
de proporcionar saúde e bem-estar aos nossos animais. Ainda que alguns poucos
estranhem no começo, quando um alimento tem o cheiro certo e o gosto bom, eles
devoram. E temos muitos truques, que se necessário, podemos utilizar para ajudar.
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Duas perguntas nos interessam agora: O que são esses padrões e, se corretos, se são
realmente aplicados.
Aqui no Brasil é muito difícil, tanto obter informações assim como afirmar a veracidade
delas. Então, vamos pegar como base um país mais desenvolvido onde, teoricamente, tudo
seria melhor, mais fiscalizado e controlado para a fabricação de alimentos para animais de
estimação. Vamos lá.
Nos EUA, o padrão usual é definido pela Association of American Feed Control Officials
(AAFCO), que é um “órgão consultivo particular” cujos membros são representantes de
agências estatais e governamentais individuais americanas, o Food and Drug
Administration (FDA) e outras agências federais que compartilham responsabilidades na
regulação da alimentação animal, como a National Research Council (NRC).
Como eu, você provavelmente já assumiu que alimentos para animais de estimação é bem
regulamentado e fiscalizado por organizações como estas, certo?
A AAFCO, no entanto, não tem acesso aos ingredientes que são usados em alimentos para
animais, como também não tem autoridade de aplicação, e não faz nenhum teste analítico
sobre alimentos para animais ou as suas fontes de proteínas, fibras ou gorduras
utilizadas. Ensaios de alimentação, que são feitos para alguns (não todos) são realizados
pelas próprias empresas ou por empresas terceirizadas contratadas pelas mesmas, que,
em seguida, atestam os resultados.
Encorajados por anúncios que afirmam que "apenas os ingredientes da mais alta qualidade
são usados", os consumidores presumem que produtos com carne de qualidade formam
a maior parte dos alimentos comerciais para animais de estimação.
Enganados por propagandas que exibem frangos inteiros, cortes selecionados e grãos
frescos ainda nos campos, os consumidores desavisados não sabem que os fabricantes, na
verdade, usam cabeça, pescoço, pés e intestinos de frango, cérebros da vaca, línguas,
pulmões, esôfagos e outras vísceras, tecidos conjuntivos (cartilagens), incluindo tecido
doente, grãos considerados impróprios para consumo humano por causa de mofo, couro,
pêlos, resíduos fecais remanescentes em aves e outros animais, e outros remanescentes
do processo de moagem.
Uma realidade bem diferente daquela que vemos estampadas em anúncios e propagandas
destes produtos, infelizmente.
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Estamos vendo hoje em dia animais muito jovens com os mesmos tipos de doenças que
estávamos habituados a ver apenas em animais mais velhos. Há um acúmulo de má saúde
que está sendo passada de geração em geração.
Esta acumulação aumenta em cada etapa. Sem a perspectiva histórica de várias décadas,
muitos veterinários que saem da faculdade pensam que estas condições degenerativas em
animais mais jovens são "normais", tamanha é a sua incidência. Eles não percebem a
evolução negativa que ocorreu durante a passagem das gerações através do tempo.
Juntamente com nutrientes de má qualidade, os aditivos químicos nos alimentos para
animais de estimação têm desempenhado um papel importante neste declínio. Basta
olhar para o rótulo de um produto típico para cães. Entre eles os edulcorantes, como o
popular xarope de milho, é um dos três principais ingredientes listados.
Mas o que este adoçante comum, de baixo custo, está fazendo em um alimento que se diz
baseado em carnes?
A utilização de xarope de milho na sua forma hidrogenada é um “agente umectante e
plastificante," isto é, um ingrediente que pode dar humidade e flexibilidade ao produto,
bem como preservá-lo e realçar seu sabor. Se isso não lhe parece familiar, aqui vão alguns
produtos industrializados que você vai reconhecer e que usam o mesmo método de
conservação de alimentos: Coca-Cola, salgadinhos, antitussígenos e expectorantes
líquidos, e mais uma infinidade de produtos que tentamos evitar.
Quimicamente derivado do amido de milho, o xarope de milho produz os efeitos
energéticos altos e baixos como o açúcar de mesa, e faz a mesma pressão sobre o pâncreas
e glândulas suprarrenais, uma condição que pode resultar em vários problemas, inclusive
diabetes, obesidade e alergias.
É fácil ver que o xarope de milho é um ingrediente indesejável, especialmente quando você
considera outras deficiências de um açúcar tão isolado e refinado quanto barato. Ele não
só dilui outros nutrientes nos alimentos, fornecendo calorias "vazias" desprovidas de
vitaminas, minerais, proteínas ou gorduras, mas também pode estimular a produção de
insulina e sucos digestivos ácidos que interferem com a capacidade em absorver as
proteínas, cálcio e outros minerais que estão no alimento. Além disso, pode inibir o
crescimento de bactérias intestinais úteis. De acordo com pesquisas americanas, ele ainda
aumenta o nível de triglicerídeos no sangue e estimula a OBESIDADE.
Não surpreendentemente, os perigos para a saúde intrínsecos nestes alimentos a base de
carne para animais de estimação foram suficientes para preencher um livro inteiro. Ann N.
Martin’s publicou o livro intitulado Food Pets Die For (2003-2016), que em tradução livre
seria algo como “Alimentos para Animais de Estimação Morrerem”, com 161 páginas,
falando sobre os produtos químicos, conservantes, hormônios, pesticidas e partes de
animais doentes encontradas em alimentos comerciais para animais de estimação e as
doenças que cada um pode causar.
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Etoxiquina (EQ): Desenvolvida como um herbicida para controlar o escaldão nas peras
após a colheita, este conservante está entre os compostos mais suspeitos como causa de
graves problemas de saúde em cães. Em um teste de alimentação, encomendado pela
Monsanto, fabricante da etoxiquina, mostrou alteração na cor do fígado e aumento das
enzimas hepáticas em cães alimentados com este produto químico, mas não foram
consideradas significativas porque os cães não ficaram visivelmente doentes. A etoxiquina
é utilizada como antioxidante e conservante para evitar a rancificação de gorduras.
Hidroxitolueno butilado (BHT): Este conservante mal testado é acusado por cientistas
como causa de lesão hepática, estresse metabólico, anormalidades fetais, aumento do
colesterol sérico e câncer. Já se demonstrou que causa padrão anormal de
comportamento, além de alterações químicas no cérebro (estudo em ratos). O BHT e o
BHA são quimicamente parecidos, mas o BHT pode ser mais nefrotóxico (tóxico para os
rins). Proibido na Inglaterra e sob estudos nos EUA. O FDA tem um banco de dados on-line
atualizado chamado "PAFA" que provavelmente apresente informações mais atuais.
Nitrito de sódio (INS 250): Amplamente usado como conservante e como corante
vermelho. Em alimentos pode produzir potentes substâncias cancerígenas conhecidas
como nitrosaminas. Muitos cães são alérgicos e sofrem com diarreia crônica ou mal-estar.
Amarelo Crepúsculo – E110 (FD&C N° 6): Foi comprovado causar tumores suprarrenais em
estudos com animais, mas a indústria de corantes e o FDA ainda questionam. Pode ser
responsável por causar reações alérgicas com intolerância à aspirina, resultando em vários
sintomas, incluindo perturbações gástricas, diarreia, vômitos, urticária, inchaço da pele
(angioedema) e enxaquecas. Também tem sido associado à hiperatividade em crianças
pequenas. O amarelo crepúsculo está banido na Noruega e Finlândia.
Vermelho Eritrosina – E127 (FD&C Red N° 3): Uma substância cancerígena comprovada em
tireoide de animais. Pode causar a fotossensibilidade (sensibilidade à luz) e têm estado
suspeita em TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ainda que não
se tenha sido possível determinar com exatidão se é isto verdade. Com base nessas
evidências, o FDA fez um movimento para banir o Vermelho Eritrosina em 1984, mas ainda
é encontrado em alimentos. Em junho de 2008, o CSPI pediu ao FDA a proibição total de
eritrosina nos Estados Unidos, parece que ainda sem resultado.
Vermelho Allure – E129 (FD&C Red N° 40): É o corante artificial mais consumido. Tem
demonstrado causar lesões cromossômicas e linfomas em camundongos. Este corante
provoca reações alérgicas em um pequeno número de consumidores e acredita-se ser o
responsável por provocar hiperatividade em crianças. De acordo com o CSPI, “o Red-40
deve ser excluído dos alimentos até que novos testes demonstrem claramente a sua
segurança”. É proibido na Dinamarca, Bélgica, França, Suíça, Suécia e Noruega. Ele é, de
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Azul Índigo - E132 (Blue FD&C N° 2): Foi demonstrado em testes que o Azul Índigo provoca
a ocorrência significativa de tumores, especialmente ganglioma cerebrais em ratos
machos. É proibido na Noruega.
Azul Brilhante - E133 (Blue FD&C N° 1): Tem a aparência de um pó azul avermelhado. É
proibido na França e na Finlândia. Esta cor é responsável por provocar reações alérgicas,
hipersensibilidade e hiperatividade. O CSPI diz que o Azul-1 exige mais testes
independentes para determinar sua segurança. Pode ser combinado com o corante
tartrazina (E102) para produzir vários tons de verde.
Verde - E143 (Green FD&C N° 3): Também chamado de Fast Green, o verde rápido é
proibido na União Europeia e em alguns outros países devido ao aumento significativo de
casos de tumores de bexiga em ratos machos causados por este corante. O CSPI pede mais
testes antes de considerar o Verde-3 como seguro.
Aromatizantes artificiais
Menor ainda são os controles que regem a maior classe de aditivos utilizados,
os aromatizantes artificiais. Em grande parte, devido a um poderoso lobby, os fabricantes
desses prazeres podem sintetizar novos aromas, chamá-los de seguro com pouco ou
nenhum teste, e depois usá-los sem a necessidade de permissão do FDA sob o termo geral
"aromatizantes artificiais." Uma vez que não temos nenhuma maneira em confiar em tudo
ou avaliar a segurança do que é usado, alguém seriamente preocupado com a saúde
evitaria consumir tais produtos - para si ou para seus animais de estimação. Porém, são
muito utilizados, pois não dá para imaginar o aroma natural de uma ração. Acredito que
nem um animal faminto sentiria vontade ou atração para comer.
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O problema é este: Os metais pesados, como muitos contaminantes, não são destruídos
ao longo do tempo. No solo, as plantas os absorvem em seus tecidos, onde eles
permanecem por toda a vida da planta. Quando esta planta é ingerida por um animal, os
metais entram no corpo do animal e se armazenam por lá.
Quanto mais desta planta o animal come, mais metal pesado se acumula em seus
tecidos. Se esse animal é comido por outro animal, ele é repassado e assim por diante. Os
contaminantes presentes no solo tornam-se mais concentrados nas plantas, em seguida,
mais concentrado nos animais de pasto que comem as plantas. Em seguida, os carnívoros
que comem esses animais consomem uma carga maior. Cada passo resulta numa
acumulação.
Se estes elementos fossem neutros, não tendo nenhum efeito, eles não importariam
tanto. Mas eles não são neutros e são muito tóxicos. Todos os anos, mais e mais destes
metais são jogados em nossa biosfera, e os efeitos sobre as pessoas e os animais são
surpreendentes.
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A acumulação tóxica
O segundo problema é que o corpo não consegue desintoxicar todas as substâncias. Isso
porque há milhares e milhares de anos, os mecanismos de desintoxicação dos animais
foram aperfeiçoados para lidar com os venenos naturais encontrados ao longo da sua
vida. No entanto, nas últimas décadas temos visto a introdução de quantidades
inacreditáveis de substâncias e produtos químicos nunca antes encontrados em um
ambiente natural.
Quando o corpo não é capaz de desintoxicar as substâncias químicas, ele os armazena nos
tecidos, que podem interferir com a função normal. O grau de interferência depende da
concentração. Quanto mais houver, mais significativo o efeito.
E, infelizmente, há um terceiro fator a considerar: Interações entre produtos químicos
armazenados. Imagine duas diferentes substâncias químicas sintéticas: substância A e
substância B - que são armazenados no mesmo tecido do corpo.
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As consequências vão muito além e são de dar frio na espinha. Outro dia li um artigo com
a seguinte manchete: “Meninas começam a ter seios aos 8 anos, e os meninos tem 40%
menos esperma” (faça uma busca na internet e veja você mesma, saiu no O
Globo.com/New York Times).
Já há algum tempo temos ouvido falar desse perigo, que tem um nome forte: disruptores
endócrinos. Essas substâncias modificam nossos hormônios, até mesmo alterando nossa
personalidade. Quando eles se misturam, criam um coquetel que pode mudar
profundamente nossos hormônios reprodutores que preocupam os jovens na puberdade
atualmente. E não é diferente com nossos animais.
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O Dr. Wendell O. Belfield, premiado veterinário e autor de diversos livros, como How to
Have a Healthier Dog (Como ter um cão saudável) e The Very Healthy Cat Book (Gato
muito saudável), afirma: "Apesar da indústria afirmar que os animais de estimação
vivem vidas longas e saudáveis em alimentos para animais de estimação comerciais,
nós veterinários, somos rotineiramente confrontados com evidências contraditórias
na forma de animais doentes. Muitas vezes, encontramos reações agudas como
diarreia, vômitos e lesões cutâneas. Na maioria das vezes, estamos testemunhando
sintomas de deterioração da saúde, da diminuição da eficiência das funções e órgãos
corporais, dos rins que falham na meia idade, de sistemas imunológicos
enfraquecidos e reações alérgicas. Estamos vendo o efeito cumulativo de todos os
aditivos, toxinas, chumbo e a fonte muito questionável dos ingredientes naturais.
Como veterinário praticante, acredito que doenças como câncer, problemas renais,
de fígado e insuficiência cardíaca são muito mais comuns do que deveriam ser, e que
muitos provavelmente serão exacerbados ou causados diretamente pelos inúmeros
ingredientes perigosos nas rações comerciais. ”
Com isto quero dizer: dê preferência para alimentos crus, tanto quanto possível. Grãos e
alguns vegetais terão de ser cozidos para ser digerível, mas carne, aves, peixe, leite, ovos,
vegetais macios e frutas podem ser consumidos crus com grandes benefícios.
O testemunho de muitas pessoas e animais que prosperam em dietas que incluem uma
abundância de legumes frescos, frutas, laticínios e outros alimentos crus é suficiente para
convencer de que uma dieta de alimentos desnaturados, por si só, não vai manter seus
animais de estimação no topo.
Além disso, a experiência prática ao longo dos anos confirma isso. Muitos animais que
passaram a receber uma dieta de alimentos crus depois de comer alimentos processados,
em sua maioria, se tornaram incrivelmente mais espertos e saudáveis.
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A maioria dos cães adoram suas novas dietas. Mas alguns podem se apresentar resistentes
a mudança ou ter algumas dificuldades ao longo do caminho, dificuldades que podem ser
evitadas ou remediadas. Vamos ver alguns exemplos que podem ocorrer e como resolvê-
los.
Alguns simplesmente ignoram o novo alimento, estão habituados ("viciados") em
alimentos específicos, normalmente enlatados, com os quais foram alimentados durante
um longo período de tempo. Da mesma forma que, entre os humanos, preferências
alimentares que foram desenvolvidas no início da vida, muitas vezes tornam-se hábitos
profundamente enraizados.
Há casos de cães que iniciaram bem a troca de alimento comercial pelo natural e depois
pararam de comer o novo alimento. Também é muito comum, após um breve período em
uma nova dieta de alta qualidade, o animal expurgar toxinas acumuladas (jejum
involuntário) ou acometer um breve agravamento dos seus sintomas (muitas vezes
chamada de crise de cura). Estes reveses aparentes são normais, muitas vezes necessários
no caminho para o seu bem-estar.
Quase todos os senões do seu animal de estimação podem ser encontrados em uma
mudança de dieta, será num destes dois tipos - fazendo um comedor enjoado gostar de
alimentos nutritivos e saudáveis ou ajudar um animal através dos estágios, por vezes
desconfortáveis, de um processo natural de limpeza.
Acima de tudo, não desanime de tentar uma mudança de dieta. Lembre-se, a maioria dos
cães que mudam para alimentos naturais não enfrentam os problemas descritos neste
capítulo. A maioria adora e desfruta muito bem os novos alimentos. A partir da nova dieta
seu animal de estimação vai ser visivelmente muito mais feliz e saudável do que nunca.
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O ideal é que ele não perceba que está comendo mais de um tipo de ração, de forma que
não fique “escolhendo” os grãos que come.
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Certifique-se de que possui quantias suficientes dos dois alimentos (a atual e o novo) e
faça o cronograma de acordo com o esquema abaixo:
1° dia
Comece com 90% da ração antiga, misturada com 10% de alimentação natural.
2° e 3° dias
Comece com 70% da ração antiga, misturada com 30% de alimentação natural.
4° e 5° dias
Misture 50% da ração antiga, com 50% de alimentação natural.
6° e 7° dias
Misture 25% da ração antiga, com 75% de ração natural.
A partir de 8° dia
100% de alimentação natural. A partir do oitavo dia, seu animal já deve comer o alimento
natural sem perceber muito a diferença e a troca.
10% Alimento Natural 30% Alimento Natural 50% Alimento Natural 75% Alimento Natural
100% Alimento Natural
90% Ração Antiga 70% Ração Antiga 50% Ração Antiga 25% Ração Antiga
Figura 1- Pet Super Saudável
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Este método é o sugerido pela Dra. Karen Becker, palestrante e autora do livro Real Food
for Healthy Dogs and Cats (Comida real para animais de estimação saudáveis).
Ele é especialmente útil para cachorrinhos de raça pequena acostumados com rações
secas, principalmente se o alimento seco que você o está alimentando é rico em
carboidratos como milho, trigo, arroz ou batatas. Embora não tenham requisitos físicos
para carboidratos, infelizmente, eles podem se tornar facilmente “viciados”.
Algumas marcas de alimentos úmidos podem não conter ou serem muito baixos em
carboidratos. E isto é importante se você estiver tentando converter um cachorrinho
“viciado” em carboidratos para outro alimento de baixo ou zero carboidratos.
Mesmo que seu cachorrinho aprove rapidamente o novo alimento úmido, mantenha a
divisão das refeições diárias e a progressão da transição. Isto é importante para sua
adaptação ao novo alimento e também para a segunda parte da transição, de alimentos
úmidos para alimentos naturais.
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Jejum
Jejuar não só estimula o apetite, mas também ajuda a limpar o corpo e a recondicionar
velhos hábitos, tudo ao mesmo tempo. Para ser mais rápido, seu animal de estimação
precisa de um ambiente favorável, de ar fresco, tranquilidade e silêncio, acesso ao ar livre,
e alguns exercícios moderados.
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Cedo ou tarde, o teimosinho vem por aí. De alguma maneira nós nos convencemos de que
um cachorro sem comida por um ou dois dias estará pela hora da morte. Não é verdade.
Portanto, não se preocupe.
Quanto tempo jejuar antes de desistir e voltar para a dieta habitual dele?
Com cães, dois dias devem ser suficientes. Se você não tem certeza ou o seu peludo é mais
velho ou tem histórico de problemas de saúde, consulte seu veterinário primeiro. Muitos
veterinários holísticos têm experiência com animais em jejum e poderão ajudá-lo.
Alguns cães, no entanto, simplesmente não desenvolvem um apetite normal, mesmo após
alguns dias sem comer. Um apetite fraco é muitas vezes um sintoma de doença crônica.
Não quero dizer que esses animais estejam necessariamente com sintomas ou uma
doença definida. Ao contrário, eles podem estar em um estado “sub-saudável” (conceito
terapêutico que define uma fase intermediária entre a saúde e doença).
Nesses casos é interessante o uso de tratamento homeopático individualizado para
melhorar o nível geral de saúde do animal. Se você não tem acesso a um veterinário que
pratique homeopatia, você pode querer tentar a terceira abordagem.
Considerações
Suponha que você tentou realizar a transição gradual e seu animal de estimação não se
converteu para a nova dieta. Ou talvez simplesmente o jejum não funciona para você. É
difícil para algumas pessoas deixar seu animal ficar com fome, eles não conseguem lidar
com a agitação do animal pedindo comida.
Ou, em outros casos, o cão não está saudável o suficiente para realizar uma troca de
dieta. Nestas situações é melhor você ceder, misturando o novo alimento gradualmente
com o antigo com o qual ele já está habituado.
Às vezes, até mesmo uma pequena porção de um alimento que é familiar ao animal de
estimação faz a diferença. Então, tente misturar uma colher da comida úmida (em lata)
favorita dele na a receita natural, muitas vezes este é o truque.
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O corpo responde
Ao examinar seu animal de estimação regularmente, você pode facilmente monitorar a
sua saúde em geral. Não importa o que você já ouviu falar, não é normal para um cão ter
um "cheirinho de cachorro" ou um forte mau hálito. Animais que têm um cheiro
desagradável mostram sinais de um nível crônico de saúde baixa. Se o seu animal de
estimação está em estado mediano ou tem uma determinada doença, iniciando a nova
dieta pode desencadear um processo de limpeza.
O que acontece? Durante anos o seu animal comeu alimentos provavelmente carregado
de ingredientes nocivos, como já pudemos ver acima. Sem dúvida, ele também foi exposto
a poluentes ambientais e, talvez, alguns fármacos potentes. Então, quando seu animal,
finalmente, come alimentos realmente frescos, nutritivos, que são minimamente poluídos,
coisas estranhas (temporariamente) começam a acontecer. É o corpo respondendo!
Seu animal geralmente se sente melhor no início. Energia e nutrientes estão fluindo
através dos tecidos. A qualidade do sangue e a sua capacidade de transporte de oxigénio
melhora, de modo que o animal passa a ser mais ativo. O exercício, por sua vez, ajuda a
reavivar tecidos inertes.
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A crise de cura
As aparências enganam. Apesar do que você vê, o corpo do seu animal de estimação está
ficando mais limpo. Parece difícil de entender.
A maioria de nós espera que quando um problema físico está sendo tratado de forma
eficaz, a condição irá melhorar constantemente até que o distúrbio desapareça
(certamente, não esperamos que pareça pior).
É como antibióticos e outros medicamentos familiares, muitas vezes funcionam - pelo
menos por um tempo. Infelizmente, tais drogas às vezes simplesmente suprimem os
sintomas, embora o distúrbio subjacente que levaram à doença fique inalterado, então os
mesmos problemas ou aqueles relacionados podem surgir novamente.
Um efeito a longo prazo do uso de drogas para controlar doenças é que o corpo tende a
se tornar preguiçoso sobre a tentativa de manter-se saudável. É quando um animal
apresenta algum dos sintomas descritos em Como Realizar um Check-Up Rápido descrito
no livro Saúde e Bem-Estar.
No passado, as pessoas reconheciam mais claramente os estágios de uma cura, um dos
quais era um período de crise que podia apresentar-se como uma febre, inflamação ou
exagero temporário dos sintomas, a tal ponto que o paciente se recuperava ou
morria. Esta crise de cura, como foi chamada, representa o ponto em que as defesas do
organismo estão mobilizadas em sua capacidade de máxima. É grande um esforço.
Quando nós interferimos com este processo, através de injeção de antibióticos ou
cortisona, por exemplo, o sistema de defesa não é utilizado. Isso significa que ele não pode
corrigir a falha que deu origem à doença em primeiro lugar. Como um músculo
subutilizado, o sistema de defesa enfraquece. Logo a resistência a qualquer nova doença
fica enfraquecida, e o corpo precisa de mais drogas para lidar com novos problemas.
Má nutrição baixa mais ainda a resistência a doenças, que então leva à utilização de ainda
mais drogas. Enfraquecido por infecções e os elementos tóxicos das drogas, o corpo exige
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O que vai quebrar este ciclo? Através de uma boa dieta, do fornecimento de nutrientes
ideais, que podem aumentar a resistência à doença e ajudam o corpo a eliminar os efeitos
tóxicos de drogas. Então, não desanime por esses sinais de desintoxicação quando você
melhorar a dieta do seu animal de estimação. Você tem as coisas em movimento.
Todo organismo tem um pouco mais de dificuldade para metabolizar óleos insaturados
(gordura vegetal) do que os saturados (gordura animal). Procure escolher o azeite de
oliva como fonte de óleo na dieta, ou então, prefira gorduras animais como banha,
manteiga, ou aparas de carne.
Em resumo, um processo de cura natural nem sempre é simplesmente "ficar melhor."
Pode haver altos e baixos e evidências de eliminações.
É altamente recomendável que você trabalhe com um veterinário que seja capaz de
interpretar essas mudanças com precisão, preferencialmente um que tenha algum
conhecimento em homeopatia, medicina chinesa, fitoterapia, ou outros sistemas de cura
natural.
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Use apenas uma erva, em vez de uma combinação. Escolha o que mais combina com os
problemas listados nas breves descrições que se seguem. Consulte a tabela abaixo
(Tamanhos do Cão) para saber as quantidades em relação ao tamanho do seu animal de
estimação.
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Além disso, você pode usar palha de aveia para proporcionar um banho de cura: Ferva 500
a 900 g da palha em 3 litros de água por 30 minutos. Adicione na água do banho ou passe
com uma esponja repetidamente como uma lavagem pós-banho. Esse tratamento é útil
para problemas de pele, dores musculares e articulares, paralisia, problemas hepáticos e
renais. Cães se divertem mais do que os gatos durante o banho.
Uma dessas ervas, juntamente com os benefícios da nova dieta, deve auxiliar em um
caminho mais suave e mais curto para a boa saúde. Depois de um mês ou dois, realize
novamente o exame no seu animal de estimação (Como Realizar um Check-Up Rápido
descrito no livro Saúde e Bem-Estar Animal). Você vai se surpreender ao ver a diferença.
Tamanhos do Cão
Use esta tabela como um guia aproximado para determinar a quantidade de ervas para
dar o seu cão. Se o seu cão cai em um tamanho entre os listados use o grupo superior.
Pequeno
3 5 2 1
De 28 a 35cm / de 6 a 15kg
Médio
5 9 3 2
De 36 a 49cm / de 15 a 25kg
Grande
7 13 5 2½
De 50 a 69cm / de 25 a 45kg
Gigante
9 16 6 3
Acima de 70cm / de 45 a 60kg
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