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Introdução, 3-4

Informações Legais, 5

O que é a ração comercial que seu cachorro come, 6-23


 Os rótulos não dizem tudo e podem ser bastante enganosos, 7-11
 As contradições das rações comerciais para cães, 12-13
 Os perigos dos aditivos químicos comumente utilizados, 14-18
 Os efeitos e consequências da contaminação química no corpo, 19-21
 A eficácia de uma Alimentação Natural, 22-23
 Se você preferir utilizar carnes cozidas, 22

AJUDANDO SEU PET A FAZER A TRANSIÇÃO PARA O ALIMENTO NATURAL, 24-37


 TRÊS MANEIRAS DE INTRODUZIR OS NOVOS ALIMENTOS, 26
 Introduzindo novos alimentos gradualmente até que sejam aceitos, 26
 Método 1, 27
 Método 2, 28-29
 Jejuando seu animal o suficiente para tentar uma nova porção, 29-30
 Considerações, 30-31
 REAÇÕES DE LIMPEZA, DESINTOXICAÇÃO, 32-35
 ERVAS PARA FACILITAR O PROCESSO DE TRANSIÇÃO, 36-37

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Introdução
A indústria de alimentos para animais de estimação é relativamente jovem, o que é
surpreendente quando se considera a vasta e confusa variedade de ofertas desses
alimentos no mercado. O alimento preparado para animais de estimação, na forma similar
como a conhecemos hoje, existe há cerca de 60 e poucos anos e experimentou a maior
parte do seu crescimento nos últimos 30 anos.
A Segunda Guerra Mundial introduziu os americanos em duas coisas que demonstraram
grande poder de permanência - alimentos processados para humanos e alimentos secos
para animais de estimação.
Durante esses anos de crescimento, em resposta ao tremendo aumento de consumo, a
indústria de alimentos processados para humanos passou a gerar gigantescas quantidades
de resíduos de matadouros, moinhos de grãos e de fábricas de transformação.
Os fabricantes de alimentos para animais de estimação, ainda em sua infância,
vislumbraram imediatamente a oportunidade ilimitada destes resíduos de alimentos
humanos para sua indústria.
Foi quando, no final da década de 1950, uma empresa americana de alimentos para
animais desenvolveu uma maneira de criar alimentos secos, crocantes, em enormes
caldeiras de fermentação onde carnes, gorduras e restos de grãos são misturadas e cozidas
em altíssimas temperaturas, num processo chamado de extrusão.
Neste processo, as matérias-primas são misturadas à gordura e a enchimentos de amido.
São adicionados suplementos vitamínicos e minerais à massa e, em seguida tudo isso é
“extrusado” a altas temperaturas, criando todos os tipos de reações tóxicas, incluindo
produtos finais de glicação avançada (conhecida como reação de Maillard) e aminas
heterocíclicas (que podem provocar tumores cancerígenos).
Essa massa seca, prensada em formato de partículas, coloridas por corantes e tornadas
mais agradáveis por meio de aromatizantes, é o que na verdade se faz passar por alimentos
para animais de estimação, vendido a consumidores bem-intencionados como “Alimentos
Completos cientificamente formulados para cães e gatos” sempre em embalagens bonitas
com uma enorme margem de lucro.
Há, no entanto, um outro problema. Cães e gatos são carnívoros e não evoluíram para
digerir este milagroso “alimento”. Como consequência, há mais de meio século criamos
dezenas de gerações de animais que sofrem de doenças degenerativas ligadas a
deficiências nutricionais e efeitos de agentes químicos tóxicos. Embora os animais possam
comer alguns alimentos processados, eles não são projetados para consumir uma vida
inteira de dietas secas ou enlatadas. O estudo conhecido como Pottenger Cat Studies,
do Dr. Pottenger, é um exemplo de como esse sistema atual de alimentar animais de
estimação cria doenças crônicas.

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Uma das razões pelas quais acabamos nos enganando e acreditando que esses alimentos
para animais de estimação são bons é porque as mudanças na saúde e vitalidade
provocadas por uma dieta morta e processada geralmente não são imediatas ou agudas.
É como fumar...
É que cães e gatos são adaptáveis e resilientes, ao contrário de outras espécies, por
exemplo, cobras. Se de repente forçássemos as cobras a comer grãos ou a consumir
vegetação, elas simplesmente morreriam, demonstrando de forma bastante visível e
rápida que eles não receberam a fonte de alimento correta.
Cães e gatos são capazes de suportar abusos nutricionais realmente significativos, a
degeneração ocorre como resultado de uma dieta inadequada, mas a morte súbita não
ocorre.
A verdade é que a nossa população de animais de estimação fornece um lugar para a
reciclagem de resíduos da indústria de alimentos humanos.
Os grãos que falham na inspeção, peças inseguras e partes de resíduos da indústria de
frutos do mar, restos de óleos utilizados em indústrias e restaurantes, gado falecido e até
mesmo animais atropelados são coletados e descartados através de extrusão, que
converte todos os tipos de resíduos da indústria alimentar humana em matérias-primas
para a indústria de alimentos para animais de estimação.
Agora, os gigantes da indústria de alimentos para animais de estimação estão percebendo
que os donos destes animais estão se tornando mais bem informados e, preocupados com
seu sistema tortuoso, estão tentando limpar sua imagem.
Repare que estamos começando a ver palavras como "natural" e "sem subprodutos" nos
rótulos. Estamos começando a ver "sem grãos" e "naturalmente preservados" nos rótulos
também.
Os fabricantes estão percebendo os murmúrios de donos de animais e estão mudando seu
“marketing” para tentar recuperar clientes perdidos. Infelizmente, com certeza muitos
continuarão acreditando na saúde de seu animal através de uma bonita e emocional
propaganda de TV, ou em embalagens coloridas com imagens que gostariam de
acreditar...
Nem todos acreditam que os alimentos são realmente importantes para a saúde. Muitas
pessoas não correlacionam a doença com a dieta. E também há pessoas que percebem
que existe uma conexão, mas simplesmente ignoram. Na verdade, muitas pessoas
praticamente nunca discutem ou questionam a dieta do seu cachorro ou gato ou procuram
ler e se informar melhor a respeito. As discussões e questionamentos normalmente se
resumem em qual ração é a melhor para tal situação...

Por isso estou muito feliz por você estar aqui. Tenha certeza que seu tempo valerá a pena,
e seus amados animais de estimação vão retribuir com muita saúde e uma vida muito mais
longa e feliz.

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Informações Legais
Esta é uma parte chata, mas necessária. Peço que leia com atenção e siga as orientações contidas aqui.

O conteúdo desse livro é apresentado com as melhores das intenções, contudo, têm
caráter meramente informativo e em nenhuma circunstância substitui, em absoluto, a
orientação de um médico-veterinário, especialmente, mas não somente, no caso de
distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à
ingestão de alimentos ou contato com outros produtos.
Cada animal é um indivíduo com histórico e particularidades únicas, e são muitos os
fatores que podem influenciar sua saúde e bem-estar, além de não termos controle sobre
a qualidade dos ingredientes usados, como a dieta é preparada, armazenada, o ambiente
em que vive e o estado de saúde atual do seu animal, entre outros fatores.
Deste modo, não posso me responsabilizar por resultados diferentes dos desejados,
incluindo - mas se não se limitado a - quaisquer prejuízos ou danos resultantes da tentativa
de seguir as informações contidas aqui.
Assim, antes de colocar em prática as sugestões deste livro, consulte um médico-
veterinário de sua confiança para verificar se seu animal se encontra apto a receber
qualquer uma das dietas e/ou cuidados descritos aqui.
A nutrição é um pilar fundamental para a saúde e deve ser tratada de forma responsável
e séria. Mas não é o único. Tenha em mente que você sempre precisará contar com o
acompanhamento do médico-veterinário, aliás, como já deve ou deveria estar fazendo.

Não participe nem incentive a pirataria eletrônica de materiais protegidos por direitos
autorais. Seu apoio aos direitos é muito importante.
Os direitos autorais de todo conteúdo contido neste e-book, autorais ou adaptados, estão
protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998, assim como legislação internacional de direitos
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book, parcial ou integralmente, é expressamente proibida.
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é ilegal assumindo total responsabilidade pelo uso indevido.
Qualquer intenção de utilização de conteúdo deste e-book deve, ser comunicado à Pet
Super Saudável, por escrito, através do e-mail contato@petsupersaudavel.com.br para
autorização específica.

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O que é a ração comercial para animais de estimação
Ainda existe o mito de que as rações são os únicos alimentos capazes de suprir
completamente as necessidades nutricionais dos animais. Este pensamento existe devido
ao tipo de alimento que era oferecido antigamente aos nossos animais, que se baseava
em restos de comida humana, condimentada, pobre em variedades e nutrientes.
Esta brecha, aliada a imagem de comodidade e praticidade da vida moderna, deu espaço
para que indústrias nascessem, expandissem e criassem rapidamente um negócio
bilionário, com duas grandes vantagens: Os tutores de animais não têm conhecimentos
técnicos sobre nutrição animal e, seus consumidores finais, nossos peludos, não tem opção
e nem como reclamar. É comer ou morrer de fome ...
Não há coisas boas para falar sobre alimentos comerciais, principalmente quanto as rações
comerciais para animais de estimação, e como a publicidade desses produtos é sempre
tão convincente, fica difícil para qualquer um dizer "não use".
Em vez disso, vamos entrar em alguns detalhes sobre o que estes alimentos contêm, os
problemas associados aos produtos processados e embalados, e também a falta de
controle de qualidade que é típica desta indústria.
Depois que concluirmos este tema, analisaremos as soluções nutricionais disponíveis e
como você pode preparar alimentos com receitas simples e econômicas, que são
infinitamente superiores à maioria do que existe comercialmente.
A boa notícia é que estas receitas têm sido utilizadas há décadas no mundo todo com sua
eficácia exaustivamente comprovada.
Os animais respondem muito rápida e positivamente a esta nova dieta nutritiva. Na
verdade, ela é a principal ferramenta que você precisa para eliminar muitas das doenças
crônicas acometidas por animais de estimação nestes tempos modernos.
Se você seguir as orientações deste livro, é certo que o seu animal em pouco tempo vai se
tornar muito mais saudável, ativo, e ter uma vida mais longa. É inteiramente possível
superar os efeitos da alimentação anterior, de alimentos sem procedência, de má
qualidade, mesmo que tal prática tenha sido fornecida por anos.
Você mesma verá o quão realmente é surpreendente a rapidez com que a saúde vai
melhorar graças a uma mudança tão simples e econômica. Então fique firme e vamos
juntos para o mundo pouco explorado de alimentos industriais para animais de estimação.

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Os rótulos não dizem tudo e podem ser bastante enganosos
Ao consumidor, muitas vezes é dito para "olhar os rótulos", como maneira de identificar
quais alimentos são os melhores. Parece fácil, mas infelizmente a forma como a rotulagem
é usada não nos ajuda a compreender a procedência nem a qualidade dos ingredientes.
Por exemplo, um dos ingredientes importantes que somos especialmente aconselhados a
verificar é a quantidade de proteína. Mas somente olhar a quantidade de Proteína Total,
conforme indicado no rótulo, não nos deixa avaliar dois fatores importantes: valor
biológico e digestibilidade.

Vamos entender estes termos:


O valor biológico de uma proteína (ou índice de balanço de nitrogênio) depende
composição única de cada proteína e dos aminoácidos que a compõem. Estes aminoácidos
são como blocos de construção, tijolos, a partir do qual o corpo constrói os seus próprios
tecidos. Aos ovos são dados o valor ideal de 100, o que significa que eles são a forma mais
útil de proteína conhecida. Nesta escala relativa, a farinha de peixe é classificada como 92,
carne e leite 78, arroz 75, a soja 68, levedura 63 e glúten de trigo 40.

A digestibilidade de uma proteína (ou de qualquer comida) é simplesmente a medida


que o trato gastrintestinal pode efetivamente absorvê-la. Por exemplo, uma fonte pode
ser 70% digestível, enquanto que outra 90%. Algumas proteínas, como aquelas
encontradas em pêlos e cabelos, são menos digeríveis, porque são difíceis ou impossíveis
para o corpo quebrá-las e aproveitá-las, mas, mesmo assim, ainda são proteínas.
Curiosamente, elevadas e prolongadas temperaturas, utilizadas para esterilizar estes
alimentos para animais, pode destruir muito da sua utilidade, até mesmo das proteínas,
que podem até começar com um valor biológico alto.
Isso porque o calor faz com que as proteínas se combinem com determinados açúcares,
que ocorrem naturalmente no alimento, para formar compostos que não podem ser
distinguidos pelas enzimas digestivas do corpo. Afinal, esses alimentos que são
termicamente processados a temperaturas elevadas nunca foram encontradas pelo
sistema digestivo dos animais antes.
Pelo fato dos fabricantes serem obrigados a listar apenas a quantidade de proteína bruta,
e não a quantidade que o animal digere ao final das contas, as indústrias podem utilizar
fontes de baixo custo que podem fornecer a seu animal de estimação uma proteína muito
menos útil do que você imagina.

A maioria das pessoas não percebe que termos como "subprodutos da carne" ou “farinha
de aves” podem significar que sua composição inclui penas, tecidos conjuntivos
(cartilagens), couro, resíduos fecais remanescentes em aves e outros animais, crina de
cavalo e gado para citar alguns exemplos.

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Todos estes são amplamente utilizados em alimentos para animais. Tais ingredientes
certamente aumentam o teor de proteína bruta, mas fornecem pouca alimentação.
Devido à adição de ingredientes duros e fibrosos, os cães são capazes de aproveitar cerca
de apenas 75% da proteína destas farinhas de carne, que se tornam ainda menos digeríveis
pelas altas temperaturas de cozimento, necessárias para esterilizá-las. Farinha de sangue,
outro ingrediente barato, contém proteína muito menos utilizável.

Tal como acontece com a proteína, outros ingredientes básicos podem variar muito em
qualidade e digestibilidade:

Os hidratos de carbono, caso por exemplo dos cereais integrais, das leguminosas (grãos)
e dos legumes (vegetais), entre outros - um dos três macros nutrientes da nossa dieta,
sendo os outros dois as gorduras e as proteínas - pode ser uma excelente fonte de
nutrientes. Em muitos produtos, no entanto, como em um alimento húmido para cão ou
gato, eles geralmente provêm de fontes com zero calorias de açúcar como propilenoglicol
(um álcool diol) e xarope de milho (glicose).
Em alimentos para animais, têm sido usados como carboidratos grãos impróprios para o
consumo humano (quebrados, mofados e rançosos). Produtos de maior qualidade, por
outro lado, iriam conter carboidratos complexos de grãos inteiros que são muito mais
nutritivos.
Assim, exceto para os açúcares, é difícil dizer, lendo apenas o rótulo, o que você realmente
está levando para casa.

Outros exemplos de fontes de hidratos de carbono geralmente utilizados:


 Farinha de Arroz: um pó fino, geralmente subproduto derivado do processo final de
moagem e de muito baixo valor nutricional.
 Açúcar de beterraba: resíduo seco a partir da beterraba.
 Farinha de glúten de milho: resíduo a partir de milho seco depois da remoção do amido
e do germe, se tornando um farelo com pouco, se algum, valor nutricional.
 Arroz de cervejaria: seções de arroz descartados após a fabricação de cerveja, que
contêm pó, seca, por onde passou lúpulo. Contém pouco, se com algum, valor
nutricional.
 Grãos quebrados, rançosos ou embolorados, restos impróprios para uso humano.

As gorduras, na maioria das vezes, vêm de animais impróprios para consumo humano.
Essas gorduras podem estar rançosas, um estado que faz com que fiquem tóxicas para o
organismo. O ranço também rouba das gorduras vitaminas essenciais. Outra fonte são
óleos usados repetidas vezes pela indústria de alimentos e restaurantes até ficarem
oxidados e não poderem ser mais aproveitados. Estes produzem radicais livres, transácidos
graxos e outras toxinas perigosas.
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As fibras podem simplesmente entrar a partir de grãos e legumes, ou pode significar que
foram adicionadas a partir de “fontes de fibras” como cascas de amendoim, pêlos, etc.
Como pode ver, por si só, a análise química no rótulo não significa muita coisa. Os rótulos
nem sempre nos dizem o suficiente.

Tenha especial cuidado com alimentos que listam seus ingredientes em termos
categóricos genéricos, como estes:
 Farinha de ossos
 Subprodutos de carne
 Partes secas de animais
 Farinha de Subproduto de aves
 Subproduto de aves
 Vísceras e glândulas
 Subproduto de Frango
 Farinha de peixe
 Subprodutos de peixe

O Pet Food Institute (PFI), que representa a indústria deste segmento nos EUA, também
seguida pelo Brasil, tem a permissão do Food and Drug Administration (FDA) para usar
esses termos de “ingrediente coletivos” repetidamente. Os membros da indústria
argumentam que isto lhes permite escolher uma “variedade de menor custo” para cada
classe de ingredientes. Alguns dos termos incluem “produtos de fibra vegetal”,
“subproduto de proteína marinha”, “produtos hortícolas”...
Você pode perceber como um termo como "produtos hortícolas" realmente não nos diz
absolutamente nada sobre o que está presente no alimento? Afinal, um produto vegetal
pode significar qualquer parte ou resíduo de qualquer planta.
Eles querem esses rótulos para serem usados porque são tão vagos e mal definidos que
lhes dão muito mais amplitude em escolher o que colocar sob o mesmo termo no rótulo.
Você pode imaginar o que seriam “subprodutos de aves” ou “parte secas de animais”
utilizados pelos fabricantes menos respeitáveis? Poderiam ser ingredientes como penas
ou pêlos no jantar do seu animal de estimação. Acredite, a suposição não é improvável.
O segundo fator que complica as comparações entre os rótulos dos alimentos para animais
é a variável teor de umidade. Para compensar o seu efeito sobre a análise nutricional, você
teria que fazer um pouco de conta.
Por exemplo, o rótulo de uma lata de comida de cão pode dizer que o teor de proteínas é
de 6%. No entanto, o rótulo de um saco de ração barata pode dizer que o teor de proteínas
é de 10%. Soa como sendo muito melhor, não é? Bem, essa comparação pode facilmente
enganar você.
Para comparar percentagens de qualquer nutriente entre alimentos, primeiro você deve
nivelar o campo de jogo através da conversão de cada alimento a uma percentagem do
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peso seco total. É justo que nós comparemos alimentos frescos, secos e enlatados após
tirarmos o fator água para fora. Quanto mais água presente no alimento, para começar,
menos concentrados são os diferentes ingredientes.
Imagine então espremer cada gota de água para fora do alimento enlatado e da ração seca
e, em seguida, medir a proporção de proteína nos sólidos que permanecerem. Com a água
removida, alimentos enlatados, na verdade, têm uma proporção maior de proteína do que
os alimentos secos! Viu agora como isso funciona?
Mas lembre-se, não há nenhuma maneira fácil de determinar qual percentual de proteína
é realmente utilizável pelo animal, e este é o lugar onde você pode ser enganado
novamente pela rotulagem.

As vitaminas e minerais nestes alimentos


Enquanto várias vitaminas, minerais e aminoácidos são geralmente adicionados a
alimentos para animais, para compensar o que se perde no processamento, a quantidade
exata não é indicada.
Além disso, algumas das vitaminas presentes nos ingredientes originais, assim como as
adicionadas pelo fabricante, podem ser perdidas antes que o seu animal coma a ração. Elas
podem ser destruídas pelo tratamento térmico, por interações com outras substâncias -
como contaminantes químicos, ou por exposição ao ar durante a armazenagem do
produto nas prateleiras.
As Vitaminas A, E e B1, todas importantes no combate a doenças, são particularmente
suscetíveis a essa perda. A Vitamina A é essencial para a saúde, importante na resistência
a infecções, reparação de tecidos e para a manutenção da boa visão. A deficiência pode
resultar em perda de apetite, perda de olfato, dentes moles e vários outros resultados
desagradáveis frequentes atualmente nestes animais.
Os minerais adicionados a um produto podem ser quimicamente completos na sua forma
química de base, mas pode faltar as estruturas orgânicas complexas associadas
encontradas em alimentos naturais. Estes complexos formados naturalmente, em que os
sais minerais são armazenados no corpo, são muitas vezes referidos como quelatos. Às
vezes, esta associação é criada artificialmente e vendidos como "minerais quelatados",
mas, é claro, a melhor forma é a disponível em alimentos naturais.
Sem dúvida, há muita coisa que ainda não entendemos sobre de que maneira os nutrientes
interagem dentro do corpo. Os fabricantes podem adicionar um número de vitaminas e
minerais sintéticos ou isolados e ainda não substituir integralmente aquelas formas
naturais perdidas no processamento ou insuficientemente fornecidos.
Ao olhar dos especialistas, isso também significa que a tentativa de fornecer uma dieta
natural, tão nutritiva quanto possível, é mais seguro e mais vantajoso do que o uso de
alimentos desnaturados ou de baixa qualidade e, em seguida, tentando compensar,
adicionando poucos nutrientes isolados. Através da nossa ignorância, podemos estar
deixando de fora ingredientes cruciais e ainda pouco compreendidos.
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Há ainda outros fatores que devemos analisar
Um deles, por exemplo, é a quantidade de produtos químicos. Como é possível fazer com
que um alimento, no caso, uma ração, dure um ano ou mais? Isto só é possível devido a
utilização de grandes quantidades de conservantes (BHT e BHA), considerados vilões na
alimentação humana e que inclusive foram classificadas como cancerígenos pela Agência
Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), um braço da Organização Mundial de
Saúde.

As cores das partículas, são realmente de vegetais?


Já pudemos perceber que não. E vamos concordar que nem seria possível. As tonalidades
vistas nas rações não passam de corantes, que representam as principais causas de alergias
em humanos e animais.
Aliás, a coloração é para agradar os olhos do dono e não do animal, já que, por exemplo,
a visão dos cães é dicromática (enxergam apenas duas cores, normalmente amarelos e
azuis, e as cores derivantes delas). Já os gatos não são daltônicos, como se acreditava no
passado. Distinguem o azul, verde, amarelo e violeta, mas não o vermelho, laranja e
marrom. Sentindo-se enganada?
Mesmo que o homem conseguisse fabricar uma ração para humanos que fosse perfeita, o
conceito de comer a mesma coisa todos os dias da nossa vida é repulsivo. No entanto,
aceitamos a ideia de que essa dieta é a certa para nossos animais de estimação. Talvez
este pensamento nos ajude a ver o que os animais são forçados a fazer, além de estarem
sendo enganados e sua saúde prejudicada.
Não tenho nada contra os fabricantes de alimentos processados para animais de
estimação, nem me preocupo colocá-los fora do negócio, como muitos apregoam por
aí. Só que não é verdade que estes alimentos constituam uma dieta única ideal para a boa
saúde de qualquer animal.
No início muitos ficaram surpresos com a ideia de alimentar cães e gatos com o que muitos
chamam erroneamente de comida de gente.
Os europeus alimentam seus cães muito mais naturalmente, minimizando alimentos
comerciais. Muitos criadores comentam que tais cães europeus são muito mais saudáveis
do que, por exemplo, os cães americanos.
Nenhuma dieta a partir de produtos processados de menor custo para armazenamento de
longo tempo pode rivalizar com essas misteriosamente complexas dietas de alimentos
frescos oferecidos por eras pela própria natureza.
Especialistas em saúde, e mesmo nossos médicos e nutricionistas, sempre nos lembram
da importância de nos alimentarmos de forma natural e evitar o consumo de produtos
industrializados. Por que é que não levamos estas recomendações a sério também quando
se trata da alimentação dos nossos amados e indefesos animais de estimação? Realmente,
não faz o menor sentido não é.
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As contradições das rações comerciais

Há muitas contradições, e objeções, que podemos fazer sobre a qualidade nutricional dos
alimentos industrializados para animais de estimação, além das que vimos até agora, que
se encaixam em duas categorias.

Elas não contêm muitas coisas que desejamos que tivessem:


 Quantidade e qualidade adequadas de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, como
têm os alimentos frescos.

Elas contêm muitas outras coisas que gostaríamos que elas não tivessem:
 Resíduos de matadouros
 Produtos tóxicos de alimentos rançosos e impróprios para consumo humano
 Enchimentos não nutritivos
 Açúcares
 Corantes, aromatizantes e conservantes
 Resíduos de drogas, pesticidas e herbicidas
 Contaminantes de metais pesados, bactérias e fungos

Quando você alimenta o seu animal de estimação com estes alimentos de conveniência,
sem saber, ajuda a criar um outro problema: A presença de várias toxinas e agentes
químicos aumentam a necessidade do corpo por nutrientes de alta qualidade necessários
para combater ou eliminar esses mesmos contaminantes. Ainda pior, quando esta
nutrição, em geral, já é menor do que deveria ser, estamos abrindo as portas do organismo
para mais problemas.

“Não tenho tempo” Ou “Este tipo de alimentação custa caro” Ou ainda “Ahhh, mas meu
animal não vai querer comer isso”...
Já ouvi muito tudo isso, mas é surpreendente como a aceitação da alimentação natural é
praticamente unânime, fácil e rápida de preparar, e com um custo financeiro menor – além
de proporcionar saúde e bem-estar aos nossos animais. Ainda que alguns poucos
estranhem no começo, quando um alimento tem o cheiro certo e o gosto bom, eles
devoram. E temos muitos truques, que se necessário, podemos utilizar para ajudar.

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A qualidade destes alimentos
Os fabricantes fazem um grande esforço para produzir alimentos competitivos, produtos
consistentes, fabricados a partir de um mercado flutuante de ingredientes de menor
custo. Presumivelmente, um produto que atenda ou exceda os padrões nutricionais
“mínimos” para cães e gatos.

Duas perguntas nos interessam agora: O que são esses padrões e, se corretos, se são
realmente aplicados.
Aqui no Brasil é muito difícil, tanto obter informações assim como afirmar a veracidade
delas. Então, vamos pegar como base um país mais desenvolvido onde, teoricamente, tudo
seria melhor, mais fiscalizado e controlado para a fabricação de alimentos para animais de
estimação. Vamos lá.
Nos EUA, o padrão usual é definido pela Association of American Feed Control Officials
(AAFCO), que é um “órgão consultivo particular” cujos membros são representantes de
agências estatais e governamentais individuais americanas, o Food and Drug
Administration (FDA) e outras agências federais que compartilham responsabilidades na
regulação da alimentação animal, como a National Research Council (NRC).
Como eu, você provavelmente já assumiu que alimentos para animais de estimação é bem
regulamentado e fiscalizado por organizações como estas, certo?
A AAFCO, no entanto, não tem acesso aos ingredientes que são usados em alimentos para
animais, como também não tem autoridade de aplicação, e não faz nenhum teste analítico
sobre alimentos para animais ou as suas fontes de proteínas, fibras ou gorduras
utilizadas. Ensaios de alimentação, que são feitos para alguns (não todos) são realizados
pelas próprias empresas ou por empresas terceirizadas contratadas pelas mesmas, que,
em seguida, atestam os resultados.
Encorajados por anúncios que afirmam que "apenas os ingredientes da mais alta qualidade
são usados", os consumidores presumem que produtos com carne de qualidade formam
a maior parte dos alimentos comerciais para animais de estimação.
Enganados por propagandas que exibem frangos inteiros, cortes selecionados e grãos
frescos ainda nos campos, os consumidores desavisados não sabem que os fabricantes, na
verdade, usam cabeça, pescoço, pés e intestinos de frango, cérebros da vaca, línguas,
pulmões, esôfagos e outras vísceras, tecidos conjuntivos (cartilagens), incluindo tecido
doente, grãos considerados impróprios para consumo humano por causa de mofo, couro,
pêlos, resíduos fecais remanescentes em aves e outros animais, e outros remanescentes
do processo de moagem.
Uma realidade bem diferente daquela que vemos estampadas em anúncios e propagandas
destes produtos, infelizmente.

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Os perigos dos aditivos químicos comumente utilizados

Estamos vendo hoje em dia animais muito jovens com os mesmos tipos de doenças que
estávamos habituados a ver apenas em animais mais velhos. Há um acúmulo de má saúde
que está sendo passada de geração em geração.
Esta acumulação aumenta em cada etapa. Sem a perspectiva histórica de várias décadas,
muitos veterinários que saem da faculdade pensam que estas condições degenerativas em
animais mais jovens são "normais", tamanha é a sua incidência. Eles não percebem a
evolução negativa que ocorreu durante a passagem das gerações através do tempo.
Juntamente com nutrientes de má qualidade, os aditivos químicos nos alimentos para
animais de estimação têm desempenhado um papel importante neste declínio. Basta
olhar para o rótulo de um produto típico para cães. Entre eles os edulcorantes, como o
popular xarope de milho, é um dos três principais ingredientes listados.
Mas o que este adoçante comum, de baixo custo, está fazendo em um alimento que se diz
baseado em carnes?
A utilização de xarope de milho na sua forma hidrogenada é um “agente umectante e
plastificante," isto é, um ingrediente que pode dar humidade e flexibilidade ao produto,
bem como preservá-lo e realçar seu sabor. Se isso não lhe parece familiar, aqui vão alguns
produtos industrializados que você vai reconhecer e que usam o mesmo método de
conservação de alimentos: Coca-Cola, salgadinhos, antitussígenos e expectorantes
líquidos, e mais uma infinidade de produtos que tentamos evitar.
Quimicamente derivado do amido de milho, o xarope de milho produz os efeitos
energéticos altos e baixos como o açúcar de mesa, e faz a mesma pressão sobre o pâncreas
e glândulas suprarrenais, uma condição que pode resultar em vários problemas, inclusive
diabetes, obesidade e alergias.
É fácil ver que o xarope de milho é um ingrediente indesejável, especialmente quando você
considera outras deficiências de um açúcar tão isolado e refinado quanto barato. Ele não
só dilui outros nutrientes nos alimentos, fornecendo calorias "vazias" desprovidas de
vitaminas, minerais, proteínas ou gorduras, mas também pode estimular a produção de
insulina e sucos digestivos ácidos que interferem com a capacidade em absorver as
proteínas, cálcio e outros minerais que estão no alimento. Além disso, pode inibir o
crescimento de bactérias intestinais úteis. De acordo com pesquisas americanas, ele ainda
aumenta o nível de triglicerídeos no sangue e estimula a OBESIDADE.
Não surpreendentemente, os perigos para a saúde intrínsecos nestes alimentos a base de
carne para animais de estimação foram suficientes para preencher um livro inteiro. Ann N.
Martin’s publicou o livro intitulado Food Pets Die For (2003-2016), que em tradução livre
seria algo como “Alimentos para Animais de Estimação Morrerem”, com 161 páginas,
falando sobre os produtos químicos, conservantes, hormônios, pesticidas e partes de
animais doentes encontradas em alimentos comerciais para animais de estimação e as
doenças que cada um pode causar.
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Veja alguns aditivos químicos comumente utilizados nas rações comerciais:

Conservantes, Antioxidantes, Emulsificantes, Fungicidas, Bactericidas


Propilenoglicol (E1520): Nos alimentos é utilizado nos corantes e aromatizantes para
prevenir o crescimento de bolores e bactérias. É conhecido por causar problemas de saúde
na pele de cães (pele seca, comichão, perda de pelo, desidratação), além de sede excessiva
e problemas de dente e gengiva.

Sorbato de potássio: Um conservante frequentemente utilizado, quimicamente


semelhante a gordura. Ele tem efeito conservante, fungicida e bactericida, inibidor de
bolores e leveduras, amplamente utilizado na alimentação como conservante.

Sacarose: Simplesmente açúcar, em excesso exerce pressão sobre o pâncreas e glândulas


suprarrenais, uma condição que pode resultar em vários problemas, inclusive diabetes.

Propil galato (E310): Antioxidante sintético utilizado em produtos gordurosos, adicionado


especialmente para prevenir o ranço e a oxidação. O ácido gálico pode causar eczemas e
alergias, problemas de estômago, fígado e rins, insônia e hiperatividade.

Etoxiquina (EQ): Desenvolvida como um herbicida para controlar o escaldão nas peras
após a colheita, este conservante está entre os compostos mais suspeitos como causa de
graves problemas de saúde em cães. Em um teste de alimentação, encomendado pela
Monsanto, fabricante da etoxiquina, mostrou alteração na cor do fígado e aumento das
enzimas hepáticas em cães alimentados com este produto químico, mas não foram
consideradas significativas porque os cães não ficaram visivelmente doentes. A etoxiquina
é utilizada como antioxidante e conservante para evitar a rancificação de gorduras.

Hidroxitolueno butilado (BHT): Este conservante mal testado é acusado por cientistas
como causa de lesão hepática, estresse metabólico, anormalidades fetais, aumento do
colesterol sérico e câncer. Já se demonstrou que causa padrão anormal de
comportamento, além de alterações químicas no cérebro (estudo em ratos). O BHT e o
BHA são quimicamente parecidos, mas o BHT pode ser mais nefrotóxico (tóxico para os
rins). Proibido na Inglaterra e sob estudos nos EUA. O FDA tem um banco de dados on-line
atualizado chamado "PAFA" que provavelmente apresente informações mais atuais.

Nitrito de sódio (INS 250): Amplamente usado como conservante e como corante
vermelho. Em alimentos pode produzir potentes substâncias cancerígenas conhecidas
como nitrosaminas. Muitos cães são alérgicos e sofrem com diarreia crônica ou mal-estar.

Ácido glicirrízico: Acrescenta a lista de edulcorantes e emulsionantes. Considerada


também uma potente droga por seus efeitos colaterais amplamente relatados: Dor de
cabeça, paralisia, taquicardia, hipocalimia (baixa quantidade de potássio no sangue),
redução da testosterona, nascimento prematuro, insuficiências renais agudas, fraqueza
muscular, aumento de peso corporal, entre outros. É 30-50 vezes mais doce que a sacarose
(açúcar de mesa).
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Vejamos os corantes, um arco íris de riscos desnecessários
Os corantes é outra classe de aditivos comuns largamente utilizados, normalmente listado
simplesmente como “corantes artificiais”, não exige rotulagem específica. Em alimentos
para animais, a classe geralmente inclui os corantes derivados do alcatrão de carvão (um
líquido escuro e viscoso que cheira a naftalina, formado pela união de hidrocarbonetos
aromáticos, bases nitrogenadas e fenóis, obtido pela queima de carvão de mineral). São
colocados na comida apenas para fazer parecer apetitosa aos donos (como já explicado).

Corantes sintéticos comumente utilizados nas rações


Amarelo Tartrazina – E102 (FD&C Yellow N° 5): De acordo com o CSPI (Center for Science in
the Public Interest ou Centro para a Ciência no Interesse Público em português, uma
Organização não governamental americana que defende os direitos dos consumidores),
afirma que “O Amarelo-5 não deve ser permitido em alimentos”. No Brasil, a própria
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) obriga as empresas fabricantes de
alimentos a declarar na rotulagem, especificamente na lista de ingredientes, o nome deste
corante por extenso. Geralmente, você irá encontrar nos produtos as seguintes
mensagens: “Aromatizado e Colorido Artificialmente” e na lista de ingredientes “Corante
Artificial Amarelo” ou “Amarelo-5” ou “Yellow-5”. Seus efeitos colaterais são reações
alérgicas como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor
de cabeça. Alguns sugerem ainda que ele pode provocar hiperatividade e outros efeitos
comportamentais em crianças. Seu uso já foi banido na Noruega, Áustria e Alemanha.

Amarelo Crepúsculo – E110 (FD&C N° 6): Foi comprovado causar tumores suprarrenais em
estudos com animais, mas a indústria de corantes e o FDA ainda questionam. Pode ser
responsável por causar reações alérgicas com intolerância à aspirina, resultando em vários
sintomas, incluindo perturbações gástricas, diarreia, vômitos, urticária, inchaço da pele
(angioedema) e enxaquecas. Também tem sido associado à hiperatividade em crianças
pequenas. O amarelo crepúsculo está banido na Noruega e Finlândia.

Vermelho Eritrosina – E127 (FD&C Red N° 3): Uma substância cancerígena comprovada em
tireoide de animais. Pode causar a fotossensibilidade (sensibilidade à luz) e têm estado
suspeita em TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ainda que não
se tenha sido possível determinar com exatidão se é isto verdade. Com base nessas
evidências, o FDA fez um movimento para banir o Vermelho Eritrosina em 1984, mas ainda
é encontrado em alimentos. Em junho de 2008, o CSPI pediu ao FDA a proibição total de
eritrosina nos Estados Unidos, parece que ainda sem resultado.

Vermelho Allure – E129 (FD&C Red N° 40): É o corante artificial mais consumido. Tem
demonstrado causar lesões cromossômicas e linfomas em camundongos. Este corante
provoca reações alérgicas em um pequeno número de consumidores e acredita-se ser o
responsável por provocar hiperatividade em crianças. De acordo com o CSPI, “o Red-40
deve ser excluído dos alimentos até que novos testes demonstrem claramente a sua
segurança”. É proibido na Dinamarca, Bélgica, França, Suíça, Suécia e Noruega. Ele é, de
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longe, o corante vermelho mais utilizado, substituindo completamente o amaranto
(Vermelho-2) e também substituindo eritrosina (vermelho-3) na maioria das aplicações,
devido aos potenciais efeitos negativos na saúde dos dois corantes.

Azul Índigo - E132 (Blue FD&C N° 2): Foi demonstrado em testes que o Azul Índigo provoca
a ocorrência significativa de tumores, especialmente ganglioma cerebrais em ratos
machos. É proibido na Noruega.

Azul Brilhante - E133 (Blue FD&C N° 1): Tem a aparência de um pó azul avermelhado. É
proibido na França e na Finlândia. Esta cor é responsável por provocar reações alérgicas,
hipersensibilidade e hiperatividade. O CSPI diz que o Azul-1 exige mais testes
independentes para determinar sua segurança. Pode ser combinado com o corante
tartrazina (E102) para produzir vários tons de verde.

Verde - E143 (Green FD&C N° 3): Também chamado de Fast Green, o verde rápido é
proibido na União Europeia e em alguns outros países devido ao aumento significativo de
casos de tumores de bexiga em ratos machos causados por este corante. O CSPI pede mais
testes antes de considerar o Verde-3 como seguro.

Aromatizantes artificiais
Menor ainda são os controles que regem a maior classe de aditivos utilizados,
os aromatizantes artificiais. Em grande parte, devido a um poderoso lobby, os fabricantes
desses prazeres podem sintetizar novos aromas, chamá-los de seguro com pouco ou
nenhum teste, e depois usá-los sem a necessidade de permissão do FDA sob o termo geral
"aromatizantes artificiais." Uma vez que não temos nenhuma maneira em confiar em tudo
ou avaliar a segurança do que é usado, alguém seriamente preocupado com a saúde
evitaria consumir tais produtos - para si ou para seus animais de estimação. Porém, são
muito utilizados, pois não dá para imaginar o aroma natural de uma ração. Acredito que
nem um animal faminto sentiria vontade ou atração para comer.

Contaminação química acidental


Além de todos esses produtos químicos adicionados intencionalmente aos alimentos para
animais de estimação, há outros que se esgueiram por conta própria. A contaminação
química da cadeia alimentar é um problema crescente que está se tornando um fator
importante na doença crónica, particularmente para animais. É difícil para nós
compreender quão frequentemente esses produtos químicos aparecem nos alimentos. O
processo começa com os herbicidas, inseticidas e fungicidas usados para o cultivo - apesar
da advertência sobre seus perigos. O processo continua com antibióticos, estimulantes de
crescimento, hormônios, tranquilizantes e outras drogas utilizadas para criação de gado e
outros animais. E parte de tudo isso termina dentro de casa, em nossos pratos. Imagine
então numa vasilha.

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Metais pesados
Os metais pesados, como arsénio, cádmio e especialmente mercúrio, estão sendo cada vez
mais encontrados pelo caminho da nossa cadeia alimentar. É um choque sabermos que
tem sido permitido a reciclagem de materiais residuais da indústria carregado com metais
pesados em fertilizantes comerciais. Lemos como a indústria está retendo seus detritos e
poluentes, colocando "purificadores" em chaminés, em redes de escoamento de água e
etc. para coletar todas essas coisas desagradáveis de modo que não fique no ar ou na
água. Mas, uma vez coletadas, para onde tudo isso vai? Nunca imaginei que poderia ser
utilizado em fertilizantes e indiretamente acabando na nossa comida. Mas é.

O problema é este: Os metais pesados, como muitos contaminantes, não são destruídos
ao longo do tempo. No solo, as plantas os absorvem em seus tecidos, onde eles
permanecem por toda a vida da planta. Quando esta planta é ingerida por um animal, os
metais entram no corpo do animal e se armazenam por lá.
Quanto mais desta planta o animal come, mais metal pesado se acumula em seus
tecidos. Se esse animal é comido por outro animal, ele é repassado e assim por diante. Os
contaminantes presentes no solo tornam-se mais concentrados nas plantas, em seguida,
mais concentrado nos animais de pasto que comem as plantas. Em seguida, os carnívoros
que comem esses animais consomem uma carga maior. Cada passo resulta numa
acumulação.
Se estes elementos fossem neutros, não tendo nenhum efeito, eles não importariam
tanto. Mas eles não são neutros e são muito tóxicos. Todos os anos, mais e mais destes
metais são jogados em nossa biosfera, e os efeitos sobre as pessoas e os animais são
surpreendentes.

O chumbo, é um dos metais perigosos mais comuns


Em um estudo, uma amostragem de alimentos enlatados para animais revelou níveis de
contaminação de chumbo variando de 0,9 a 7,0 partes por milhão (ppm) em alimentos de
gato e 1,0 a 5,6 ppm em alimentos para cães. O consumo diário de apenas 170 gramas de
tais alimentos excede a dose de chumbo considerada potencialmente tóxica para as
crianças.
Uma complicação é que o envenenamento por estes contaminantes é muito difícil de
reconhecer. Eles vêm gradualmente e não são muito distintos em seus
sintomas. Intoxicação por chumbo pode aparecer como um tipo de anemia que é
reconhecível, mas nem todos os animais envenenados com chumbo irão apresentar este
sintoma. Alguns apresentarão hiperatividade, convulsões, se tornarão histéricos, terão
problemas de visão, dores de estômago e diarreia, constipação, ou desenvolverão
espessamento da pele e coceira.
Esta ampla gama de possíveis sintomas é típica desses venenos ambientais e reconhecê-
los é muito difícil.

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Os efeitos e consequências da contaminação química no corpo

O problema da ingestão de todos esses produtos químicos são basicamente três.


 O corpo se esforça para eliminar substâncias tóxicas usando a energia e nutrientes que
poderiam ser colocados em uso construtivo, como para formar, reparar, manter e
proteger tecidos e órgãos.
 Qualquer coisa que o corpo não pode se livrar se acumula nos tecidos.
 As substâncias acumuladas nos tecidos podem interagir umas com as outras de formas
inesperadas.

Vejamos cada um deles por sua vez:

Esgotamento de energia e nutrientes


O corpo usa vários mecanismos naturais para desintoxicar e eliminar substâncias
nocivas. Estes processos ocorrem principalmente no FÍGADO (desintoxicação), RINS
(eliminação), PELE (eliminação adicional, especialmente por meio de depósitos nos pêlos),
e o SISTEMA IMUNOLÓGICO (reações contra substâncias nocivas). Certas enzimas e suas
vitaminas, associadas, ajudam neste processo. Quanto mais tóxico o produto químico,
mais difícil, e o corpo tem de trabalhar mais para se livrar dele, e mais destas enzimas e
vitaminas são usadas, quando poderiam estar em uso construtivo.

A acumulação tóxica
O segundo problema é que o corpo não consegue desintoxicar todas as substâncias. Isso
porque há milhares e milhares de anos, os mecanismos de desintoxicação dos animais
foram aperfeiçoados para lidar com os venenos naturais encontrados ao longo da sua
vida. No entanto, nas últimas décadas temos visto a introdução de quantidades
inacreditáveis de substâncias e produtos químicos nunca antes encontrados em um
ambiente natural.
Quando o corpo não é capaz de desintoxicar as substâncias químicas, ele os armazena nos
tecidos, que podem interferir com a função normal. O grau de interferência depende da
concentração. Quanto mais houver, mais significativo o efeito.
E, infelizmente, há um terceiro fator a considerar: Interações entre produtos químicos
armazenados. Imagine duas diferentes substâncias químicas sintéticas: substância A e
substância B - que são armazenados no mesmo tecido do corpo.

Elas têm quatro opções


 Elas podem "ignorar" umas às outras, não tendo nenhuma interação.
 A pode reagir sobre B, possivelmente fazendo B mais tóxica.
 B pode reagir sobre A, possivelmente fazendo A mais tóxica.
 Cada uma pode agir sobre a outra, possivelmente aumentando efeitos de ambas.

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Agora, se considerarmos 3 substâncias, A, B e C, existem 9 possíveis interações, de
acordo com a regra de que o número de possíveis interações é o quadrado do número
de substâncias presentes. Vamos refletir de volta para a citação do início, que os
ensaios detectaram mais de 100 contaminantes químicos em nossos tecidos.
Agora você pode começar a entender a complexidade de todas as suas interações, que
podem seguir 10.000 possíveis resultados.
Quando os cientistas estudam qualquer produto químico e dizem que não é prejudicial
a um certo nível, isso pode ser verdade. Mas eles não têm ideia de como ela irá interagir
com outros contaminantes no corpo. Além do mais, seria impossível para eles saberem.

Os efeitos na saúde de nossos animais


Afinal de contas, talvez seja inteiramente aceitável se alimentar desses subprodutos. Não
comem todos os tipos de coisas do chão? Desenterram animais mortos as vezes para
comer?
Esta declaração geralmente é verdadeira para os caninos. Lobos e cães parecem ser
capazes de comer carne que não é fresca, ainda que parcialmente deteriorada, sem
adoecer. Mas aqui está a diferença: na natureza as presas consumidas não são doentes
crônicos ou tratados com drogas ou hormônios ou mesmo processadas a altas
temperaturas.
Muitos animais de corte podem conter níveis hormonais comparáveis às quantidades que
produziram câncer em animais de laboratório. Esses níveis elevados se devem a duas
causas: hormônios sintéticos rotineiramente fornecidos ao gado para estimular o
crescimento rápido e farinhas de carne, muitas vezes produzidas a partir de resíduos
glandulares e tecidos fetais de vacas prenhes. Ambos são naturalmente ricos em
hormônios. Quando este material é processado, mesmo por alto calor, os hormônios
permanecem ativos.
Não é irônico que o calor elevado destrói nutrientes, mas mantém as drogas nocivas? Os
implantes hormonais que são usados para engordar novilhos e castrar frangos do sexo
masculino, por exemplo, são considerados tóxicos, mesmo em níveis muito baixos.

As consequências vão muito além e são de dar frio na espinha. Outro dia li um artigo com
a seguinte manchete: “Meninas começam a ter seios aos 8 anos, e os meninos tem 40%
menos esperma” (faça uma busca na internet e veja você mesma, saiu no O
Globo.com/New York Times).
Já há algum tempo temos ouvido falar desse perigo, que tem um nome forte: disruptores
endócrinos. Essas substâncias modificam nossos hormônios, até mesmo alterando nossa
personalidade. Quando eles se misturam, criam um coquetel que pode mudar
profundamente nossos hormônios reprodutores que preocupam os jovens na puberdade
atualmente. E não é diferente com nossos animais.

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Estes agentes químicos e suas consequências estão presentes em todo lugar, segundo a
WHO (World Health Organization) em artigo publicado sob o título Endocrine Disrupting
Chemicals, em 2012. Pode parecer meio absurdo, mas eles são os conservantes nos
cremes dentais, géis de banho, eles são os parabeno dos desodorantes, os pesticidas nas
frutas e vegetais, o bisfenol no plástico encontrado em nossa comida, o ftalato nos
brinquedos de nossos filhos e, também encontrados sob a forma de estrogênio sintético,
um hormônio feminino usado para engordar gado.

O Dr. Wendell O. Belfield, premiado veterinário e autor de diversos livros, como How to
Have a Healthier Dog (Como ter um cão saudável) e The Very Healthy Cat Book (Gato
muito saudável), afirma: "Apesar da indústria afirmar que os animais de estimação
vivem vidas longas e saudáveis em alimentos para animais de estimação comerciais,
nós veterinários, somos rotineiramente confrontados com evidências contraditórias
na forma de animais doentes. Muitas vezes, encontramos reações agudas como
diarreia, vômitos e lesões cutâneas. Na maioria das vezes, estamos testemunhando
sintomas de deterioração da saúde, da diminuição da eficiência das funções e órgãos
corporais, dos rins que falham na meia idade, de sistemas imunológicos
enfraquecidos e reações alérgicas. Estamos vendo o efeito cumulativo de todos os
aditivos, toxinas, chumbo e a fonte muito questionável dos ingredientes naturais.
Como veterinário praticante, acredito que doenças como câncer, problemas renais,
de fígado e insuficiência cardíaca são muito mais comuns do que deveriam ser, e que
muitos provavelmente serão exacerbados ou causados diretamente pelos inúmeros
ingredientes perigosos nas rações comerciais. ”

O que podemos fazer?


Primeiro, é começar a fazer o que pudermos para reduzir o uso de produtos químicos
sintéticos, não só para os nossos animais, mas para tudo. Isto certamente significa muitas
mudanças em nossos padrões de consumo, mas você verá que há muitas alternativas.
Uma das mudanças mais importantes que podemos fazer é com o que alimentar nossos
animais de estimação, assim como a nós mesmos. Não podemos esperar manter uma boa
saúde com alimentos de baixa qualidade, processados, desnaturados, contaminados.
A boa notícia é que, quando se trata de como você alimenta seu animal de estimação,
existem maneiras práticas e acessíveis para fazer mudanças saudáveis. Nos próximos
tópicos você verá, passo a passo, formas práticas e acessíveis para introduzir alimentos
frescos, mesmo que não cultivados organicamente na dieta do seu cão.
Durante o processo, você verá dicas de economia de tempo e dinheiro. A maioria dos
animais vão adorar o novo alimento.
Mas para aqueles que estão presos em seus hábitos (como alguns cachorrinhos mimados
que sabemos bem como são!), vamos mostrar como ajudar seu companheiro a fazer a
transição para uma nova forma de se alimentar, que é tão antiga quanto sua própria
existência.
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A Eficácia de uma Alimentação Natural
Alimentos crus contêm mais vitaminas e minerais do que alimentos cozidos, pois o
cozimento destrói muitos nutrientes, como já vimos. Quando os padrões nutricionais
foram originalmente criados para cães e gatos, se presumia que os alimentos crus seriam
usados para alimentar esses animais. No entanto, a maioria dos alimentos disponíveis no
mercado são muito bem cozidos, mais do que seria feito em uma cozinha de casa, e
nenhum deles é nutricionalmente equivalente ao que foi originalmente estabelecido.

Com isto quero dizer: dê preferência para alimentos crus, tanto quanto possível. Grãos e
alguns vegetais terão de ser cozidos para ser digerível, mas carne, aves, peixe, leite, ovos,
vegetais macios e frutas podem ser consumidos crus com grandes benefícios.
O testemunho de muitas pessoas e animais que prosperam em dietas que incluem uma
abundância de legumes frescos, frutas, laticínios e outros alimentos crus é suficiente para
convencer de que uma dieta de alimentos desnaturados, por si só, não vai manter seus
animais de estimação no topo.
Além disso, a experiência prática ao longo dos anos confirma isso. Muitos animais que
passaram a receber uma dieta de alimentos crus depois de comer alimentos processados,
em sua maioria, se tornaram incrivelmente mais espertos e saudáveis.

Se você preferir utilizar carnes cozidas


Se estiver desconfortável sobre a alimentação com a carne crua para o seu animal de
estimação, sinta-se à vontade para cozinhá-las, os valores nutricionais (dados para carnes
cruas) serão um pouco menores. Contudo, como as receitas excedem consideravelmente
as exigências mínimas geralmente recomendadas para a alimentação de cães, chegando
próxima ao ideal, não haverá problema, elas continuarão bem acima dos padrões
nutricionais mínimos recomendados. Assim, mesmo cozinhando as carnes utilizadas nas
receitas, a alimentação que você estará fornecendo ao seu animal ainda será infinitamente
superior à alimentação comercial industrializada.

Estudos realizados em gatos


Uma das fontes mais fascinantes de informações sobre a importância de alimentos crus
veio do que é hoje conhecido como Pottenger Cat Studies, do Dr. Pottenger, que não
apenas se propôs a estudar a nutrição dos gatos, mas ficou intrigado com as diferenças na
saúde dos gatos que ele estava usando em estudos experimentais.
Ele fez uma série de comparações nutricionais, por várias gerações, alimentando um grupo
de gatos com comida completamente crua (carne, ossos, leite e óleo de fígado de
bacalhau). Outros grupos de gatos foram alimentados com os mesmos alimentos, porém
desnaturados.

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O que ele descobriu é de importância definitiva para quem quer manter um animal de
estimação verdadeiramente saudável:

- Gatos na dieta totalmente crua foram completamente saudáveis, não precisando de


atenção veterinária.
- Quanto mais a comida foi desnaturada, menos saudáveis foram os gatos que as
comeram.
- Os problemas de saúde nos gatos experimentais sob dieta desnaturada eram
notavelmente semelhantes como aqueles comumente visto atualmente em gatos:
problemas da dentes e gengivas, inflamações da bexiga, doenças de pele, e assim por
diante.
- Durante um período de três gerações, os gatos na dieta de alimentos desnaturados
continuaram a definhar, até que já não conseguiam mais se reproduzir com a idade.
- Quando os gatos foram colocados de volta em uma dieta de alimentos crus, levou três
gerações para os animais se recuperarem totalmente dos efeitos da dieta desnaturada.
Os alimentos são tão complexos que ainda há muito que não entendemos sobre eles. Os
pesquisadores descobriram, por exemplo, que gatos requerem uma fonte dietética de
taurina, um aminoácido que muitos mamíferos, incluindo seres humanos, pode produzir
em seus próprios corpos a partir da proteína ingerida com os alimentos.
Os gatos não conseguem fazer isso, e assim, devem obtê-lo já pronta por outros animais
na sua alimentação.
A taurina, encontrada apenas em tecidos animais, é em grande parte destruída pelo
cozimento. Um estudo descobriu que uma média de 52% da taurina em carnes cruas é
perdida através do cozimento. Como resultado do processamento, muitos alimentos
comerciais para gatos têm baixos níveis de taurina.
Agora ele é adicionado aos alimentos para gato como suplemento. (Quando a carne é
fornecida crua como recomendado, os cálculos mostram que as receitas contêm taurina
em quantidades comparáveis aos encontrados na dieta selvagem).
Eu me pergunto o que mais os pesquisadores ainda não descobriram?
O que mais está faltando numa dieta de alimentos altamente processados?
O que mais será adicionado a fim de suprir outra falha nestes alimentos que se dizem
completos por serem cientificamente formulados?

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Ajudando seu animal a fazer a transição para o alimento
natural

A maioria dos cães adoram suas novas dietas. Mas alguns podem se apresentar resistentes
a mudança ou ter algumas dificuldades ao longo do caminho, dificuldades que podem ser
evitadas ou remediadas. Vamos ver alguns exemplos que podem ocorrer e como resolvê-
los.
Alguns simplesmente ignoram o novo alimento, estão habituados ("viciados") em
alimentos específicos, normalmente enlatados, com os quais foram alimentados durante
um longo período de tempo. Da mesma forma que, entre os humanos, preferências
alimentares que foram desenvolvidas no início da vida, muitas vezes tornam-se hábitos
profundamente enraizados.
Há casos de cães que iniciaram bem a troca de alimento comercial pelo natural e depois
pararam de comer o novo alimento. Também é muito comum, após um breve período em
uma nova dieta de alta qualidade, o animal expurgar toxinas acumuladas (jejum
involuntário) ou acometer um breve agravamento dos seus sintomas (muitas vezes
chamada de crise de cura). Estes reveses aparentes são normais, muitas vezes necessários
no caminho para o seu bem-estar.
Quase todos os senões do seu animal de estimação podem ser encontrados em uma
mudança de dieta, será num destes dois tipos - fazendo um comedor enjoado gostar de
alimentos nutritivos e saudáveis ou ajudar um animal através dos estágios, por vezes
desconfortáveis, de um processo natural de limpeza.
Acima de tudo, não desanime de tentar uma mudança de dieta. Lembre-se, a maioria dos
cães que mudam para alimentos naturais não enfrentam os problemas descritos neste
capítulo. A maioria adora e desfruta muito bem os novos alimentos. A partir da nova dieta
seu animal de estimação vai ser visivelmente muito mais feliz e saudável do que nunca.

Trabalhe com a personalidade e a fisiologia do seu animal de estimação


Não permita que os hábitos do seu animal dirijam a sua vida, tenha paciência, algumas
vezes isso pode chegar a uma prova de vontades entre você e seu animal. Sua consistência
e paciência irão ganhar no final.
Recuse-se a ficar frustrado ou irritado, se recuse a jogar a toalha. Tenha em mente que
você está fazendo a coisa certa para a saúde e a longevidade do seu cachorro!
Com cães, as coisas são sempre mais simples. Por natureza, o cão é um limpador parcial
(se alimenta de sobras de caças abatidas), por isso é adaptado para comer sempre que a
oportunidade surge.
Se o seu animal for uma cachorrinha mimada, “viciada” em alimentos industrializados,
prepare-se. Pode levar algum tempo até atingir seu objetivo. Você pode precisar da
experimentação de vários alimentos crus por um ou até dois meses.
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Se você traz um filhotinho novo para sua casa que não tenha sido alimentada com
alimentos secos industrializados, não comece um mau hábito! Você já está à frente do jogo
com este novo membro da família, então construa a partir daí.
Se você não sabe quantas calorias seu cão deve comer, ou como dizer o quanto você está
alimentando, trabalhe com seu veterinário para determinar o peso ideal e o que isso
significa em termos dos novos alimentos. As calculadoras M.E.R e Q.A foram feitas para
ajudar nestes quesitos.
No livro Guia de Alimentação Natural para Cães você encontrará referencias de como
avaliar o peso e com quanto alimentar seu peludo, nas diversas fases de vida e também
para aqueles com necessidades especiais, como recém-nascidos (órfãos), filhotes
(desmamados), fêmeas de reprodução, grávidas e lactantes, animais submetidos a
exercícios físicos intenso ou estresse, animais que precisam recuperar a força após uma
cirurgia, lesão, doença ou desnutrição, animais expostos a temperaturas extremas e
animais de estimação de famílias vegetarianas.

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Três maneiras de introduzir os novos alimentos
Quando você tem um comedor enjoado em suas mãos, primeiro certifique-se de servir a
comida de forma atraente. Em vez de servir os alimentos gelados ou frios, aqueça um
pouco, o que aumenta muito o aroma e a palatabilidade (sabor).
Certifique-se de servir a comida em um lugar tranquilo e não no meio do caminho com
movimento em torno do local. Faça desta hora um momento especial para ele. Além disso,
você pode escolher uma de três estratégias:
1) Introduzir novos alimentos gradualmente até que sejam aceitos
2) Jejuar seu animal o suficiente para tentar uma nova porção
3) Fornecer uma combinação da dieta natural (que você achar que ele estranhará menos)
misturada com a comida favorita dele.

A melhor transição é a gradual


Ela não só ajuda seu animal de estimação a se acostumar com o sabor dos novos alimentos,
mas também dá tempo para o sistema digestivo do animal se ajustar.
Sempre que a dieta é alterada de forma abrupta, mesmo de uma marca comercial para
um outra, pode ocorrer diarreia ou perda de apetite temporária. Isso porque a flora
bacteriana no trato digestivo ainda está se adaptando ao novo alimento.
Ao mudar gradualmente, você pode reduzir ou evitar problemas de aceitação e a
possibilidade de desconforto para o seu animal de estimação.
Se o método gradual não funcionar, você provavelmente tem um “viciado” em comida em
suas mãos, e medidas mais drásticas serão necessárias.
É importante procurar seguir a mesma rotina de alimentação, sem mudar horários ou
locais onde o animal recebe o alimento. A partir daí, observe se ele aprova a nova dieta,
inicialmente fornecida em pequenas quantidades.

O ideal é que ele não perceba que está comendo mais de um tipo de ração, de forma que
não fique “escolhendo” os grãos que come.

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A seguir estão os processos de transição para o novo alimento natural.

Método 1 – Transição gradual da ração antiga para a nova alimentação natural


Faça um planejamento e trace uma programação de 7 dias seguidos que devem ser o
período da troca de ração de forma gradativa. Você deverá oferecer ao seu animal os dois
alimentos misturados.

Certifique-se de que possui quantias suficientes dos dois alimentos (a atual e o novo) e
faça o cronograma de acordo com o esquema abaixo:

1° dia
Comece com 90% da ração antiga, misturada com 10% de alimentação natural.

2° e 3° dias
Comece com 70% da ração antiga, misturada com 30% de alimentação natural.

4° e 5° dias
Misture 50% da ração antiga, com 50% de alimentação natural.

6° e 7° dias
Misture 25% da ração antiga, com 75% de ração natural.

A partir de 8° dia
100% de alimentação natural. A partir do oitavo dia, seu animal já deve comer o alimento
natural sem perceber muito a diferença e a troca.

1° dia 2° e 3° dias 4° e 5° dias 6° e 7° dias A partir do 8° dia

10% Alimento Natural 30% Alimento Natural 50% Alimento Natural 75% Alimento Natural
100% Alimento Natural
90% Ração Antiga 70% Ração Antiga 50% Ração Antiga 25% Ração Antiga
Figura 1- Pet Super Saudável

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Método 2 – Transição em duas etapas até a nova alimentação natural
Alimentos Secos → Alimentos úmidos → Alimentação Natural

Este método é o sugerido pela Dra. Karen Becker, palestrante e autora do livro Real Food
for Healthy Dogs and Cats (Comida real para animais de estimação saudáveis).
Ele é especialmente útil para cachorrinhos de raça pequena acostumados com rações
secas, principalmente se o alimento seco que você o está alimentando é rico em
carboidratos como milho, trigo, arroz ou batatas. Embora não tenham requisitos físicos
para carboidratos, infelizmente, eles podem se tornar facilmente “viciados”.
Algumas marcas de alimentos úmidos podem não conter ou serem muito baixos em
carboidratos. E isto é importante se você estiver tentando converter um cachorrinho
“viciado” em carboidratos para outro alimento de baixo ou zero carboidratos.
Mesmo que seu cachorrinho aprove rapidamente o novo alimento úmido, mantenha a
divisão das refeições diárias e a progressão da transição. Isto é importante para sua
adaptação ao novo alimento e também para a segunda parte da transição, de alimentos
úmidos para alimentos naturais.

Então vamos lá:


Você nunca convencerá um cachorrinho a comer outros alimentos se ele tiver acesso
constante a uma tigela de ração seca que ele está “viciado”. Assim, vamos dividir a porção
diária dele de alimentos secos em três porções iguais.
Durante o tempo que for necessário (talvez uma, duas ou três semanas) sirva três
refeições, uma no café da manhã, a próxima no meio do dia e a terceira na hora do jantar.
Isso ajudará o seu cachorrinho a se acostumar com refeições controladas por porção, em
vez de seu buffet livre todo dia.
Inicialmente, seu cachorrinho retornará a sua tigela do café da manhã vazia e se
perguntará por que não há comida nela. Não importa como seu peludinho reaja, fique
firme.
Ao meio dia, coloque a segunda porção de comida seca. Semelhante ao que aconteceu no
café da manhã, em algum momento da tarde ele retornará à sua tigela vazia e tentará
convencê-lo por qualquer meio possível que você o esqueceu. Lembre-se, firme no amor!
A noite, dê sua terceira e última porção de comida seca. Eventualmente, seu amadinho
aceitará com receio suas novas três refeições por dia.
Uma vez que ele esteja comendo confortavelmente três porções de comida seca por dia,
substitua uma dessas refeições por uma porção de alimentos úmidos. Como os alimentos
úmidos e secos têm conteúdo calórico diferente, certifique-se de ajustar o tamanho das
porções para garantir que ainda esteja alimentando a quantidade certa de calorias por dia.
A mistura diária passou de três refeições de alimentos secos para duas secas, uma úmida.
A transição começou!

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Alguns peludinhos vão bem com este método - outros serão bastante contrários a ele. Se
o seu peludinho estiver no último grupo, novamente, será necessário endurecer sem
perder a ternura: consistência, determinação e paciência!
As duas refeições de alimentos secos fornecerão calorias suficientes para que ele não
desenvolva nenhum problema neste período. Os intervalos de ingestão calórica reduzida
devem fornecer o estímulo (apetite) que ele precisa para provar os alimentos úmidos.
Uma vez que seu cachorrinho tenha se conformado a comer duas refeições de alimentos
secos e uma úmida por algumas semanas, mude novamente a mistura: duas refeições de
alimentos úmidos e uma seca. Não se esqueça de ajustar as porções para obter a contagem
de calorias correta.
Após algumas semanas de sucesso com a combinação de duas úmidas / uma seca, você
pode completar a transição servindo apenas alimentos úmidos nas três refeições.
Parabéns! A parte mais difícil de transição para uma dieta nutricionalmente apropriada é
o passo de alimentos secos para úmidos. Se você seguiu as etapas acima e seu peludinho
agora está comendo apenas comida úmida, o pior você já deixou para trás.
Agora repita o mesmo processo para a transição final, agora de alimentos úmidos para
alimentos naturais. Escolha uma das receitas do livro Guia de Alimentação Natural para
Cães e procure utilizar a carne que seu cachorrinho parecer mais disposto a comer.

Jejum
Jejuar não só estimula o apetite, mas também ajuda a limpar o corpo e a recondicionar
velhos hábitos, tudo ao mesmo tempo. Para ser mais rápido, seu animal de estimação
precisa de um ambiente favorável, de ar fresco, tranquilidade e silêncio, acesso ao ar livre,
e alguns exercícios moderados.

Aqui está o processo:


1. Comece o jejum com um período de adaptação de um a dois dias. Alimente com uma
quantidade menor que o habitual durante esta primeira fase, talvez adicionando um
pouco de carne, grãos cozidos e legumes.
2. Passe imediatamente para uma dieta líquida para os próximos um a dois dias. Durante
esse período, dê apenas líquidos, como água pura, sucos de vegetais e caldos (naturais).
3. Para quebrar o jejum, adicione alguns alimentos sólidos ao regime líquido ao longo de
um dia ou dois, talvez vegetais ou ovos, iogurte, ou pequenas quantidades de carne
fresca.
4. Após um dia ou mais, aumente a quantidade de carne e adicione um grão, a adição de
outros ingredientes se dará gradualmente até que a receita fique completa. Em
seguida, adicione os suplementos (muitas vezes a parte menos aceita da dieta, com
exceção de levedura nutricional, que muitos animais adoram).

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Em casos de animais mais teimosos, muitas vezes vale a pena continuar o jejum por mais
alguns dias. Não se preocupe, seu animal não será o primeiro nem o último a resistir.
Há muitos relatos assim, e em poucos dias o cachorrinho, antes mimado, começou a comer
todos os tipos de coisas que antes ele nem tocaria, como legumes, grãos, carnes, levedura
nutricional e até mesmo grãos de soja. Ajuda muito no processo misturar um pouco, por
exemplo, de algum alimento que seja favorito dele na nova dieta.
Algumas pessoas se assustam com a ideia de jejuar seu animal de estimação. A princípio,
parece que alguns animais preferem morrer de fome do que comer qualquer outra coisa
que não a comida à qual eles estão viciados. Mas o instinto de sobrevivência é muito forte.

Cedo ou tarde, o teimosinho vem por aí. De alguma maneira nós nos convencemos de que
um cachorro sem comida por um ou dois dias estará pela hora da morte. Não é verdade.
Portanto, não se preocupe.

Quanto tempo jejuar antes de desistir e voltar para a dieta habitual dele?
Com cães, dois dias devem ser suficientes. Se você não tem certeza ou o seu peludo é mais
velho ou tem histórico de problemas de saúde, consulte seu veterinário primeiro. Muitos
veterinários holísticos têm experiência com animais em jejum e poderão ajudá-lo.
Alguns cães, no entanto, simplesmente não desenvolvem um apetite normal, mesmo após
alguns dias sem comer. Um apetite fraco é muitas vezes um sintoma de doença crônica.
Não quero dizer que esses animais estejam necessariamente com sintomas ou uma
doença definida. Ao contrário, eles podem estar em um estado “sub-saudável” (conceito
terapêutico que define uma fase intermediária entre a saúde e doença).
Nesses casos é interessante o uso de tratamento homeopático individualizado para
melhorar o nível geral de saúde do animal. Se você não tem acesso a um veterinário que
pratique homeopatia, você pode querer tentar a terceira abordagem.

Considerações
Suponha que você tentou realizar a transição gradual e seu animal de estimação não se
converteu para a nova dieta. Ou talvez simplesmente o jejum não funciona para você. É
difícil para algumas pessoas deixar seu animal ficar com fome, eles não conseguem lidar
com a agitação do animal pedindo comida.
Ou, em outros casos, o cão não está saudável o suficiente para realizar uma troca de
dieta. Nestas situações é melhor você ceder, misturando o novo alimento gradualmente
com o antigo com o qual ele já está habituado.
Às vezes, até mesmo uma pequena porção de um alimento que é familiar ao animal de
estimação faz a diferença. Então, tente misturar uma colher da comida úmida (em lata)
favorita dele na a receita natural, muitas vezes este é o truque.

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Outro truque que você pode tentar é pulverizar um pouco da ração seca usual em um
processador de alimentos ou liquidificador e, em seguida, polvilhar sobre a receita do
alimento natural. Este é exatamente o tipo de estimulo que alguns peludinhos mimados
precisam para começarem a comer uma dieta natural. Depois a natureza assume.
É provável que depois de comer uma mistura de ambos os alimentos, naturais e
comerciais, por um tempo, o animal fique tão acostumado aos novos alimentos que os
antigos serão esquecidos. Eventualmente, muitos animais de estimação passam a torcer o
nariz a sua comida antiga.

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Reações de Limpeza, Desintoxicação
Alguns animais, particularmente aqueles “sub-saudáveis”, podem experimentar algumas
dificuldades físicas, mesmo que a transição para a dieta natural seja realizada
gradualmente. Eles podem parecer mais, ou menos, “elétricos” que o habitual por alguns
dias ou até mesmo vomitar bolas de pêlo ou evacuar vermes.
Muitas vezes, estas são reações de limpeza transitórias. Mas não sempre. Se você
suspeita que seu animal está tendo dificuldade excessiva, ele pode ter algum problema de
saúde subjacente que está sendo agravado por uma mudança de dieta.
Se o seu animal realmente não parece saudável para você, é hora de buscar ajuda. Peça
ao seu veterinário para trabalhar com você. Explique o que você está tentando fazer,
compartilhe as receitas e análises com ele.
Peça para examinar seu animal de estimação periodicamente para certificar-se de que não
existem problemas de saúde dos quais você não tem conhecimento e veja se o animal
responde à dieta como esperado - sem perder peso ou enfraquecer.
Se o seu veterinário não souber, ou não puder ajudar o seu animal de estimação a passar
para a dieta natural, cortando as rações comerciais que ele mesmo provavelmente vende,
não hesite em procurar ajuda em outros lugares.
Veterinários interessados em nutrição animal e abordagem holística para a medicina estão
crescendo rapidamente, não só no mundo, mas também aqui no Brasil. A maioria dos
estados tem, alguns podem inclusive orientá-lo por telefone, o que também pode ser
bastante útil.

O corpo responde
Ao examinar seu animal de estimação regularmente, você pode facilmente monitorar a
sua saúde em geral. Não importa o que você já ouviu falar, não é normal para um cão ter
um "cheirinho de cachorro" ou um forte mau hálito. Animais que têm um cheiro
desagradável mostram sinais de um nível crônico de saúde baixa. Se o seu animal de
estimação está em estado mediano ou tem uma determinada doença, iniciando a nova
dieta pode desencadear um processo de limpeza.

O que acontece? Durante anos o seu animal comeu alimentos provavelmente carregado
de ingredientes nocivos, como já pudemos ver acima. Sem dúvida, ele também foi exposto
a poluentes ambientais e, talvez, alguns fármacos potentes. Então, quando seu animal,
finalmente, come alimentos realmente frescos, nutritivos, que são minimamente poluídos,
coisas estranhas (temporariamente) começam a acontecer. É o corpo respondendo!
Seu animal geralmente se sente melhor no início. Energia e nutrientes estão fluindo
através dos tecidos. A qualidade do sangue e a sua capacidade de transporte de oxigénio
melhora, de modo que o animal passa a ser mais ativo. O exercício, por sua vez, ajuda a
reavivar tecidos inertes.
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Após duas ou três semanas, o animal pode sentir-se forte o suficiente para enfrentar
alguma faxina interior há muito negligenciada, expurgando detritos que tem se
acumulado. Por exemplo vermes que até agora existiam imperceptivelmente podem ser
varridos para fora, deixando para trás um intestino limpo.
Mais frequentemente, a limpeza resulta em várias descargas a partir dos rins, fígado, e
pele, todos importantes órgãos excretores. Assim, a urina pode ficar escura com odor
forte, as fezes escuras, temporariamente com muco ou sangue, ou a pele pode irromper
úlceras ou desenvolver caspa.
Às vezes, como a pele se torna mais ativa, há uma grande queda de pêlos mortos, ficando
pronto para crescer uma nova cultura de pêlos saudáveis (como uma planta que a
folhagem cai antes de repor folhas novas).

A crise de cura
As aparências enganam. Apesar do que você vê, o corpo do seu animal de estimação está
ficando mais limpo. Parece difícil de entender.
A maioria de nós espera que quando um problema físico está sendo tratado de forma
eficaz, a condição irá melhorar constantemente até que o distúrbio desapareça
(certamente, não esperamos que pareça pior).
É como antibióticos e outros medicamentos familiares, muitas vezes funcionam - pelo
menos por um tempo. Infelizmente, tais drogas às vezes simplesmente suprimem os
sintomas, embora o distúrbio subjacente que levaram à doença fique inalterado, então os
mesmos problemas ou aqueles relacionados podem surgir novamente.
Um efeito a longo prazo do uso de drogas para controlar doenças é que o corpo tende a
se tornar preguiçoso sobre a tentativa de manter-se saudável. É quando um animal
apresenta algum dos sintomas descritos em Como Realizar um Check-Up Rápido descrito
no livro Saúde e Bem-Estar.
No passado, as pessoas reconheciam mais claramente os estágios de uma cura, um dos
quais era um período de crise que podia apresentar-se como uma febre, inflamação ou
exagero temporário dos sintomas, a tal ponto que o paciente se recuperava ou
morria. Esta crise de cura, como foi chamada, representa o ponto em que as defesas do
organismo estão mobilizadas em sua capacidade de máxima. É grande um esforço.
Quando nós interferimos com este processo, através de injeção de antibióticos ou
cortisona, por exemplo, o sistema de defesa não é utilizado. Isso significa que ele não pode
corrigir a falha que deu origem à doença em primeiro lugar. Como um músculo
subutilizado, o sistema de defesa enfraquece. Logo a resistência a qualquer nova doença
fica enfraquecida, e o corpo precisa de mais drogas para lidar com novos problemas.

Má nutrição baixa mais ainda a resistência a doenças, que então leva à utilização de ainda
mais drogas. Enfraquecido por infecções e os elementos tóxicos das drogas, o corpo exige

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mais da nutrição disponível, que sobrecarrega a fonte e cria um déficit. Antes de
percebermos, estamos presos num círculo vicioso.

O que vai quebrar este ciclo? Através de uma boa dieta, do fornecimento de nutrientes
ideais, que podem aumentar a resistência à doença e ajudam o corpo a eliminar os efeitos
tóxicos de drogas. Então, não desanime por esses sinais de desintoxicação quando você
melhorar a dieta do seu animal de estimação. Você tem as coisas em movimento.

Interpretação das reações da desintoxicação


Você pode estar se perguntado: como saber se o meu animal de estimação está no
processo de desintoxicação ou está sofrendo de alguma doença grave?
Este é um ponto bastante delicado. Na dúvida, consulte o seu veterinário. Se você for a
favor de uma abordagem conservadora (menos medicamento, mais observação), informe
seu veterinário. Mas aqui estão algumas pistas gerais para ajudá-lo a interpretar o que está
acontecendo.
 Se o seu animal de estimação tem um nível alto de energia e um bom apetite, sintomas
temporários, tais como um pouco de sangue, muco ou vermes nas fezes, são
provavelmente insignificantes. E tenha em mente que também é comum, numa troca
de alimentos comerciais para alimentos totalmente frescos, o animal passar por um
período letárgico de um ou dois dias, geralmente dentro de duas a quatro semanas
após a mudança de dieta. Este é um período de limpeza que pode resultar em uma
queda temporária de energia e perda de apetite, além de mais tempo de sono. É o
organismo se utilizando dos nutrientes extras para trabalhar em prol dele mesmo.
 Voltando aos sintomas de problemas anteriormente suprimidos por fármacos
(remédios), tais como erupções cutâneas, irritação da bexiga e problemas de ouvido,
significa que o corpo está utilizando seu aumento energia para tentar curar distúrbios
crónicos subjacentes que deveriam ter sido tratados há muito tempo. Se estes
problemas persistirem ou se tornarem intensos, você vai precisar da ajuda de um
veterinário que saiba como trabalhar com o organismo para levar este processo até a
conclusão saudável. Recomendo a homeopatia, mas existem outros métodos de
tratamento natural que dão excelente suporte ao corpo neste processo, incluindo
acupuntura e ervas.
 Se o nível de energia do seu animal diminuir continuamente por mais de alguns dias ou
se você ver mudanças comportamentais e/ou emocionais, como depressão,
irritabilidade que não estavam presentes antes, seu animal de estimação pode ter
problemas mais sérios que devem ser verificados por um veterinário.
 Se alguns sintomas, tais como perda de apetite, fezes anormais ou outros problemas
de eliminação continuar, apesar dos cuidados, podemos considerar a alergia alimentar
uma provável possibilidade. Pare de usar os novos alimentos. Quando o problema
desaparecer, reintroduza legumes, cereais, carnes, produtos lácteos, levedura de
cerveja e legumes, um de cada vez até descobrir qual é a causa do problema. Quando
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você identificar o responsável, elimine-o da dieta permanentemente. Alimentos
comumente conhecidos por causar reações alérgicas são descritos juntamente com
uma dieta especial em Alergias no livro Guia de Alimentação Natural para Cães.

 Todo organismo tem um pouco mais de dificuldade para metabolizar óleos insaturados
(gordura vegetal) do que os saturados (gordura animal). Procure escolher o azeite de
oliva como fonte de óleo na dieta, ou então, prefira gorduras animais como banha,
manteiga, ou aparas de carne.
Em resumo, um processo de cura natural nem sempre é simplesmente "ficar melhor."
Pode haver altos e baixos e evidências de eliminações.
É altamente recomendável que você trabalhe com um veterinário que seja capaz de
interpretar essas mudanças com precisão, preferencialmente um que tenha algum
conhecimento em homeopatia, medicina chinesa, fitoterapia, ou outros sistemas de cura
natural.

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Utilizando ervas para facilitar o processo de transição
Se seu animal de estimação tiver uma angústia moderada durante a troca da dieta, você
pode suavizar o caminho (ou tentar evitar problemas desde o início) com algumas ervas
(Fitoterápicas) que ajudam a limpar o corpo e reconstruir tecidos.

Use apenas uma erva, em vez de uma combinação. Escolha o que mais combina com os
problemas listados nas breves descrições que se seguem. Consulte a tabela abaixo
(Tamanhos do Cão) para saber as quantidades em relação ao tamanho do seu animal de
estimação.

ERVAS | Alfafa (Medicago sativa)


O nome alfafa significa em árabe "O melhor alimento", é um excelente tônico que estimula
a digestão e o apetite. Ajuda os animais no ganho de peso e melhora o vigor físico e mental.
Alfafa é melhor usada para animais que estão abaixo do peso, nervosos ou tensos. Ela
também pode ajudar as pessoas com dores musculares ou articulares ou animais com
problemas urinários — especialmente onde há formação de cristais e irritação da bexiga.
Dependendo do tamanho do seu cão, adicione de 1 colher de chá para 3 colheres de sopa
de alfafa seca triturada misturados à ração diária. Ou faça um chá por maceração com 3
colheres de sopa da erva em 1 copo de água, deixando descansar por 30 minutos depois
de pronto. Misture com a comida ou administre por via oral com o bulbo de uma seringa,
usando a tabela baixo (Tamanhos do Cão) como uma diretriz para o quanto fornecer.

ERVAS | Bardana (Arctium lappa)


Valorizada como medicinal desde a Antiguidade, a bardana nunca teve sua fama
contestada. Ela purifica o sangue e ajuda o corpo a desintoxicar. É particularmente bom
para aliviar doenças de pele. Mergulhe 1 colher de chá da raiz em 1 copo de água destilada
em um recipiente de vidro durante 5 horas. Em seguida, leve para ferver, retire do fogo e
deixe esfriar. Verifique a tabela baixo (Tamanhos do Cão) para saber o quanto fornecer.

ERVAS | Alho (Allium sativum)


Utilizado desde a antiguidade como remédio já no Antigo Egito na composição de vários
medicamentos. Ajuda a eliminar vermes, reforça a digestão, e estimula beneficamente o
aparelho intestinal. Use para promover a saúde intestinal. Também é indicado para
animais que estiveram em dietas ricas em carne ou peixe, e para aqueles que tendem a
estar acima do peso ou a sofrer de dor de artrite ou displasia. Inclua alho fresco, ralado em
cada refeição, utilizando ½ a 3 dentes, dependendo do tamanho do animal – consulte a
tabela abaixo (Tamanhos do Cão). Consulte Alho nos livros Guia de Alimentação Natural
para Cães e Alimentos Tóxicos para mais informações.

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ERVAS | Aveia (Avena sativa)
É também um tónico, em particular, para o animal cuja principal fraqueza está no sistema
nervoso, como na epilepsia, tremores, espasmos e paralisia. A aveia também combate o
enfraquecimento e os efeitos fatigantes de drogas fortes e doenças. Ela ajuda a limpar o
corpo e nutrir o crescimento de novos tecidos. Use aveia como grão chefe na dieta.

Além disso, você pode usar palha de aveia para proporcionar um banho de cura: Ferva 500
a 900 g da palha em 3 litros de água por 30 minutos. Adicione na água do banho ou passe
com uma esponja repetidamente como uma lavagem pós-banho. Esse tratamento é útil
para problemas de pele, dores musculares e articulares, paralisia, problemas hepáticos e
renais. Cães se divertem mais do que os gatos durante o banho.

Uma dessas ervas, juntamente com os benefícios da nova dieta, deve auxiliar em um
caminho mais suave e mais curto para a boa saúde. Depois de um mês ou dois, realize
novamente o exame no seu animal de estimação (Como Realizar um Check-Up Rápido
descrito no livro Saúde e Bem-Estar Animal). Você vai se surpreender ao ver a diferença.

Tamanhos do Cão
Use esta tabela como um guia aproximado para determinar a quantidade de ervas para
dar o seu cão. Se o seu cão cai em um tamanho entre os listados use o grupo superior.

PORTE ALFAFA SECA ALFAFA LÍQUIDA BARDANA LÍQUIDA DENTE DE ALHO


(colher de chá) (colher de sopa) (colher de sopa) (colher chá)
Cachorro
Mini ou Toy
1 2 1 ½
Abaixo de 28cm / até 6kg

Pequeno
3 5 2 1
De 28 a 35cm / de 6 a 15kg

Médio
5 9 3 2
De 36 a 49cm / de 15 a 25kg

Grande
7 13 5 2½
De 50 a 69cm / de 25 a 45kg

Gigante
9 16 6 3
Acima de 70cm / de 45 a 60kg

Figura 2- Pet Super Saudável

TODO O CONTEÚDO DESTE E-BOOK PERTENCE A PET SUPER SAUDÁVEL, QUALQUER


OUTRA DENOMINAÇÃO OU SUGESTÃO DE AUTORIA CARACTERIZA CÓPIA NÃO
AUTORIZADA DESTE PRODUTO E ESTÁ SUJEITO ÀS PENALIDADES DA LEI 9.610 DE
19/02/1998, ASSIM COMO LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS AUTORAIS.

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