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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Projeto e Detalhes Construtivos

MÓDULO: LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Dimensionamento de Ligações soldadas


(Com base na ABNT NBR 8800:2008)

Prof. D.Sc. Saulo José de Castro Almeida

Porto Alegre - RS, 15 a 17 de janeiro de 2016


INTRODUÇÃO

SOLDA ELÉTRICA

AWS D1.1 /D1.1M:2006 –


Structural welding code - steel
SOLDA ELÉTRICA EM ESTRUTURAS DE AÇO

Com metal de adição:


- Soldagem com eletrodo revestido

- Soldagem com proteção gasosa (MIG/MAG)

- Soldagem a arco submerso

Sem metal de adição:


- Soldagem por eletrofusão = aquecimento + pressão
Empregada como solda de costura em tubos, fabricação de
perfis soldados leves (eletrossoldados) e fixação de conectores
de cisalhamento pino com cabeça (stud bolts).
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Metal-base + eletrodo revestido + calor


SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Metal-base + eletrodo revestido + calor


SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Metal-base + eletrodo revestido + calor


SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Eletrodos revestidos:

AWS A5.1 – eletrodos revestidos de aço-carbono para soldagem a arco

AWS A5.5 – eletrodos revestidos de baixa-liga para soldagem a arco

Classificação AWS: Eletrodo para composição química


soldagem a arco (somente AWS A5.5)

E XXX X X - X

fw em ksi tipo de corrente, penetração


posições de soldagem e natureza do revestimento
SOLDAGEM COM PROTEÇÃO GASOSA

Metal base + eletrodo nú + gás + calor


SOLDAGEM COM PROTEÇÃO GASOSA

Gases (ou misturas de gases):

- MIG: Metal Inert Gas (metais não ferrosos e aços inoxidáveis)


(Argônio e Hélio)

- MAG: Metal Active Gas (metais ferrosos)

Mistura mais usada: CO2 (15 a 30%) + Argônio (restante)


SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
Metal-base + eletrodo nú + fluxo granular fusível + calor
SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO
Metal-base + eletrodo nú + fluxo granular fusível + calor
NOTA!
Importante: compatibilidade entre metal-base e metal da solda
CORDÕES DE SOLDA

PRINCIPAIS TIPOS DE CORDÕES DE SOLDA

Filete Penetração total Penetração parcial


SOLDA DE FILETE

dw é a perna do filete
(dimensão nominal)

de é a garganta efetiva

L é o comprimento do cordão
SOLDA DE FILETE

Hipótese de cálculo:

cisalhamento na seção efetiva igual à resultante vetorial de


todas as forças na junta que produzam tensões normais ou de
cisalhamento na superfície de contato das partes ligadas
SOLDA DE FILETE
SOLDA DE FILETE
SOLDA DE FILETE

RTx = RT senϕ
RTy = RT cos ϕ
RNx = RN cos ϕ
RNy = RN senϕ
SOLDA DE FILETE

Px ϕ = 45°
∑ Fx = RT senϕ + RN cos ϕ = 2 PARA:

Px 2
∑ Fz = RT cos ϕ − RN senϕ = 0 RT = RN = R =
4
ag h 2
cos ϕ = ag =
h 2
SOLDA DE FILETE

RN Px 2 Px
σN = = =
ag ⋅ L 2 2⋅h⋅L
4⋅h⋅ ⋅L
2
R Px 2 Px 2 2
τt = T = =  Px   Px 
ag ⋅ L 2 2⋅h⋅ L σ EQ =   +  + 02
4⋅h⋅ ⋅L  2⋅h⋅ L   2⋅h⋅ L 
2
2 Px
τl = 0 σ EQ = σ 2 + τ t2 + τ l2 σ EQ = (Na seção efetiva)
N 2 h⋅L
(NBR 8800:2008)
SOLDA DE FILETE
z

Px/2 ag ᵩ
x

Px/2
ag

Px / 2 Px 2 Px
σN = = =
ag ⋅ L 2 2 h⋅L 2
2⋅h⋅ ⋅L  2 Px  2 2
2 σ EQ =   + 0 + 0
 2 h⋅L
τt = 0 τl = 0
2 Px (Na seção de contato
2
σ EQ = σ + τ + τ 2 2 σ EQ =
N t l 2 h⋅L entre as partes)
(NBR 8800:2008)
SOLDA DE FILETE
SOLDA DE FILETE

R Py Py
τl = L = =
Py ag ⋅ L 2 2 ⋅h⋅L
RL = 2⋅h⋅ ⋅L
2 2
σN = 0 τt = 0
2
 Py 
σ EQ = σ 2 + τ t2 + τ l2 σ EQ = 02 + 02 +  
N  2 ⋅ h ⋅ L 
(NBR 8800:2008) 2 Py (Tanto na seção efetiva e Na seção
σ EQ = de contato entre as partes)
2 h⋅L
SOLDA DE FILETE

M = N ⋅d
SOLDA DE FILETE

M = N ⋅d

ϕ = 45°
∑ Fx = RT senϕ + RN cos ϕ = N PARA:

N 2 M 2
∑F z = RT cos ϕ − RN senϕ = 0 RT = RN = R =
2
=
2⋅d
ag h 2
cos ϕ = ag =
h 2
SOLDA DE FILETE

RN N 2 N M
σN = = = =
ag ⋅ L 2 h⋅L h⋅L⋅d
2⋅h⋅ ⋅L
2
R N 2 N M 2 2
τt = T = = =  M   M  2
ag ⋅ L 2 h⋅L h⋅L⋅d σ EQ =   +  +0
2⋅h⋅ ⋅L  h⋅L⋅d  h⋅L⋅d 
2
2⋅M
τl = 0 σ EQ = σ 2 + τ t2 + τ l2 σ EQ = (Na seção efetiva)
N h⋅L⋅d
(NBR 8800:2008)
SOLDA DE FILETE
z

N ag ᵩ
x

N
ag

N N 2⋅N 2⋅M
σN = = = =
ag ⋅ L 2 h⋅L h⋅L⋅d 2
h⋅ ⋅L  2⋅M  2 2
2 σ EQ =   + 0 + 0
 h⋅L⋅d 
τt = 0 τl = 0
2⋅M (Na seção de contato
2
σ EQ = σ + τ + τ2 2 σ EQ =
N t l h⋅L⋅d entre as partes)
(NBR 8800:2008)
SOLDA DE FILETE: LIMITAÇÕES
Tamanho máximo da perna do filete ao
longo de bordas de partes soldadas:

dw = t para t < 6,35 mm


dw = t – 1,5 mm para t ≥ 6,35 mm

Tabela 10
SOLDA DE FILETE

Força resistente de cálculo

Ruptura do metal da solda:

0,60 Aw f w
Fw, Rd =
γ w2
Aw = d e L ≅ 0,7 d w L

γ w 2 = 1,35

Deve-se verificar também o metal-base


SOLDA DE FILETE:
resistência em função da orientação
0,6 f w Aw
Fw, Rd = (1 + 0,5sen1,5θ )
γ w2
filete longitudinal
SOLDA DE FILETE:
resistência em função da orientação
SOLDA DE PENETRAÇÃO
Alguns exemplos de chanfro
SOLDA DE PENETRAÇÃO TOTAL
Força resistente de cálculo
Tração ou compressão normal à seção efetiva da solda:

AMB f y Escoamento do
Fw, Rd = metal-base
γ a1

Cisalhamento na seção efetiva:

AMB ( 0,60 ⋅ f y ) Escoamento do


Fw, Rd =
γ a1 metal-base
SOLDA DE PENETRAÇÃO PARCIAL
Força resistente de cálculo
Tração ou compressão normal à seção efetiva da solda:
o menor dos dois valores:

AMB f y 0,60 Aw f w F F
Fw, Rd = Fw, Rd =
γ a1 γ w1 1,25
Metal-base Metal da solda
1,25
Cisalhamento paralelo ao eixo da solda, na seção efetiva:
Aw ⋅ ( 0,60 ⋅ f w ) F
Fw,Rd = F
γ w2 1,35 1,25

Obs.: deve-se verificar também o metal-base


SOLDA DE PENETRAÇÃO PARCIAL
Força resistente de cálculo
Tração ou compressão normal à seção efetiva da solda:
o menor dos dois valores:

AMB f y 0,60 Aw f w F F
Fw, Rd = Fw, Rd =
γ a1 γ w1 1,25
Metal-base Metal da solda

OBS:
SOLDA DE PENETRAÇÃO

Área efetiva da solda

Aw = comprimento x garganta efetiva

Solda de penetração total: a garganta efetiva é a menor das


espessuras das partes soldadas

Solda de penetração parcial:


conforme tabela 5:
SOLDA DE PENETRAÇÃO
SOLDA DE PENETRAÇÃO
SOLDA DE PENETRAÇÃO PARCIAL
Garganta efetiva mínima
Tabela 9
SOLDAS: SIMBOLOGIA E INDICAÇÕES EM
PROJETO
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO
Verificar enrijecedores, chapas de ligação, cantoneiras,
consolos e partes das peças ligadas afetadas pela ligação.

Exemplos
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO

Regra geral: σ Sd ≤ σ Rd τ Sd ≤ τ Rd
fy fu
σ Rd = o que for aplicável
σ Rd =
γ a1 γ a2
0,6 f y 0,6 f u
τ Rd = τ Rd =
γ a1 γ a2
Escoamento Ruptura
COLAPSO POR RASGAMENTO (BLOCK SHEAR)

At Av
Av
At Av At
At
Av

(a) Situações típicas nas quais deve ser verificado o estado limite

(b) Situações típicas nas quais Cts = 1,0

(c) Situação típica na qual Cts = 0,5


COLAPSO POR RASGAMENTO (BLOCK SHEAR)

1 1
Fr, Rd =
γ a2
(0,60 f u Anv + Cts f u Ant ) ≤
γ a2
(
0,60 f y Agv + C ts f u Ant )

ruptura por escoamento por


cisalhamento cisalhamento

ruptura por ruptura por


tração tração
COLAPSO POR RASGAMENTO (BLOCK SHEAR)
Escoamento por Cisalhamento Ruptura por Cisalhamento
+ +
ruptura por tração ruptura por tração
1 1
Fr,Rd =
γ a2
( 0,60 f y Agv + Cts f u Ant ) Fr,Rd =
γ a2
( 0,60 f u Anv + Cts f u Ant )

SHEAR YIELDING
SHEAR FRACTURE

Steel connections – Dr. Seshu Adluri TENSION


FRACTURE

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