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por
Mametu Renata D’ Iansã
Ano-2010
Apresentação
Mãe Renata D’ Iansã (Renata Valieri)
Sou filha de Ogum, Iansã e Oxum, nasci no Asé “Templo Espirita José augusto Martins”
fundado em 17/04/1979 pelo meu Babalaô Pai Edson D’ Oxossi.
Meu ritual é Umbanda da Natureza, onde reverencio a Nação Angola, suas raízes, inkises
e folhas sagradas.
Sou a terceira geração dentro do meu Asé (Templo Espiritual) fui iniciada aos 14 anos de
idade, pelo meu Babalaô e Pai carnal, Pai Edson D’ Oxossi onde tive um
desenvolvimento a finco com muita devoção aos Orixás e entidades e muita dedicação
aos estudos e ensinamentos de minha nação, aos 21 anos fui coroada a Mãe Pequena de
minha casa, onde passei por diversas obrigações e iniciações ao Ifá, pois meu Babalaô
vendo todo meu empenho um dia resolveu consultar os deuses e a Ifá, para ver realmente
qual era a minha missão naquela casa, e ficou muito feliz em saber que eu seria sua
continuidade, tanto com as mãos para a leitura dos búzios quanto para dirigir como Mãe do Asé a casa que com tanto
esmero ele pode construir e zelar por mais de 30 anos.
Desde então foi passado a mim todos os preceitos e ensinamentos a leitura dos Búzios, fiz minha feitura para a
consagração e passei por um tempo jogando apenas para meu Babalaô, ao desenvolver a habilidade e o dom, passei a
atender as pessoas de dentro do terreiro (médiuns), depois pessoas da família, para depois chegar ao publico
desconhecido, consulentes etc...
Um grande aprendizado que tive em relação aos búzios é que ele não é apenas uma forma de manifestação religiosa
dos Deuses (Orixás) e povos Yorubas que ficou sendo conhecido no Brasil como Candomblé de Nação (Nago, Jeje,
Ketu, Angola etc.), é um sistema bem profundo aonde a Ciência, Filosofia e a Religião andam juntos independente de
nação. Por isso quando titulam o Jogo sendo uma prática de candomblé eu não concordo, por que quando se nasce
com o Dom, você foi agraciado sedo de umbanda, candomblé enfim, o dom ele não escolhe raça e nem cor, ele é
extinto de pré-conceitos.
Aos 24 anos meu Babalaô fez minha feitura como Mãe e Dirigente da casa, deixando tudo sob minha
responsabilidade. Hoje tenho meu Acanzalê, uma casa espiritual, chamada Ilê Asé Oyá Egunitá, fundada em
31/10/2007.
ÍNDICE
1 - Jogo de Búzios .................................................................................................................................. pg. 04
1 - Jogo de Búzios
Costumo dizer que o Jogo de Búzios é uma ciência exata, não cabe meio termo, a leitura é a expressão de uma
realidade presente ou não, a forma de checar se um jogo está correto, começa pela identificação do orixá, a cada orixá
corresponde um estereotipo de caráter e personalidade ao seu “filho”, que ao lhe relatar não pode errar ou fugir das
suas principais características, que sacerdote checa com o consulente, se tudo corresponde as demais situações do jogo
também estarão corretas.
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Porém um leitor de jogo de búzios necessariamente tem que conhecer sobre as características que os orixás imprimem
aos seus “filhos” características estas, que em alguns casos para o mesmo orixá, tem variantes, pela sua qualidade
apresentada, ou ainda, difere determinadas características, se o “filho” for do sexo masculino ou feminino.
O Jogo de Búzios é um Oráculo, cuja permuta para ser utilizada tem que haver a devida salva em valor da moeda
corrente é de direito daquele que recebe o ensinamento para o jogo, conhecido como Mão de Jogo, o de cobrar esse
trabalho como outro qualquer existente, pois não se trata de trabalho espiritual apenas e sim, de capacitação através de
estudo e dom da pessoa que recebe tal firmamento para o mesmo, pois é necessário dedicar boa parte quase que
integral do seu tempo para um bom conhecimento.
O Jogo não deve ser feito de graça, pois poderá queimar a mão de jogo diante ao Orixá, mesmo que o valor seja em
moedas e centavos, não importa a quantia, o que não pode é ser de graça, pois o jogo pertence a Oxum dona das
riquezas, Oxumarê o banqueiro do pote de ouro e a Exu senhor dos caminhos e conhecimentos, fazendo-o de graça
você estará correndo sérios riscos de ter seu jogo quizilado pelos orixás.
O Valor cobrado não deve ser algo assustador e nem algo que desvalorize seu trabalho e conhecimento, quando
iniciamos o valor é menor pois estamos em fase de aprendizado e adquirindo espaço e confiança dos consulentes,
depois que seu trabalho começar a ter um retorno gratificante, é sinal que já esta na hora de valorizar o seu jogo e seu
nome.
Muito importante lembrar que todo dinheiro recebido pelo jogo uma boa parte dele deverá ser destinada a sua casa de
Asé, Seus assentamentos, seus Orixás, para que eles estejam sempre satisfeitos.
Não podemos sair por ai utilizando o dinheiro como se fosse apenas nosso, como se trabalhássemos sozinhos na hora
do jogo. É um conjunto de energias e parcerias espirituais onde saber dividir é fundamental. Queremos uma boa
roupa, um bom relógio mais nossos orixás e guias querem um bom charuto, uma boa oferenda um bom marafo e assim
por diante...
Todos podem ler os Búzios ou temos que ter a Mão para o jogo?
Segundo algumas correntes e crenças, nem todas as pessoas podem ler os buzios. Esta prática está destinada apenas a
pessoas com uma forte espiritualidade e que tenham mão para o Jogo, ou seja quem tem a mão, ou dom, faz pelo jogo
de Oxum, já aqueles que não são agraciados com o dom jogam por odú.
De forma geral, são pessoas pré destinadas à Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o
recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado por seu sacerdote.
Todos podem aprender as tecnicas, porém a mão, o asé e a consagração feita à Ifá(Deus da Advinhação) somente
pessoas que nascem com este dom podem desenvolver e praticar, depois de passarem por todas as suas iniciações e
obrigações espirituais passadas de pai para filho ou pelo seu sacerdote, quando o mesmo percebe que Ifá lhe
consagrou a tal missão.
O Jogo tem por finalidade identificar nosso orixá (Pai, Mãe e Juntó). Ele serve também para nos aconselhar referente a
vida profissional, afetiva e espíritual.
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Os búzios são jogados em números de dezesseis, que correspondem aos dezesseis odú principais, porém temos uma
quantidade de 256 signos ou odun de IFÁ, a palavra “Odú” significa destino, presságios, regendo a pessoa desde o
momento em que ela nasce, até a hora de seu desencarne.
Os 16 (Dezesseis) Odús principais são: Exú, Obaluaê, Ogum, Yemanjá, Oxum, Oxumarê, Oxalá, Ossaim, Xangô,
Ewá e Obá, Iansã, Oxossi, Nanã, Cosme e Damião, Oxaguiã e Oxalufã.
As duas maneiras de jogo mais usadas são, sobre a peneira ou sobre o fio de contas do seu Orixá de cabeça ou um que
tenham os 16 orixás cultuados no Brasil; Utiliza-se também uma otá, uma vela branca, um adjá (espécie de sineta)
usado para saudar os orixás, abrir o jogo e convocar o eledá do consulente para que permita uma boa leitura; água;
indispensável a vela branca firmada para Ifá; moedas; favas; obi; orobô; um imã; uma fava (semente) especial que
represente no jogo o eledá consultado, aforante a isso um preparo do babalorixá ou Yalorixá, e os orôs (rezas)
necessários que cada um tem dentro de sua nação.
1) Conhecimento e aprendizado.
2) Autorização, através de ritual próprio, o qual é ministrado por sacerdote responsável, tendo o iniciado passado por
completo, com seriedade e merecimento, seu período de iniciação, que são no mínimo 7 anos.
Muito importante, quem "responde" no jogo de búzios é o orixá do consulente, ele é quem determina a formação dos
búzios para serem analisados, é uma espécie de permissão, do orixá, para que a situação do seu filho seja exposta.
A forma de jogo mais usual, é a leitura feita por odú, feita pela quantidade de búzios "abertos" ou "fechados", em que
o babalorixá ou Yalorixá, deverá efetuar várias jogadas para uma leitura mais completa, em alguns jogos, cada queda
corresponde a um único odú-orixá.
Pelo mesmo princípio que se vai ao médico, só vai quem está doente ou para uma avaliação de rotina, da mesma
forma, que só toma remédio quem está doente, só se deve fazer algo, se houver alguma necessidade.
O futuro - é grande questão dos consulentes, no jogo de búzios, pode-se fazer "perguntas", cujas respostas não são
detalhadas, mas de uma maneira geral é sim ou não, o jogo tem por finalidade esclarecer de maneira exata sem rodeios
e sem floriar as dúvidas do consulente.
O futuro a Deus pertence, esta é uma frase sábia que alguém com muita propriedade disse um dia. O futuro depende
muito dos nossos atos presentes, o exercício do nosso livre arbítrio é constante, nada está definitivamente marcado ou
decidido, a partir do instante que exercemos nossa vontade, podemos modificar a todo instante nosso futuro;
Exemplos simples: se alguém fica doente e acha que é o destino, vai morrer, mas, se procurar um médico, vai se curar;
o futuro foi alterado; assim alguém que perca seu emprego, se ficar em casa, vai passar fome, se sair e procurar um
emprego, terá grande chance de conseguir e novamente alterar seu futuro; e assim com tudo na vida; uma grande
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questão é que muitas pessoas acham que seu orixá, anjo da guarda ou Deus, tem saber de tudo, das suas necessidades,
dos seus problemas e simplesmente resolvê-los, antes assim fosse, porém, mais uma vez é necessário que o nosso livre
arbítrio e o nosso querer, tem que ser constante em nosso dia a dia.
Não podemos esperar que as pessoas "adivinhem" ou saibam o que estamos querendo ou precisando, se não falarmos,
se não nos comunicarmos, é evidente que se tem uma forma de fazê-lo, sempre podemos dizer o que pensamos e
precisamos, mas de uma forma correta, não agressiva, coerente. Sempre temos duas chances em cada situação que nos
apresenta, o de sim e o de não.
2 - A Origem do Odú
Odú é um termo africano do dialeto Yorubá e Fon, que determina o DNA espiritual de uma pessoa, local e situação.
Esta era a forma usada desde a antiguidade pelos chefes de tribos africanas para decodificarem os segredos e enigmas
do ambiente e do universo que os cercavam.
2+4+0+2+1+9+8+4= 30
Toda resultado maior que 16 devemos soma-lo novamente, pois no jogo de búzios os Odús vão somente até o 16.
Ifá é o nome que Olodumaré, o Deus Criador, deu para Orunmilá enquanto divindade manifestada no mundo. Ifá é o
Oráculo, o sistema divinatório composto de diversos métodos. Os mais conhecidos são o Opele, o Ikin e o
Merindilogun ou jogo de búzios.
E quem é Orunmilá?
Orunmilá é a divindade da sabedoria e do conhecimento, responsável pela transmissão das orientações dos deuses e de
nossos ancestrais, de maneira a permitir a cada um de nós a possibilidade de uma escolha acertada para uma vida feliz.
Orunmilá, a Testemunha do Destino e da Criação. O segundo após Olodumaré.
Aquele que estava presente, ao lado de Deus, quando a Vida, o Mundo, o Homem foi criado. Orunmilá tudo vê, tudo
sabe, tudo conhece. Não há nada que tenha sido criado ou que virá a ser criado que Orunmilá não saiba antes.
Orunmilá conhece a vida e conhece a morte, ele conhece a existência: o antes e o depois. Por isso ele pode ajudar.
Guia, profeta, professor, divindade, Orunmilá/Ifá deve ser compreendido como um sistema: é o homem e sua
ferramenta. Por vezes o homem é a sua própria ferramenta. Orunmilá é tanto humano quanto espírito.
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Enviado por Olodumaré (O criador) para ir a diferentes lugares sempre que há necessidade para ajudar os homens a
enfrentarem seus problemas, contornando obstáculos e desenvolvendo o seu bom caráter. Podemos também imaginar
Orunmilá como o espírito de Olodumaré manifestado no homem. Após a Criação, Orunmilá veio à Terra como a
divindade encarregada por Olodumaré para ensinar os homens. Esta mensagem é Ifá, a luz, o conhecimento e a
orientação da sabedoria ancestral de toda a humanidade.
Os búzios se alimentarão do Asé por 7 dias sob o ajeum dos Orixás, depois passarão por todas as aguas, (Mar,
Cachoeira, Chuva, Riacho, Lagoa, Mina, Chuva, Agua Benta etc...)
4 ª Oferenda Mugunzá para Yemanjá ou peixe de água salgada, regados ao azeite e assados, milho branco cozido e
temperado com camarões, cebola e azeite doce, manjar com leite de coco e acaçá.
5 ª Oferenda Omolocum para Oxum, feijão fradinho cozido com cebola, camarões e azeite de oliva e decorado com
ovos cozidos e descascados .
8 ª Oferenda Amendoim torrado para Ossaim ou acaçá, feijão, milho vermelho, farofa e fumo de corda.
10 ª Oferenda Ovos para Obá ou Abará (Bolinhos de beijão fradinho temperado com dendê e enrolado na folha de
bananeira para cozinhar em banho maria.
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12 ª Oferenda Moranga com milho para Oxossi
Após todas as oferendas arriadas em circulo, colocar um a um dos búzios sobre a oferenda, deixando por sete dias até
pegar o Asé devido dos orixás, feito isso eles estão prontos para serem jogados.
Sendo assim, depois de cumpridos todos esses preceitos de extrema importancia para fundamentar o asé dos búzios,
podemos passar para os fundamentos da peneira, da mesa onde vai ser iniciado o jogo.
6 - Fundamentos da mesa
Na mesa, dentro da peneira, deve conter imas, moedas, otás, favas de Exú e de Pombogira, os colares do seu Orixá,
uma vela branca e um copo com agua que será ofereceido a Ifá.
Todo inicio de jogo é feito um Oro (reza) para que corra tudo bem com seu jogo, para que Ifá possa responder
satisfatóriamente as questões e duvidas de seus consulentes.
Esses Oros (rezas) são feitos de maneira bem particular, uma saudação à todos os orixás de acordo com a sua nação,
pedindo proteção e clareza para poder passar aos seus consulentes uma boa consulta e um bom caminho.
A Peneira
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Ela deve conter elementos do seu orixá, cor ou colar sobre ela.
EXÚ
Mensageiro, guardião, guerreiro.
Exu está presente em todos os lugares e mantém contato com todos os orixás e ancestrais. Sua personalidade
assemelha-se ao perfil humano. É amante dos prazeres da vida, das cores e odores.
Comida: Farofa de dendê e pinga (Padê), acarajé; xinxim; (acaçá) com azeite de dendê, frutas.
Bebida: Pinga (Marafo), Conhaque, Uiski, espumantes, champanhe entre outras, Exu também bebe água.
Cor da roupa: vermelho e preto. Usa colar com contas vermelhas e pretas.
Animal: bode
Animais de sacrifício: Boi, cabra, cabrito, bode, galo, galinha variando a cor de acordo com o ritual a ser praticado.
Local: Encruzilhadas abertas em X para Exu e encruzilhadas fechadas em T para Pombogira– para simbolizar os
vários lados de cada caminho, beira de estradas e cemitérios.
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Dia consagrado: Segunda feira.
São pessoas intempestivas, nervosas, gostam de festas e brincadeiras, não aceitam certos desrespeitos e quando
enfurecidos partem para a vingança sem piedade.
São amantes dos prazeres da vida, sentem necessidade de servir as pessoas sem se preocupar por ser pago ou
reconhecido pela sua ação.
São inquietos e muito enérgicos o tempo todo, fazendo da sua rotina algo diferente a cada dia.
OMOLU OU OBALUAIÊ
Tem duas formas: Obaluaiê e Omulu.
Obaluaiê é o jovem das pragas e doenças, da cura. Esta ligado às epidemias e suas curas, representa as impurezas que
devem ser expelidas, as fístulas; é o orixá da renovação, é severo e exigente de respeito.
Ferramenta: Xaxará (Cajado feito de fibras do dendezeiro, forrado com palha da costa enfeitado com búzios e contas
vermelha, branca e pretas.
Animais de sacrifício: porco, bode, galo, galinha d’angola nas cores preta e branca.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas, vermelhas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo
corpo.
Dia: segunda-feira.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Metal: Chumbo
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Bebida: Água mineral
São pessoas que ocultam sua individualidade, tem muita dificuldade em se relacionar, pois são fechados e de pouca
conversa, geralmente apaixonam-se por pessoas extremamente diferentes de si, gosta de ver quem ama brilhar, embora
o inveje.
Os filhos deste orixá são irônicos, secos e diretos, não são de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas,
odeiam fofocas e vulgaridades, a solidão é muito peculiar a estas pessoas.
OGUM
Deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia e da agricultura.
Ogum é o filho primogênito da família dos Orixás caçadores, foi encarregado por Olorum (criador do Universo) para
abrir o caminho para todos os orixás e é o guerreiro que nunca é vencido. É Ogum quem abre todos os caminhos da
vida. Seu perfil é valente, sério e justo. Sua morada é no Humaitá, nas estradas e campos abertos.
Elemento: Terra
Metal: Ferro
Pedra: Sodalita
Fruta: Manga-Espada
Bebida: Cerveja-Clara
Animal: Cachorro
Local de oferendas: Estradas de terra, Linha do Trem e Campos abertos ou debaixo de uma árvore (Cajazeira) Igí-
Uyeuè ou de um Pé de Mariô Igí Òpé.
Vestes: saiotes de cor azul marinho e branco, capacetes de pano bordados com penacho das mesmas cores e uma
corrente pendente do penacho.
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Dia consagrado: Terça feira.
Curiosidade sobre o Mariô conhecido como (Igí Òpé) pelo povo de Santo.
A erva consagrada à Ogum, é o nome da folha do dendezeiro, que desfiada usa-se em portas e janelas dos terreiros,
nos Ibás, assentamentos e também serve de vestimenta para Ogum.
A Função do Mariô é espantar as energias negativas e espíritos perturbadores, tendo esta função a Orixá Oyá Igbalé
(Iansã Do Balé) a entidade que preside sobre Eguns, também utiliza o Mariô nas vestes de Iansã e em seus
Assentamentos.
Somente filhos de Ogum desfiam as folhas de Mariô acompanhada de uma reza e uma vela branca acesa.
Extremamente coerente, arrebatado e passional, onde as explosões, as obstinações e a teimosia afloram com muita
facilidade, assim como o Prazer com amigos e sexo oposto.
Incapaz de perdoar ofensas sérias, impulsivo em suas atitudes, gosta tanto de guerrear a sério como de brincadeira,
pois tudo acaba em boas gargalhadas, gosta de medir forças para se sair o melhor.
São apreciadores da tecnologia, dos novos caminhos da ciência, de novas tarefas profissionais, os filhos de Ogum são
pessoas incapazes de ficar no mesmo lugar muito tempo, são curiosos e resistentes, com grande capacidade de
concentração em seu objetivo.
A coragem é muito grande e a franqueza é absoluta, chegando muitas vezes ser rudes com tanta sinceridade.
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IEMANJÁ
Senhora dos Mares.
Iemanjá: É a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. A palavra
“Yemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.
Aprecia pratos preparados com milho branco, manjar, peixes, canjicas. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os
navegantes.
Ferramenta: alforje de prata e o Abebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Elemento: água
Cor: Azul-Claro
Bebida: Champanhe
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Agrados: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar
cores claras, como a água.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Saudação: Odociá
São pessoas que gostam de coisas caras, luxuosas, ambientes confortáveis, e mesmo quando pobres, pode se notar
uma certa sofisticação em suas casas.
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São pessoas diretas, determinadas mais desanimam com muita facilidade quando aparece um obstáculo inesperado,
são pessoas amigas e companheiras, mais de poucos segredos, não enxergam a vida como uma luta como ogum, mais
sim uma jornada de dificuldades e caminhos extensos mais que pode ser prazerosa.
A Família e os filhos são as maiores riquezas para o filho deste orixá, são pessoas que não gostam de viver sozinhas,
sentem falta por isso pessoas deste orixá se apega muito fácil a alguém ou casa-se muito cedo, não gostam de
empregos competitivos, preferem a monotonia, não são fãs da vida social, fotos, baladas, bares preferindo pequenas
reuniões em casa com poucos amigos e familiares.
Seu humor tende a ser suave, mais muda rapidamente quando alguém lhe ofende ou quando sua autoridade é
questionada.
OXUM
Deusa das águas, do poder da mulher e da gestação. Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.
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Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se
tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.
Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do
ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.
Comida: feijão fradinho com ovos, camarão seco, cebola e dendê ou azeite doce dependendo da qualidade do orixá.
Animal: pássaros
Local de oferendas: águas doces, cachoeiras, em uma pedra bem ao lado da cachoeira..
Dia: sábado.
Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo do que enfrentá-lo diretamente, ao contrario do que
faria os de Iansã ou ogum, são pessoas persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando a
ser incrivelmente teimoso e obstinado. Não costumam a se descabelar por paixões e amizades que não deram certo ou
nem começaram.
São pessoas realistas e de pé no chão, nos filhos de oxum o tempo passa lentamente pois a pessoa demora a
amadurecer e leva a vida como uma eterna criança, mimada e cheia de cuidados. São pessoas luxuosas, vaidosas,
misteriosas, charmosas, interesseiras e de um egocentrismo imenso. Falsas quando é conveniente, mais verdadeira
caso se sinta segura, é um tanto volátil e de temperamento aguçado.
OXUMARÊ (A SERPENTE)
Orixá da riqueza, Deus do arco-íris, Oxumarê fica no céu é o encarregado por levar a água do Aiê (Terra) para Orun
(Céu), controlador das chuvas, servidor de Xangô.
Filho da cobra Dã que envolve toda a terra, metade do tempo é masculino outra metade é feminio (meta-meta) está
ligado as artes e a beleza, também as riquezas da terra.
Por ser um orixá duplo, horas macho e horas fêmea tudo que se oferece a Oxumarê deve ser em dobro.
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Ferramenta: Par de Serpentes
Comida: 1Kg de Batatas doces, 1 Maço de folhas de mostarda, cozinhe as batatas e amasse-as na forma de uma cobra
sobre as folhas de Mostarda.
Fruta: Melancia
Metal: Latão
Vestes: bem coloridas, verdes e amarelos predominam, um torso colorido na cabeça com uma trança descendo pelas
costas, até o chão. Por cima do torso uma coroa com imagem de uma cobra.
Os filhos deste orixá almejam ser alguém na vida, tem paciência e determinação para chegar onde desejam são
perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos.
São pessoas inquietas que necessitam se movimentar, indo sempre de um lado a outro, são pessoas como a cobra,
armam seus botes de maneira silenciosa e atacam quando se acham certos da vitória.
São pessoas difíceis de relacionar, devido a sua maneira de mudar tudo de uma hora para outra, são pessoas muito
fechadas e solitárias.
OXALÁ
É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).
Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo,
para criar todos os seres da Terra.
É esposo de Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore
dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje
esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o
princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.
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Oxalá se apresenta de duas maneiras, duas formas de manifestação: Oxaguiã e Oxalufã.
Cor: Branca
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana, canjica branca com azeite doce, mais conhecido
como acaçá branco.
Local das oferendas: Lugares muito altos, colinas, Campos abertos ou portas de Igreja
Animais de sacrifício: Ibí (Caramujo), boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor
branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade, todos os animais devem
ser brancos ou claro e sempre fêmea, com exceção do pombo que em alguns casos pode ser o casal.
Vestes: Brancas com braceletes desenhados com búzios e opaxorô prateados tendo na sua extremidade superior uma
esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: Sexta-feira.
São pessoas muito tranqüilas, com tendência a calma, inclusive em momentos difíceis, são amáveis e prestativos mas
nunca subservientes, de muitas atitudes, pois não se rebaixam a ninguém.
Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa sobre suas idéias, são perfeccionistas, limpos e
organizados com suas coisas, não gosta que as pessoas mecham em suas coisas, geralmente estas pessoas aparentam
mais idade do que tem, devido ao amadurecimento precoce de Oxalá, não gostam de mudanças, gostam da rotina por
não ter que tomar nenhuma decisão, ou mudar seus hábitos, são reservados com seus sentimentos, são lentos em suas
decisões, mas quando decide vai até o final de sua determinação.
Vivem rodeados de pessoas que o admiram e alegram-se com suas brincadeiras, seu maior defeito é a teimosia,
principalmente quando tem certeza de suas convicções.
São inquietos e arredios, emocionalmente são muito inocentes e facilmente manipulados pelo sexo oposto.
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Precisam de companheiras que lhe digam o que fazer o tempo todo.
OSSÃE
Deus das folhas, da cura e da vegetação.
Olorum deu aos orixás suas folhas, fundamental para qualquer ritual, mas deu a Ossãe o segredo de todas elas. Ossãe é
portanto o senhor das folhas, do verde da vegetação o orixá que conhece o encantamento que permite às folhas liberar
seu Axé.
Ferramenta: Haste de ferro de 7 pontas que representam as folhas, tendo na extremidade um pássaro.
Metal: Estanho
Comida: Amendoim torrado, Milho Verde, Fumo, Mel, Canjiquinha amarela, feijão preto, verduras e frutas.
Vestes: cor verde claro, o cetro é um galho de árvore, geralmente de café com seus frutos.
Dia: quinta-feira.
Local de entrega: a mata, a floresta ou no pé de uma árvore grande em noite de lua cheia.
Os filhos de Ossãe são aqueles filhos que não permite que suas simpatias e antipatias intervenham em suas decisões
ou influencie em suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos, são pessoas reservadas sobre suas particularidades,
são pessoas individualistas que não se preocupam muito com o que acontece ao seu redor, são pessoas ligadas a
religiosidade.
São extremamente inconstantes, são pessoas que aparentemente parecem frágeis mais de uma força interior muito
grande, são capazes de amar, mas não o tempo todo.
XANGÔ
Deus da justiça e do trovão.
Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e
Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem
Xangô não pode se separar.
Elemento: fogo
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
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Cor: vermelha e branca ou Marron
Animal: Leopardo
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de
machado.
Dia: quarta-feira.
Os filhos deste orixá são amantes da Justiça, agem com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais
devido a facilidade de autoridade e comando. Sabem como ninguém administrar seu patrimônio, embora não admitam
os filhos deste orixá tem poder de manipular os gastos das pessoas ao seu redor, são honestos e sinceros em seus
relacionamentos, mas dificilmente fiéis.
Apresentam alta dose de egocentrismo, auto-estima, possuem uma postura nobre, gostando de ser melhor em tudo e de
ter sempre a ultima palavra como ordem.
Metal: Cobre
Frutas: Manga-espada
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São pessoas valorosas e incompreendidas. Suas tendências um pouco viris fazem-nas freqüentemente voltar-se para o
feminismo ativo. As suas atitudes militantes e agressivas são consequências de experiências infelizes ou amargas por
elas vividas. Os seus insucessos devem-se, frequentemente, a um ciúme um tanto mórbido. Entretanto, encontram
geralmente compensação para as frustrações sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado
de nada perder dos seus bens tornam-se garantias de sucesso.
Os filhos de Obá não tem muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser duros e inflexíveis. Têm
dificuldade de ser gentis e estabelecer um canal de comunicação afetiva com os outros; às vezes são brutos e rudes
afastando as pessoas de sí. Isso se deve ao fato de os filhos de Obá, na maioria ds vezes, sofrerem um certo complexo
de inferioridade achando que as pessoas que se aproximam querem tirar alguma coisa. De fato isso pode acontecer
com os filhos de Obá.
Sua sinceridade chega a ferir; Expressam suas opiniões, fazem críticas e acabam magoando as pessoas, pois não se
preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade é puramente defenciva; São bons companheiros e amigos fiéis,
são ciumentos e pocessivos no amor, por isso não não tem muita sorte. Quando apaixonados, nunca são senhores da
relação, cedem em tudo, abidicam de todas as suas convicções.
Infelizes no amor, investem todas as suas cartas em suas carreiras e, dentre as mulheres que se destacam
profissionalmente numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de Obá. Muitas vezes despertam a
inveja de seus inimigos e podem sofrer algumas emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a
ingenuidade.
IANSÃ
Dona do balé dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos.
Senhora da alegria e protetora das mulheres, dos ventos e tempestades ganhou de Olorum o poder de controlar os
mortos (Eguns).
Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.
Elemento: ar - vento.
Metal: cobre
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com
imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Os filhos desta Orixá são extrovertidos, apreciam boas companhias, festas, viagens e tudo que lhe dê prazer em geral.
Possuem muita vitalidade estando sempre dispostos a fazer o que gostam.
Não suportam trabalhar em lugares fechados, obedecer ordens, pois não gostam de se sentirem inferiorizados, por isso
são instáveis em sua vida profissional.
Não aceitam pessoas se metendo em suas rotinas, relacionamentos, trabalhos, não gostam que as pessoas lhe digam o
que fazer.
Adoram sua casa, porem não conseguem ficar dentro dela, são muito sensuais, apaixonam com freqüência, só
aceitando viver com alguém se existir amor.
São ciumentos, possessivos, incapaz de perdoar ou esquecer uma traição, quando provocados enfurecem-se de uma
maneira brutal que ninguém ousa enfrentá-los, a fúria não demora muito a passar, fazendo a pessoa voltar ao normal
como se nada tivesse acontecido. Geralmente se arrependem por agir sem pensar, são dóceis e amáveis, odeiam
mentiras e qualquer coisa que manche sua reputação.
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OXOSSI
Deus da fauna, da caça, da fartura.
É esposo de Oxum, pai de Logum Edé e pai adotivo de Oiá Iansã. Oxossi é o irmão mais novo de Ogum, e
responsável por toda a comida que chega até a nossa mesa. Seu nome significa: “caçador de uma só flecha”.
Elemento: terra
Ferramenta: arco e flecha (Damatá) e (OFÁ) Iruquerê, espécie de cetro feito de rabo de cavalo
Metal: Bronze
Animal: Cavalo.
Cor: Verde
Animais de sacrifício: boi, bode, porco, galo mariscado (carijó) galinha d’angola.
Vestes: deve predominar o verde, saiotes de plumas, penacho e capacetes verdes. Nas mãos arcos e flechas podem
acrescentar troféus de caça.
Dia: quinta-feira.
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Local de entrega das oferendas: Nas matas ou no pé de uma árvore frondosa.
Os filhos deste orixá são pessoas independentes e de extrema capacidade de ruptura.Seus filhos possuem a solidão
como um prazer que vem do seu interesse, devido a atividades que exige o Maximo de concentração e silêncio.
São pessoas que preferem ficar caladas para observarem muito ao arredor, totalmente individualistas em seus
interesses pessoais, não gostam de serem ajudados, pois gostam de provar para si mesmo que são capazes, filhos deste
orixá tem manias de perseguição e auto- criticas consigo mesmo.
São capazes de liderar e assumir grandes responsabilidades com agilidade quando algo lhe chama atenção, do
contrário são pessoas desinteressadas e monótonas.
Os filhos deste orixá não tem muitos amigos diferentes, não gosta de compartilhar, de novas aventuras, sempre titula
um grupo de amigos especifico que vai levar por uma vida toda, não tendo paciência e nem diplomacia, cansa-se
facilmente das pessoas, lugares e atividades.
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NANÃ (NANÃ BURUQUÊ)
Orixá da lama e do fundo das águas.
É a mãe dos mortos, controla o portal entre Aye e Orum é a representação da lama, da chuva fina que forma o lodo. É
o poder controlador das mulheres idosas que castiga para educar, é grave e severa não tolerando descasos e
esquecimentos.
Ferramenta:Ibirí (Feixe de fibras de dendezeiro, forrado com fitas e enfeitado com búzios), vassoura de palha da
costa.
Pedra: Ametista
Metal: Aluminio
Local das oferendas: Brejo, Próximo a minas de águas, locais úmidos, pântanos, Lodos ou praias.
São pessoas extremamente caseiras, muito dedicada à família e aos filhos, ama os animais, tem mania de
perfeccionismo, se auto critica e podem manipular alguém com sua maneira de pensar e agir.
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São desconfiados, frios, secos e de temperamento muito enérgico, fala sem pensar e se arrepende muitas vezes, porém
não cede nunca, pois esta sempre certo, a teimosia e a ansiedade fazem parte dos filhos deste orixá.
Gostam de dar ordens, não gostam de ser passados para trás, são irredutíveis e não perdoam atos que lhe magoam,
porém tem um coração imenso e não sabe falar não a um pedido feito com muito carinho.
IBEJI
Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orixá duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do
ritual.
Divide-se em masculino e feminino, (gêmeos). No Oyó cultua-se como Erês ligado a qualidades de Xangô e Oxum.
Os Orixás gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em
algumas casas de candomblé e batuque são referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada do Orixá
chamados de axé erês ou axêros. Em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade são
Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer brotar e criar.
Bebida: Guaraná (Suco de frutas, água de coco, água com mel, água com açúcar, caldo de cana)
Elemento: Fogo
Essências: De frutas
Metal: Estanho
Numero: 2
Planeta: Mercúrio
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Pontos da Natureza Jardins, praias, cachoeiras, matas...
Símbolo: Gêmeos
Jovens, brincalhões, irreverentes e enérgicos. Mesmos os adultos filhos deste orixá, possuem características infantis.
Lendas:
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e
morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a
Orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com
o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas
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OXAGUIÃ
Oxaguiã era o filho de Oxalufã. Ele nasceu em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan.
Oxaguiã, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê.
Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô).
Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan
a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se
sentisse fazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido.
Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os
outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a
ser chamado.
Awoledjê, seu companheiro, era babalaô, um grande advinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa
ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem
majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de
caramujos e muitos panos brancos. Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um
pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos
habitantes.
Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra
Awoledjê. Ela era arrodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam
suas entradas e saídas.
Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de
mercadorias e escravos. Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores.
Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é,
Sua Majestade, que deveria ser empregada.
Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante
dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado".
Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que
impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia.
Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu
sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado,
consultou um babalaô para remediar esta triste situação. "Kabiyesi, toda esta infelicidade é consequência da injusta
prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!"
Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante,
teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse.
"Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Oxaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por
ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à floresta, cortar trezentos feixes de varetas. Os
habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam
gastas ou quebrem-se".
Desde então, todos os anos, no fim da sêca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles
de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair.
A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, tanbém, na Bahia.
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Por ocasião das cerimônias em louvor a Oxaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e
recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Oxaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão
de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orixá "Comedor-de-inhame-pilado."
Oxaguiã (Òrìsa Ògiyán) é um orixá funfun jovem e guerreiro, carrega arco e flecha, pois pode buscar alimentos na
florestas.É com Oxaguiã que se encerra o ciclo das festas de Oxalá com a festa do Pilão de Oxaguiã ( ojó odo)- o dia
do pilão.É um orixá relacionado com o sustento do dia a dia, gosta de mesa farta.Seu sustento vem do fundo da terra
ou da floresta. Ele detém todas as armas as usa para alcançar seus objetivos, que é dar para quem tem fome e até tomar
de quem tem muito e não tem fome..Oxaguiã é o provedor, é o guerreiro da paz. Nunca entra numa batalha para
perder, sempre ganha.e
Oxaguian "o moço" na sua forma "guerreira" de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, seu templo
principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, rei de Ejigbo.
A liderança é uma de suas especialidades.Duas características dividem os filhos de Oxaguiã.. Uns são amigos das
intrigas, são orgulhosos, se acham os melhores , são faladores. Outros são voltados para a família, calmos e guardam
segredos para si.. Na verdade são duas fases de Oxagiã, numa delas estão os filhos que carregam a espada e os outros,
os mais calmos carregam a mão de pilão.Valentes, guerreiros, caráter romântico e sensuais, combativos, geniosos,
intuitivos , instáveis.Não despreza o sexo e cultiva o amor livre. É alegre, gosta profundamente da vida, é falador e
brincalhão. Ao mesmo tempo e idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhoso, sedento de
feitos gloriosos
É um jovem guerreiro combativo. É habitualmente alto e robusto, mas não é agressivo nem brutal.
Ele é ciumento e detesta concorrência.São criativos, generosos, inteligentes, sábios, justos, por outro lado são também
lentos, mandões e teimosos.
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OXALUFÃ
O grande Orixá, ocupa uma posição única do mais importante orixá e o mais elevado dos deuses yorubás.
Senhor do silêncio, do vácuo frio e calmo, onde as palavras não podem ser ouvidas. Por apreciar muito o vinho de
palma, embriagando-se freqüentemente, perdeu a chance de criar a terra e tornou-se responsável pela moldagem das
pessoas e ficou proibido de beber o vinho.
Teimoso, às vezes passa por cima dessas regras. Pessoas com defeitos de nascença, provocados por ele, lhe pertencem.
Lento como um caramujo, todo de branco como seu ritual exige, é conhecido como Oxalufã.
Enérgico e guerreiro, de colar branco com azul real, é Oxaguiã. Em todas versões é orixalá, obatala o rei do pano
branco.
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Os filhos deste orixá são pessoas calmas e dignas de confiança. São dotados de grande sabedoria, pois estão sempre
buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor, não cansam de estudar e buscar o conhecimento.
O trabalho braçal não os atraí, preferem buscar lugares onde possam colocar as suas idéias e projetos em atividade.
Extremamente responsáveis, são ótimos projetistas e organizadores. Seus principais defeitos são: preguiça, teimosia e
lentidão. Por serem calmos, nunca se deve abusar da paciência, pois quando acaba é de uma vez...
São os famosos senhores do tudo ou nada. Ou dá certo ou não. Seja nos negócios no amor e nas amizades.
Caracteristicas
Chakra Coronário
Cor Branco
Elemento Ar
Flores Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos.
Quizila Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros, Lâminas
Numero 10
Planeta Sol
Saúde Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito.
Símbolo opaxorô Yorùbá :Opá Oşòró, O Cetro do Mistério: O cajado que no passado, segundo as lendas. Oxalá
se utilizou para separar o mundo dos homens do mundo dos deuses e do sobrenatural em geral. Ele é formado por uma
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haste de metal (evidentemente branco ou prateado, considerando uma variação nobre do Branco), com pouco mais de
um metro. Na sua extremidade superior é esculpido um pássaro de metal. Discos paralelos em número de quatro são
colocados horizontalmente na parte de cima da haste. Nas bordas dos discos estão presas representações de moedas,
peixes e guizos
Dia: Quinta-Feira
Metal: Latão
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EWÁ (A DONA DOS HORIZONTES E FONTES)
Filha de Nana, Ewá é irmã Gêmea de Oxumarê, considerada por alguns a parte branca do Arco Íris. É a deusa da
beleza e da alegria, governa a chuva suave que limpa e regenera a natureza, sem provocar destruição.
Dia: Sábado
Saudação: Ri Ro Ewá
Metal: Latão
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São pessoas belas, tranqüilas e adaptáveis, mulheres cheias de iniciativa, sensíveis e poéticas. Enfim os filhos de Ewá
adoram ler, mas em relação ao amor só se entregam em absoluto quando estão loucamente apaixonados.
Mudam muito de personalidade assim como o clima, pode mudar várias vezes ao dia.São encantadores, autoconfiantes
e tagarelas, remexem-se todo o tempo.
Temperamentais e orgulhosos, mesmo errando não dão o braço a torcer. Adoram ser o centro das atenções.
Tendência a duplicidade devido a natureza andrógena da deusa, tendência a riqueza, magnetismo, gostam de jogar,
bonitos, gostam de elogios, imediatistas, necessitam de outros odus para que a ajudam com seu brilho nos processos
difíceis.
São apegados a riqueza gostam de roupas bonitas e vistosas. Adoram elogios e galanteios.
Pessoas vivas e atentas.
Uma das folhas mais importantes e utilizadas na umbanda e candomblé. Tem como
principal característica litúrgica ser o maior contra Egum que existe.
Formas de uso: Defumação e Banho.
Orixás: Yemanjá e Oxalá
Características: Folhas grandes, lisas e longas de coloração verde.
Esta erva veio do Peru e era utilizada pelos incas contra picadas de cobras e de insetos
venenosos usando uma folha para uma xícara de água.
Os índios utilizavam a folha do guaco em banhos para afastar a cobra humana.
Da folha desta planta prepara-se xarope de bom efeito contra a bronquite e as tosses rebeldes (derrete-se o açúcar
junto com as folhas picadas, acrescenta água e ferve até engrossar, pode adicionar mel no final)
Formas de uso: chá, xarope e banho.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Planta trepadeira com folhas totalmente verdes e de espessura mais grossa, flores brancas.
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MÃO DE DEUS:
Muito receitada para combater vícios de drogas (cigarro, bebida, etc) utilizando na forma
de chá, também se utiliza muito em rituais de sacudimento e em pó.
Coloca sob o travesseiro para fazer dormir. O fruto maduro, por infusão, é usado contra
hemorróidas.
Formas de uso: Chá, pó, sacudimento.
Orixás: Oxalá
Características: Cipó muito comum em terrenos abandonados, suas folhas lembram a palma de uma mão divididas
em cinco lobos, flores amarelas.
ARRUDA:
Mais uma erva bastante usada ritualisticamente, conhecida por todos e ao mesmo tempo
requer muitos cuidados, tanto no sentido litúrgico como medicinal. Seu uso litúrgico é
bastante vasto, principalmente como amuleto e banhos, porém este último não pode ser
aplicado na cabeça, salvo filhos de Ogum e Exu, os Orixás desta erva.
Pó da folha seca: Seu uso medicinal é bastante moderado, pois tem ação vermicida
(ótimo contra pulgas e piolhos).
Durante a gravidez a arruda tem um efeito especial sobre o útero, ocasionando hemorragia grave, levando ao
aborto e a morte. “Acrescentamos que o aborto é raro e que a administração desta substancia com um fim
criminoso (aborto)”. Pode acarretar a morte da mãe sem que haja parto”. (Dictionnaire des Plantes Medicinales,
Pg. 541, Pelo Dr. A. Héraud).
Repetimos a advertência que, tratando-se de uma planta muito ativa, só deve ser administrada com muita
prudência, quando usada internamente.
O chá de arruda é bom calmante dos nervos e trata urina presa.
Formas de uso: Amuleto, pó externamente e chá.
Orixás: Ogum e Exu.
Características: É um sub-arbusto com folhas pequenas verdes claras fortemente aromáticas.
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Esta erva é muito utilizada pelos caboclos em rituais de sacudimento (geralmente junto
com peregum) tem suas folhas aromáticas, estimulantes e diuréticas. Aplica-se nos
casos de ardor ao urinar, enfermidades dos intestinos, estômago, rins e bexiga.
Externamente usa-se para gargarejo em casos de dor de garganta, aftas, etc.
Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em maceração, preparam-se
compressas que as mães lactantes aplicam sobre os bicos dos seios afetados.
Forma de uso: chá, sacudimento, gargarejo.
Orixás: Oxalá, Oxossi, Oxum.
Características: Planta muito cheirosa de folhas ovais ou oval – elípticas, compridas. Inflorência em espigas.
MANJERICÃO:
A erva boa pra tudo, esta é a melhor definição do manjericão que é bastante conhecido
na cozinha em forma de cozimento.Tem como principal característica litúrgica o poder
de elevação espiritual por isso é muito utilizada em banho da coroa, amaci.
Formas de uso: Banho e chá.
Orixás: Oxalá.
Características: Pequenas folhas ovais arredondadas de coloração verde clara inflorência em espigas.
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EGENDA:
Esta planta tem a excelente função de auxiliar o desenvolvimento dos novos médiuns,
usado em banhos. Tem o poder de trazer logo os guias do filho de santo.
Formas de Uso: Banho antes dos trabalhos.
Orixás: Ogum
Características: Planta rasteira, com folhas de coloração verde e rocha, geralmente
verde por cima e roxa por baixo, mas podendo variar.
ALECRIM:
Esta também é uma erva utilizada para quase tudo nos rituais, mau olhado, quebrante,
etc. Seu uso medicinal está voltado para o coração, como um tônico, mas Poe ser
dilatador seu efeito, deve-se tomar cuidado com a quantidade do uso.
Não confundir com alecrim do cruzamento, também conhecido por alfazema do Brasil,
ou alecrim do norte, como é conhecido na Bahia, este já tem maior aplicação litúrgica
no seu poder de afastar Egum.
Formas de uso: Alecrim – Chá
Alecrim do Cruzamento – Banho, defumação, pó e sacudimento
Orixás: Oxalá, Oxossi.
Características: Alecrim – Folhas opostas cruzadas, e estreitas, de bordas voltadas para baixo de coloração verde
escuras, exala cheiro aromático, forte e agradável. Alecrim de Cruzamento – Caule estirado esgalhado, com
folhas bem pequenas e verdes.
LOURO:
Outra erva muita conhecida nas cozinhas, como condimento e tempero e que
também tem qualidades litúrgicas e medicinais, no ritual é muito utilizada em
defumação e banho para atrair prosperidade. Tem bons resultados para combater
a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo
fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
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Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.
11 - Oferendas
Dentro do culto aos Orixás, o mais importante são as oferendas, que têm por finalidade manter o equilíbrio das
relações entre eles e os seres humanos.
É através das consultas ao Oráculo de Ifá, que as pessoas, mesmo as não iniciadas, são informadas a respeito das
exigências de seus Orixás e principalmente de Exú, relativas às oferendas que desejam receber.
EWÁ - Frutas.
OXALUFÃ – Canjicas com algoodão e uva verde por cima, acaçá branco.
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COMIDAS DE SANTO
Padê de Exú – Farinha de mandioca grossa, azeite de dendê, pinga, uma pitada de sal e pimentas dedo de moça.
Uma moranga, uma espiga de milho, dendê e um copo de vinho tinto suave.
Outras Comidas:
Batata doce cozida e amassada feito um purê, decorar em forma de cobra e cobrir com feijão fradinho simulando
escamas.
Peixe de Qualidade Vermelho, Azeite Doce, Camarão Seco Socado, Cebola Ralada
Maneira de Fazer: Cozinha-se o peixe em refogado de azeite Doce com camarão seco socado e cebola.
Ou
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Canjica Cozida, Azeite Doce, Camarão Seco Socado, Cebola Ralada
Maneira de Fazer:
Cozinha-se a canjica, tempera-se com azeite doce, camarão seco socado e cebola ralada.
Feijão Fradinho, Cebola, Camarão Seco Socado, Azeite-de-Dendê, Farinha de Mandioca, 01 Oberó
Maneira de Fazer:
Cozinha-se o feijão em água. Depois, mistura-se num refogado de cebola raladas, camarão seco socado, Azeite-de-
Dendê e água. por cima, adiciona-se farinha de mandioca, fazendo um pirão e coloca-se num oberó.
Nota: Conta-se que Obá é a dona do amor e quando se quer solucionar uma questão de amor, oferece-se uma comida
desta na beira do lago, com muitas velas e flores.
INHAME ACARÁ
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Cozinha-se o inhame e depois amassa-se feito um purê. Faz-se bolinhos na mão e coloca-se em pratos brancos.
Oferece-se a Oxalá.
Nota: Todos os Orixás do Candomblé comem acaçá branco. Em cima da comida do Orixá, antes de oferecer-lhe, deve-
se abrir um acaçá branco.
COMIDA DE CABOCLO
Material Necessário:Alface, Farinha de Mandioca, Mel de Abelha, Azeite de Oliva, Carne Crua, 01 Travessa de Barro
Maneira de Fazer:
Faz-se uma salada de alface, com uma farofa d'água ou de mel, carne crua e azeite de oliva por cima, coloca-se tudo
numa travessa de barro.
Outras Comidas:
Abóbora moranga, assada na brasa, com mel de abelha.Aipim ou mandioca, assado na brasa, com mel de abelha.Ebô (
canjica ) com fumo de rolo desfiado e côco.Mingau de milho vermelho com côco e fumo de rolo.Milho vermelho com
côco e fumo de rolo desfiado. Amendoim cozido em água, com mel de abelhas.Vinho branco, moscatel e cachaça.
GLOSSÁRIO
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Doburu – Pipocas
Damatá – Flecha
Ejô – Cobra
Ibi – Caramujo
Orô – Rezas
Oxé – Machado
Ori – Cabeça
Obé – Faca
Oberó – Alguidar
Ofó – Encanto
Opaxorô – Cajado
Boa sorte!
Muito Asé
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