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INDICAÇÃO DE

TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS

DESENHO TÉCNICO
1 - INTRODUÇÃO
Não é suficiente que as dimensões das peças
estejam dentro das tolerâncias dimensionais
previstas.

Necessário que estejam dentro de FORMAS


PREVISTAS para que possam ser montadas.

Dificuldade em obter uma peça real com formas


rigorosamente idênticas às da peça projetada.
1 - INTRODUÇÃO
• Desvios dentro de certos limites não chegam
a prejudicar o bom funcionamento das peças.

• As variações aceitáveis das formas e das


posições dos elementos na execução da peça
constituem as tolerâncias geométricas.
2 – SUMÁRIO - ELEMENTOS
• Elemento Toleranciado:
É aquele que recebe a tolerância.
• Símbolo de Tolerância:
Indica de que tipo de tolerância se trata.
• Tolerância propriamente dita:
É o valor que delimita o campo de tolerância.
• Campo de Tolerância:
Espaço dentro do qual a característica em questão
pode variar sem caracterizar um desvio geométrico.
• Referencial:
Elemento em relação ao qual a característica em
questão é medida ou avaliada.
2 – SUMÁRIO - TOLERÂNCIAS
• TOLERÂNCIAS DE FORMA
Para Linhas (Retilineidade, Circularidade, Contorno)
Para Superfícies (Planicidade, Cilindricidade, Superfície
Qualquer)
• TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
Paralelismo
Perpendicularidade
Angularidade ou Inclinação
• TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
Localização
Simetria
Concentricidade e Coaxialidade
• TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
Batimento Axial
Batimento Radial
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Desvios que um elemento pode apresentar
em relação à sua forma geométrica ideal.

• Para LINHAS
• Retilineidade
• Circularidade
• Contorno Qualquer
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Retilineidade
• Depende da forma da peça à qual a linha
pertence.
• Precedida pelo símbolo
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Circularidade
Em peças com forma de disco, cilindro ou
cone.
Determinada por duas circunferências que têm
o mesmo centro (no eixo da peça) e raios
diferentes.
Precedida pelo símbolo:
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Forma de um contorno
• Determinado por duas linhas envolvendo
uma circunferência de diâmetro t, cujo
centro se desloca por uma linha que tem o
perfil geométrico desejado.
• Precedida pelo símbolo
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA

• Para SUPERFÍCIES
• Planeza
• Cilindricidade
• Forma de superfície
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Planeza
• Corresponde à distância t entre dois planos
ideais imaginários, entre os quais se encontra a
superfície real (S') da peça.
• Precedida pelo símbolo
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Cilindricidade
• peça fabricada deve estar situada entre as
• superfícies de dois cilindros que têm o
mesmo eixo e raios diferentes.
• Tolerância vem precedida pelo símbolo:
3 – TOLERÂNCIAS DE FORMA
• Forma de uma superfície
• Definida por uma esfera de diâmetro t, cujo
• centro movimenta-se por uma superfície que
• tem a forma geométrica ideal.
• Símbolo
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Quando dois ou mais elementos são
associados pode ser necessário determinar a
orientação de um em relação ao outro – bom
funcionamento do conjunto
• Geralmente um elemento é escolhido como
referência para indicação das tolerâncias dos
demais elementos.
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Elemento de referência pode ser:
linha, plano ou ponto

• Elemento tolerado pode ser:


linha, superfície ou ponto

• Tipos de tolerância por orientação:


- Paralelismo
- Perpendicularidade
- Inclinação
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Paralelismo
• Zona de
tolerância
paralelipédica
• Zona de
tolerância
cilíndrica
1º Caso – Linha paralela a linha
2º Caso – Superfície paralela a
superfície
3º Caso – Linha paralela a superfície

4º Caso – Superfície paralela a linha


4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Paralelismo - Zona de tolerância cilíndrica
Precedida por
ex: O eixo do furo superior
deve ficar paralelo ao eixo
do furo inferior, tomado como
referência

• Paralelismo - Zona de tolerância paralelipédica


Semelhante à cilíndrica, mas o Campo de
Tolerância é definido por um Paralelepípedo
Retângulo.
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
Precedida por
1º Caso – Linha perpendicular a linha
• ex: O eixo do furo vertical B deve ficar
perpendicular ao eixo do furo horizontal C.
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
2º Caso – Superfície perpendicular a superfície
• ex: A superfície vertical deve ser perpendicular à
superfície horizontal
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
3º Caso – Linha perpendicular a superfície

A) Zona de tolerância cilíndrica


4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
3º Caso – Linha perpendicular a superfície

B) Zona de tolerância paralelipédica


4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
3º Caso – Linha perpendicular a superfície

C) Zona de tolerância plana


4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Perpendicularidade
4º Caso – Superfície perpendicular a linha
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Inclinação
Para que o furo apresente a inclinação correta
é necessário determinar a tolerância de
inclinação do seu eixo.
ex: elemento de referência: plano da base da peça.
Precedido por
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Inclinação
• Campo de tolerância é limitado por duas retas
paralelas, distantes entre si por uma distância
t, que formam com a base um ângulo de
inclinação específico
4 – TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO
• Inclinação
A) Inclinação de uma linha em relação ao plano

B) Inclinação de uma superfície em relação a


outra superfície
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Localização
Quando a localização exata de um elemento
(linha, eixo ou superfície) é essencial para o
funcionamento da peça
Precedida pelo símbolo
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Localização
A) Tolerância de localização de um PONTO
ex: O centro do furo deve ser localizado em
função das COTAS TEORICAMENTE EXATAS
15 E 16
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Localização
ex: Tolerância de localização definida para os
eixos de todos os furos, tendo as distâncias
entre eles como referência.
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Localização
B) tolerância de localização de uma Superfície
ex: Superfície inclinada tem sua posição definida
em função da cota teoricamente exata 40 e 120°
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Concentricidade ou Coaxialidade
• Figuras geométricas têm o mesmo centro:
concêntricas
• Sólidos de revolução têm o eixo comum:
coaxiais

• Precedida pelo símbolo:
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Concentricidade ou Coaxialidade
Diâmetros diferentes,mas mesmo eixo (coaxiais).
O campo de tolerância de coaxialidade dos eixos
da peça fica determinado
por um cilindro de diâmetro t
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Concentricidade ou Coaxialidade
ex: O furo maior deve ser concêntrico ao furo
menor(B), cujo centro funciona como referencial.
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Simetria
• O campo de tolerância é limitado por dois planos
paralelos e que guardam entre si uma distância
t.
• Precedida pelo símbolo
5 – TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO
• Simetria
Na vista frontal, a tolerância de simetria vem
indicada pela linha de simetria. Para determinar
a tolerância de simetria, temos como elemento
de referência o eixo da peça.
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Para elementos que dão uma volta completa
em torno de seu eixo de rotação, podem
ocorrer oscilações - deslocamentos em
relação ao eixo.
• Assim, é necessário delimitar as oscilações
aceitáveis: tolerância de batimento.
• Precedidas por: (circular)
(total)

Pode ser batimento: Radial


Axial
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Circular - Radial
Este batimento é verificado em relação ao raio do
elemento, quando o eixo der uma volta completa.
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Circular - Radial
A diferença t dos raios de dois círculos
concêntricos corresponde à tolerância radial.
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Circular - Radial
• ex: A superfície cilíndrica do corpo central
recebe tolerância de batimento RADIAL em
relação aos eixos das superfícies cilíndricas
das extremidades
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Circular - Axial
• A superfície perpendicular ao eixo recebe
tolerância de batimento axial em relação ao eixo
da peça. A superfície também é verificada quando a
peça dá uma volta completa

• O campo de tolerância
fica delimitado por dois
planos paralelos entre
si, a uma distância t e
que são perpendiculares
ao eixo de rotação
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Circular - Axial
• ex: Superfície perpendicular ao eixo é verificada
em relação ao eixo A
6 – TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO
• Total – Radial e Axial
•O BATIMENTO TOTAL é verificado
simultaneamente para todas as seções da
peça. Pode ser Radial ou Axial
7 – VERIFICAÇÃO
- Equipamentos usam sensores mecânicos,
acústicos ou ópticos (laser).
- A verificação na maior parte das situações é
estatística (apenas algumas peças de um lote
são verificadas).
7 – VERIFICAÇÃO

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