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ESTUDO DA CINEMÁTICA

APLICADA A MOTORES
José Eduardo Mautone Barros
José Guilherme Coelho Baêta

JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 1


Sumário

Cap. 1 – Transformação do modo alternado


em modo rotativo
1.1. Arranjo físico
1.2. Descrição e funções dos componentes
1.3. Equações do movimento
1.4. Modelagem computacional do movimento
1.5. Cálculo do torque instantâneo e cargas
aplicadas
Exemplos e exercícios
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Equações do movimento

 Hipóteses básicas
• Todos os componentes são tratados
como corpos rígidos;
• Não são consideradas folgas,
somente os valores nominais ou
médios;
• As análise de movimento são feitas
considerando uma velocidade de
rotação constante.

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Equações do movimento

Rp Lp
 

Lp cos  Sp
Rp cos 

Sp  R p  L p   S Sp = deslocamento do pistão

S  R p cos θ  L p cos φ Rp = braço do virabrequim = curso total/2

R psen θ  L psenφ Lp = distância entre centros da biela

sen 2 φ  cos 2 φ 1 JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 4


Equações do movimento

 Modelo completo do movimento do pistão


 
 
 2   
L  L  sen 2 θ 
SP  R p 1    sen 2 θ  d SP
 cos θ   VP   ωR p sen θ 
p p
 Rp R   
 p  dt   Lp 
2

   2    sen 2 θ 
R 
      p 
  
  
 
2
 Lp  2
θ
2 cos 2 θ 
 sen 2
   sen θ  2

  R  2

 p  Lp 
  2    sen θ  
2
  R   
2
d SP 1   p 
aP   ω R p cos θ 
2

dt 2
 2  L  2
 
   p   sen 2 θ  
   R p   
 
 
 
 
 
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Equações do movimento

 Dedução das equações

• A expressão do deslocamento do pistão é desenvolvida;


• A derivada primeira é desenvolvida para calcular a velocidade
do pistão;
• A derivada segunda é desenvolvida a partir da primeira para
calcular a aceleração do pistão;
• Outras informações geométricas necessárias são deduzidas,
como por exemplo, o ângulo f do movimento pendular da
biela.
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Equações do movimento

 Modelo para o movimento oscilatório da biela


2
 Rp 
cos φ  1   sen 2 θ Rp
L  
Lp
 p 

2
dφ  R p  sen 2θ Lp cos  Sp
ω  
dt  L  sen 2φ Rp cos 
 p 

2
  cos 2θ sen 2 2θ cos 2φ  R  2  
d φ  R p 
2
 2  p    ap sen 2θ 
 2 ω  
L   sen 2φ  
 L p  
2 3
dt  p  sen 2φ sen 2φ 
  

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Equações do movimento

• Modelo com descentragem do pino do pistão


Sp  R p  L p
2
  y 2
S
Rp
Lp
S  R p cos θ  L p cos φ  

y
R psen θ  L psenφ  y
Lpcos  Sp

sen 2 φ  cos 2 φ 1 Rpcos 

Sp = deslocamento do pistão
Rp = braço do virabrequim = curso total/2
Lp = distância entre centros da biela
y = deslocamento lateral do pino do pistão
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Equações do movimento

• Modelo com descentragem do pino do pistão


 
 R y  
  cos θ  p sen θ  
 
2
 L L p  
L R 
S  R p cos θ  
y d SP
1   VP    ωR p sen θ 
p
sen θ 
p p
 
 Rp  Lp L p   dt   Rp 
2

   1  sen θ 
y 

L L p 
  p 
 
 Rp 2 
 R y   R  R y  
 cos θ p
sen θ  p
cos 2
θ  sen θ  p
sen θ  
L L p  L L p  
d 2 SP  Lp  Lp 
aP    ω R p cos θ  
2 p p

2 2/3

d t2   R   Rp
2

y    y 
 1  p
sen θ  1  sen θ  
  L p L p   L L p 
    
 
p

 
  

R y
cos θ  p
sen θ 
 L L p  

 ω R p sen θ 
2  p

  Rp
2

  y  
1 sen θ 
 L L p   JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 9
  p

Equações do movimento

 Modelo simplificado
• Para uma análise mais fácil da aceleração e conseqüentemente das forças
desenvolvidas pelo movimento das partes móveis, as equações são
simplificadas através da expansão através de uma série Binomial:
1 1 1
1  x 1  x  x 2  x 3    
2 8 16

 2    2 
     
SP  R b 1  b  cos θ   b   sen θ   R b 1  cos θ  b 1  1   b  sen θ 
L L 2 L R 2

 Rb  Rb    Rb   Lb  
    
2
R   1 Rb   1 Rb 
x    b  sen 2 θ  Sp  R b 1  cos θ  sen 2 θ  VP  ω R b  sen θ  sen 2θ 
 Lb   2 Lb   2 Lb 
 R 
a p  ω 2 R b  cos θ  b cos 2θ 
 Lb  JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 10
Equações do movimento

 Parâmetros importantes
Rp
• Razão da biela ψ (biela infinita  = 0)
Lp

• Curso St  2 R p

• π 2
Volume deslocado Vd  D p St
4
π
• Volume total no cilindro Vθ  Vcc  D 2p Sp
(Vcc = volume da 4
câmara de combustão = vol. morto) JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 11
Equações do movimento

 Parâmetros importantes
2R p
• Razão curso / diâmetro do pistão ξ
Dp

N
• Velocidade média do pistão Vp  2 St
60

V180º
• Razão geométrica de compressão rc 
Vcc
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Equações do movimento

 Curvas típicas
0.08
Motor FIRE 1.3 8V
Deslocamento do pistão (m)

4 cilindros em linha
0.06

0.04

0.02

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

Obs: Referência de zero graus no PMS admissão JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 13
Equações do movimento

 Curvas típicas
400
Motor FIRE 1.3 8V
4 cilindros em linha
Volume unitário (cm3)

300

200

100

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

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Equações do movimento

 Curvas típicas (2400 rpm)


15

Motor FIRE 1.3 8V


Velocidade do pistão (m/s)

10 4 cilindros em linha
Velocidade média
5

-5

-10

-15

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)
Obs: A velocidade média do pistão varia de 6 a 18 m/s para motores 2 tempos
e de 8 a 15 m/s para motores 4 tempos. JEMB & JGCB - Outubro de 2005 - Prancha 15
Motores mais avançados trabalham de 18 a 25 m/s.
Equações do movimento

 Curvas típicas (2400 rpm)


4000

Motor FIRE 1.3 8V


Aceleração do pistão (m/s2)

3000 4 cilindros em linha

2000

1000

-1000

-2000

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

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Equações do movimento

 Curvas típicas
20

16
Ângulo da biela (º)

12

4
Motor FIRE 1.3 8V
4 cilindros em linha
0

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

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Equações do movimento

 Curvas típicas (2400 rpm)


80
Velocidade Angular da biela (rad/s)

40

-40
Motor FIRE 1.3 8V
4 cilindros em linha
-80

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

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Equações do movimento

 Curvas típicas (2400 rpm)


20000
Aceleração angular da biela (rad/s2)

Motor FIRE 1.3 8V


15000
4 cilindros em linha
10000

5000

-5000

-10000

-15000

-20000

0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675 720
Ângulo do Virabrequim (º)

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Bibliografia

• Barros, J. E. M. “Estudo de Motores de Combustão Interna Aplicando


Análise Orientada a Objetos”. Belo Horizonte: Tese de Doutorado,
Engenharia Mecânica, UFMG, 2003.
• Basshuysen, R. e Shäfer, F. “Internal Combustion Engine Handbook”.
Warrendale: SAE International, 2004.
• Bosch. “Automotive Handbook Bosch”. Warrendale: SAE International, 2ª
ed., 1985.
• Giacosa, D. “Motori Endotermici”. Milano: Hoepli, 15 ed., 2000
• Taylor, C. F. “ Análise dos Motores de Combustão Interna”. São Paulo: Ed.
Edgard Blücher, vol. 2, 1988.

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